Aula 17-10 - Exame Fisioterapeutico

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Exame Fisioterapêutico

Normas e Planeamento

NEUROLOGIA
Normas que regem o Exame
Fisioterapêutico
 A principal função da Fisioterapia
consiste na avaliação e no tratamento
das funções motoras que fazem parte
da vida cotidina do paciente.
 O paciente deve tornar-se capaz de
voltar ao seu ambiente social e ao seu
trabalho habitual com o máximo
possível de autonomia.
Normas que regem o Exame
Fisioterapêutico
 O exame fisioterapêutico representa o
primeiro passo no processo terapêutico.

 O exame tem por objectivo conhecer os


recursos e as deficiências do paciente,
a fim de criar a base para o tratamento.
Normas que regem o Exame
Fisioterapêutico
 A avaliação neurológica compreende 7
etapas:
– Função cerebral
– Nervos cranianos
– Sistema motor
– Sistema sensitivo
– Avaliação Funcional
– Reflexos
– Sinais Vitais
Normas que regem o Exame
Fisioterapêutico
 Deve-se obter informações com relação
a doença e sua evolução: se é
intermitente, progressiva, recidivante ou
em surto isolado.
Normas que regem o Exame
Fisioterapêutico
 Caso 1: A Sra. R sofre de D. Parkinson
em estágio avançado. Ela mora sozinha
no 3º andar, em prédio sem elevador.
Seus parentes mais próximos vivem a
200 km.
 Caso 2: O Sr. T Sofre de D. Parkinson
em fase avançada, vive com a esposa
em residência térrea, numa instituição
residencial com acompanhamento.
Normas que regem o Exame
Fisioterapêutico
 O principal objectivo nos dois casos é
retornar às condições domiciliares.
 A Sra R será obrigada a subir 3 andares,
então as medidas terapêuticas são
determinadas por suas condições
domiciliares.
 Ela vive sozinha, logo nao temos a
opção de parentes, teremos que discutir
alternativas com o paciente ( ex.
Visinhos)
Normas que regem o Exame
Fisioterapêutico

 Podemos obter o melhor resultado para


o paciente se considerarmos todas as
informações disponíveis, desde que
tenham influência direta ou indireta nos
sintomas do paciente e seu tratamento
Elementos que compões o exame
Fisioterapêutico
 Amamnese
- Dados pessoais
- Doença actuale doenças pregressas.
- O medicamento usado atualmente
- Os resultados dos exames médicos.
- Antecedentes familiares.
- História social
- Anamnese profissional
- Nivel funcional anterior ao evento
- Fisioterapia que o paciente receber até agora.
Sinais Vitais
Sinais Vitais

Os sinais vitais dão informações


importantes sobre funções básicas do
corpo: pressão arterial, pulso
(frequência cardíaca), respiração
(frequência respiratória) e temperatura
corporal.
Sinais vitais

a. Temperatura corporal

Representa um equilíbrio entre o calor


produzido ou adquirido pelo corpo e a
quantidade perdida.
Sinais vitais
Para medir a temperatura corporal:

 Pode ser medida em diferentes partes


do corpo: boca, recto, orelha ou axila.
 Siga as instruções do termómetro.
 Limpe o termómetro após cada uso.
 Use termômetros diferentes para cada
pessoa, se possível.
Sinais vitais

A temperatura corporal varia de pessoa


para pessoa.
 Temperatura corporal é geralmente
menor de manhã e maior mais tarde no
dia.
Sinais vitais

Temperatura corporal média de cada


local do corpo:

 Boca: 37°C.
 Reto: 37.5°C.
 Orelha: 37.5°C.
 Axila: 36°C.
Sinais vitais

 Anormalidades da temperatura
corporal

 Pirexia ou Febre
 Hiperpirexia ou Hipertermia - > de
41,1°C
 Hipotermia - < 34, 4 °C
Sinais vitais

Factores que influenciam a temperatura


corporal:
Hora do dia
Idade ( crianças – temperatura mais baixas
por causa da imaturidade do seu sistema
termorregulador)
Emoções
Exercícios
Sinais vitais
 Ciclo menstrual (devido ao aumento da
progesterona)
 Gestação (aumento da actividade metabólica)
 Ambiente exterior
 O local da medição
 Ingestão de alimentos quentes (abster do
fumo e alimentos quentes por pelo menos 15
minutos antes )
Avaliação da temperatura corporal

Tipos de termómetros

 Termómetro Clínico de Vidro


Estão calibrados de 34 °C ou 35 °C a 42
°C ou 42,2 °C
Sinais vitais

b. Pulso (frequência cardíaca)

É o número de batimentos por minutos


O ritmo do pulso numa pessoa normal deve
ser normal ou constante.
Sinais vitais

 Terminologia:
-Nomocardia: Frequência normal
-Braquicardia: Frequência abaixo do
normal
-Bradisfigmia: Pulso fino e bradicárdico
-Taquicardia: Frequência acima do
normal
-Taquisfigmia: Pulso fino e taquicárdico
Frequência cardíaca ou pulso normal:
 Feto – 120 a 160 batimentos por minutos
 Recém-nascidos: 70 a 170 batimentos por
minutos (com uma média de 120
batimentos por minutos)
 homens: 60 a 70 batimentos por minuto.
 Mulheres : 65 a 80 batimentos por minuto
 Atletas bem treinados: 40 a 60 batimentos
por minuto.
Factores que influenciam a frequência
cardíaca
Idade
Sexo (sexo masculino com frequência
menor)
Emoções
Exercícios
Calor sistémico ou local (a febre aumenta
a frequência cardiaca)
Avaliação do pulso
As artérias mais utilizados:
 Radial
 Carótida
 Femoral (região inguinal)
 Temporal (superior e lateral ao canto
dos olhos)
 Braquial
 Poplítea (atrás do joelho)
 Pedal (dorso do pé)
Procedimentos
 Lavar as mãos
 Explicar ao paciente
 Colocá-lo em posição confortáveol de
preferência deitado ou sentado com o
braço apoiado e a palma da mão voltada
para baixo
 Colocar a polpa dos dois dedos médios
sobre o local escolhido
 Pressione levemente até localizar os
batimentos.
 Com um relógio, conte os batimentos
cardíacos por 1 minuto, ou por 30
segundos multiplicando por 2
 Nunca verifique o pulso com as mãos
frias(vasoconstrição)
 Em caso de dúvida, repetir a contagem
 Nunca usar dedo polegar para verificação
 Antes da verificação deixar o paciente em
descanso por aproximadamente 20
minutos.
Sinais vitais

c. Respiração (frequência respiratória)

Números de frequência respiratória por


minuto.
Inspiração ou a expiração deve ser
contada mas não ambas
Sinais vitais
Respiração (frequência respiratória)
normal, pela idade:
Recém-nascidos: 44 respirações por
minuto.
Bebés: 20 a 40 respirações por minuto.
Crianças em idade pré-escolar: 20 a 30
respirações por minuto.
Crianças mais velhas: 16 a 25 respirações
por minuto.
Adultos: 12 a 18 respirações por minuto.
 Idosos: 19 a 26 respirações por minuto.
Sinais vitais

Factores que influenciam a frequência


respiratória:
Idade
Constituição física
Estatura (altos e magros mais capacidade
vital)
Exercícios
Posição do corpo
Sinais vitais
d. Pressão Arterial
Força que o sangue exerce contra a parede
vascular.
1º som – Pressão sistólica (contracção
ventricular )e é a mais elevada
2º som – Pressão diastólica (relaxamento
ventricular) e é a mais baixa.
 Pressão arterial normal, pela idade:
 Adulto - 120 – 80 mmHg
Sinais vitais

Factores que influenciam a pressão


sanguínea:
 Volume sanguíneo (hemorragia – diminui a
pressão)
 Diâmetro ou elasticidade das artérias
 Idade
 Exercício físico
 Posição do braço
Avaliação da Consciência
 Percepção do indivíduo consigo mesmo
e com o meio ambiente em que vive.
 Significa que o mesmo responde às
perguntas e/ou comandos de forma
clara, objetiva e orientada.
 O nível de consciência expressa o grau
de alerta comportamental do indivíduo,
o estado de alerta e vigília.
Avaliação do conteúdo da
Consciência
 Necessária capacidade cognitiva
preservada para a maior parte do
exame;
 No conteúdo são realizadas as
seguintes avaliações: atenção e
concentração, memória, estado afetivo,
linguagem, raciocínio e orientação.
Orientação
 É a consciência de tempo, espaço e
pessoa. Pode-se fazer algumas
perguntas sobre identificação pessoal,
nome, profissão, etc.
 Na avaliação temporal: perguntar mês,
dia da semana, dia do mês.
 Na avaliação espacial: perguntar sobre
o local onde o paciente se encontra, o
endereço de sua casa, etc.
 Elementos básicos para a avaliação do
nível de consciência:
– Perceptividade: corresponde a respostas
complexas, como gestos e palavras, ou
mais simples, como piscar à ameaça.
– Reatividade: relacionada com mecanismos
presentes desde o nascimento, como
visão, audição, reação de despertar,
reação de orientação e reações focais e
gerais à dor.
Estímulos

 Auditivos: inicialmente tom de voz


normal, se não houver resposta elevar
tonalidade. Na presença de respostas,
avaliar o grau de orientação do paciente.
 Táteis: podem ser aplicados junto aos
auditivos para despertar o paciente. Se
não ocorrer resposta, estímulos
dolorosos devem ser aplicados.
Cont.
 Dolorosos: método mais indicado é a
aplicação de uma compressão
perpendicularmente ao leito ungueal
proximal (mãos ou pés), com a ajuda de
instrumentos (caneta, lápis ou a própria
unha).
 Outras áreas: região supra orbital,
músculo trapézio e esterno.
 Estímulos intensos e repetidos podem
causar lesões na pele, hematomas ou
outros traumatismos locais e psicológicos.
Alterações no Nível de Consciência
 Rebaixamento do nível de consciência é o
parâmetro mais sensível de insuficiência
encefálica.
 Pode ter início com pequena confusão
mental, com dificuldade de elaboração de
frases e armazenamento de informações,
podendo chegar à sonolência até o coma.
Alterações mais comuns
 Letargia ou sonolência: paciente acorda
ao estímulo auditivo, está orientado no
tempo, espaço e pessoa, responde lenta e
vagarosamente ao estímulo verbal, à
elaboração de processos mentais e à
atividade motora.
 Cessado o estímulo verbal, retorna ao
estado de sonolência.
 Estado confusional agudo ou delirium:
sintomas de início agudo, de caráter
flutuante e com intervalos de lucidez.
 Pode apresentar um ou + sintomas:
inatenção aos estímulos, diminuição da
capacidade de concentração,
desorganização e incoerência do
pensamento, desorientação em relação ao
lugar e ao tempo, distúrbios de memória,
rebaixamento do nível de consciência
(sonolência), entre outros.
 Obnubilação: paciente muito sonolento,
ou seja, necessita ser estimulado
intensamente, com associação de
estímulo auditivo mais intenso e estímulo
tátil.
 Pode responder a comandos simples (p.
ex.: quando solicitado para colocar a
língua para fora da boca).
 Responde apropriadamente ao estímulo
doloroso.
 Estupor ou torpor: mais sonolento,
não responsivo, necessitando de
estimulação dolorosa para responder.
 Responde apropriadamente ao
estímulo doloroso, apresenta resposta
com sons incompreensíveis e/ou com
abertura ocular.
 Coma: estado em que o indivíduo não
demonstra conhecimento de si próprio e
do meio ambiente, com ausência do nível
de alerta, ou seja, inconsciente, não
interagindo com o meio e com os
estímulos externos, permanecendo com
os olhos fechados, como em um sono
profundo.
 Neste estado o paciente apresenta
apenas respostas de reatividade.
Escala de Coma de Glasgow
Avaliação Pontuação
1. Abertura ocular Espontânea 4 pontos
Por Estimulo Verbal 3 pontos
Por Estimulo A Dor 2 pontos
Sem Resposta 1 ponto

2. Resposta verbal Orientado 5 pontos


Confuso (Mas ainda responde) 4 pontos
Resposta Inapropriada 3 pontos
Sons Incompreensíveis 2 pontos
Sem Resposta 1 ponto
3. Resposta motora Obedece Ordens 6 pontos
Localiza Dor 5 pontos
Reage a dor mas não localiza 4 pontos
Flexão anormal – Decorticação 3 pontos
Extensão anormal - Decerebração 2 pontos
Sem Resposta 1 ponto
Escala de Coma de Glasgow

Classificação do paciente
A escala de coma serve para classificar os pacientes
em coma.

Coma Score
Grave <8
Moderado 9 – 12
Leve >12
Escala de Coma de Glasgow
Escala de Coma de Glasgow

Em que ano
estamos?
Solta!Almoço!Não

Hugh! Ahrr!

2002 1972
Escala de Coma de Glasgow
Considerações

 Quando a pontuação for inferior ou


igual 8, faz-se necessário a avaliação
dos demais parâmetros:
– Pupilas
– Motricidade ocular
– Padrão respiratório
– Padrão motor
Exame pupilar

 Avaliar diâmetro, simetria, assimetria e


reflexo fotomotor;
 Comparar uma pupila à outra;
 Diâmetro normal: em média 3,5mm;
 O diâmetro pode ser medido com uma
régua ou por pupilômetro.
Exame da movimentação ocular
extrínseca
 Realizado em pacientes em coma;
 Avaliados os movimentos dos nervos
cranianos (oculomotor, troclear e
abducente);
 Avaliação realizada em 5 etapas:
– Movimentos oculares espontâneos;
– Manobra dos olhos de boneca
– Manobra vestíbulo-ocular;
– Reflexo córneopalpebral;
– Pálpebras.
Avaliação da Função Motora
Av. Coordenação Motora
Coordenação motora

Capacidade de executar movimentos


regulares, acurados (precisos) e
controlados.

É um processo complexo e depende de


um sistema neuromuscular intacto.
Av. Coordenação Motora

Características da coordenação

 Tem uma velocidade


 Distância
 Direcção
 Ritmo
 e tensão muscular apropriados.
Av. Coordenação Motora
Incoordenação e Deficiência de
Coordenação
Funcionamento motor anormal.

Caracterizado por:
 movimentos desajeitados,
 estranhos,
 irregulares ou
 inacurados.
Av. Coordenação Motora

Essas deficiências estão muitas


vezes relacionadas com lesões em
áreas que envolvem o SNC.
Av. Coordenação Motora
Objectivos de uma avaliação da
coordenação motora:
 Avaliar a capacidade dos músculos ou
grupos de músculos que operam em
conjunto, na execução de uma tarefa ou
actividade funcional;

Auxiliar na formulação de metas e de


planos terapêuticos
Av. Coordenação Motora

 Proporcionar uma base para o


desenvolvimento de um programa de
exercícios terapêuticos projectados
para o melhoramento da coordenação;

 Ao longo do tempo, determinar os


efeitos da intervenção terapêutica na
melhoria da coordenação.
Procedimentos para a execução dos
testes
 Ex de movimentos grosseiros:
 Rastejar
 Andar de joelhos
 Ficar de pé
 Andar
 Correr
Testes

Disdiadococinesia
 Dedo ao nariz
 Alternância do nariz ao dedo
 Pronação e supinação
 Flexão – extensão do joelho
 Andar com alternância de velocidades
Testes

Dismetria
 Dedo que aponta e ultrapassagem do
dedo que aponta
 Desenho de um circulo ou oito
 Calcanhar na canela
 Colocação dos pés sobre marcadores
no assoalho durante a caminhada
Testes

Decomposição de movimentos
 Dedo ao nariz
 Dedo ao dedo do terapeuta
 Alternância do calcanhar ao joelho
 Dedão do pé ao dedo da mão do
terapeuta
Testes

Hipotonia
 Movimentos passivos
 Reflexos tendinosos profundos
Testes

Tremor intencional
 Observa-se durante as actividades
(aumenta ao se aproximar do alvo)
 Dedo ao nariz
 Dedo ao dedo do terapeuta
 Alternância do calcanhar ao joelho
 Dedão do pé ao dedo da mão do terapeuta
Testes

Tremor de repouso
 Observa-se durante o repouso
 Diminui com a actividade
Testes

Astenia
 Fixação ou sustentação da posição
(MMSS e MMII
 Aplicação de resistência manual para
avaliação da força muscular
Testes

Rigidez
 Movimentos passivos
 Observa-se durante as actividades
 Observa-se as posturas em repouso
Testes

Bradicinesia
 Andar e observa-se o balanço dos braços
 Marcha alternando a velocidade e a
direcção
 Actividades em que a marcha é
abruptamente interrompida
 Observa-se durante as actividades
Testes

Distúrbio da postura
 Fixação ou sustentação da posição (MMSS
e MMII
 Testar o equilíbrio inesperadamente tanto
sentado como de pé
 De pé altere a base de sustentação
 De pé um à frente do outro
 Equilíbrio com um só pé
Testes
Distúrbios da marcha
 Andar ao longo de uma linha recta
 Andar de lado
 Para trás
 Marchar no lugar
 Alterar a velocidade das actividades da
marcha
 Andar em círculos
Avaliação Sensorial
Avaliação Sensorial

Pode estar associado a qualquer


doença ou traumatismo que afecta o
Sistema Nervoso.
Avaliação Sensorial
Há comprometimento sensirial quando ha
lesão:
Receptores;
Nervos periféricos;
Medula espinhal;
Tronco cerebral;
Tálamo;
Bulbo;
Córtex
Protocolo de Testes
1. Sensações Superficiais:
a. Dolorosa (dor)
Com um alfinete de cabeça grande
(uma aguda e uma romba) são
colocados aleatoriamente.
Os estímulos não devem ser
colocados perto demais um do
outro.
Protocolo de Testes
 Resposta:
Pede-se ao paciente para indicar
quando um estímulo é sentido.
- Agudo
- Amortecido
- Não sentiu.

Toda área do corpo deve ser testado.


Protocolo de Testes
b. Térmica

Dois tubos de ensaio com rolha. Uma


com água quente e outra com
água fria com pedaços de gelo.
• Temperatura para frio (5º - 10ºc)
• Temperatura para quente (40 º-
45ºc)
Protocolo de Testes
Os tubos vão ser aleatoriamente
colocados em contacto com a região
a ser testada.

Resposta
-Quente
-Frio
-Nada
Protocolo de Testes
c.Táctil (tacto leve)
Usa-se um pincel ou pedaço de
algodão ou pano.
A área a ser testada é levemente
tocada ou percutida
Protocolo de Testes
d.Pressão
Com o polegar ou a ponta do primeiro
dedo do terapeuta faz-se uma
aplicação de uma firme pressão
sobre a pele.
 Resposta
O paciente indica se reconhece o
estímulo sim, não ou agora.
Protocolo de Testes
2. Sensações Profundas
a. Sentido da posição
(propriocepção)

Avalia o sentido da posição articular.


O membro é movido num sentido de
movimento e mantido numa
posição estática
Protocolo de Testes
 Resposta

A posição é mantida pelo terapeuta e


pedimos ao paciente que descreva
verbalmente o movimento ou que
repita o movimento com o outro
membro.
Protocolo de Testes
b. Sentido de movimento (Cinestesia)

Avalia a percepção do movimento.

O membro é movido passivamente


através da amplitude de movimento.
Protocolo de Testes
 Resposta
Pede-se ao paciente que indique
verbalmente a direcção do movimento
que está a ser feito (para cima, para
baixo, para dentro, para fora).

OBS: A pressão da mão do terapeuta


deve se manter contante.
Protocolo de Testes
3. Sensações combinadas
a. Estereognosia (Reconhecer a forma dos objectos)
Utiliza-se objectos com formas e
tamanhos diferentes. Objectos
pequenos e de fácil obtenção e que
se supõe que o paciente conhece
(familiar).

Ex: chaves, moedas, alfinetes …


Protocolo de Testes
Permite-se que paciente manipule os
objectos.

Resposta
Pede-se ao paciente que nomeie
verbalmente o objecto.
Protocolo de Testes
b. Barognosia
Utiliza-se uma série de pequenos
objectos do mesmo tamanho mas
com pesos graduados.

Pode-se colocar uma série de


diferentes pesos na mesma mão ou
um de cada vez, ou pesos
diferentes uma em cada mão.
Protocolo de Testes
 Resposta
Pedimos que compare os pesos, o 1º
do 2º, ou quando aplicados em
simultâneo em ambas as mãos
pede-se para comparar os dois.
O paciente pode dizer mais leve ou
mais pesado.
Protocolo de Testes
c. Grafestesia
Reconhecimento de letras, números e
desenhos traçados sobre a pele é
avaliado pelo uso de um lápis
dermográfico.
Pode se utilizar uma série de
combinações traçadas na palma
da mão do paciente.
Protocolo de Testes
 Resposta

O paciente identifica verbalmente as


figuras desenhadas sobre a palma
da mão.
Protocolo de Testes
d. Discriminação entre dois pontos
Avalia a c apacidade de perceber dois
pontos aplicados simultaneamente à
pele.

A cada sucessiva aplicação vai-se


aproximando gradativamente as duas
extremidades até que o paciente
perceba o estímulo como um só.
Protocolo de Testes
A menor distância percebida pelo
paciente deve ser medido com uma
régua e registada (comparações).

Resposta
Pede-se ao paciente que identifique a
percepção de um ou dois pontos.
Protocolo de Testes
e. Vibração
Avalia a capacidade de percepção de
estímulos vibratórios.
A base de um diapasão é colocada
junto a uma protuberância óssea
(esterno, cotovelo, ou tornozelo ou
hálux).
Pode-se utilizar aleatoriamente um
estímulo vibratório e não vibratório.
Protocolo de Testes
 Resposta

Pede-se ao paciente que identifique


verbalmente o estímulo como
vibratório ou não.
Protocolo de Testes
f. Reconhecimento da textura
Utiliza-se pedaços de pano de
algodão, seda, lã que são
colocados individualmente na mão
do paciente e permite-se que ele
manipule a amostra
Protocolo de Testes
Resposta
Pede-se que identifique as diferentes
texturas à medida que são colocadas
na sua mão.
Ele pode identificar pelo nome ou
pela textura (áspera, lisa)
AVALIAÇÃO FUNCIONAL
Avaliação Funcional
 Actividades funcionais são aquelas que
o indivíduo identifica como essenciais
para a manutenção do bem estar físico
e psicológico.
 Essas actividades exigem a integração
de recursos cognitivos e efectivos com
habilidades motoras.
 Ela não é individualista pois existem
certas actividades que são comuns a
todas as pessoas.
 Está relacionado com a avaliação das
actividades da vida diária (AVD’s).
 Indivíduos com problemas físicos e
mentais tem limitação na sua
capacidade de efectuar as AVD’s.
 Incapacidade funcional – é
impossibilidade de um indivíduo
funcionar normalmente, como resultado
de um comprometimento.
Função física
 Refere-se àquelas habilidades sensório
motores necessárias ao desempenho das
actividades diárias.
 Ex:
Sair da cama
Andar
Subir escadas
Tomar banho
 Actividades Básicas da vida diária
(ABVD)
 Alimentar-se
 Vestir-se
 Higiene
 Mobilidade física
Função Mental

 Diz respeito à capacidade intelectual ou


cognitiva do indivíduo.
 Factores como iniciativa, atenção,
concentração, memória, resolução de
problemas, fazem parte das funções
mentais.
Função afectiva

 Refere-se às habilidades e estratégias


de lidar com problemas e dificuldades
do dia-a-dia, bem como com eventos
traumáticos e estressantes.
 Factores como a auto-estima, auto-
imagem, ansiedade, depressão e
capacidade de lidar com mudanças são
ex. de funções efectivas.
Função social
 Implica na capacidade de um indivíduo em
interagir com outras pessoas de forma bem
sucedida, no desempenho das suas funções
e obrigações sociais.
 Ex de função social: grau de integração
social (participação em actividades
recreativas e ou em clubes),
comportamentos sociais (telefonar ou visitar
amigos e parentes)
FIM

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