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Alzira Vargas teve participação ativa nas eleições de 1958, tentando exercer o papel
que seu pai fez em diversas outras ocasiões;
Alzira Vargas publicou duas cartas abertas que foram distribuídas na campanha,
tentando restabelecer uma relação de proximidade com os fluminenses e
reverenciando a trajetória política de Amaral Peixoto e do PSD no Rio de Janeiro;
Resgatar também a relação de proximidade entre Amaral Peixoto e seu pai e atacar o
candidato trabalhista, colocando nele a pecha de “traidor”;
A participação de Alzira Vargas na
campanha eleitoral
Eu reiterada vezes ouvi sem protestar que o vosso e meu Comandante não sabe escolher. Não o posso defender
nesse setor sem pecar por orgulho, porque ele me escolheu também. É verdade que foi depois de ter escolhido ao
povo fluminense para ser o Comandante de seus ideais. Aceitei ficar em segundo plano. É possível que ele tenha
errado nas duas ocasiões quando nos escolheu. Quanto a mim, estou satisfeito com a escolha. E vós?(...).
Escolher errado é uma das ocorrências mais comuns da vida humana. Eu, por exemplo, a anos atrás, a vários anos
acreditei na honestidade moral de um jovem, muito jovem, que desejava ser alguém na vida política do Estado.
Transmiti minha confiança a muita gente que o ajudou a ser o que é hoje. Pareceu-me um pouco ingênuo, mas era
inteligente e aparentava sinceridade e ambição. Foi assim que, aconselhado, se inscreveu no PTB, o partido que meu
pai fundou para dar aos trabalhadores líderes que os soubessem orientar e um veículo sadio para expressarem seus
anseios, tantas vezes ignorados. Elegeu-se deputado estadual com auxílio e conselhos que ainda não devem estar
esquecidos. Foi Secretário e depois Presidente do Partido Trabalhista, sempre assessorado. Nessa mesma linha e,
quase por eliminações dos piores, foi escolhido Secretário do Interior e Justiça em 1951. Quantas vezes lhe dei
conselhos maternais!
A participação de Alzira Vargas na
campanha eleitoral
Lembro-me perfeitamente do dia em que me perguntou se não o considerava com credenciais para pleitear a Vice-
governança do Estado do Rio ou uma senatoria. Depois seria o Governador do Estado, estava dentro do seu
esquema. Respondi com a franqueza de sempre: ‘É um direito que lhe assiste e o ajudarei se puder. Tenho a
impressão, no entanto, de que o próximo quatriênio ainda é cedo para você’. Sua resposta foi absolutamente
positiva: ‘De qualquer maneira, nunca agirei contra o Comandante que me tem ajudado, dos seus conselhos, nem
contra o Dr. Getúlio que é minha linha política’. Jamais pensei que um dia meu jovem protegido esquecesse dessas
três afirmações. Portanto, eu também já me enganei, eu também já errei, eu também tenho um ‘dedo podre’. Sabia
que Roberto Silveira era ambicioso e trabalharia em favor de sua ambição e isso é razoável. Mas, jamais o supuz
capaz de usar de meios vorazes para atingir seu objetivo.
As eleições de 1958 e a derrota do pessedismo e do
amaralismo no Rio de Janeiro
Resultado das eleições de 1958
(790.762 eleitores inscritos)
Governador
Candidato / Partido Votação
Roberto Silveira (PTB/UDN/PSP) 376.949
Getúlio Moura (PSD) 288.692
As eleições de 1958 e a derrota do pessedismo e do amaralismo no Rio
de Janeiro
Resultado das eleições de 1958
Senador