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Técnico em

Logística
PLANEJAMENTO E PRODUÇÃO
LOGÍSTICA
SISTEMAS E PLANEJAMENTO DE
PRODUÇÃO

AULA 05
SISTEMA DE PRODUÇÃO
Sistema de produção é o conjunto de atividades
que definem como será organizado o processo
produtivo, visando trabalhar os recursos da forma
mais eficiente possível, considerando-se limitações
de capacidade, custos, qualidade e tempo e, de
forma simultânea, atender à demanda.

Existem duas formas básicas de elaborar um


sistema de produção. Uma delas é a produção
empurrada, que é aquela na qual uma empresa
produz para depois vender (“empurrar”) o produto
para o cliente.
PRODUÇÃO PUXADA E EMPURRADA
Os produtos alimentícios se enquadram nesta forma de
produção. Uma fábrica produz vários tipos de biscoitos para
vendê-los ao consumidor final.
A outra forma é a produção puxada, em que o cliente define
o que quer para depois a empresa produzir o produto ou
serviço. Um exemplo é a roupa feita por uma costureira ou
um alfaiate.
O sistema puxado foi desenvolvido pela Toyota (empresa
japonesa de carros), com base na filosofia just in time
(quantidade certa, na hora certa, com qualidade certa, no
local certo e ao menor custo). Depois o conceito foi
denominado de manufatura enxuta, com o objetivo
principal de eliminar desperdícios.
SISTEMA DE ESTOQUE
Os principais sistemas de estoque têm por objetivo a
definição da quantidade e do momento para abastecer o
estoque de um determinado produto, levando-se em conta
os custos e o tempo relacionados ao abastecimento do
estoque. Dentre os custos destacam-se os custos:

• de colocação do pedido (pessoas, equipamentos etc.)


• de armazenagem (contratação de um armazém, seguro
etc.)
• do capital (relacionado ao valor total dos produtos que
estão estocados)
• de obsolescência ou perda do produto (percentual usual
de produtos que ultrapassam o prazo de validade, que
sofrem algum dano, que são roubados etc.)
REPOSIÇÃO CONTÍNUA OU PERIÓDICA
Os sistemas de reposição de estoques mais utilizados
para estoque de produtos com demanda independente
são:
• sistema de reposição contínua
• sistema de reposição periódica

A reposição contínua em um estoque é muito utilizado


quando falamos da produção empurrada. Cada vez que
o estoque de um material ou produto é reduzido a um
determinado ponto, automaticamente a quantidade
que foi reduzida é reposta. Sendo assim, as dúvidas
giram em torno da definição do ponto exato para
reposição e a quantidade precisa a ser reposta.
PONTO DE REPOSIÇÃO (gráfico dente de serra)
O ponto de reposição depende da demanda média do
material (ou produto) e do tempo que ele leva para
chegar ao estoque, calculado com base na fórmula do
ponto de reposição, é usado na reposição contínua:
PR = DM x TR + ES
Onde: PR = ponto de reposição; DM = demanda média;
TR = tempo de reposição (entrega do material ou
produto) e ES = estoque de segurança.
REPOSIÇÃO PERIÓDICA
Nesse tipo de sistema não existe um ponto, uma
quantidade previamente determinada do estoque, em
que a reposição é feita. O que existe é um espaço de
tempo fixo (semanal, quinzenal, mensal, semestral etc.)
no qual o nível de estoque é verificado e, em função
desse nível, é solicitada uma determinada quantidade
de estoque visando atingir um nível máximo
previamente definido.
Em outras palavras: a quantidade para abastecimento
do estoque varia conforme a necessidade;
diferentemente do sistema anterior, no qual o pedido
seria feito seguindo uma quantidade fixa, conforme o
lote econômico de compra.
PLANEJAMENTO AGREGADO, MPS E
MRP
O planejamento agregado visa a elaborar um plano
genérico, procurando equilibrar a produção e a
demanda de um determinado produto. Por exemplo: o
número total de cadeiras para os próximos 12 meses,
não importando o tipo de cadeira.

O Programa Mestre de Produção (PMP), também


conhecido por MPS (Master Production Schedule), pode
determinar, por exemplo, o número de cadeiras para as
próximas oito semanas. Por exemplo, serão necessárias
25 cadeiras para destros na semana 2 e cinco cadeiras
para canhotos na semana 3 do próximo mês.
CONTINUAÇÃO...
E, finalmente, no caso do planejamento das necessidades
de materiais, conhecido pela sigla MRP (Material
Requirements Planning), teremos a especificação do
conjunto de materiais (encosto, assento, pés metálicos,
porcas, parafusos) necessários para viabilizar a produção
das 25 cadeiras para destros e outro para as cinco cadeiras
para canhotos.

O desenvolvimento do MRP gerou a necessidade de um


novo tipo de sistema, que fosse capaz de calcular não
apenas as requisições ou necessidades de materiais, mas a
necessidade de todos os recursos necessários para o
sistema de manufatura da organização, surgindo o MRP II
(Manufacturing Resource Planning).
PLANEJAMENTO AGREGADO
GRÁFICO
RELAÇÃO ENTRE PMP, MRP E MRP II
PLANEJAMENTO E PRODUÇÃO
LOGÍSTICA
Introdução ao PPCP

AULA 06
PCP - PLANEJAMENTO E
CONTROLE DA PRODUÇÃO
"O Planejamento e Controle da Produção (PCP) é a
função administrativa que tem por objetivo fazer os
planos que orientarão a produção e servirão de guia
para o seu controle.“

A função PCP é que planeja e programa a produção


e as operações da empresa, bem como as controla
adequadamente, objetivando aumentar a eficiência
e a eficácia através da administração da produção.
PCP - PLANEJAMENTO E
CONTROLE DA PRODUÇÃO
Considera que o PCP é responsável pela
coordenação e aplicação de recursos produtivos de
forma a atender da melhor maneira possível os
planos estabelecidos em níveis estratégico, tático e
operacional.

O PCP então, prepara a programação da produção


administrando estoques, sequenciando, emitindo e
liberando as ordens de compras, fabricação e
montagem, bem como executa o acompanhamento
e controle da produção.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Os diversos tipos de sistemas produtivos impõe a definição
do PCP a ser utilizado na empresa, ou seja, o PCP deverá ser
específico para cada indústria.
Entre os tipos de sistemas produtivos, destacam-se os
seguintes:
• Indústria de Produção Contínua - As indústrias do tipo
contínuo são aquelas que realizam as mesmas
operações, com poucas interrupções, produzindo
grandes lotes de produtos e, consequentemente,
possuindo grande rigidez no processo.
• Indústria de Produção Intermitente - As indústrias de
produção intermitente podem ser de dois tipos:
produção sob encomenda e produção repetitiva dos
mesmos lotes de produtos:
PRODUÇÃO INTERMITENTE
Produção sob encomenda: As indústrias de produção sob
encomenda são aquelas em que o tempo de preparação é
grande em relação ao tempo de operação. Produtos
geralmente exclusivos, únicos.

Produção repetitiva dos mesmos lotes de produtos: Este


tipo de indústria, possui as mesmas características da
indústria de produção sob encomenda, com algumas
simplificações devido à repetitividade dos lotes (produtos
comuns para vários clientes). Inclui-se nesse tipo as
indústrias de móveis, eletrodomésticos etc.
PCP NOS NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
1. No nível estratégico: são definidas as políticas
estratégicas de longo prazo da empresa. Neste nível
o PCP participa da formulação do Planejamento
Estratégico da Produção, gerando um Plano de
Produção.
2. No nível tático: são estabelecidos os planos de
médio prazo para a produção, o PCP desenvolve o
Planejamento-Mestre da Produção, obtendo o
Plano-Mestre da Produção (PMP).
3. No nível operacional: são preparados os programas
de curto prazo de produção e realizado o
acompanhamento dos mesmos.
FASES DO PCP
Em termos simples, o PCP determina o que vai ser
produzido, quanto vai ser produzido, como vai ser
produzido, onde vai ser produzido, quem vai produzir e
quando vai ser produzido.

Quanto as fases ou atividades do PCP a classificação é a


seguinte:
1. Programação;
2. Roteiro;
3. Aprazamento;
4. Liberação;
5. Controle.
PROGRAMAÇÃO
Essa primeira fase determina os tipos e as quantidades
dos produtos que serão fabricados, baseados nos
pedidos recebidos dos clientes, nas previsões de
vendas, ou em ambos.
Define a programação como o detalhamento do plano
de produção, para que ele possa ser executado de
maneira integrada e coordenada pelos diversos órgãos
produtivos e demais órgãos de assessoria.
Programa de produção é uma atividade para um
determinado período a partir das perspectivas de
vendas, da capacidade de produção e dos recursos
financeiros disponíveis
ROTEIRO
Nessa fase determina-se quem fará as operações,
onde elas serão feitas e os tempos unitários de
fabricação do produto para cada uma das
operações.

O roteiro da produção tem a função de determinar o


melhor método de produção das peças, dos
subconjuntos e da montagem dos vários produtos
acabados que a fábrica produz, além de determinar
o tempo-padrão de preparação e de operação das
máquinas.
CONTINUAÇÃO...
As decisões baseadas no roteiro de produção
são:
1. Fabricar ou comprar;
2. Fluxo de montagem;
3. Forma e tamanho da matéria-prima;
4. Divisão do trabalho a ser feito;
5. Escolha da máquina na qual o trabalho
será feito;
6. Sequência das operações;
7. Escolha do ferramental.
APRAZAMENTO
Nesta fase, determina-se quando será iniciada a
produção, quando terminará e, por diferença, quanto
tempo levará.
LIBERAÇÃO
Consiste essencialmente na mobilização dos recursos,
antes do momento em que a produção deverá ser
iniciada, a liberação ou movimentação das ordens de
fabricação se encarrega de todas as providências para
fabricar: retirada de matéria-prima de almoxarifado,
contagem de peças, transferências e entrega de peças
produzidas, etc.
CONTINUAÇÃO...
A liberação é um conjunto de funções para:

a) Verificar a disponibilidade de materiais, ferramentas


e instruções técnicas para as ordens de fabricação a
serem iniciadas, e providenciar para que fiquem à
disposição do operário;
b) Decidir sobre a sequência de processamento das
ordens de fabricação;
c) Distribuir ordenadamente as vias componentes das
ordens de fabricação;
d) Coletar informações para controle.
CONTROLE
Iniciada a produção, a fase do controle trata de acompanhá-
la em todos os seus aspectos para que os planos sejam
executados, ou devidamente modificados, quando surjam
imprevistos que impossibilitem sua realização.

O controle da produção é a função da administração que


planeja, dirige e controla o suprimento de materiais e as
atividades de processo de uma empresa, de modo que
produtos específicos sejam produzidos por métodos
específicos para atender um programa de vendas aprovado,
sendo essas atividades realizadas de tal maneira que a mão-
de-obra, os equipamentos e o capital disponíveis sejam
empregados com o máximo aproveitamento.
CONTINUAÇÃO...
Há dois tipos de controle usados para orientar eventos de
acordo com os planos: Acompanhamento e Controle de
Estoques.
Acompanhamento são os controles que obrigam os eventos
a seguir aquilo que foi definido nos planos, ordens ou
"planos diários".
O Controle de Estoques é usado para assegurar que o nível
dos estoques se mantenha dentro dos limites razoáveis.

O objetivo principal do controle da produção é atingir a


meta definida pelo Marketing/Comercial no plano de
vendas. Dentro dessas limitações, o objetivo secundário é
conseguir a melhor integração possível entre o uso ótimo da
mão-de-obra, dos equipamentos e do capital.
FUNÇÕES DO PCP
Para se realizar o PCP existem dois pré-requisitos essenciais.
O primeiro diz respeito ao roteiro da produção, que irá
mostrar como o produto será montado e como as peças
serão fabricadas.
O segundo trata do planejamento global da produção, que
consiste na busca de um programa que concilie as
perspectivas de vendas com a capacidade produtiva da
fábrica.
De posse dessas informações, o PCP exerce as seguintes
funções: Emissão de Ordens, Programação e Movimentação
das ordens de fabricação, Acompanhamento da produção e
Planejamento e controle de estoques.

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