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A RACIAL
A ideologia, o pacto e o
mito
Raça e Imigração em São Paulo
Imigração europeia
■ As culturas nacionais são compostas não apenas por instituições culturais, mas também
de símbolos e representações. Uma cultura nacional é um discurso – um modo de
construir sentidos que influencia e organiza tanto nossas ações quanto a concepção que
temos de nós mesmo.
■ As culturas nacionais, ao produzir sentidos sobre a nação, sentidos com o quais
podemos nos identificar, constroem identidades. Esses sentidos são contidos nas
histórias que são contadas sobre a nação... (Stuart Hall)
Von Martius
■ Uma das primeiras atividades do IHGB foi a realização de um concurso para avaliar a
melhor proposta de pesquisa e divulgação da história do Brasil, quando saiu vitorioso o
opúsculo Como se deve escrever a história do Brasil, redigido por Carl Friedrich Philippe
von Martius.
■ O ponto de vista do autor era absolutamente claro em frisar a ligação entre historiadores,
historiografia e Estado. Para ele, o historiador deveria estar a serviço da pátria, e, em termos
de Brasil, isso significava escrever a história como um "historiador monárquico-
constitucional", evitando tanto uma "história-crônica", composta por uma multidão de fatos
estéreis, quanto uma história por demais "erudita". Afinal, o objetivo da história era atingir o
"povo", com uma linguagem "popular" e "nobre".
■ Além dessas prescrições, von Martius salientou que o traço realmente distintivo do
Brasil era o encontro de três raças (africanos, europeus e ameríndios). A história
brasileira deveria ser a história desse encontro, do processo de formação de uma
população mestiça e do aperfeiçoamento dessa gente por meio da liderança civilizadora
do branco.
Discurso da ■ Em meio ao processo de abolição da
escravatura, abolicionistas como Joaquim
■ A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por
insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil,
como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma
revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da
população
livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e
praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
■ Antropólogos, como Peter Fry e Lilia Schwarcz, reforçam que a Democracia Racial não
é um mero discurso ideológico de falseamento da realidade, mas um conjunto de
valores antirracistas que orientam a sociedade brasileira.
■ Apesar da hierarquia racial e da violência, a crença em na vocação do Brasil para uma
fraternidade racial, em muitas situações, desestrutura as tensões raciais. O Brasil vive as
contradições entre a circulação de ideias e práticas que sustentam hierarquias raciais e
um imaginário antirracista.
Fernando Ortiz
■
A segunda fase da produção intelectual de Fernando Ortiz vai de
1913 até 1940, esse período apresentou uma profunda mudança de
orientação teórica em seus trabalhos sendo de relevo a influência
da sociologia estadunidense e em especial a dos antropólogos
Bronislaw Malinowski e de Franz Boas.
Esses pensadores produziram uma renovação teórica nos estudos
antropológicos do início do século XX, em toda a América Latina
em Ortiz. Como de resto toda a intelectualidade latino-americana
do período buscava nessas referências a “autoridade” que iria
conferir caráter científico para seus trabalhos.
A incorporação do negro à
identidade cubana e construção de
uma cidadania negra
■ Nesse sentido, Ortiz buscou estudar os elementos
da cultura dos negros a partir da vida e do
cotidiano dos negros cubanos, elementos que
anteriormente haviam sido desprezados pela
historiografia e pelos pensadores, agora eram
discutidos e estudados, por que esses elementos
permitiriam entender a identidade cubana. Nesse
projeto de interpretação e investigação da cultura
cubana o negro passa a ser integrado a cultura
nacional