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FORMAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO

DOCENTE
A Constituição de 1934 dedica um capítulo inteiro ao
tema, trazendo à União a responsabilidade de "traçar
as diretrizes da educação nacional" (art. 5º) e "fixar o
plano nacional de educação, compreensivo do
ensino em todos os graus e ramos, comuns e
especializados" para "coordenar e fiscalizar a sua
execução em todo o território do país" (art. 150º).
Principais características da LDB 1961
• Dá mais autonomia aos órgãos estaduais, diminuindo a centralização do poder no
MEC (art. 10)
• Regulamenta a existência dos Conselhos Estaduais de Educação e do Conselho
Federal de Educação (art. 8 e 9)
• Garante o empenho de 12% do orçamento da União e 20% dos municípios com a
educação (art. 92)
• Dinheiro público não exclusivo às instituições de ensino públicas (art. 93 e 95)
• Obrigatoriedade de matrícula nos quatro anos do ensino primário (art. 30)
• Formação do professor para o ensino primário no ensino normal de grau ginasial ou
colegial (art. 52 e 53)
• Formação do professor para o ensino médio nos cursos de nível superior (art. 59).
• Ano letivo de 180 dias (art. 72)
• Ensino religioso facultativo (art. 97)
• Permite o ensino experimental (art. 104)
Através de um plano nacional de educação e da
escolaridade primária obrigatória pretendia-se
combater a ausência de unidade política entre as
unidades federativas, sem, tirar a autonomia dos
estados na implantação de seus sistemas de
ensino. Ideia defendida pelos educadores liberais.
dentre os quais se destacava Anísio Teixeira.
Magistério é a designação ao cargo ou ofício a quem
exerce a função de professor, envolvendo todo o
exercício do professorado na profissão. As funções do
magistério é a docência, ou seja, a educação formal, o
ensino de conteúdos, tarefa essa atribuída apenas a
quem tem como profissão o cargo de professor e/ou de
especialista em educação, conforme a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394 de 20 de
dezembro de 1996.
• Docente- Termo atribuído à pessoa que dá aula, o
professor, seja em universidades, colégios, cursos
técnicos etc. Termo relativo ao ensino, é o indivíduo
que ensina outros, independente do tema.
• Corpo docente, designa um grupo de professores que
ensinam outras pessoas, independente das
instiuições de ensino.
Discente é o indivíduo que aprende nas aulas, ou seja,
os alunos. Os docentes dão aulas para os discentes,
que são os indivíduos matriculados em uma instituição
de ensino para adquirir novos conhecimentos.
Licenciatura é um grau acadêmico recebido por um indivíduo
que finaliza seus estudos em uma instituição de ensino superior,
normalmente uma faculdade ou universidade.
A licenciatura é uma categoria do curso de ensino superior que
permite aos licenciados o exercício do magistério, ou seja,
podem lecionar, dar aulas sobre a área de estudo que se
licenciaram, para o Ensino Fundamental ou Médio. Em outras
palavras, os cursos de licenciatura estão voltados para o campo
das investigações educacionais. 
Normalmente, os cursos de licenciatura possuem as mesmas
disciplinas que os de bacharelado, com um acréscimo de
matérias voltadas para o ensino pedagógico e técnicas de
didática, para auxiliar na "arte de ensinar".
METODOLOGIA / DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
Significado de alguns vocábulos, retirados do Dicionário
Escolar Silveira Bueno: Professor = “Aquele que ensina
uma ciência ou uma arte”. Monitor = “Aquele que dá
conselhos, lições”, adverte ou repreende. Instrutor =
“Treinador”, aquele que informa, que esclarece, que
habilita. Tutor = “Protetor”, defensor, responsável legal.
Significado do vocábulo educador: Educador é o
responsável pela transmissão de conhecimentos e pelo
despertar de comportamentos no processo ensino-
aprendizagem.
Excetuando-se o vocábulo educador, todos os demais
representam características necessárias, porém
insuficientes para exprimirem por si só, de maneira
isolada, o profissional que efetua o ensino-
aprendizagem junto ao educando.
Comumente confundidas, as funções de professor e
educador representam realidades distintas ou, dizendo
metaforicamente, representam “palavras” e “mundos”
diferentes. Nesta concepção, a escola apresenta-se
como uma entidade completamente desvinculada da
sociedade e dos seus acontecimentos, cuja finalidade
única é a multiplicação do conhecimento técnico.
“Transformar a experiência educativa em puro
treinamento técnico é amesquinhar o que há de
profundamente humano no exercício educativo: o seu
caráter formador” (FREIRE, 1996).
O educador, por sua vez, tem no professor apenas
uma de suas diversas facetas (professor, monitor,
instrutor, tutor e mestre), sendo esta nem sempre
a mais importante. “Ele é uno e variado: tem
grande capacidade de relacionamento com
educandos e com o mundo em geral. É sensível,
flexível, ousado, independente. Um tanto mestre,
um pouco poeta, é por vezes deliciosamente
maluco” (LIMA, 1984).
Para o educador, a noção de responsabilidade social,
na transmissão do conhecimento técnico, antecede
as premissas educacionais, e quais as implicações
de seu uso.
Mais do que profissionais, vê no processo ensino-
aprendizagem a função precípua de fabricar
cidadãos, homens e mulheres com visão crítica e
global da realidade social vigente e com capacidade
de se posicionarem ativamente dentro deste
contexto. Serem autores de suas estórias.
Ao entendermos o professor como a função de
transmitir conhecimentos e o educador como a pessoa
que, dentro de um contexto de consciência crítica e
social, desempenha tal função, sem desvincular a
teoria das práticas do dia-a-dia, concluímos que a
convivência educador-professor é natural e mesmo
necessária, como também o são a convivência
educador-orientador, educador-conselheiro, educador-
influenciador, educador-esclarecedor e muitas outras.
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Tomando como referência a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDBEN) 9394 de 20 de
dezembro de 1996 (BRASIL, 1996), a Educação
Especial foi definida como modalidade educacional no
âmbito da Educação Básica. Contudo, o atendimento
educacional especializado previsto nessa legislação foi
proposto para ser realizado em escolas regulares e/ou
escolas especiais, classes especiais, salas de recursos,
atendimento itinerante, e outras formas organizadas
pelas redes de ensino.
A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA
PERSPECTIVA INCLUSIVA E A CONCEPÇÃO DE
UM PROFESSOR MULTIFUNCIONAL

Ao analisar o papel do professor de EE nos documentos


oficiais anunciados constatamos que a EE no Brasil ao
sofrer com mudanças de perspectivas, incorporou
mudanças conceituais. A PEE atual se constitui cada
vez mais como uma política de educação inclusiva ao
atribuir às escolas regulares a responsabilidade do
ensino-aprendizagem dos alunos com deficiência.
INCLUSÃO ESCOLAR X EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
Tal configuração retira da escola especial o caráter de
substituição e/ou alternativa ao ensino regular quando
prevê a inclusão escolar dos alunos da Educação
Especial. Contudo, consideramos importante salientar
que para Bueno (2008, p. 49) inclusão escolar e
educação inclusiva são conceitos distintos que
remetem a conjecturas diferenciadas. Inclusão escolar
refere-se a uma proposição política em ação, de
incorporação de alunos que tradicionalmente têm sido
excluídos da escola, enquanto que educação inclusiva
refere-se a um objetivo político a ser alcançado”.
Para melhor visualização dessas atribuições dirigidas
ao professor de EE, no quadro 1 classificamos suas
características fundamentais em dois conceitos que
percebemos ser o foco da política para constituir esse
profissional: gestor e técnico da educação inclusiva
nas escolas.
Quadro 1. Atribuições do professor do AEE - conclusão Fonte: BRASIL (2009)
TÉCNICO I Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e
estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial.
Técnico II Elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a
aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade.
Técnico III Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos nas salas de recursos multifuncionais
Gestor IV Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala
de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola.
Gestor V Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização
de recursos de acessibilidade
Gestor VI Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo
aluno
Técnico VII Ensinar a usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, provendo
autonomia e participação.
Gestor VIII Estabelecer articulação com os professores de sala de aula comum, visando à disponibilização dos
serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a
participação dos alunos nas atividades escolares.

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