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CONTABILIDADE DE CUSTOS

Conceitos fundamentais
OBJECTIVOS
Identificar as principais funções da empresa e os gastos
que lhes estão associados
Classificar os custos conjugando natureza, função e
actividade
Distinguir entre custos directos e custos indirectos

Identificar custos do produto e custos do período

Reconhecer as componentes do custos de produção

Classificar os gastos de acordo com o seu


comportamento face a variações do nível de actividade
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TIPOS DE EMPRESAS

Comerciais – vendem os produtos ou serviços no mesmo estado em que


os adquirem

Exemplo: Supermercados

Industriais – adquirem as matérias necessárias à sua transformação em


produtos acabados que depois vendem no mercado

Exemplo: Fábricas de bolachas

Prestação de serviços – prestam serviços, não produzindo nem


vendendo qualquer produto

Exemplo: Bancos

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PROVEITOS / RECEITAS / RECEBIMENTOS
CUSTOS / DESPESAS / PAGAMENTOS

Rendimentos (proveitos) e gastos (custos) Factos


económicos

Contas da classe 6 e 7

Receitas, recebimentos, despesas e pagamentos


Factos financeiros / monetários

Contas da classe 1 e 2

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PROVEITOS / RECEITAS / RECEBIMENTOS
CUSTOS / DESPESAS /
PAGAMENTOS

RENDIMENTOS
GASTOS (CUSTOS) (PROVEITOS)
CIRCUITO REAL
DESPESAS RECEITAS
Aprovisiona Produção
Vendas
mento

Fornecedores Clientes
Caixa / Bancos

CIRCUITO MONETÁRIO
PAGAMENTOS RECEBIMENTOS

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PROVEITOS / RECEITAS / RECEBIMENTOS
CUSTOS / DESPESAS / PAGAMENTOS

Gasto (custo) – conceito de carácter económico que corresponde à utilização


dos recursos numa organização;

Despesa – conceito de carácter jurídico e financeiro que corresponde à


assumpção da obrigação de pagar os custos;

Pagamento – conceito de carácter monetário em sentido restrito que


corresponde ao fluxo de saída de meios líquidos das organizações,
constituindo a contraprestação dos recursos adquiridos.

Exemplo: Seguro de incêndio do edifício abrangendo o período de 1.12.N a


31.11.N+1, que foi debitado em Novembro de N pela seguradora e
pago em Dezembro do mesmo ano.

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PROVEITOS / RECEITAS / RECEBIMENTOS
CUSTOS / DESPESAS / PAGAMENTOS

Rendimentos (proveito) – conceito de carácter económico que


corresponde à cedência de bens ou serviços a terceiros;

Receita – conceito de carácter jurídico e financeiro que corresponde ao


direito de receber os proveitos;

Recebimento – conceito de carácter monetário em sentido restrito que


corresponde ao fluxo de entrada de meios líquidos nas
organizações, constituindo a contraprestação dos bens ou
serviços cedidos a terceiros.

Exemplo: Renda de Janeiro de N+1 de um armazém próprio


arrendado, recebida em Dezembro de N.

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CUSTOS

 Classificação

 e

 Conceitos

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CUSTOS POR NATUREZA

Classe 6 – Gastos
 61 – Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
 62 – Fornecimentos e serviços externos
 63 – Gastos com pessoal
 64 – Gastos de depreciação e de amortização
 65 – Perdas de imparidade
 66 – Perdas por redução de justo valor
 67 – Provisões do período
 68 – Outros gastos e perdas
 69 – Gastos e perdas de financiamento

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CUSTOS POR FUNÇÕES

No âmbito da contabilidade de gestão interessa


determinar os custos de acordo com a sua origem em
termos de estrutura organizacional, ou seja, relacionar
cada função com os respectivos custos.

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CUSTOS POR FUNÇÕES

De uma forma geral, podemos identificar as


seguintes funções e respectivos custos:
Custos de aprovisionamento – respeitam ao
funcionamento dos armazéns de materiais e de produtos
acabados e semi-acabados.
Custos de produção ou industriais – identificam-se
com a valorização dos recursos utilizados na fabricação
dos produtos ou prestação dos serviços.

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CUSTOS POR FUNÇÕES

Gastos de distribuição – estão relacionados com o


funcionamento da estrutura comercial

Gastos administrativos – resultam do funcionamento da


estrutura administrativa

Gastos de financiamento – não correspondem ao


funcionamento de qualquer estrutura da empresa,
identificando-se com o custo associado à utilização de
capitais alheios

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OBJECTOS DE CUSTEIO

Gasto (custo) – recurso sacrificado para atingir um

objectivo especifico
Objectos de custeio

Actividade Produto ou
serviço

Departamento
de uma empresa

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CUSTOS DIRECTOS / INDIRECTOS

A relação entre o custo e o objecto de custeio permite


classificar os custos em directos e indirectos

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CUSTOS DIRECTOS / INDIRECTOS

 Custos directos

 São exclusiva e especificamente de


determinado objecto de custeio

 Não ocorreriam se o objecto de custeio não


existisse

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CUSTOS DIRECTOS / INDIRECTOS

 Custos indirectos

 Respeitam simultaneamente a vários objectos


de custeio

 Pressupõe a definição de critérios de repartição


(subjectivos)

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CUSTO INDUSTRIAL / PRODUÇÃO

O custo industrial / produção de um produto é


composto por 3 elementos:
 Matérias primas (MP)

 Mão de obra directa (MOD)

 Gastos gerais de fabrico (GGF) / Custos Indirectos de


Produção (CIP)

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MATÉRIAS

São os elementos que a empresa compra no exterior e

armazena com vista à sua utilização posterior na


fabricação ou à sua venda

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MATÉRIAS

Compreendem as:
 Mercadorias – matérias ou artigos destinados a ser
revendidos no estado em que foram comprados
 Matérias-primas – objectos, matérias ou partes
destinadas a ser incorporadas nos produtos fabricados
Matérias subsidiárias – objectos, matérias ou partes
que concorrem apenas de uma forma indirecta para
GGF
fabricação ou para a fabricação.

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MATÉRIAS

Função aprovisionamento

Compras – compra as matérias junto dos fornecedores

Recepção – recepciona as matérias e verifica a quantidade e


qualidade
Armazém - regista as entradas e saídas nas fichas de
“stocks”
Contabilidade - regista as quantidades e valor

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MATÉRIAS

Contabilização e controlo das existências:

Inventário intermitente (a valorização é feita de


tempos a tempos e serve para se apurar o custo das
matérias consumidas e dos produtos vendidos)
Inventário permanente (indispensável para a
contabilidade interna)

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MATÉRIAS

Classe 3

 Conta 31 – Compras
 Conta 32 - Mercadorias
 Conta 33 – Matérias primas, Subsidiárias e de Consumo
 331 – Matérias primas
 332 – Matérias subsidiárias
 333 – Embalagens
 334 – Materiais diversos
 335 – Matérias em trânsito

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MATÉRIAS

Critérios de valorimetria
O custo de aquisição deve englobar o preço de compra e
custos suportados directa ou indirectamente para colocar
o bem no seu estado actual e local de armazenagem.

Custo da factura + custos de transporte, recepção,


conferência, movimentação, armazenagem
(salário do fiel de armazém, água, electricidade, etc.)

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MATÉRIAS

Critérios mais correntes para a imputação dos


custos de armazenagem:
armazenagem
 Em função do espaço e do tempo de ocupação do artigo;

Em função das quantidades entradas o saídas de


armazém;
Em função do valor dos artigos entrados ou saídos de
armazém.

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MATÉRIAS

Critérios valorimétricos para valorização das


existências
 Custo originário ou especifico

 Custo médio

 FIFO

 Custo básico

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MATÉRIAS

Custo originário ou especifico

Cada artigo das existências é valorizado pelo custo que


realmente teve
Critério bastante trabalhoso

Utilizado por empresas que movimentam um número


reduzido de artigos, mas de elevado valor

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MATÉRIAS

Custo médio

Critério mais utilizado

Quociente entre o somatório do valor dos vários artigos e


o somatório das quantidades de cada artigo
O cálculo pode ser feito sempre que há uma entrada em
armazém ou apenas uma vez por período contabilístico

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MATÉRIAS

FIFO

Valorizam se as saídas pelos preços mais antigos e as


existências pelos preços mais recentes
Em períodos de inflação este critério traz lucros mais
elevados, pois o custo das existências vendidas é
apurado em função de preços antigos

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MATÉRIAS

Custo básico

As existências são valorizadas a custos definidos “à


priori”
O custo básico é normalmente definido para períodos de
1 ano ou menos

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MATÉRIAS
 Exemplo:
A empresa Revisão registou em Maio do ano N o seguinte movimento
relativamente à matéria prima R:
o Existências iniciais: 1000 kg a 20 €/kg
o Compras: 5000 kg a 22 €/kg
o Consumos: 5500 kg

FIFO
Consumo (valor) =
Exist. Finais (Q) = Ei + Compras – Consumo
Exist. finais (V) =

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MATÉRIAS
 Exemplo:
A empresa Revisão registou em Maio do ano N o seguinte movimento
relativamente à matéria prima R:
o Existências iniciais: 1000 kg a 20 €/kg
o Compras: 5000 kg a 22 €/kg
o Consumos: 5500 kg

FIFO
Consumo (valor) = 1000 x 20 + 4500 x 22 = 119000€
Exist. Finais (Q) = Ei + Compras – Consumo
1000 + 5000 - 5500 = 500 kg
Exist. finais (V) = 500 x 22 = 11000 €

31 24-11-21
MATÉRIAS

 Exemplo:
A empresa Revisão registou em Maio do ano N o seguinte movimento
relativamente à matéria prima R:
o Existências iniciais: 1000 kg a 20 €/kg
o Compras: 5000 kg a 22 €/kg
o Consumos: 5500 kg

CMP (CUSTO MÉDIO PONDERADO)


CMP (Matéria R) =
Consumo (V) =
Exist. Finais (V) =

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MATÉRIAS

 Exemplo:
A empresa Revisão registou em Maio do ano N o seguinte movimento
relativamente à matéria prima R:
o Existências iniciais: 1000 kg a 20 €/kg
o Compras: 5000 kg a 22 €/kg
o Consumos: 5500 kg

CMP
CMP (Matéria R) = 1000 x 20 + 5000 x 22 = 21,67€/kg
6000
Consumo (V) = 5500 x 21,67 = 119 185 €
Exist. Finais (V) = 500 x 21,67 = 10 835 €

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MÃO DE OBRA

O custo da mão de obra abrange:

O montante das remunerações processadas ao trabalhador

(ordenados, horas extraordinárias, prémios e incentivos,...)

O montante dos custos sociais suportados pela entidade

patronal:

 Obrigatórios – taxa social única, seguro de acidentes de trabalho, ...

 Facultativos – refeitórios, creches, assistência médica,...

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MÃO DE OBRA

Mão de obra directa

custos associados à remuneração dos trabalhadores cuja

actividade é específica da produção de determinado


produto ou serviço

35 24-11-21
MÃO DE OBRA

Como é efectuado o controlo do tempo de presença


dos trabalhadores?
livro de ponto

relógios de ponto

e dispositivos com cartões individuais

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MÃO DE OBRA

A afectação das horas de trabalho corresponde:

 Tempo aplicado em cada produto, encomenda, obra, etc.

O tempo de trabalho efectivo

 é inferior ao tempo de presença na empresa

 Os tempos mortos, quando valorizados, são imputados de forma


indirecta ao custo dos produtos

37 24-11-21
MÃO DE OBRA

Deduções obrigatórias:
 Taxa social única – 11% e 10%
 Imposto sobre o rendimento (IRS) – variável segundo a
remuneração mensal

Deduções facultativas:
 Entregas dos trabalhadores para amortização de dividas à
empresa, quotas para o sindicato, etc.

Custos sociais a cargo da entidade patronal:


 Taxa social única – 23,75% e 21,25%
 Seguro de acidentes de trabalho e doenças profissionais: variável
de profissão para profissão

38 24-11-21
MÃO DE OBRA

Custo horário

(Remuneração + Custos que lhe estão associados) / horas

de trabalho

Dada a irregularidade ao longo do ano, determina-se

uma taxa teórica de forma a distribuir os custos de forma


regular ao longo do período de laboração.

39 24-11-21
MÃO DE OBRA

Da comparação entre os valores teóricos e os reais

resultam diferenças a transferir periodicamente para a


conta “Custos industriais não incorporados”

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MÃO DE OBRA

Exemplo:
Admitindo uma remuneração mensal de 1500 € que
corresponde a
 100 horas de trabalho para o produto - A
 e 50 horas para o produto - B.

41 24-11-21
MÃO DE OBRA

 Ordenados relativos ao tempo de trabalho:


1500 x 11 = 16500 €

 Custos sociais
Mês de férias 1 500,00
Subsidio de férias 1 500,00
Subsidio de Natal 1 500,00
Seg. Social (1500x14x0,2375) 4 987,50
Seguro A.T. e outros encargos 412,50
9 900,00
 Taxa de custos sociais (B/A) = 9 900 = 0,60
16 500

42 24-11-21
MÃO DE OBRA

Custo global
Ordenado 1 500
Custos sociais (1500 x 0,6) 900 2 400€

Custo horário (Custo global / n.º de horas de trabalho)


2 400€ / 150Hh = 16€ / Hh

Imputação aos produtos:


Produto A – 100Hh x 16€ = 1600€
Produto B – 50Hh x 16€ = 800€

43 24-11-21
GASTOS GERAIS DE FABRICO

Gastos Gerais de Fabrico também designados Custos


Indirectos de Produção
São Custos da área fabril que não respeitam às matérias-
primas e à mão de obra directa
Importância crescente

44 24-11-21
GASTOS GERAIS DE FABRICO

Inclui
Materiais indirectos + mão de obra indirecta + outros
custos de produção indirectos (energia eléctrica,
amortizações dos equipamentos, das máquinas e do
edifício industriais)

Não inclui
Gastos de administração geral (custos de marketing,
venda e distribuição, custos administrativos)

45 24-11-21
GASTOS GERAIS DE FABRICO

Como os GGF são comuns aos diversos produtos ou


serviços
Recorre-se a critérios ou definição das unidades de
repartição (imputação)
têm de ser definidas as bases de repartição (imputação)
aos diversos produtos ou serviços

46 24-11-21
GASTOS GERAIS DE FABRICO

Critérios de repartição:
 Número de horas de trabalho directas
 Quantidade das matérias primas consumidas
 Custo das matérias primas consumidas
 Número de unidades fabricadas
 Horas de trabalho das máquinas
 Custo primo ou directo

Bases de repartição
base única ou base múltipla (custo da mão de obra
indirecta em função do custo da mão de obra directa, as
matérias subsidiárias em função do custo das matérias
primas, etc.)

47 24-11-21
GASTOS GERAIS DE FABRICO

 Exemplo:
 Admitindo que os GGF de uma empresa
totalizaram 2500 € e que a repartição aos
produtos se faz através do n.º de horas de mão de
obra directa. Sabendo que a empresa produz 3
produtos A, B e C e que a mão de obra directa
totalizou 10 000 horas, assim distribuídas:
- Produto A: 5 000 Hh
- Produto B: 3 000 Hh
- Produto C: 2 000 Hh

48 24-11-21
GASTOS GERAIS DE FABRICO

Coeficiente de repartição = GGF do mês = 2500 = 0,25


N.º horas MOD 10 000

A quota de GGF a considerar no custo de cada produto será:

Produto A: 5 000 Hh x 0,25 = 1 250 €


Produto B: 3 000 Hh x 0,25 = 750 €
Produto C: 2 000 Hh x 0,25 = 500 €

49 24-11-21
GASTOS GERAIS DE FABRICO

Quotas reais (valores reais)

Quotas teóricas (com base em estimativas ou


previsões)
 Normais (considera-se as condições normais de exploração)
 Ideais (considera-se as condições ideais de funcionamento)

Regularizar as saldos apurados com base nas quotas


teóricas relativamente aos GGF apurados na
contabilidade pela utilização da conta “Diferenças de
imputação”

50 24-11-21
CUSTO INDUSTRIAL / PRODUÇÃO

Custo Primo (CP) = MP + MOD

Custo de transformação (CT) = MOD + GGF

Custo industrial da Produção Acabada (CIPA) = Custos industriais que


ocorreram durante o período (CIP) + o valor de produção não acabada
(PVF) existente no início do período – PVF do fim do período.

CIPA = CIP + Ei PVF – Ef PVF


CIPA (unitário) = CIPA
Quantidade Produzida

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CUSTO INDUSTRIAL / NÃO INDUSTRIAL

Custo industrial da Produção Vendida (CIPV) ou Custo das Vendas =


montante de custos industriais incorporados nos produtos / serviços vendidos
durante determinado período, independentemente do momento em que foram
produzidos.

CIPV = CIPA + Ei PA – Ef PA

Custos não industriais (Custos comerciais em sentido lato):


 Custos de distribuição

 Custos administrativos

 Custo financeiros (CF)

Custo complexivo = CIPV + C. Comercial


52 24-11-21
RESULTADOS

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamentos e impostos


 
Gastos/reversões de depreciação e de amortização
Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)
 
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)
 
Juros e rendimentos similares obtidos
Juros e gastos similares suportados
 
Resultado antes de impostos
 
Imposto sobre o rendimento do período
 
Resultado líquido do período
 

53 24-11-21
RESULTADOS

EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) Resultado operacional


Resultados antes das deduções financeiras e fiscais

EBITA (Earnings Before Interest, Tax and Amortisation)


Resultados antes de juros, impostos e amortizações

EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization)


Resultados Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações

54 24-11-21
CUSTOS DO PRODUTO / CUSTOS DO PERÍODO

CUSTOS DO PRODUTO SÃO TODOS OS CUSTOS QUE ENTRAM


NA DETERMINAÇÃO DO CUSTO INDUSTRIAL DOS PRODUTOS

SÓ QUANDO OS PRODUTOS SÃO VENDIDOS É QUE OS CUSTOS


DOS PRODUTOS SÃO CUSTOS DO PERÍODO

O CUSTO INDUSTRIAL DOS PRODUTOS VENDIDOS É CUSTO


DO PERÍODO

55 24-11-21
CUSTOS DO PRODUTO / CUSTOS DO PERÍODO

SÓ OS CUSTOS INDUSTRIAIS SÃO INVENTARIÁVEIS

OS CUSTOS NÃO INDUSTRIAIS NÃO SÃO INVENTARIÁVEIS


NÃO ENTRAM NA VALORIZAÇÃO DAS EXISTÊNCIAS,
SÃO CUSTOS DO PERÍODO

56 24-11-21
CUSTOS DO PRODUTO / CUSTOS DO PERÍODO

CUSTOS DE EXISTÊNCIAS
PRODUÇÃO

Não consumidas
Matérias
Matérias Con primas
primas sum
idas

Aplicada Processo de
Produtos em
Mão de obra Vias de
directa Nã fabrico
fabrico ov
en
dos did
uta os
p
Im Produtos
GGF acabados

Produtos acabados vendidos


57 CUSTOS DO PERIODO 24-11-21
CUSTOS REAIS / CUSTOS BÁSICOS

Custos reais
 São os que realmente se verificam
 Custos históricos,
históricos definidos à “posteriori”

Custos básicos
 São custos teóricos,
teóricos definidos à “priori” para valorização interna de matérias,
produtos e serviços prestados.
 Tipos de custos básicos:
 Custos padrões - consideram as normas técnicas dos factores da
área fabril. Não têm em linha de conta a situação actual das instalações.
 Custos orçamentados – obtidos em consequência da elaboração do
orçamento. Têm em linha de conta as condições normais de exploração.

58 24-11-21
CUSTOS VARIÁVEIS / CUSTOS FIXOS

Comportamento dos custos, face a variações do nível


de actividade

Custos variáveis
Directamente relacionados com as variações do volume de
produção ou venda
 Proporcionais, progressivos ou degressivos
 Exemplo: Electricidade, Comissões, etc...

59 24-11-21
CUSTOS VARIÁVEIS / CUSTOS FIXOS

Custos variáveis
Custos
Kv

cv

Quantidades

60 24-11-21
CUSTOS VARIÁVEIS / CUSTOS FIXOS

Custos fixos
 Numa perspectiva de curto prazo, o montante mantém-se
constante independentemente da actividade desenvolvida
 Considerando uma determinada capacidade instalada, o seu
valor mantém-se constante independentemente do nível de
utilização da mesma
 Exemplo: Renda do edifício, Amortizações, etc...

24-11-21 61
CUSTOS VARIÁVEIS / CUSTOS FIXOS

Custos fixos
Custos

Kf

cf

Quantidades

62 24-11-21
CUSTOS VARIÁVEIS / CUSTOS FIXOS

Custos variáveis e Custos fixos


Custos
Kt
Kv

Kf

ct
cv
cf
Quantidades

63 24-11-21
CUSTOS VARIÁVEIS / CUSTOS FIXOS

Ponto crítico/equilíbrio/morto
Custos
V
Kt ZL
Kv

V’

Kf

ZP

Q’ Quantidades

64 24-11-21
CUSTOS VARIÁVEIS / CUSTOS FIXOS

Custos semi-variáveis
 Constituídos por uma parte fixa e outra variável
 Exemplo: Vendedor que tem um ordenado mensal
(parte fixa) e comissões sobre as vendas que efectua
(parte variável)

65 24-11-21
CUSTOS VARIÁVEIS / CUSTOS FIXOS

Custos semi-variáveis
Custos

Quantidades

66 24-11-21
CUSTOS VARIÁVEIS / CUSTOS FIXOS

Custos semi-variáveis
Custos
unitários

Quantidades

67 24-11-21
CUSTOS CONTROLÁVEIS E NÃO CONTROLÁVEIS

Custos não controláveis e controláveis

na óptica da imputação de responsabilidades existem


custos sobre os quais os gestores não têm possibilidade
de intervenção.

68 24-11-21
CUSTOS IRRELEVANTES / RELEVANTES

A escolha entre uma ou outra solução alternativa pode


não implicar modificações dos custos, neste caso
estamos perante custos irrelevantes para o processo de
tomada de decisão.

Custos relevantes – custos futuros que diferem entre


alternativas de escolha.

69 24-11-21
CUSTOS IRRELEVANTES / RELEVANTES

Custos relevantes são custos esperados, custos


futuros. Os custos do passado não são custos
relevantes. Os custos já incorridos não alteram as
acções alternativas que importa considerar.

Os custos esperados, mas que não diferem entre


alternativas, também não são relevantes para
escolher entre elas.

70 24-11-21
CUSTOS IRRELEVANTES / RELEVANTES

Suponha que é necessário A B

decidir pela compra da Preço € 13 800 16 500


viatura A ou B com base
na seguinte informação: Seguro 1 200 1 200

Custos 2 400 1 200


operacionais

Valor 3 000 3 000


Quais os custos residual
relevantes para a Vida útil 7 anos 7 anos
decisão?

24-11-21 71
CUSTOS, PROVEITOS E RESULTADOS DIFERENCIAIS
CUSTO MARGINAL / INCREMENTAL

 Proveitos diferenciais – diferença entre proveitos


relevantes de duas ou mais alternativas
 Custos diferenciais – diferença entre custos relevantes de
duas ou mais alternativas
 Resultados diferenciais – diferença entre o acréscimo de
proveitos e o acréscimo de custos

 Custo marginal – aumento do custo total que resulta da


produção de uma unidade adicional
 Custos incrementais – custos adicionais a suportar para
aumentar a produção num determinado número de
unidades
72 24-11-21
Exemplo

Uma empresa que fabrica sistemas de ar


condicionado tem uma capacidade instalada para
produzir 250 unidades mas apenas fabrica 40 %
dessa quantidade, que vende no mercado nacional
ao preço de 2 400 € cada. O custo total unitário é
de 2 270 €.

A empresa tem possibilidade de vender noutro


mercado ao preço de 1 680 €, as 150 unidades que
tem possibilidade de produzir a mais. Convir-lhe-á
fazê-lo?

73 24-11-21
Exemplo

Aparentemente a resposta seria negativa, visto


que para um custo unitário de 2 270 o preço de
venda seria apenas de 1 680 €.

Mas o custo total tem de ser dividido em dois


componentes: custo variável e custo fixo. O
custo variável unitário é de 1 320 € e o custo
fixo total é de 95 000 €.

74 24-11-21
Exemplo

Venda (100 x 2 400) 240 000

Custo variável (1 320 x 100) 132 000

Margem de contribuição 108 000

Custo fixo 95 000

Lucro 13 000

24-11-21 75
Exemplo

 Proveitos diferenciais: Venda (100 x 2 400 + 150 x 1680) 492 000


150 x 1 680 = 252 000

 Custos diferenciais: Custo variável (1 320 x 250) 330 000

150 x 1 320 = 198 000


Margem de contribuição 162 000

 Resultados diferenciais:
54 000 Custo fixo 95 000

Lucro 67 000

24-11-21 76
CUSTOS DE OPORTUNIDADE

Custo de oportunidade – valor dos proveitos que se


obteriam se se escolhesse uma aplicação alternativa
(comparar com o actual).

Supondo que uma empresa dispõe de um armazém


que utiliza na sua actividade e que poderia ser
arrendado a terceiros por 50 000 € ao ano. Na
análise da actividade dever-se-á considerar como
custo de oportunidade o valor do arrendamento
possível.

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CUSTOS DE OPORTUNIDADE

Os custos de oportunidade não são registados na


contabilidade formal dado que não geram
desembolsos de caixa
Estes custos também não são incorporados nas
demonstrações formais

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FIM

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