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ALLAN KARDEC E A
DOUTRINA ESPÍRITA
*Em 1858 fundou a “Revue Spirite” (revista francesa
que corria trimestralmente para divulgar a doutrina
espírita), que dirigiu até1869, ano em que faleceu.
*Muitas personalidades de renome, na Europa e
nos Estados Unidos vieram a abraçar o espiritismo como
uma explicação lógica da realidade, inclusive de temas
relacionados com a transcendência, como Deus e a vida
após a morte.
*O espiritismo popularmente conhecido no Brasil como
“Doutrina Espírita” ou “Kardecismo”, foi codificado na
segunda metade do século XIX pelo pedagogo francês
Hippolyte Léon Denizard Rivail, que para fins de
difusão desses trabalhos sobre o tema, adotou o
pseudônimo de “Allan Kardec”.
*Seus seguidores são chamados de
“espíritas” ou “kardecistas”.
*Doutrinariamente, o espiritismo está baseado em dois
pilares: a reencarnação e a necromancia (ou
comunicação com os mortos).
*Assim como o pilar do Cristianismo é a ressurreição de
Jesus, a qual se for provada como fraude, toda
estrutura da religião será abalada, assim também se a
reencarnação e a necromancia forem provadas falsas,
todo sistema espírita está falido.
*É exatamente o que vamos fazer nesse estudo.
*O problema não é refutar o espiritismo, mas convencer
seus seguidores de que estão no engano.
OS PILARES DO
ESPIRITISMO
*Diz Kardec no Livro dos Espíritos: “adotamos a
opinião da pluralidade das existências, não só porque
ela nos veio dos espíritos, mas porque nos pareceu a
mais lógica” (L.E., p. 129).
*Além disso, ele afirma que “a reencarnação fazia
parte dos dogmas judeus, sob o nome
de ressurreição” (Evangelho Segundo o Espiritismo,
cap. IV, nº 4, p.69), e que “ela foi confirmada por
Jesus e pelos profetas, de maneira formal. Donde se
segue que negar a reencarnação é renegar as
palavras de Cristo” (E.S.E., cap. IV, nº 16, p. 74).
*Portanto, para Kardec, a reencarnação é verdadeira
por três motivos:
REENCARNAÇÃO
a) Ela foi revelada pelos “espíritos superiores”;
b) Ela é racional e lógica;
c) Ela é ensinada na Sagrada Escritura “de
maneira formal”.
*Etimologicamente, reencarnação significa “tornar a
tomar corpo, ou vivificar um corpo novo”.
*Consiste no fato de uma alma ou um espírito, que após
ter animado um corpo e ter-se libertado deste pela
morte, passar a dar vida a um outro corpo inteiramente
novo.
*É o mesmo que “palingenesia”, pluralidade de
existências, vidas sucessivas, transmigração da alma.
*Allan Kardec define desta maneira: “a reencarnação é a
volta da alma à vida corpórea, mas em outro corpo
especialmente formado para ela e que nada tem de
comum com o antigo” (L.E., p. 67).
*É um absurdo dizer que o termo
“ressurreição” dos judeus quisesse dizer a
mesma coisa que a “reencarnação” dos
espíritas.
*As ressurreições relatadas na Sagrada
Escritura são todas dadas no mesmo corpo, e a pessoa
ressuscitada fica de novo viva exatamente como era ao
morrer, e não nasce de novo como um bebê.
*Quando Cristo ressuscitou Lázaro e a filha de Jairo,
ambos retornaram à vida nos seus próprios corpos, e
não numa nova existência.
*Quando Cristo dizia que ressuscitaria ao terceiro dia,
os judeus compreendiam perfeitamente o que Ele
queria dizer, e por isso puseram guardas para vigiar
Seu túmulo, pois entendiam por ressurreição o retorno
à vida no mesmo corpo.
*Há também no AT a passagem em que Elias ressuscita
o filho da viúva de Sarepta (1Rs 17.22), que também
ocorre em seu próprio corpo, e não numa nova
“encarnação”.
*Portanto, ressuscitar é totalmente diferente
da reencarnação dos espíritas.
*Kardec se apoia em duas passagens dos
Evangelhos para dizer que Cristo foi
partidário das vidas sucessivas:
1. Nosso Senhor teria afirmado que João Batista seria
uma reencarnação de Elias (Mt 11.14).
2. A outra passagem que Kardec diz ser a favor da
reencarnação seria Jo 3.3: “Se alguém não nascer
de novo, não pode ver o reino de Deus”.
*A MÁ INTERPRETAÇÃO: Jesus refere-se aqui a João
Batista como “o Elias que havia de vir” (Mt 17.12; Mc
9.11-13). Mas uma vez que Elias havia morrido há
muitos séculos antes dessa ocasião, João deve ter sido
uma reencarnação de Elias.
*CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Existem muitas
razões pelas quais esse verso não oferece qualquer
suporte à visão espírita, ou da Nova Era, sobre a
reencarnação.
*Mesmo que fosse possível mostrar essa
passagem como uma referência a Elias ter
reencarnado em João Batista, ainda se
trataria de uma reencarnação muito
diferente daquela que é pregada pelo espiritismo.
*Vejamos:
1. Se isso fosse verdade, seria uma reen-
carnação única, e não seguiria o modelo
de reencarnações infindáveis como pre-
gado pelo kardecismo;
2. Se isso fosse verdade, teria ocorrido no contexto teísta
e não na visão panteísta de mundo;
3. Não haveria o conceito de karma, através do qual essa
seita diz que uma pessoa se reencarna para ser punida
pelo que aconteceu em uma existência prévia – ora,
dificilmente o fato de retornar como o maior profeta
que precedeu Jesus teria sido um castigo para Elias (Mt
11.11).
4. João e Elias não tiveram o mesmo ser - eles tiveram a
mesma função. Jesus não estava ensinando que João
Batista fosse literalmente Elias, mas apenas que ele veio
“no espírito e virtude de Elias” (Lc 1.17), com o fim de
dar continuidade ao ministério profético de Elias.
5. Nem direta, nem indiretamente, o anjo
Gabriel declara que Elias reencarnaria em
João, mas que este teria virtudes idênticas
às daquele; desenvolveria um ministério
muito semelhante ao de Elias em termos de per-
seguição, de garra, de ousadia, de
consagração, unção e poder.
6. Elias apareceu ao lado de Moisés e de Nosso Senhor
no monte da transfiguração. Ora, se João Batista
fosse reencarnação de Elias, era ele que devia
aparecer, e não Elias, pois, na questão 150 do Livro
dos Espíritos lê-se que a alma “tem um fluido que
lhe é próprio, colhido na atmosfera de seu planeta,
e que representa a aparência de sua última
reencarnação”. Então, a última aparência daquela
alma teria que ser a de João Batista.
ELIAS JOÃO BATISTA
Vestia –se com roupa de pele de Vestia –se com roupa de pele de
animais animais
*NECROMANCIA – A
CONSULTA AOS
MORTOS
*Uma prática muito difundida no Brasil é a
mediunidade, ou seja, a suposta comunicação entre
mortos e vivos por meio de um médium.
*Essa doutrina é ensinada por Allan Kardec, o
codificador do Espiritismo.
*Um grande problema aflige os espíritas: é possível
identificar os espíritos que baixam nas sessões,
evocados em nome de Deus? São eles realmente os
espíritos das pessoas evocadas?
*Allan Kardec reconhece esse problema de grande
importância para a validade da evocação,
e declara: “O ponto essencial temos dito:
saber a quem nos dirigimos”.
*“O ponto essencial” é identificar o espírito que fala
pelo médium.
*Diz mais Allan Kardec: “A identidade constitui uma
das grandes dificuldades do espiritismo prático. É
impossível, com frequência, esclarecê-la,
especialmente quando são espíritos superiores
antigos em relação à nossa época. Entre aqueles que
se manifestam, muitos não têm nome conhecido para
nós, e, a fim de fixar nossa atenção, podem assumir o
nome de um espírito conhecido que pertence à mesma
categoria. Assim, se um espírito se comunica com o
nome de São Pedro, por exemplo, não há mais nada
que prove que seja exatamente o
apóstolo desse nome. Pode ser um espí-
rito do mesmo nível por ele enviado”.
*Assim, fica claro que não se pode identificar o espírito
que se manifesta para dar notícias ou instruções.
*Kardec pergunta e os espíritos respondem: “Os
espíritos protetores que tomam nomes conhecidos são
sempre e realmente os portadores de tais nomes?”.
“Não. São espíritos que lhes são simpáticos e que
muitas vezes vêm por ordem destes ” (L.E., p. 150).
*Então, como fica uma pessoa convidada pelos espíritas
e levada pela saudade, que vai ao centro para ter
notícias de seu falecido parente, por exemplo, um pai,
uma mãe, irmão ou irmã?
*Ainda que o médium seja uma pessoa
honesta, quem pode afirmar com
segurança que tal espírito que se
manifesta por meio dele é o da pessoa
evocada?
*Como julgar se um espírito é fulano ou beltrano, como
diz ser? Pode ser que sim, pode ser que não, mas
também pode ser um espírito substituto.
*Allan Kardec reconhece a dificuldade e desabafa:“A
questão da identidade dos espíritos é uma das mais
controvertidas, mesmo entre os adeptos do
espiritismo; é que, com efeito, os espíritos não nos
trazem nenhum documento de identificação e sabe-se
que com facilidade alguns dentre eles assumem nomes
de empréstimos” (L.M., p. 461).
* Allan Kardec declara que é duvidoso crer na
honestidade dos médiuns.
*No livro “O que é o Espiritismo”, p. 316 é
declarado o seguinte:
*“Reconhecem-se a superioridade ou a inferioridade
dos espíritos pela sua linguagem; os bons não
aconselham senão o bem e não dizem senão
coisas boas: tudo neles atesta a elevação; os
maus enganam, e todas as suas palavras
carregam a marca da imperfeição e da igno-
rância”. (L.M., cap. IV, p.56).
*Ora, se eles evocam os mortos para saber a
verdade, como podem saber se o que eles
dizem é verdade? Como podem saber que
“os maus enganam”?
*É mais ou menos como se se dissesse a uma criança na
escola para só confiar no professor de matemática, se
ele demonstrasse o teorema corretamente.
*Agora, se ela está na escola para aprender, como ela
poderia saber, de antemão, se o professor está certo
ou errado?
*“Os médiuns de mais altos merecimentos não estão
isentos das mistificações dos espíritos mentirosos.
Em primeiro lugar, porque nenhum médium é
suficientemente perfeito para não apresentar ponto
vulnerável que pode dar acesso aos maus espíritos”.
*Ele também fala de “espíritos levianos”: “Esses
espíritos levianos pululam ao nosso redor, e
aproveitam todas as ocasiões para se imiscuírem nas
comunicações; a verdade é a menor de suas
preocupações, eis porque eles sentem um prazer
maligno em mistificar aqueles que têm fraqueza, e
algumas vezes a presunção de acreditar neles, sem
discussão” (L.M., p. 402).
*Para identificar os bons e os maus espíritos, Kardec
propõe a seguinte solução:
*“Distinguir os bons dos maus espíritos é
extremamente fácil.
*Os espíritos superiores usam
constantemente de linguagem digna,
nobre, repassada da mais alta
moralidade (...).
*A dos espíritos inferiores, ao contrário, é
inconsequente, amiúde trivial e até grosseira. Se, por
vezes, dizem alguma coisa boa e verdadeira, muito
mais vezes dizem falsidades e absurdos, por malícia
ou ignorância” (L.E., Intr. §VI, p. 22).
*Então, se um demônio aparecesse a eles e falasse com
modos... dizendo “por obséquio”, “com licença” e
“obrigado”, seria ele um espírito evoluído?
*Cremos que a alma sobrevive e permanece em
estado inteligente e consciente no intervalo entre a
morte e a ressurreição do corpo.
*Entendemos que a alma é uma entidade consciente
e inteligente que habita no corpo e que se separa do
corpo por ocasião da morte física (Ap 6.9-11).
*Depois da morte física, o cristão vai estar com Cristo
no céu (2Co 5.6-8; Fp 1.21-23).
*A NECROMANCIA E O
ESTADO
INTERMEDIÁRIO
*O incrédulo vai para o Sheol/Hades (inferno – Lc
16.22,23), e lá permanece em estado consciente de
tormento.
*Hades indica o lugar da alma no intervalo entre a
morte do corpo e a ressurreição do corpo, e aparece
dez vezes no Novo Testamento.
*Sheol/Hades indica o lugar da alma,
enquanto o corpo vai para a sepultura.
*Geena indica o lugar do corpo e da alma
depois da ressurreição do Juízo final.
*Ali não tem ninguém ainda, mas serão lançados lá o
anticristo, o falso profeta, o diabo, seus anjos, o
Hades, a morte e todos os que não foram achados
escritos no livro da vida (Ap 19.20; 20.10,14,15).
*Se os espíritos dos que morrem em Cristo vão para o
céu (2Co 5.6-8) e os espíritos dos incrédulos, para o
Sheol/Hades (inferno), e lá permanecem sem poder
sair (Lc 16.24-28), só há uma alternativa para o que
acontece nas sessões espíritas: a presença dos
espíritos malignos!
*Os espíritas não acreditam em demônios,
mas isso não significa que eles não
existem.
*Pela parábola do rico e Lázaro,
entendemos claramente que os mortos
não podem voltar para anunciar nada aos
vivos, uma vez que estes têm a revelação escrita de
Deus, embora nela não acreditem (Lc 16.29).
*Alegam o texto de 1Sm 28 para comprovar a
possibilidade de vir um espírito humano numa sessão.
*Todavia, o texto de 1Sm 28, ainda que se refira ao
retorno de Samuel mesmo, esse caso constitui-se em
exceção e não em regra.
*Via de regra, os mortos não voltam mesmo; e quando
aconteceu essa exceção, não se pode generalizá-la,
tanto porque isso jamais aconteceu novamente
(talvez, com exceção da aparição de Moisés para
Jesus no monte santo), como também porque
quando aconteceu, foi com pessoas salvas, que
estavam no paraíso, e não com pessoas condenadas
que estavam no Hades.
*Sobre a volta de espíritos dos mortos que
estavam no Hades não temos informação
segura (ou seja, bíblica) de que eles
voltaram sequer alguma vez.
*Resta-nos a conclusão de que as manifestações nos
centros-espíritas são mesmo de proveniência maligna.
*Mas o fenômeno observado nas sessões espíritas não é
propriamente necromancia, pois os demônios não são
exatamente pessoas mortas, e sim anjos caídos.
*A necromancia propriamente dita é um fenômeno raro,
que só ocorreu com a permissão de Deus, pois
normalmente os mortos não podem voltar ao mundo.
*Um argumento bíblico da raridade do fenômeno, é que
a própria necromante da época de Saul se assustou
quando viu o espírito de Samuel.
*O que prova que até para a necromante esse
fenômeno foi uma surpresa.
*Todos os esforços para comunicar com os mortos, seja
diretamente ou através de médiuns, são contra a
vontade de Deus e resultarão em condenação.
*A necromancia, ou comunicação com os mortos, foi
explicitamente proibida juntamente com várias outras
falsas práticas religiosas, quando os israelitas foram
resgatados da escravidão egípcia (Deuteronômio 18:9-
14).
*Tais práticas foram a razão pela qual Deus rejeitou as
nações que tinham ocupado a terra de Canaã. Ele
advertiu seu povo a não imitar esses pecados,
porque eles sofreriam a mesma punição de expulsão da
terra.
*CONCLUSÃO
*O contexto desta proibição em Deuteronômio 18 ajuda
a ver por que a necromancia é abominável a Deus.
*Depois de uma lista de várias fontes de revelação
desaprovadas (18.9-14), encontramos o contraste claro
com a fonte aprovada, a Palavra de Deus (Is 8.19,20).
*Esta passagem aponta explicitamente para Jesus Cristo,
o Profeta que seria levantado por Deus.
*Entender este princípio nos ajuda a ver
por que todas as formas de idolatria,
adivinhação, astrologia, feitiçaria e
necromancia são erradas.
*Procurar revelação de tais fontes é rejeitar a
autoridade do Filho de Deus.
*Então, se não é possível a necromancia, por que Deus a
proibiu, visto que não pode acontecer?
*Por causa do engano. Satanás se aproveita
da ignorância do consulente e envia seus
demônios para se manifestarem na imitação
daquele que foi evocado.
*Deus é o Deus da verdade, por isso mesmo
tal prática é abominável aos Seus olhos, porque é uma
prática de desespero do homem pecador em busca de
um contato sobrenatural.
*Essa sede o homem tem desde a Queda. Não somente a
necromancia, mas a idolatria e outros pecados digamos,
religiosos, são a vã tentativa humana de preencher o
vazio de sua alma, uma vez que estão afastados de
Deus, ainda que foram criados para ter comunhão com
Ele!
*Por isso as instruções de Deus contra essa prática.
*Entretanto, Deus entregará o homem às suas próprias
concupiscências (Rm 1.24,26,28; 2Ts 2.11).
*Os homens, envaidecidos com suas próprias
descobertas, consideram-se autossuficientes e
independentes de Deus; por isso esses enganos não vão
chegar a um fim, pelo contrário, seguirão com a
humanidade até a vinda do anticristo.
*Todavia, levarão seus seguidores a um fim desastroso e
condenatório.
*A insistência no engano e no erro faz parte do coração
endurecido do homem no pecado e é papel da igreja
alertá-lo da iminente condenação que
virá sobre os que não se sujeitarem ao
Filho de Deus, conforme revelado em
Sua Palavra!
*Que o Senhor nos abra os olhos para observarmos o
tempo que se aproxima do fim e abra-nos também a
boca para sermos arautos de Sua Palavra nestes últimos
dias.
*Não dá mais tempo de ficarmos de lá pra cá ou daqui
pra lá; quem é sujo, suje-se ainda, quem é santo
santifique-se ainda (Ap 22.11).
*O espiritismo, segundo o censo de 2010, cresceu de
1,3% da população brasileira para 2%.
*Isso significa que havia 2,3 milhões de espíritas no
Brasil em 2000 e atualmente esse número é de 3,8
milhões.*
*Precisamos reagir diante dessa alavancada da mentira e
nos voltarmos à proclamação da verdade!
*Fonte: Revista Ultimato jul/ago 2012