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VIOLÊNCIA DE

GÉNERO
No namoro, no casamento e na sociedade!
Género- o que é

 Alcançar a igualdade entre os géneros é um dos 17 objetivos na Agenda 2030 da Organização das
Nações Unidas (ONU) 

 A violência de gênero é um mal que afeta a dignidade e o bem-estar das vítimas bem como de
toda a sociedade. Enfrentá-la é um compromisso que devemos assumir para garantir que todos
tenham direitos essenciais. 

  O género se refere a um conjunto de atributos particulares da masculinidade e da feminilidade.


Nesse sentido, entende-se que o gênero é uma construção social que não decorre de aspetos
naturais. 

Fig.1- UE
igualdade de
género
Por que é que a violência de género ocorre?

 Para entendermos melhor como a violência de género ocorre, é preciso primeiro compreender


como os gêneros se relacionam e o como o pensamento cultural, que vigora a séculos, impõe as
vítimas um lugar social que propicia o ciclo da violência. 

 São estabelecidas relações de género, elos sociais de poder entre homens e mulheres nos quais
cada um recebe um papel social de acordo com suas diferenças sexuais. 

 Não é preciso ir longe para reconhecer que boa parte desses vínculos revelam a desigualdade
existente entre os géneros ao reproduzir padrões sociais rígidos e discriminatórios que são, em
sua maioria, impercetíveis. Isso acontece, por exemplo, quando aspetos como o heroísmo, a
bravura e a força são associadas à masculinidade ao passo que a sensibilidade, o
sentimentalismo e a delicadeza à feminilidade. 

  Somado a isso, as conceções sociais sobre a representação da masculinidade induz a ideia de que


os “homens são superiores”. Desse modo, cria-se um modelo de “dominação masculina” que é
incentivado desde a infância.
Preconceitos entre meninos e meninas

Com esta imagem conseguimos ver os Mas atenção não liguem aos preconceitos, tanto
preconceitos entre meninos e meninas. meninos podem brincar com bonecas e meninas
podem brincar com carrinhos.
E quais as principais formas de violência de gênero? 

Violência física Violência Sexual 


 
Dentre todas as formas de violência, esta é A Organização Mundial da Saúde (OMS) define
provavelmente uma das mais comuns. Nela o violência sexual como: 
agressor faz uso da força física ou de objetos “todo ato sexual, tentativa de consumar um ato
para ferir fisicamente a vítima, isso pode lhe sexual ou insinuações sexuais indesejadas; ou
causar cicatrizes e até levar á morte. Neste ações para comercializar ou usar de qualquer
último caso, quando o crime ocorre contra uma outro modo a sexualidade de uma pessoa por
mulher por conta da condição de sexo feminino, meio da coerção por outra pessoa,
fala-se em feminicídio.   independentemente da relação desta com a
vítima, em qualquer âmbito, incluindo o lar e o
local de trabalho”. 
 
Violência no namoro

  A violência no namoro tem vindo a ser definida como a prática de comportamentos físicos,
psicológicos e/ou sexuais abusivos no âmbito de relacionamentos íntimos juvenis heterossexuais
ou homossexuais/lésbicos. Varia em termos de frequência, de intensidade e de gravidade e pode
ocasionar a morte da vítima. 

  Manifestada sobretudo em contexto escolar, esta violência beneficia hoje da utilização massiva e
indiscriminada das tecnologias de informação e comunicação (TIC) por parte dos/as jovens,
tornando-se as suas configurações não apenas mais sofisticadas, como mais difíceis de
identificar. 

 Os dados indicam que a perpetração da violência no namoro se tem vindo a tornar cada vez mais
expressiva entre jovens de diversas proveniências culturais, sociais e económicas, com diferentes
idades, constituindo-se como uma grave violação dos Direitos Humanos. Estima-se que em
Portugal um/a em cada quatro jovens já tenha sido exposto/a a alguma forma de violência no
namoro, pelo menos uma vez ao longo da vida. 
 As implicações e os efeitos da violência no namoro fazem-se sentir em múltiplas áreas, sendo a
saúde das vítimas uma das mais afetadas. A sintomatologia depressiva, o abuso de substâncias, a
auto-mutilação e a ideação suicida são algumas das evidências associadas a este tipo
de vitimação. A magnitude e a complexidade do fenómeno fazem mesmo com que seja
considerado um problema de Saúde Pública. 

  A violência praticada no namoro fica quase sempre sem castigo. A maioria das vítimas consegue
justificar ameaças, insultos, perseguições e agressões. Outras resistem em pedir ajuda. Muito
poucas sabem que podem apresentar queixa-crime.

 Namorar, no século XXI, pode ser uma experiência traumática. Apesar de toda a informação que
têm disponível, das redes sociais e afins, existam adolescentes que acreditam que o amor
romântico justifica o insulto, a ameaça, a perseguição e a agressão física. Um estudo da União de
Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) realizado em 2017, revelava que 1 em 4 jovens
considerava legitima a violência na relação.  
Violência no casamento

 Brigas acontecem, de vez em quando, em todos os relacionamentos. Discussões podem até ser
saudáveis, quando o respeito está presente.

 Mas existem divergências que devem servir como um sinal de alerta, porque indicam que algo
está errado na maneira como o casal resolve as suas diferenças.

 É o caso da violência – tanto física quanto psicológica. Neste segundo caso, principalmente,
procurar o auxílio de um psicólogo é fundamental.

 O psicólogo está preparado para ajudar a encontrar a raiz do problema, buscando soluções que
melhorem a convivência a dois.
 É muito importante estar atento à violência física – uma vez que ela pode ir aumentando
gradativamente e até ter resultado trágico. Quando há crianças, o efeito é ainda maior. Já que os
pequenos ficam expostos à violência doméstica e podem desenvolver problemas psicológicos
futuros em consequência disso.

 Mas a violência não é apenas física. Algumas vezes ela se manifesta apenas no campo psicológico.
São os gritos frequentes, os xingamentos e a agressividade verbal. Também existem casos mais
sutis, relacionados à forma como o casal está configurado.

 São situações em que o desequilíbrio é aparente. Existe um lado que precisa se sentir dominante:
quer ter as suas vontades atendidas, sem considerar a opinião ou o desejo do parceiro.
Violência doméstica

 A violência doméstica abarca comportamentos utilizados num relacionamento, por uma das
partes, sobretudo para controlar a outra. 

 Todos podemos ser vítimas de violência doméstica. 

 As vítimas podem ser ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico,
orientação sexual, formação ou estado civil. 

Fig. 3- Esta imagem


mostra claramente a
violência no
casamento.
Mas afinal o que é mesmo violência no casamento

 Para a APAV o Crime de Violência Doméstica deve abranger todos os atos que sejam
crime e que sejam praticados neste âmbito. 
 Pratica o crime de violência doméstica quem infligir maus tratos físicos ou psíquicos, uma
ou várias vezes, sobre cônjuge ou ex-cônjuge, unido/a de facto ou ex-unido/a de facto,
namorado/a ou ex-namorado/a ou progenitor de descendente comum em 1.º grau, quer
haja ou não coabitação.  
 Também pratica o crime de violência doméstica quem infligir maus tratos físicos ou
psíquicos, uma ou várias vezes, sobre pessoa particularmente indefesa em razão da
idade, deficiência, doença, gravidez ou dependência económica, desde que com ela
coabite. 
O ciclo da violência doméstica

 A violência doméstica funciona como um sistema circular – o chamado Ciclo da Violência Doméstica –


que apresenta, regra geral, três fases: 

 1. aumento de tensão: as tensões acumuladas no quotidiano, as injúrias e as ameaças tecidas pelo


agressor, criam, na vítima, uma sensação de perigo eminente. 

 2. ataque violento: o agressor maltrata física e psicológicamente a vítima; estes maus-tratos tendem a
escalar na sua frequência e intensidade. 

 3. lua-de-mel: o agressor envolve agora a vítima de carinho e atenções, desculpando-se pelas agressões
e prometendo mudar (nunca mais voltará a exercer violência). 
Ciclo do relacionamento abusivo
Está a ser vítima?

  Existem algumas questões que podem ajudar a pessoa a perceber se está a ser vítima do
crime de violência doméstica, tais como: 

   Tem medo do temperamento do seu namorado ou da sua namorada? 

• Tem medo da recção dele(a) quando não têm a mesma opinião? 

• Ele(a) constantemente ignora os seus sentimentos? 

• Goza com as coisas que lhe diz? 

• Procura ridicularizá-lo(a) ou fazê-lo(a) sentir-se mal em frente dos seus amigos ou de outras
pessoas? 

• Alguma vez ele(a) ameaçou agredi-lo(a)? 

• Alguma vez ele(a) lhe bateu, deu um pontapé, empurrou ou lhe atirou com algum objeto? 
• É forçado(a) a justificar tudo o que faz? 

• Ele(a) está constantemente a ameaçar revelar o vosso relacionamento? 

• Já foi acusado(a) injustamente de estar envolvida ou ter relações sexuais com outras pessoas? 

• Sempre que quer sair tem que lhe pedir autorização? 

• Não pode estar com os seus amigos e com a sua família porque ele(a) tem ciúmes? 

• Alguma vez foi forçado(a) a ter relações sexuais? 

• Tem medo de dizer “não” quando não quer ter relações sexuais? 
Violência na sociedade

 A violência social está em toda parte, todos os cidadãos de alguma forma estão vulneráveis a
vivencia-la de forma direita ou indireta, que, atualmente caminha a passos largos, tornando-se
quase incontrolável. É difícil decifrar a violência social em todos os seus aspetos.

 A violência existe em todos os ambientes e grupos sociais, sem distinção. Existe violência nas
famílias, na escola, no trabalho, na rua, enfim, em todos os locais. As ruas como espaços públicos
de convivência, por vezes parecem um espaço da insegurança, da violência pela polícia, pelo
"marginal" e pelo cidadão comum.

 Em outras palavras, a violência, sob todas as suas formas, desrespeita os direitos fundamentais do
ser humano, sem os quais o homem deixa de ser considerado como sujeito de direitos e de
deveres, e passa a ser olhado como um puro e simples objeto”.
 Ou seja, é impossível pensar a violência social como um fenômeno externo à sociedade, mas sim
como resultado de um processo histórico que perpassa o presente e caminha rumo ao futuro. A
violência não é um estigma da sociedade contemporânea, ela acompanha o homem desde
tempos imemoriais, mas, a cada tempo, ela se manifesta de formas e em circunstâncias diferentes.
Ou seja, conectado com tudo aquilo que caracteriza o convívio social, a violência social é
resultado da própria sociedade.
Fig. 4,5,6 - Mostram-nos as desigualdades
na sociedade.
Conclusão!!!

 A violência é um ato, pelas minhas palavras, horroroso!


 Não faz sentido e demonstra como a sociedade é desonesta e não tem respeito!

Diz não há violência!!!


Fontes

 https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-130/a-violencia-social-e-seus-impa
ctos-uma-abordagem-a-cerca-dos-homicidios-no-brasil/

 https://www.psicologosberrini.com.br/terapia-de-casal/violencia-fisica-e-psicologi
ca-no-casamento/

 https://apav.pt/care/index.php/violencia-sexual-contra-criancas-e-jovens/o-que-e
-violencia-sexual

 https://escolasaudavelmente.pt/alunos/adolescentes/amor/violencia-no-namoro

 Imagens google
FIM
Joana dos Santos Silva nº8 9ºC

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