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O Amilenismo

Apocalipse 20.1-6

Por: Renato Souza Prates. STPRAGS, 2008


Nossa Fonte

Agostinho, Lutero, Calvino, Berkhof,


Corsini, Willian Hendriksen, Anthony
Hoekema, Simon Kistemaker, Alister
Mcgrath, Moltmann, Pierre Prigent,
Rottmann, Saôut, Wainwright, e
Hernandes Dias Lopes, e as Confissões
reformadas (calvinistas).
A Interpretação do Apocalipse
Primeiramente, devemos levar em conta o
estilo literário, pois a literatura apocalíptica é
repleta de figuras de linguagem que servem
como representações simbólicas daquilo que
se quer ensinar. Não é sábio ignorar a
natureza do livro e passar a interpretar tudo
de maneira literal. Uma interpretação literal de
Apocalipse levou o fundador das
Testemunhas de Jeová a conclusão de que
apenas 144.000 pessoas seriam salvas e
iriam para o céu.
A Interpretação do Apocalipse
A pergunta chave para a hermenêutica do
Apocalipse não é: "O que é?", mas, sim, "O
que significa?". Por exemplo: O que significam
as dezenas de referências numéricas, tais
como, 7, 24, 666, 144.000 e 1.000? Nem
mesmo os mais literalistas interpretam
literalmente coisas como o número da Besta,
A Besta do Mar com sete cabeças e dez
chifres (Ap 13), Os Gafanhotos do Abismo (Ap
9) e cavalos (Ap 9).
A Interpretação do Apocalipse
Outra regra hermenêutica é que as Escrituras
interpretam as próprias Escrituras. Um texto
claro lança luz sobre um texto mais
obscuro. No caso em questão, por se tratar
do tema do Reino de Deus, temos uma
vasta gama de textos bíblicos que
discorrem a respeito do assunto. Aliás,
Jesus falou mais sobre o Reino de Deus do
que sobre qualquer outro assunto. Embora
não tenha citado um Reino Milenar por vir.
A Interpretação do Apocalipse
É muito importante também levar em
consideração o contexto em que o Livro
foi escrito. Tudo indica que o Livro de
Apocalipse tenha sido escrito por volta
do ano 95, época em que a Igreja
padecia uma horrenda perseguição por
parte do Imperador Domiciano.
A Interpretação do Apocalipse

Para escrever o Apocalipse, João


também se utilizou de inúmeras
citações do Antigo Testamento, além de
uma linguagem pertencente a uma
tradição literária chamada de
“Apocalipsismo” que existia desde o
Século II° a.C.
Escolas Milenaristas
Historicamente, existem três
escolas de interpretação em
relação ao milênio descrito em Ap
20. Estas escolas são chamadas
de Pré-milenismo, Pós-milenismo
e Amilenismo.
Vejamos agora estas
interpretações em gráficos:
Pré-milenismo
Pré-Milenismo
Vinda de Cristo com seus
santos- 1 Ts 3.13; Ap
Céu
Calvário 19.11-14) Julgamento do
Arrebatamento da
Igreja (1 Co Grande Trono
15.51-53; 1 Ts Branco, dos Ímpios
4.14-18) ( Ap 20.11-15)

Reino às 1000 anos


Portas (Mt – Milênio
Condenação Terra
3.2) Período da (Cristo
da Besta e do Renovada
Tribulação Falso Profeta Trono de se pelo fogo
(Dn 9.20- (Ap 19.20) Pai, Davi Satanás (2 Pe Eternidade –
27) Ap 21 e 22)
é solto 3.10-12)
Era Atual – Piora
cada vez mais (2 3 anos 3 anos Lc 1.32; Is
Satanás
Tm 3.13). Era da (Ap
e meio e meio Amarrado 9.7. Reino 20.7-9)
Igreja (Grande (Ap
Mistério, Ef 3.2-10) (Ap 6- (Ap 20.2,3) dos Justos
13) 14-18) finalmente
na terra (Ap Ressurreição
Antigo Testamento 20.6) dos Ímpios
– Reino Profetizado Mortos (Ap Inferno
(Is 9.6-7) 20.13)
4.4. Pós-milenismo
1000 anos de Reino
Milenar de Cristo na
Calvário Terra. Cristo Inaugura-se a Céu
assentado no Trono apostasia
de Davi
Segunda Vinda
Cristo governa a Terra de Cristo
com Justiça – Traz o
Reino

Começa a
70ª Eternidade
Semana de
Daniel
O Evangelho Terra Renovada
melhora o pelo fogo (2 Pe
mundo cada vez 3.10-12)
mais Governo do
Anticristo

Ressurreição
Antigo Geral Inferno
Testamento
Amilenismo
Amilenismo
Segunda
Calvário
Vinda de Céu
Cristo
Trono de Davi –
Julgamento Geral
Cristo se assenta
para reinar sobre
um reino espiritual, Governo do
durante a era Anticristo
presente

70ª Semana de
Daniel
26 AD – 33 AD
Terra Renovada
Começo da
pelo fogo (2 Pe Eternidade
A era presente 3.10-12)
vai piorando à
Apostasia Governo do
medida que se
aproxima o fim Anticristo

Antigo Ressurreição Inferno


Testamento Geral
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

O capítulo 20 começa descrevendo os


eventos que marcaram a primeira vinda,
porque foi por ocasião da Primeira
Vinda de Cristo que aconteceu o
aprisionamento de Satanás e seu
lançamento no abismo.
Vejamos alguns textos:
Satanás está amarrado!
a) Mt 12:29: “Ou como pode alguém entrar na casa do
valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E,
então, lhe saqueará a casa.”

b) Lc 10:17-18: “Então regressaram os setenta, possuídos


de alegria, dizendo: “Senhor, os próprios demônios se nos
submetem pelo teu nome! Mas ele lhes disse: “Eu via
Satanás caindo do céu como um relâmpago”.

c) Jo 12:31-32: “Chegou o momento de ser julgado este


mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando
for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo”.
Satanás está amarrado!
d) Cl 2:15: “E depojando os principados e as
potestades, publicamente os expôs ao
desprezo, triunfando deles na cruz”.

e) Hb 2:14: “…para que, por sua morte,


destruísse aquele que tem o poder da morte, a
saber, o diabo”.

f) 1 Jo 3:8: “…Para isto se manifestou o Filho


de Deus: para destruir as obras do diabo”.
Satanás está amarrado!
g) Ap 12:5-17 – A expulsão de Satanás foi o
resultado da coroação de Cristo.

h) Assim, a amarração de Satanás começou na


primeira vinda de Cristo e isso é o que
Apocalipse 20:2 significa. A prisão ou restrição
do poder de Satanás tem a ver com a obra de
Cristo na cruz e com a evangelização das
nações, de onde Deus chama eficazmente
todos os seus eleitos.
Satanás está amarrado!
Satanás está restrito em seu poder no
sentido de que não pode destruir a
igreja (Mt 16:18) nem pode impedir que
os eleitos de todas as nações recebam
o evangelho e creiam (Rm 8:30). A
igreja é internacional. O particularismo
da antiga dispensação (judeus) deu
lugar ao universalismo da nova (igreja).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

Jesus já iniciou o seu reinado ainda que


isto não esteja visível para todos
conforme bem expressa o autor de
Hebreus quando diz: "o coroaste de
glória e de honra; tudo sujeitaste debaixo
dos seus pés. Ao lhe sujeitar todas as
coisas, nada deixou que não lhe
estivesse sujeito. Agora, porém, ainda
não vemos que todas as coisas lhe
estejam sujeitas.“ (Hb 2.7-8)
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

Esta dinâmica do Reino tem a ver com o


caráter híbrido do Reino de Deus na era
presente que é descrito por Jesus em
termos de trigo misturado com joio (Mt
13). E também tem a ver com o caráter
progressivo e paulatino da expansão
deste Reino como bem descrito na
Parábola do Grão de Mostarda (Mt 13) e
na revelação do Reino de Cristo
registrada em Daniel 2.35 (a estátua).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

João 12.31-32 declara: "Chegou a hora


de ser julgado este mundo; agora será
expulso o príncipe deste mundo. Mas eu,
quando for levantado da terra, atrairei
todos a mim"! Jesus não disse que tal
expulsão de Satanás se daria após a sua
Segunda Vinda, pelo contrário, ele é
enfático no uso do advérbio "agora", ou
seja, por ocasião da sua primeira vinda.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6
Note também que o próprio livro do Apocalipse fala
deste abismo em outros capítulos: “Ela abriu o poço do
abismo, e subiu fumaça do poço como fumaça de
grande fornalha, e, com a fumaceira saída do poço,
escureceu-se o sol e o ar” (Ap 9:2)... “e tinham sobre
eles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em
hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom” (Ap 9:11)...
“Quando tiverem, então, concluído o testemunho que
devem dar, a besta que surge do abismo pelejará
contra elas, e as vencerá, e matará” (Ap 11:7)... “A
besta que viste, era e não é, está para emergir do
abismo e caminha para a destruição. Isto concorda
com Ap 20.3.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

Portanto, o ensino do Novo Testamento é


que Jesus amarrou a Satanás e inaugurou
o seu reino em sua primeira vinda. Agora,
como disse Paulo: "é necessário que ele
reine até que todos os seus inimigos
sejam postos debaixo de seus pés. O
último inimigo a ser destruído é a morte"
(1Co 15.25,26). Não é possível que haja
morte depois da volta de Cristo.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6
Já, quanto aos "mil anos", o número é simbólico,
como tantos outros no Apocalipse, (“7”, “24”, “666”,
144.000”, etc), e significa um longo, suficiente, e
completo período de tempo em que se dará o Reino
terrestre de Cristo, que entendemos se tratar do
período que vai de sua primeira vinda até a sua
Segunda Vinda.
 
Pois, além de tudo que foi dito anteriormente, temos
também a maravilhosa revelação de Daniel 2.44 que
indica claramente que o reinado messiânico e eterno
do Messias teria início na época do Império Romano.
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A interpretação do sonho indica quatro grandes


reinos, a saber: 1) a cabeça de outro = império
babilônico, 2) o peito e o braço = império medo-
persa, 3) o ventre e os quadris = o império
grego e 4) as pernas e os pés = império
Romano. O texto diz: "Na época desses reis, o
Deus dos céus estabelecerá um reino que
jamais será destruído e que nunca será
dominado por nenhum outro povo. Destruirá
todos os reinos daqueles reis e os exterminará,
mas esse reino durará para sempre"(Dn 2.44).
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Jesus disse que o Reino havia chegado (Mt


12.28) e garantiu que alguns dos seus
discípulos imediatos não morreriam antes de
verem o Reino de deus vindo com poder! (Mc
9.1). "Pois ele nos resgatou do domínio das
trevas e nos transportou para o Reino do
Filho Amado"(Cl 1.13). Por esta razão é que o
Livro de Apocalipse começa declarando que
Jesus Cristo "nos constituiu reis e sacerdotes
para servir a seu Deus e Pai"(Ap 1.6).
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Jesus falou de seu reino em termos


espirituais e em ação já na presente
era: "...não vem o reino de Deus com
visível aparência... porque o reino de
Deus está dentro em vós“ (Lc.17:20,21).
E que o Reino dEle não é deste mundo
(Jo 18.36).
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Os versículos de 4 a 6 falam daqueles que estão


assentados em tronos, com autoridade para
julgar e reinar juntamente com Cristo, destacando
a figura dos mártires, pois o livro de Apocalipse
foi escrito para encorajar os crentes que estavam
sendo tremendamente atribulados naquele
período, que, hoje, é conhecido como a Era dos
Mártires. Eles perderam parentes e irmãos em
Cristo e estão correndo o risco de perderem suas
próprias vidas por causa do Evangelho.
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O Novo Testamento, que é a interpretação da


literatura veterotestamentária, não contém
nenhum tipo de indicação do
restabelecimento da teocracia do antigo Israel
por Cristo, tampouco, uma única predição
positiva ou incontestável da sua restauração;
mas contém sim, abundantes indicações do
cumprimento espiritual das antigas
promessas a Israel . Vejamos alguns textos:
A Igreja é o Israel de Deus
Mateus 21:43 Portanto, vos digo que o reino de Deus vos
será tirado e será entregue a um povo que lhe produza
os respectivos frutos.
Atos 15:14-18 4 expôs Simão como Deus, primeiramente,
visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um
povo para o seu nome. 15 Conferem com isto as
palavras dos profetas, como está escrito: 16 Cumpridas
estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído
de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei.
17 Para que os demais homens busquem o Senhor, e

também todos os gentios sobre os quais tem sido


invocado o meu nome, 18 diz o Senhor, que faz estas
coisas conhecidas desde séculos.
A Igreja é o Israel de Deus!
Romanos 9:25-27 25 Assim como também
diz em Oséias: Chamarei povo meu ao
que não era meu povo; e amada, à que
não era amada; 26 e no lugar em que se
lhes disse: Vós não sois meu povo, ali
mesmo serão chamados filhos do Deus
vivo. 27 Mas, relativamente a Israel, dele
clama Isaías: Ainda que o número dos
filhos de Israel seja como a areia do
mar, o remanescente é que será salvo.
A Igreja é o Israel de Deus!
Hebreus 8:8 : 8 E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias,
diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a
casa de Judá, 9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no
dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra
do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não
atentei para eles, diz o Senhor. 10 Porque esta é a aliança que
firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor:
na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu
coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu
povo. 11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem
cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque
todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. 12 Pois,
para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus
pecados jamais me lembrarei. 13 Quando ele diz Nova, torna
antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e
envelhecido está prestes a desaparecer.
A Igreja é o Israel de Deus!
1 Pedro 2:9
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio
real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim
de proclamardes as virtudes daquele
que vos chamou das trevas para a
sua maravilhosa luz.
A Igreja é o Israel de Deus!
Apocalipse 5:9-10
“e entoavam novo cântico, dizendo:
Digno és de tomar o livro e de abrir-
lhe os selos, porque foste morto e
com o teu sangue compraste para
Deus os que procedem de toda tribo,
língua, povo e nação 10 e para o nosso
Deus os constituíste reino e
sacerdotes; e reinarão sobre a terra.”
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

A menção "as almas dos decapitados"


em Apocalipse 20 é muito semelhante a
visão dos mártires na glória registrada
no capítulo 6.
Se fizermos uma leitura literalista deste
texto, teremos que admitir que somente
os decapitados são salvos.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

A ressurreição do corpo e o julgamento


final estão registrados no fim do capitulo
20, após a descrição do reinado de mil
anos. Que esta ressurreição é geral,
incluindo tanto incrédulos como crentes,
se deduz da frase conclusiva que diz: “E
aquele que não foi achado escrito no livro
da vida foi lançado no lago de fogo” (v.15).
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Daniel também profetizou uma


ressurreição geral: "Multidões que
dormem no pó da terra acordarão: uns
para a vida eterna, outros para a
vergonha, para o desprezo eterno" (Dn
12.2. Veja também: 2 Co 5.10; Rm
14.10-12).
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Quanto as duas ressurreições de Ap 20, a primeira (v.


5) é de caráter espiritual, sendo uma referência ao novo
nascimento e a condição de salvo, inscritos no Livro da
Vida, como se pode ver no texto paralelo que se
encontra no v.15. Pois quem nasceu de novo não sofre
o dano da segunda morte ou condenação do inferno. O
v. 14 diz que a Segunda Morte é o Lago de Fogo.
“Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus” (Rm 8.1). “Em verdade, em verdade vos digo:
quem ouve a minha palavra e crê naquele que me
enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas
passou da morte para a vida” (João 5:24).
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O Novo Testamento usa com frequência o termo


ressurreição, ressuscitados e ressurretos para descrever
a condição do crente em Cristo: “tendo sido sepultados,
juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente
fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que
o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2:12)... “Portanto, se
fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as
coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de
Deus” (Cl 3:1)... Fomos, pois, sepultados com ele na
morte pelo batismo; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim
também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6:4)
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A Primeira Vinda de Cristo nos trouxe a


primeira ressurreição, que é o novo
nascimento e a Segunda Vinda nos trará a
segunda ressurreição que será a do
corpo. A segunda morte é uma referência
ao castigo eterno, o que implica em que a
primeira ressurreição, mencionada por
João, não seja uma ressurreição física.
( Ap 20.6)
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Jesus ensinou claramente que a ressurreição


seria geral, para todos, crentes e não crentes,
uns para vida e outros para a condenação:
“Não vos maravilheis disto, porque vem a
hora em que todos os que se acham nos
túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que
tiverem feito o bem, para a ressurreição da
vida; e os que tiverem praticado o mal, para a
ressurreição do juízo” (João 5.28,29).
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6

O Novo Testamento sempre diz que o


Juízo Final se seguirá a Segunda Vinda
de Cristo (2 Ts 1.7-10; Mt 16.27; 25.31-
32; Jd 14-15 e Ap 22.12.
Não existem duas segundas vindas de
Cristo e duas ressurreições diferentes.
O Amilenismo e o Apocalipse 20.1-6
 A Parábola das Dez Virgens ensina que não há esperança de
vida e nem de salvação para os perdidos após a Segunda
Vinda de Jesus. Ficando, assim, descartada a ideia de uma
segunda oportunidade de vida e salvação para os não salvos
após o Arrebatamento da Igreja.

 Porque razão Jesus, após sua vinda gloriosa, deveria ainda


ter de governar sobre seus inimigos com vara de ferro, e
ainda ter de esmagar uma desnecessária rebelião no fim do
milênio? Por que, então, haveria espaço para mais uma
rebelião e mais uma guerra após a destruição do último
inimigo (1Co 15) por ocasião da Segunda Vinda de Cristo?
Conclusão
Portanto, Apocalipse 20, não está ensinando nada novo e nem
diferente do ensino de Jesus e de seus Apóstolos que deixaram claro
que a Primeira Vinda de Cristo inaugurou o Reino de Deus e que
Jesus reina do seu trono celestial colocando um a um de seus
inimigos debaixo de seus pés, cujo último inimigo, a morte, será
destruído por ocasião da sua Segunda Vinda, que é única, pessoal,
visível, portentosa, em meio a labaredas de fogos, promovendo uma
ressurreição geral de todos para o Juízo Final, quando o joio será
separado do trigo e os bodes do meio das ovelhas. Os mortos em
Cristo ressuscitarão e receberão corpos espirituais e indestrutíveis
capacitados para viver a eternidade na Jerusalém Celestial. Não
pertencemos a Jerusalém terrena, nossa cidadania é celeste!
Aguardamos novos céus e nova terra, nossa morada celestial que
Jesus foi preparar!

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