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Morfofisiologia do

Sistema Nervoso Central e


malformações causadas
por agentes biológicos

INTENCIONALIDADE
A expectativa em relação à atividade trabalhada na Medicina Laboratorial é a de
que o estudante consiga relacionar a importância das medidas de transmissão,
prevenção, controle, diagnóstico e medidas terapêuticas das principais doenças
causadas por diferentes agentes infecciosos, como Treponema pallidum, vírus
da Rubéola, HIV, Toxoplasma, Zika vírus e Coronavírus no desenvolvimento
das malformações congênitas. O estudante deve ser capaz de caracterizar a
fisiopatologia de cada uma das doenças citadas anteriormente no contexto
das malformações e no desenvolvimento embrionário e fetal. No Laboratório
Morfofuncional, serão abordados os aspectos morfológicos e fisiológicos do
Sistema Nervoso Central (SNC), desde a organização anatômica e histológica
a partir do desenvolvimento embrionário do tubo neural, como também
aspectos funcionais de diferentes regiões do telencéfalo. No Laboratório
Morfofuncional, serão abordados os aspectos morfológicos e fisiológicos
do Sistema Nervoso Central (SNC), entre eles: a organização anatômica e
histológica, a partir do desenvolvimento embrionário do tubo neural; aspectos
funcionais de diferentes regiões do telencéfalo; as principais malformações do
SNC, que podem ocorrer durante os períodos embrionário e fetal.

Na sequência, indicamos como as trilhas de aprendizgem e os roteiros são


apresentados. Atente-se às notações didáticas, as quais servem de base para a
melhor compreensão dos roteiros.

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SP 1.1 Trilha de aprendizagem pré-aula

ATIVIDADE 1: LEITURA E QUESTÕES DE APRENDIZAGEM


Na atividade de leitura de capítulo de livro, o objetivo é que o(a) aprendiz consiga
reconhecer importantes conceitos relacionados à embriologia clínica por meio
do desenvolvimento das habilidades de leitura, compreensão e interpretação de
textos técnicos, uma vez que o desenvolvimento de tais destrezas contribuem
para a autonomia do(a) estudante.

1. Prezado aluno, para dar início à sua trilha de aprendizado leia o capítulo 20
do livro Embriologia clínica de MOORE, Keith L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA,
Mark G. Embriologia clínica. 10ª Edição. Rio de Janeiro: AG Livraria, 2016.
524 p.: ISBN 9788535283839, ou Leia o capítulo 18 até a página 254 do livro
Embriologia Médica de SADLER, T W. Langman. 14ª, Edição. Grupo GEN, 2021.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527737289/
epubcfi/6/64[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter18]!/4/342/12/1:0[%2CLHX].

2. Verifique as informações presentes no site: https://www.gov.br/saude/pt-br/


assuntos/saude-de-a-a-z/z/zika-virus.

3. Durante a leitura, anote:

A. Quais são as principais causas dos defeitos congênitos em humanos?

B. Diferencie os seguintes termos: malformação, perturbação, deformação e


displasia.

C. Caracterize os períodos críticos do desenvolvimento humano.

D. Reconheça os principais agentes biológicos causadores dos defeitos


congênitos em humanos.

Facilitador(a), lembre-se de, em momento oportuno, incentivar os(as) estudantes


a transferir suas anotações ou anexá-las aos seus portfólios de estudo.

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SP 1.1 Abertura da sessão

Duração total: 25 minutos

ATIVIDADE 1: LEITURA E EXERCÍCIO


Facilitador(a), inicie a aula verificando a realização da atividade pré-aula pelos(as)
alunos(as). Caso algum(a) estudante não a tenha concluído, ele(a) deverá ser
inserido em um grupo com colegas que a tenham realizado, para que possa
ser mais bem orientado(a) e direcionado(a). Deve-se formar grupos com até 6
alunos(as) para a realização da atividade.

1. Faça a leitura do texto a seguir:

Apesar do feto ou do embrião estar protegido pela placenta, alguns agentes


infecciosos presentes na mãe podem atingi-lo. Os defeitos induzidos
por microrganismos diferem dos induzidos por agentes ambientais, uma
vez que nem todas as lesões aparecem no período da gestação e que
muitas manifestações clínicas aparecem após o nascimento, mesmo que
congenitamente adquiridas. Portanto, é importante conhecer os principais
agentes infecciosos causadores das anomalias congênitas, os principais
métodos clínicos laboratoriais utilizados nos diagnósticos destas doenças e
os métodos de prevenção e tratamento para estas enfermidades.

DESAFIO
Após a análise do Caso clínico a seguir, identifique o diagnóstico a partir das
alterações congênitas presentes no recém-nascido e indique os métodos
utilizados no diagnóstico laboratorial, prevenção e tratamento para esta
enfermidade.

2. R. N. nasceu de 37 semanas, com peso de 1500 gramas, 41 cm de comprimento


e perímetro cefálico de 30,5cm. Ao nascer, apresentou sangramento, múltiplas
petéquias e manchas cutâneas acinzentadas que foram desaparecendo
lentamente nas duas primeiras semanas de vida. Apresentou ainda
hepatoesplenomegalia, prega palmar única bilateral e hipoplasia das unhas dos

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SP 1.1 Abertura da sessão

pés. A avaliação cardiológica clínica demonstrou persistência do canal arterial.


A observação oftalmológica inicial mostrou microftalmia bilateral, glaucoma
e retinopatia pigmentar. A análise laboratorial evidenciou trombocitopenia
com um número de plaquetas abaixo de 76.000/mm3 e osteopatia. A avaliação
do desenvolvimento aos 2 meses de idade confirmou um atraso psicomotor
importante.

3. Cada grupo deve anotar em uma folha sulfite ou folha de caderno uma hipótese
e justifica-la. As folhas deverão ser pregadas no quadro ou na parede para que
as hipóteses sejam compartilhadas. A resposta será revelada no Encerramento
da Sessão.

4. Após a realização da atividade, o(a) professor(a) apresentará os objetivos de


aprendizagem das aulas de laboratório, integrando esses objetivos ao tema da
Situação Problema, cuja síntese provisória estará sendo elaborada.

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SP 1.1 Roteiro de Laboratório Morfofuncional

Morfofisiologia do
Sistema Nervoso Central e
malformações causadas
por agentes biológicos
LOCAL
Laboratório Morfofuncional.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Relacionar o desenvolvimento do Sistema Nervoso Central (SNC) com os
fatores teratogênicos biológicos e drogas de abuso.

Caracterizar a organização funcional do Sistema Nervoso.

Correlacionar a morfologia dos componentes celulares do tecido nervoso com


suas funções.

ESTAÇÃO 1: NEURULAÇÃO E PRINCIPAIS FATORES


TERATOGÊNICOS
Duração total: 25 minutos

ATIVIDADE 1: GAMIFICAÇÃO E PREENCHIMENTO DE QUADRO

Nesta atividade, os(as) aprendizes vão precisar integrar conhecimentos técnicos


a práticas com tecnologias digitais, trabalhando a percepção de mundo e a
organização das ideias em prol de uma animação. Além disso, com essa atividade,
espera-se que o(a) estudante fixe termos e nomenclaturas importantes, bem
como as funções das estruturas morfofisiológicas estudadas.

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SP 1.1 Roteiro de Laboratório Morfofuncional

1. A partir das imagens expostas a seguir, obtidas do livro Embriologia


Médica de SADLER, T W. Langman. 14ª. Edição. Grupo GEN, 2021. https://
integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527737289/
epubcfi/6/64[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter18]!/4/342/12/1:0[%2CLHX],
produza um filme com massinha ou desenho. Para isso, você terá que fotografar
o material (massinha, desenho) e depois organizar as fotos em aplicativo de
filmagem. As imagens devem apresentar legendas indicando os nomes das
estruturas.

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SP 1.1 Roteiro de Laboratório Morfofuncional

2. Após o fechamento, o tubo neural cresce e se dilata, surgindo as vesículas


primárias (dilatações) do tubo neural. As vesículas primárias continuam
crescendo e dão origem às vesículas secundárias. As vesículas secundárias
originam as partes que compõem o sistema nervoso. Realize o jogo educativo
sobre o desenvolvimento do SNC. Preencha o quadro em branco, correlacione
as peças de acordo com suas características embrionárias e indique o local
onde podem ocorrer anomalias do desenvolvimento do tubo neural (placas
em amarelo). Cada peça estará separada e misturada em um saco (Anexo 1).

Meroanencefalia
Meningomielocele
Microcefalia Holoprosencefalia (anencefalia)
Neuroporo caudal
Neuroporo rostral

Hidrocefalia

2. Pesquise: Qual o período crítico (semanas) em que podem ocorrer anomalias


congênitas no desenvolvimento do tubo neural?

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Massinha, flip chart, jogo educativo do desenvolvimento do SNC recortado e
plastificado, papel e giz de cera.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Embriologia Médica de SADLER, T W. Langman. 14ª. Edição. Grupo GEN, 2021.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527737289/
epubcfi/6/64[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter18]!/4/342/12/1:0[%2CLHX].

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SP 1.1 Roteiro de Laboratório Morfofuncional

ESTAÇÃO 2: MORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA


NERVOSO
Duração total: 25 minutos

ATIVIDADE 1: PEÇAS ANATÔMICAS

1. O telencéfalo é formado pelo córtex cerebral, que compreende os dois


hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana
situada na porção anterior do III ventrículo. Analise a localização anatômica
do hemisfério direito, do hemisfério esquerdo e da fissura longitudinal.
2. A superfície do cérebro apresenta várias depressões denominadas de
sulcos, que delimitam os giros cerebrais. Analise a localização anatômica
do sulco lateral, do sulco central, do giro pré-central e do giro pós-central.
Fisiologicamente, o que fazem o giro pré-central e o giro pós-central?

3. Analise as relações anatômicas dos lobos cerebrais e correlacione com suas


principais funções.

• Frontal:
• Parietal:
• Temporal:
• Occipital:
• Ínsula:
4. Em relação aos lobos cerebrais, qual é o único lobo que não se relaciona com
nenhum osso do crânio devido a sua localização profunda no sulco lateral?

5. Qual é a maior comissura inter-hemisféricas? Qual é a sua função?

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SP 1.1 Roteiro de Laboratório Morfofuncional

6. Identifique no telencéfalo as seguintes estruturas:

• Lobo frontal.
• Giro pré-central.
• Sulco pré-central.
• Giro frontal superior.
• Sulco frontal superior.
• Giro frontal médio.
• Sulco frontal inferior.
• Giro frontal inferior: partes orbital, triangular e opercular (esquerdo: Giro
de Broca).
• Lobo parietal.
• Giro pós-central.
• Sulco pós-central.
• Lobo temporal.
• Sulco lateral (de Sylvius).
• Giro temporal superior.
• Sulco temporal superior.
• Giro temporal médio.
• Sulco temporal inferior.
• Giro temporal inferior.
• Giros temporais transverso anterior (de Heschl).
• Giros temporais transverso posterior.
• Lobo occipital.

• Sulco calcarino.

• Corpo caloso.

• Rostro do corpo caloso.


• Joelho do corpo caloso.
• Tronco do corpo caloso.
• Esplênio do corpo caloso.
• Comissura anterior.
• Fórnice.
• Ventrículo lateral.

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SP 1.1 Roteiro de Laboratório Morfofuncional

ESTAÇÃO 3: HISTOFISIOLOGIA DO TECIDO NERVOSO


Duração total: 25 minutos

ATIVIDADE 1: MICROSCÓPIO VIRTUAL E TRILHA DO CONHECIMENTO


NA PLATAFORMA LT KURA CLOUD

Facilitador(a), convide os(as) estudantes a refletirem sobre alguns casos clínicos.


Neste momento, é importante que haja interação com os(as) outros(as) colegas
sobre o conteúdo lido, discutindo e debatendo os casos.

Para executar a atividade proposta, acesse o microscópio virtual Histology


Guide, por meio do link abaixo, e clique em Nervous Tissue > Brain.
https://www.histologyguide.com/slideview/MHS -283-brain/06-slide-1.
html?x=81439&y=14430&z=50.0

1. Diferencie as regiões do encéfalo e do cerebelo e anote as características


morfológicas que permitiram esta identificação.

2. Analise a organização do córtex encefálico e observe a morfologia dos


neurônios.

3. Analise a organização do cerebelo, observe e identifique suas camadas.

4. Correlacione as características estruturais das células de Purkinje com sua


função (observe a presença da substância de Nissl).

5. Esquematize uma célula de Purkinje em uma folha avulsa e classifique este


neurônio.

6. Identifique:

• Pericário ou corpo celular.


• Prolongamentos citoplasmáticos.
• Núcleo com nucléolo.
• Substância ou corpúsculo de Nissl.

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SP 1.1 Roteiro de Laboratório Morfofuncional

7. Acesse a plataforma LT Kura Clound → Anatomia → Sistema Nervoso Central →


Histologia do Tecido Neural - Laboratório → Em grupo realizem as atividades
de 1 a 4.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Tablet ou computador/notebook com acesso à internet.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PAWLINA, W. ROSS, M.H. ROSS.histologia texto e atlas: correlações com biologia
celular e molecular. 8ª Edição. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527737241/
epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.idref%3Dcover]!/4/2/2%4051:2.

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SP 1.1 Roteiro de Medicina Laboratorial

Morfofisiologia do
Sistema Nervoso Central e
malformações causadas
por agentes biológicos
LOCAL
Laboratório de Medicina Laboratorial ou Laboratório Multidisciplinar.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Caracterizar os possíveis agentes biológicos causadores de malformações
congênitas.

Relacionar manifestação clínica, modo de transmissão, diagnóstico, medidas


terapêuticas de prevenção e controle de agentes biológicos causadores de
malformações congênitas.

Correlacionar o mecanismo de desenvolvimento das malformações congênitas


causadas por estes agentes biológicos ao período crítico de desenvolvimento
embriológico e fetal.

ESTAÇÃO 1: DEFEITOS CONGÊNITOS MAIS COMUNS E


AGENTE ETIOLÓGICO

Duração total: 25 minutos

ATIVIDADE 1: LEITURA E EXERCÍCIO

1. Estabeleça as correlações entre os defeitos congênitos apresentados e o


agente biológico responsável por esta enfermidade.

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SP 1.1 Roteiro de Medicina Laboratorial

Agentes biológicos:

A. Citomegalovírus.
B. Toxoplasma gondii.
C. Treponema pallidum.
D. Vírus da Hepatite B.
E. Vírus da Varicella-zoster.
F. Vírus do herpes simples.
G. Zika vírus.
H. Vírus da imunodeficiência adquirida.

Defeitos congênitos mais comuns:

A. Microcefalia, coriorretinite, perda auditiva neurossensorial, retardo do


desenvolvimento psicomotor/mental, hepatoesplenomegalia, hidrocefalia,
paralisia cerebral, calcificação encefálica.

B. Hidrocefalia, surdez congênita, deficiência mental, dentes e ossos anormais.

C. Nascimento pré-termo, baixo peso ao nascimento e macrossomia fetal.

D. Vesículas e cicatrizes na pele, coriorretinite, hepatomegalia, trombocitopenia,


petéquias, anemia hemolítica e hidroanencefalia.

E. Microcefalia, deficiência mental, microftalmia, hidrocefalia, coriorretinite,


calcificações cerebrais, perda auditiva e distúrbios neurológicos.

F. Cicatrizes cutâneas, paralisia incompleta de membros, hidrocefalia,


convulsões, catarata, microftalmia, atrofia óptica, nistagmo, coriorretinite,
microcefalia, deficiência mental, hipoplasia de membros, dedos das mãos
e pés, anomalias urogenitais.

G. Atraso no crescimento, microcefalia, distúrbios no cérebro e medula


espinhal, problemas de comportamento, desenvolvimento e cognição.

H. Microcefalia, distúrbios neurológicos, calcificação intracranial, disfagia e


problemas na motilidade gástrica.

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SP 1.1 Roteiro de Medicina Laboratorial

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Smartphone, tablet ou computador com acesso à internet.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Malformações congênitas causadas por vírus. MACHADO, VGV.; DANTAS, PH de A..;


ALMEIDA, RCP de.; LIMA FILHO, JA de.; SILVA, IM da.; MOURA, RB de.; COUTINHO, VEA.
Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, [S. l.] , v. 10, n. 4, pág. e44610414110,
2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i4.14110. Disponível em: https://rsdjournal.org/
index.php/rsd/article/view/14110. Acesso em: 2 nov. 2022.

Manual de Teratogênese em Humanos 2011. Federação Brasileira das Associações


de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/
images/arquivos/manuais/Outros_Manuais/manual_teratogenese.pdf.

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SP 1.1 Roteiro de Medicina Laboratorial

ESTAÇÃO 2: ANOMALIAS CONGÊNITAS CAUSADAS


POR AGENTES BIOLÓGICOS
Duração total: 25 minutos

ATIVIDADE 1: CASO CLÍNICO

1. Utilizando o material disponível sobre a bancada, siga a orientação clínica para


os diferentes casos clínicos pré-estabelecidos a seguir:

A. Caso Clínico 1: Uma menina de 8 anos de idade contraiu infecção por rubéola
e sua mãe ficou preocupada quanto ao risco de desenvolver glaucoma,
catarata, malformação cardíaca, retardo no crescimento e surdez. Além
disso, a mãe não sabia sobre a possibilidade da criança adquirir a doença
novamente na fase adulta durante a gestação. Qual orientação clínica deve
ser realizada pelo médico diante desta situação? Justifique sua resposta.

B. Caso Clínico 2: Uma gestante tem em sua casa 2 gatos que costumam fugir
e dias depois aparecer. Sua vizinha, preocupada com a gestação da amiga,
informou que ela deveria evitar o contato próximo com os animais durante
a gravidez. Na consulta do pré-natal, a gestante perguntou ao médico se
a informação que recebera da vizinha era verdadeira. Qual a orientação
clínica do médico diante desta situação? Qual a fase mais crítica para a
gestante ser infectada pelo patógeno (período embriológico ou período
fetal)?

C. Caso Clínico 3: Uma gestante, durante consulta do Pré-Natal na UBS, revela


que já realizou tratamento anterior para sífilis e pergunta ao seu médico se
é necessário realizar teste rápido, uma vez que acredita estar imunizada.
Qual deve ser a conduta do médico?

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SP 1.1 Roteiro de Medicina Laboratorial

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Smartphone, tablet ou computador com acesso à internet.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Malformações congênitas causadas por vírus. MACHADO, VGV.; DANTAS, PH de A.;


ALMEIDA, RCP de.; LIMA FILHO, JA de.; SILVA, IM da.; MOURA, RB de.; COUTINHO, VEA.
Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, [S. l.], v. 10, n. 4, pág. e44610414110,
2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i4.14110. Disponível em: https://rsdjournal.org/
index.php/rsd/article/view/14110. Acesso em: 2 nov. 2022.

Manual de Teratogênese em Humanos 2011. Federação Brasileira das Associações


de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/
images/arquivos/manuais/Outros_Manuais/manual_teratogenese.pdf.

GUIA PRÁTICO Diagnóstico de anomalias congênitas no pré-natal e ao nascimento.


MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de
Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças não Transmissíveis 2022.

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SP 1.1 Roteiro de Medicina Laboratorial

ESTAÇÃO 3: AGENTE ETIOLÓGICO E TOXOPLASMOSE


Duração total: 25 minutos

ATIVIDADE 1: EXERCÍCIO EM GRUPO

Nesta atividade, espera-se o desenvolvimento da habilidade de raciocínio


clínico. Para isso, é importante que os(as) aprendizes, ao final, compartilhem suas
impressões, hipóteses e justificativas com os(as) colegas.

Divida a turma mesclando estudantes introvertidos e extrovertidos. Incentive-os


para que todos(as) participem da atividade.

Para esta atividade, acesse o site do Departamento de doença Veterinária, por


meio do link https://atlas.sund.ku.dk/parasiteatlas/zoonotic/toxoplasma_gondii/.

1. Observe o agente etiológico da Toxoplasmose e classifique-o quanto ao tipo


de microrganismo.

2. Após a observação, interprete o diagnóstico sorológico apresentado na tabela


abaixo para uma gestante em sua primeira consulta e estabeleça a conduta
médica, justificando sua orientação.

Sorologia Toxoplasmose
1ª Consulta

lgM (-) lgM (-) lgM (+) lgM (+)


lgG (+) lgG (-) lgG (-) lgG (+)

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SP 1.1 Roteiro de Medicina Laboratorial

3. Cada grupo deve anotar em uma folha sulfite ou folha de caderno uma hipótese
e justifica-la. As folhas deverão ser pregadas no quadro ou na parede para que
as hipóteses sejam compartilhadas no Encerramento da Sessão.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Smartphone, tablet ou computador com acesso à internet.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ref. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento


de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de Notificação e Investigação:
Toxoplasmose gestacional e congênita [recurso eletrônico]/ Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 31 p.: il.

Manual de Teratogênese em Humanos 2011. Federação Brasileira das Associações


de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/
images/arquivos/manuais/Outros_Manuais/manual_teratogenese.pdf.

GUIA PRÁTICO Diagnóstico de anomalias congênitas no pré-natal e ao nascimento.


MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de
Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças não Transmissíveis, 2022.

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SP 1.1 Encerramento da sessão

Duração total: 25 minutos

ATIVIDADE 1: EXERCÍCIO EM GRUPO


Na discussão em grupo, atente-se aos aprendizes que não estão compartilhando
suas impressões. Valorize a participação dos(as) aprendizes introvertidos, para
que eles possam desenvolver também, junto aos extrovertidos, habilidades
comunicativas.

1. Realize uma discussão com os grupos baseada nas questões abordadas


anteriormente. Correlacionar as atividades abordadas no laboratório de
morfofuncional e de Medicina Laboratorial.

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SP 1.1 Trilha de aprendizagem pós-aula

ATIVIDADE 1: CASO CLÍNICO


Sempre reforce a importância das atividades de pós-aula como reforçadoras
do conhecimento. Crie estratégias para que o(a) aluno(a) sempre as realize. Por
exemplo, você pode pedir para que, na próxima aula, rapidamente, cada grupo
conte quais foram as dificuldades apresentadas nessas atividades.

1. Leia o caso clínico a seguir e faça o que se pede.

Na década de 80, no bairro de Vila Socó, em Cubatão, São Paulo, muitas


crianças nasceram com má-formação devido à exposição das gestantes a
fatores de contaminação ambiental. P.R. e A.R, gêmeos, nasceram nesta época
e apresentaram as seguintes alterações:

P. R.: saco protuso, contendo líquido seroso, meninges e medula espinal,


caracterizando um quadro de mielomeningocele. P.R. evoluiu para um
quadro de deficiência motora e de linguagem devido a hidrocefalia e
convulsões.

A. R.: ausência de hemisférios cerebrais, o que caracteriza anencefalia. A.R.


foi a óbito após três dias de vida.

Após analisar o caso clínico, responda às perguntas utilizando, para isso,


o artigo científico, ERIC DESSAUD, E.; MCMAHON, A.P.; BRISCOE, J. Pattern
formation in the vertebrate neural tube: a sonic hedgehog morphogen-
regulated transcriptional network. Development 2008 135:2489-2503;
doi:10.1242/dev.009324 e o livro de Embriologia Médica de SADLER, T W.
Langman. 14. Edição. Grupo GEN, 2021. https://integrada.minhabiblioteca.
com.br/reader/books/9788527737289/epubcfi/6/64[%3Bvnd.vst.
idref%3Dchapter18]!/4/342/12/1:0[%2CLHX]

A. Em que fase da gestação se forma o tubo neural?

B. Quais genes estão relacionados com o fechamento do tubo neural?

C. Quais substâncias poderiam ter causado as más-formações apresentadas


pelos gêmeos?

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SP 1.1 Trilha de aprendizagem pós-aula

D. Qual a relação entre as crises convulsivas apresentadas por P.R. e as más-


formações apresentadas por ele?

E. Por que A. R. foi a óbito somente no terceiro dia de vida extrauterina?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Varjabedian, D. Silva, V A. documentação acadêmica da unidade curricular sistema
nervoso 2017.

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