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PELE

• Maior órgão do corpo humano


É composta pela:

 Epiderme
 Derme
 Hipoderme/Subcutâneo
EPIDERME

 Camada mais externa


 Composta de 4 estratos de epitélio escamoso:
 Córneo (mais externo)
 Granuloso
 Espinhoso (mais espesso)
 Basal (mais interno)
 Queratinócitos
 Espessura (varia com a localização, idade ou sexo)
 Período de regeneração: + ou – 4 semanas.
EPIDERME
DERME

 Camada Intermediária.
 Também conhecida como cório ou pele verdadeira.
Composta de 2 estratos:
 Papilar (mais próximo a epiderme)
 Reticular
DERME
HIPODERME/SUBCUTÂNEO

 Compõe-se de fibras de tecidos conjuntivos,


que sustentam o tecido adiposo.
 É atravessada por vasos sanguíneos mais
calibrosos.
 Ocorre o metabolismo dos carboidratos e a
lipogênese. (Síntese de ácidos graxos e triglicérides, que serão
armazenados subsequentemente no fígado e no tecido adiposo.)
 É uma camada de ligação e isolante do frio e
calor exacerbados.
HIPODERME/SUBCUTÂNEO
FUNÇÕES DA PELE

Manter a integridade do corpo;


 Proteger o corpo contra infecções, lesões ou
traumas;
 Absorver e excretar líquidos;
 Manter a temperatura corpórea;
 Sintetizar vitamina D com a exposição ao Sol;
 Agir como órgão do sentido;
 Exercer papel estético.
INTRODUÇÃO
O Tratamento de feridas se refere a proteção
de lesões contra a ação de agentes externos
físicos, mecânicos ou biológicos, tendo com
objetivo reduzir, prevenir e/ou minimizar os
riscos de complicações decorrentes. Antes da
seleção e aplicação de um curativo, é necessária
uma avaliação completa da ferida, do seu grau
de contaminação, da maneira como esta ferida foi
produzida, dos fatores locais e sistêmicos e da
presença de exsudato, como forma de agilizar o
processo de cicatrização e proteger a ferida.
FERIDAS E SUAS
CLASSIFICAÇÕES
Ferida e Úlcera

Ferida: Lesão do tecido em decorrência de trauma


mecânico, físico ou térmico ou que se desenvolva a partir
de uma condição patológica ou fisiológica, que deve se
fechar em até 2 semanas.

Úlcera: A Ferida se torna uma úlcera após seis semanas


de evolução sem intenção de cicatrizar.
Classificação de Feridas

1. Quanto a causa

2. Quanto a evolução

3. Quanto a presença de infecção

4. Quanto ao comprometimento tecidual


Classificação de Feridas

1. Quanto a causa:

Cirúrgicas ou Resultante de uma cirurgia ou de


traumáticas um trauma.
Classificação de Feridas

1. Quanto a causa:

Ocorre como consequência de uma


Patológica patologia, (úlcera de pressão,
s neoplasia, úlceras venosas e
arteriais).
Classificação de Feridas

1. Quanto a causa:

Iatrogênica Resultantes de procedimentos ou


s tratamentos (radioterapia).
Ferida Cirúrgica e Ferida Traumática
Ferida Patológica
Ferida
Iatrogênica
Classificação de Feridas

2. Quanto a evolução:

Feridas de fácil resolução,há ruptura da


vascularização e desencadeamento
Aguda imediato de hemostasia (cortes ,
escoriações, queimaduras)

Feridas de longa duração (desvio do


Crônica processo cicatricial fisiológico.)
Aguda Crônica
Classificação de Feridas

3. Quanto a presença de infecção:

Limpa Isenta de microrganismos.

Lesões com tempo inferior


Limpa Contaminada 6h entre o trauma e o
atendimento inicial.
Classificação de Feridas

3. Quanto a presença de infecção:

Contaminad Feridas cujo tempo de atendimento


a foi superior a 6h após o trauma

Infectad
Presença de agente infeccioso local.
a
Ferida
Limpa
Ferida
Contaminada
Ferida Infectada
CLASSIFICAÇÃO DE LPP

4. Quanto ao comprometimento
tecidual:
Pele íntegra, com sinais de hiperemia,
Estágio I descoloração ou endurecimento.
CLASSIFICAÇÃO DE
LPP
4. Quanto ao comprometimento
tecidual:
A epiderme e a derme estão
Estágio
rompidas, podendo envolver tecido
II subcutâneo, e com hiperemia , bolhas
e cratera rasa.
Classificação de Feridas
4. Quanto ao comprometimento
tecidual:
Perda total do tecido cutâneo,
Estágio III necrose do tecido subcutâneo até a
fáscia muscular;
Classificação de Feridas
4. Quanto ao comprometimento
tecidual:
Grande destruição tecidual, com
Estágio IV necrose, atingindo músculos,tendões e
ossos
Os quatro estágios
(Camadas da pele)
Os quatro estágios
(Imagens para diferenciação)
Cirúrgica ou
traumática
Patológic
Quanto a causa a

Iatrogênicas
Aguda

Quanto a evolução
Crônica
Limpa

Quanto a Limpa Contaminada


presença
de infecção Contaminada Estágio I

Infectad
a Estágio II
Quanto ao comprometimento
tecidual
Estágio III

Estágio IV
Avaliando a ferida

Localização
Tempo
Exsudato
Odor
Borda
Avaliando a ferida

Tamanho
Leito da ferida
Pele ao redor
Tipo de curativo
Infectada ?
Avaliando a ferida
Tecido de
Granulação

Sadio Doente

 Vermelho vivo  Vermelho escuro


 Brilhante  Sem brilho ou
 Não sangra facilmente ressecado
ou muito pouco  Sangra com abundância
Avaliando a ferida

Dificuldades na identificação
de feridas infectadas

 Os sintomas de inflamação da fase inicial


podem ser confundidos com sintomas de
infecção;
 Doentes imunossupressos podem não
apresentar sintomas clássicos de inflamação ou
sequer de infecção;
Avaliando a ferida

Dificuldades na identificação
de feridas infectadas

 Uma ferida que não cicatriza pode ser o único


sintoma da presença de infecção;
 Má interpretação ou desprezo de resultados
microbiológicos;
 Desvalorizar ou super-valorizar presença ou
ausência de alguns sinais de exsudato purulento.
Avaliação do estado da ferida
 Mensuração,
 Extensão do tecido envolvido,
 Localização anatômica,
 Tipo de tecido no leito da
ferida,
 Cor da ferida,
 Exsudato,
 Borda da ferida,
 Infecção.
Avaliação do estado da ferida
Mensuraçã
o

Compriment
Largura Profundidade
o
Avaliação do estado da ferida

Extensão do tecido envolvido

Estruturas envolvidas

Estadiamento
Avaliação do estado da ferida

Localização
anatômica

Potencial de contaminação

Documentação
Avaliação do estado da ferida

Tipo de tecido no leito da ferida

Tecidos viáveis

Granulação e epitelização

Tecidos inviáveis

Fibrina desvitalizada, tecidos necróticos


Avaliação do estado da ferida

Cor do tecido (Vermelho Amarelo Preto

Granulação Rosa, vermelho pálido, vermelho


vivo

Fibrina Amarelo, marrom

Necrose Cinza, negra


Avaliação do estado da ferida

Exsudato

Volume Cor

Odor Consistência
Avaliação do estado da ferida

Exsudato

Sanguinolento: Fino, vermelho brilhante;


Serosanguinolento: Fino, aguado, de vermelho pálido
para róseo;
Seroso: Fino. Aguado, claro;
Purulento: Fino ou espesso, de marrom opaco para
amarelo;
Purulento pútrido: Espesso, de amarelo opaco para
verde, com forte odor.
Avaliação do estado da ferida

Bordas da ferida

Epitalização Irregular

Necrose Infecção

Isquemia Colonização

Contaminaçã
Macerada
o
Avaliação do estado da ferida

Bordas da ferida

Indistinta, difusa: Não há possibilidade de distinguir


claramente o contorno da ferida;
Aderida: Plana / nivelada com o leito da ferida, sem
presença de paredes;
Não-aderida: Presença de paredes; o leito da ferida é
mais profundo que as bordas;
Avaliação do estado da ferida

Bordas da ferida

Indistinta, difusa Aderid Não-aderida


a
Avaliação do estado da ferida

Bordas da ferida

Enrolada para baixo, espessada / grossa: De macia


para firme e flexível ao toque;
Hiperqueratose: Formação de tecido caloso ao redor
da ferida e até as bordas
Fibrótica, com cicatriz: Dura, rígida ao toque.
Avaliação do estado da ferida

Bordas da ferida

Enrolada para baixo, Hiperqueratose Fibrótica, com cicatriz


espessada / grossa
Avaliação do estado da ferida

Infecção

Sinais clínicos de infecção: dor, calor,


hiperemia, mudança na cor do exsudato, odor.

Swab
Cultura Aspiração
Biópsia
Cicatrização

Após ocorrer a lesão a um tecido, imediatamente


iniciam-se fenômenos dinâmicos conhecidos como
cicatrização, com a finalidade de restaurar o tecido
lesado.

Cicatrização nada mais é do que uma cascata de


eventos celulares e moleculares, que envolvem
processos bioquímicos e fisiológicos, sendo estes
dinâmicos e simultâneos.
Processo de cicatrização

Tipos de cicatrização

• Primeira intenção:
É o tipo de cicatrização que ocorre quando as bordas
são apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de
tecido, ausência de infecção e mínimo edema. A
formação de tecido de granulação não é visível.
Exemplo: ferimento suturado
Processo de cicatrização

Tipos de cicatrização

• Segunda intenção:
Neste tipo de cicatrização ocorre perda excessiva de
tecido com a presença ou não de infecção. A
aproximação primária das bordas não é possível. As
feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de
contração e epitelização.
Processo de cicatrização

Tipos de cicatrização

• Terceira intenção:
Designa a aproximação das margens da ferida (pele
e subcutâneo) após o tratamento aberto inicial. Isto
ocorre principalmente quando há presença de
infecção na ferida, que deve ser tratada
primeiramente, para então ser suturada
posteriormente.
Curativ
o
É um procedimento terapêutico que
consiste na limpeza, no qual toda
substância e soluções necessárias são
colocadas diretamente sobre um
ferimento.
Finalidade do Curativo

Evitar a contaminação de feridas limpas;


Facilitar a cicatrização;
Reduzir a infecção nas lesões contaminadas;
Absorver secreções;
Facilitar a drenagem de secreções;
Promover a hemostasia com os curativos
compressivos;
Manter o contato de medicamentos junto à ferida;
Promover conforto ao paciente;
Curativo Ideal

Mantém alta
umidade

Nada de curativos secos em feridas abertas. Não há


necessidade de secar feridas abertas, somente a pele
ao redor dela.
Curativo Ideal

Remove o excesso de
exsudato

O curativo deve ter um pouco de absorvência.


Curativo Ideal

Isolador
térmico

As feridas não devem ser limpas com loções frias.


Os curativos não devem permanecer removidos por
longos períodos de tempo (isso também permite que
a ferida resseque).
Curativo Ideal

Impermeável à
bactérias

Os esparadrapos devem ser aplicados como uma


moldura de quadro e cobrir toda a gaze. Se ocorrer
um excesso de exsudato, deve-se trocar o curativo.
Curativo Ideal

Isento de partículas e de microorganismos

Não se deve usar lã de algodão ou qualquer gaze


desfiada.
Não se deve cortar a gaze, pois ela irá desfiar.
Só deve-se usar gaze estéril e não reutilizar um
pacote aberto.
Curativo Ideal

Retirado sem trauma

Irrigar antes de retirar o curativo para evitar traumas,


e, consequentemente a remoção de tecido viável.
Curativo Ideal

Curativo asséptico

Quando necessário, utilizar luvas estéreis e material


estéril.

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