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Comércio Exterior

Aula 04 Siscomex
SH Documentos
Professor André Carvalho
SISTEMAS OPERACIONAIS
Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX

O Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX,


instituído pelo Decreto n° 660, de 25.9.92, é a sistemática
administrativa do comércio exterior brasileiro, que integra as
atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior - SECEX,
da Receita Federal do Brasil - RFB e do Banco Central do
Brasil - BACEN, no registro, acompanhamento e controle das
diferentes etapas das operações de exportação.
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SISTEMAS OPERACIONAIS
Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX

Órgãos Anuentes:
ANEEL, ANM, ANP, ANVISA, CNEN, DECEX, DFPC, DPF,
IBAMA, MAPA, MCTIC e Ministério da Defesa.
A Secretaria da Receita Federal atua nos procedimentos
aduaneiros. 3
O Programa Portal Único de Comércio
Exterior
• A criação do Programa Portal Único de Comércio Exterior – Portal
Siscomex é uma iniciativa do Governo Federal com vistas a reduzir a
burocracia, o tempo e os custos nas exportações e importações
brasileiras. Foi lançado em 2014 com o objetivo de atender com mais
eficiência as demandas do comércio exterior brasileiro de hoje e dos
próximos anos, de modo a fazer com que o Siscomex se mantenha uma
ferramenta efetiva. OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DO PROGRAMA
SÃO REFORMULAR OS PROCESSOS DE EXPORTAÇÕES E
IMPORTAÇÕES, tornando-os mais eficientes e harmonizados, e criar
um guichê único para centralizar a interação entre o governo e os
operadores privados atuantes no comércio exterior.

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Siscomex
http://www.siscomex.gov.br/

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São objetivos gerais do Programa Portal Único:

 Redução do tempo das operações, por meio da


simplificação e aumento de eficiência e da celeridade
processual;

 Maior transparência e previsibilidade nos processos de


exportação e importação.

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São objetivos gerais do Programa Portal Único:
 Para alcançá-los, busca-se, por meio dos Novos Processos de
Exportação e Importação:

1. Acesso simplificado às normas que regem as exportações e importações


brasileiras;
2. Eficiência processual, com base, por exemplo, em paralelização de etapas;
3. Anexação eletrônica de documentos;
4. Obtenção centralizada de autorizações, certificações e licenças para exportar ou
importar;
5. Solicitação de informações uma única vez e distribuição aos órgãos competentes;
6. Coordenação e harmonização da atuação dos órgãos de governo;
7. Atuação com base gestão de riscos.

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O Programa Portal Único de Comércio Exterior tem três
pilares:

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Atividade
Visite o Portal Siscomex e descreva as etapas dos
simuladores de exportação e de importação.

www.siscomex.gov.br

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Nomenclatura (Classificação de Mercadorias).
Sistema Harmonizado
• O Sistema Harmonizado (SH), é um método internacional
de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura
de códigos e suas respectivas descrições.
• Tem como objetivo padronizar a classificação de
mercadorias, de modo a permitir que todos os
intervenientes, privados e públicos, tenham a exata noção
dos bens objeto do comércio internacional
Nomenclatura (Classificação de Mercadorias).
Sistema Harmonizado

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O Sistema Harmonizado
(SH) abrange:

• Nomenclatura – Compreende 21 seções, composta por 97 capítulos,


além das Notas de Seção, de Capítulo e de Subposição. Os capítulos
são divididos em posições e subposições, atribuindo-se códigos
numéricos a cada um dos desdobramentos citados.
• Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado –
Estabelecem as regras aplicáveis para a classificação das mercadorias
na Nomenclatura;
• Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) – Fornecem
esclarecimentos e interpretam o Sistema Harmonizado.
SH – Objetivo Tributário

O principal objetivo é a perfeita


identificação da mercadoria, a fim de se
realizar o correto enquadramento
tributário do imposto de importação.
TEC e NCM
• O sistema harmonizado prevê uma codificação
com 6 dígitos
• No Mercosul é utilizada a NCM (Nomenclatura
Comum do Mercosul), com 8 dígitos, que serve
de base para a TEC (Tarifa Externa Comum)
• O Brasil adotava, antes da NCM, nomenclatura
própria, com 10 dígitos (NBM)
NCM - Codificação

0101.21.00
NCM - Exemplo
Regras de Classificação

• Regra 1: Os títulos das seções, capítulos e


subcapítulos têm apenas valor indicativo.
• O que prevalece é o texto das posições e das
notas de seção e capítulo.
• Exemplo: apesar do Capítulo 62 tratar de
“vestuário e acessórios, exceto malha”, na
posição 6212 há alguns artigos de malha
Regras de Classificação

Regra 2a

Produtos incompletos = Produtos completos ou inacabados

Desde que possuam as características essenciais deste


Exemplo: Automóvel, ultraleve.
Regras de Classificação

Regra 2b

• Artigos misturados são classificados de acordo


com o produto mais importante

• Exemplo: suco de laranja com adoçante


(prevalece a classificação do suco)
Regras de Classificação

Regra 3a

• Posição mais específica prevalece sobre posição


mais genérica

• Exemplo: processador de computador


Regras de Classificação

Regra 3b

• Produtos misturados (sortidos) classificam-se pela matéria ou


característica que lhes seja essencial

• A identificação da característica essencial pode se dar pela natureza,


quantidade, peso ou valor dos componentes
Regra 3b – exemplo 1

Sortido tipo macarrão instantâneo, composto por:

Pacote de espaguete não cozido 19.02


Saquinho de queijo ralado 04.06
Latinha com molho de tomate 21.03

• Conclusão: classifica-se como 19.02, pelo critério da natureza


Regra 3b – exemplo 2

• Kit de Festa, com cada produto em embalagem


própria, contendo:

Camarões 16.05
Patê de fígado 16.02
Bacon em farias 16.02
Salsichas coquetel 16.01

• Conclusão: classifica-se individualmente cada


item.
Regra 3b – exemplo 3

• Kit cabeleireiro, contendo:

Máquina de cortar elétrica 85.10


Pente 96.15
Par de tesouras 82.13
Escova para pentear 96.03

• Conclusão: classifica-se como 85.10, pelo critério valor


Regras de Classificação

Regra 3c

• Se as regras 3a e 3b não resolverem o problema,


a mercadoria deverá ser classificada na última
posição numérica (geralmente “outros”)
Regras de Classificação

Regra 4

• Se ainda assim permanecer a dúvida, as mercadorias devem ser


classificadas na posição de produtos semelhantes

Exemplo: apontador elétrico


Regras de Classificação

Regra 5a
• Normalmente os estojos são classificados com os
artigos principais, desde que atendidos os seguintes
requisitos:
a) Estojo feito especialmente para o produto
b) Duração semelhante ao produto
c) Função de transporte e proteção
d) Não pode ser essencial em relação ao conjunto
• Exemplos: estojo para binóculos, instrumentos
musicais x porta-jóias de prata
Regras de Classificação

Regra 5b

• Embalagens descartáveis seguem o mesmo


princípio

Exemplo: lata de cerveja


Regras de Classificação

Regra 6

• O que prevalece é o texto das subposições e das notas de


subposição; só podem ser comparadas subposições de mesmo nível
NCM (Mercosul)

Regra Geral Complementar:

• As regras do SH se aplicarão também para


determinar o item aplicável e subitem
correspondente, sendo comparáveis apenas
os itens e subitens de mesmo nível
Documentos de exportação
• Há exigência de documentação de exportação pode ser dividida em três
momentos: de negociação; de remessa e entrega; e os itens
necessários no Brasil.

• Ainda na negociação é preciso que o exportador emita para o


importador o Invoice para que o cliente possa providenciar as Licença
de Importação, dentre outros documentos em seu país.

• Muito similar a fatura comercial, ele serve para formalizar e confirmar a


negociação e traz informações mais semelhantes a um orçamento, ou
seja, ainda não gera nenhuma obrigatoriedade de pagamento pelo
importador.
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Documentos de exportação
• Exigências da documentação de remessa

• Nesta fase é preciso estar atento aos vários


documentos solicitados e ao preenchimento
correto do mesmo. O primeiro passo é fazer um
checklist da documentação para que o controle
seja o mais assertivo possível.

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Documentos de exportação

• Fatura comercial ou “Invoice”: É o documento internacional


emitido pelo exportador, equivale à Nota Fiscal em outros
países. Ele é imprescindível para que o cliente possa
receber a mercadoria sem problemas. É um dos principais
documentos exigidos pela maioria das autoridades
alfandegárias de todo o mundo, tem caráter legal e está
sujeito à lei internacional, além de ser um instrumento
fundamental entre o exportador e importador.
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Documentos de exportação
• Romaneio ou “Packing List”: A emissão deste
documento é feira pelo exportador para que seja
possível o embarque de mercadorias. Ele traz
uma listagem detalhada de todos os itens que
serão embarcados e seus respectivos conteúdos.
É necessário para o desembaraço da mercadoria
e para a orientação do importador quando da
chegada dos produtos no país de destino.
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Documentos de exportação

• Conhecimento de Embarque: Já este é emitido pela


companhia transportadora. Através dele ela assegura o
recebimento da carga, as condições de transporte e a
obrigação de entrega das mercadorias ao destinatário legal.
O documento é, simultaneamente, um recibo de
mercadorias, um contrato de entrega e um documento de
propriedade, constituindo assim um título de crédito. Ele é
necessário independente do modal escolhido e para cada
um há um modelo específico.
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Documentos de exportação

• Certificado de Origem: Mais um documento emitido pelo


exportador que será utilizado pelo cliente para comprovar a
origem da carga. Ele também é necessário caso haja
isenção ou redução do imposto de importação, devido
acordos comerciais ou do cumprimento de exigências
impostas pela legislação do país de destino. É importante
ressaltar que a emissão do Certificado de Origem é
necessária em cada operação de exportação efetuada.
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Documentos de exportação

• Apólice de Seguro de Transporte: Necessário


quando a condição de venda envolve a
contratação de seguro da mercadoria. Ele deve
ser providenciado junto à companhia seguradora
antes do embarque da mercadoria.

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Documentações obrigatórias para habilitar a
empresa a exportar.
• Registro de Exportação: Esse é o primeiro passo
para quem deseja exportar. Trata-se de um
documento eletrônico emitido e preenchido no
Siscomex – Sistema Integrado de Comércio Exterior.
Esse cadastro é feito pelo próprio exportador ou pelo
seu representante legal. O objetivo é o registro da
operação para fins dos controles governamentais
nas áreas comercial, fiscal, cambial e aduaneira.
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Documentações obrigatórias para habilitar a
empresa a exportar.

• Nota Fiscal: A Nota Fiscal deve acompanhar a


mercadoria desde a saída do estabelecimento até a
efetiva liberação junto à Receita Federal do Brasil.
Ela precisa acompanhar o produto somente no
trânsito interno.

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Documentações obrigatórias para habilitar a
empresa a exportar.

• Comprovante de Exportação (CE): Este documento


é emitido pela Receita Federal do Brasil que
comprova o efetivo embarque da mercadoria. Ele
tem força legal para fins administrativos, cambiais e
fiscais.

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Documentações obrigatórias para habilitar a
empresa a exportar.

• Contrato de Câmbio: Emitido pelo banco


negociador de câmbio e que formaliza a troca de
divisa estrangeira por moeda nacional.

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