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LEI COMPLEMENTAR Nº 127, DE 15 DE MAIO

DE 2008.

Institui o sistema remuneratório, por meio de subsídio,


para os servidores públicos integrantes das carreiras
Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, altera,
acrescenta e revoga dispositivos da Lei Complementar
nº 053, de 30 de agosto de 1990, e dá outras
providências.
• Art. 1º Fica instituído o sistema remuneratório, por meio de subsídio, para todos os
servidores detentores das categorias funcionais das carreiras Polícia Militar e Corpo de
Bombeiros Militar, nos termos do § 9º do art. 144, combinado com o § 4º do art. 39,
ambos da Constituição Federal, respeitando-se a distinção de remuneração existente
entre aqueles que firmaram acordo com o Estado com base na Lei nº 2.946, de 17 de
dezembro de 2004, nos termos das Tabelas I e II, constantes do Anexo I.
ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!
• Art. 2º Para efeito de aplicação desta Lei, serão observadas as
seguintes interpretações para as expressões abaixo:
I - subsídio: é a parcela única devida aos servidores das carreiras Polícia Militar e Corpo de Bombeiros
Militar, sobre a qual é vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, nos termos desta Lei;

II - parcela constitucional de irredutibilidade: é a diferença de natureza provisória apurada entre o


valor do subsídio, provento ou pensão fixada pela presente Lei e a remuneração, provento ou pensão
percebida antes da instituição daqueles;

III - remuneração: é o subsídio acrescido das verbas indenizatórias e de eventual parcela constitucional
de irredutibilidade;

IV - proventos: valor pecuniário devido ao inativo que poderá ser integral ou proporcional;

V - pensão: valor pecuniário devido aos dependentes do servidor militar falecido, de acordo com a
legislação previdenciária estadual.
Art. 3º Estão compreendidas no subsídio, proventos e pensão de que trata o art. 1º desta Lei
e não são devidas as seguintes parcelas remuneratórias:
I - soldo;
II - adicional por tempo de serviço;
III - adicional militar;
IV - auxílio moradia;
V - etapa alimentação;
VI - habilitação policial-militar;
VII - gratificação por operações estratégicas;
VIII - gratificação por operações especiais;
IX - gratificação de serviço ativo;
X - gratificação de inatividade;
XI - policiamento ostensivo;
XII - valor de referência;
XIII - difícil acesso;
XIV - verba de representação a qualquer título;
XV - indenização de compensação orgânica;
XVI - indenização de licença prêmio;
XVII - vantagens pessoais de qualquer origem e natureza;
XVIII - diferenças individuais e resíduos de qualquer origem e natureza;
XIX - valores incorporados à remuneração decorrentes do exercício de função de direção, chefia ou
assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial;
XX - valores incorporados à remuneração a título de adicional por tempo de serviço;
XXI - vantagens incorporadas aos proventos ou pensões;
XXII - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
XXIII - adicional noturno;
XXIV - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
XXV - outras gratificações e adicionais, de qualquer origem e natureza, que não estejam
explicitamente mencionados no art. 5º desta Lei.
Art. 4º Os servidores integrantes das carreiras de que trata o art. 1o desta Lei

não poderão perceber cumulativamente com o subsídio, à exceção das verbas

previstas nesta Lei, quaisquer valores ou vantagens incorporadas à

remuneração por decisão administrativa, judicial ou extensão administrativa

de decisão judicial, de natureza geral ou individual, ainda que decorrentes de

sentença judicial transitada em julgado.


Art. 5º Aos militares estaduais poderão ser pagas as seguintes vantagens pecuniárias de natureza
constitucional ou indenizatória:

I - ajuda de custo: despesas de mudança de residência para nova sede, decorrente de remoção por
interesse de serviço;

II - ajuda de curso: formação, especialização, habilitação ou aperfeiçoamento de interesse da corporação;

III - hora-aula: pelo exercício de ensino e instrução ministrada em organizações da segurança pública do
Estado;

IV - diárias: despesas de hospedagem, alimentação e deslocamento para o local de destino;

V - despesas de fardamento;

VI - despesas de funeral;

VII - despesas por invalidez;


• VIII - retribuição: pelo exercício de atribuições inerentes ao cargo ocupado de comando, chefia,
direção, coordenação, de responsabilidade material ou assessoramento em atividades de
competência exclusiva da Corporação, definido nesta Lei;

• IX - pela substituição de militar estadual nas atribuições especificadas no inciso VIII;

X - horas de vôo;

XI - horas de mergulho;

XII - pelo exercício de função de membro de órgão colegiado e da justiça militar estadual
correspondente a um máximo de 16 sessões ou reuniões por mês, cujo pagamento dar-se-á
mediante comprovação de efetiva participação;

XIII - gratificação natalina; Parágrafo único. Compete ao Chefe do Poder Executivo estabelecer normas
complementares, procedimentos, critérios e percentuais para o pagamento das
verbas mencionadas neste artigo.
XIV - adicional de férias.
Art. 6º Ajuda de custo é a indenização para custeio de despesas de viagem,
mudança e instalação, exceto a de transporte, paga adiantadamente ao militar
estadual, salvo interesse do mesmo em recebê-la no destino.

§ 1º A ajuda de custo devida ao militar estadual é fixada nos valores constantes


da Tabela integrante do Anexo II.

§ 2º Quando o militar estadual possuir dependentes expressamente declarados


a ajuda de custo constante do Anexo II será paga em dobro.
Art. 7º O militar estadual terá direito à ajuda de custo, quando:

I - movimentado para cargo ou comissão cujo desempenho importe na obrigação de mudança de


domicílio, para outra localidade, ainda que pertencente ao mesmo município, desligado ou não da
organização onde serve, obedecendo ao disposto no artigo 6º desta Lei;

II - movimentado para comissão superior a 3 (três) e inferior a 6 (seis) meses, cujo desempenho
importe em mudança de domicílio para outra localidade, ainda que pertencente a um mesmo
município, sem desligamento de sua OPM/OBM receberá, na ida, os valores previstos no artigo 6º e, na
volta, a metade daqueles valores;

III - movimentado para comissão inferior ou igual a 3 (três) meses, cujo único desempenho importe em
deslocamento do militar para outra localidade, ainda que pertencente ao mesmo município, sem
transporte de dependente e sem desligamento de sua OPM/OBM, receberá a metade dos valores
previstos no artigo 6º desta Lei, na ida e na volta.
• Parágrafo único. Não terá direito à ajuda de custo o militar estadual
movimentado por interesse próprio ou em operação de manutenção
da ordem pública.
Art. 8º Restituirá a ajuda de custo o militar que a houver recebido, nas formas e circunstâncias
abaixo:

I - integralmente e de uma só vez, quando deixar de seguir destino a seu pedido;

II - pela metade do valor recebido e de uma só vez, quando até 6 (seis) meses após ter
seguido para a nova organização, for a pedido dispensado, licenciado ou exonerado, demitido,
transferido para a reserva ou entrar em licença;

III - pela metade do valor, mediante desconto pela décima parte do subsídio, quando não
seguir destino por motivo independente de sua vontade.
§ 1º Enquadra-se nas disposições do inciso III deste artigo a licença para
tratamento da própria saúde.

§ 2º O militar estadual que estiver sujeito a desconto para restituição da ajuda


de custo, ao adquirir direito a nova ajuda de custo, liquidará integralmente, no
ato do recebimento desta, o débito anterior.
Art. 9º Na concessão de ajuda de custo, para efeito de cálculo de seu valor,
determinação do exercício financeiro, constatação de dependentes e tabela em vigor,
tomar-se-á como base a data de ajuste de contas.

Parágrafo único. Se o militar estadual for promovido, contando antiguidade de data


anterior a do pagamento de ajuda de custo, fará jus à diferença entre o valor desta e
daquela a que teria direito no posto ou graduação atingidos pela promoção.

Art. 10. A ajuda de custo não será restituída pelo militar estadual ou seus beneficiários
quando:

I - após ter seguido destino, for mandado regressar;

II - ocorrer o falecimento do militar estadual, mesmo antes de seguir destino.


Art. 11. Ajuda de curso é a indenização mensal para custeio das despesas decorrentes de
participação em cursos de formação, especialização, habilitação ou aperfeiçoamento de
interesse da corporação, fora da localidade em que o servidor militar estiver lotado ou fora do
Estado de Mato Grosso do Sul e por interesse da corporação, por prazo superior a 60 dias, no
valor correspondente aos seguintes percentuais:

I - Coronel, Tenente-Coronel, Major ou Capitão: 16% (dezesseis por cento) do subsídio do


nível inicial do posto de Coronel;

II - Aluno-Oficial, Primeiro-Tenente, Segundo-Tenente, Subtenente ou Sargento: 24% (vinte e


quatro por cento) do subsídio do nível inicial do posto de 1º Tenente;

III - Cabo ou Soldado: 37% (trinta e sete por cento) do subsídio do nível inicial da graduação
de Cabo;
§ 1º O militar que tiver creditado a ajuda de curso, na forma desta Lei, ficará
impedido de receber diárias, auxílio-alimentação e auxílio-transporte.

§ 2º Não fará jus a ajuda de curso o servidor militar desligado de curso ou escola
por falta de aproveitamento ou trancamento de matrícula, ainda que preencha
os requisitos do artigo 6º desta Lei.
Art. 12. O Policial Militar ou Bombeiro Militar, na condição de participante de
curso de formação, além da ajuda de curso, quando couber, poderá optar pelo
valor do subsídio de seu posto ou graduação ou pelo subsídio estipulado de
acordo com Anexo III desta Lei.

Parágrafo único. Os candidatos classificados no concurso público e convocados


para realização do Curso de Formação de Soldados para os cargos das carreiras
Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, na condição de Praças, em situação
especial, perceberão somente a bolsa-aluno calculada de acordo com o índice
fixado no Anexo III desta Lei.
Art. 13. Pelo exercício de função de ensino e instrução, ministrada nos cursos de formação
e aperfeiçoamento realizados em organizações da segurança pública do Estado será paga
indenização denominada hora-aula, que não poderá exceder a 20 (vinte) horas semanais.

Art. 14. O militar que a serviço se afastar da sede de exercício em caráter eventual ou
transitório, para outro ponto do território do Estado ou do País, fará jus a passagem e
diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana.

§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o
deslocamento não exigir pernoite fora da sede.

§ 2º Quando o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o militar


não fará jus a diárias.
§ 3º Na hipótese de o militar retornar à sede em prazo menor do que o previsto
para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, em igual prazo.

§ 4° O militar fará jus a diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e


locomoção quando estiver participando de curso de formação ou de habilitação
para função, posto ou graduação militar, fora da sede de exercício ou fora do Estado
de Mato Grosso do Sul e por interesse da corporação, por prazo de até 60 dias.

§ 5° A concessão de diárias para afastamento do País do militar estadual dependerá


de prévia autorização do Governador do Estado e será contada pelo número de dias
correspondentes à missão para a qual foi nomeado ou designado.
Art. 15. Poderá ser concedida indenização de transporte ao militar que realizar
despesas com a utilização de meio próprio de locomoção, para executar
serviços externos, por força das atribuições do cargo, conforme dispuser o
regulamento
Art. 16. Não será devida diária quando:

I - a distância entre a localidade de origem e a de destino for igual ou inferior a


vinte quilômetros;

II - a movimentação do militar estadual tiver por finalidade a mudança da sede


de exercício e ou de residência;

III - o deslocamento for para a participação em curso que assegure a concessão


de ajuda de curso;

IV - as despesas de hospedagem, alimentação e locomoção urbana forem


atendidas por terceiros ou por outros meios da administração pública.
Art. 17. Os Alunos-Oficial PM/BM, os Soldados PM/BM e os Cabos PM/BM têm
direito, por conta do Estado a uniforme, roupa branca e roupa de cama de
acordo com as tabelas de distribuição estabelecidas pela Corporação.

Art. 18. O militar estadual ao ser declarado Aspirante-a-Oficial PM/BM, ou


promovido a 3º Sargento PM/BM, faz jus a um auxílio para a aquisição de
uniformes no valor de 30% (trinta por cento) do valor do subsídio do posto ou
da graduação pretendido.

Parágrafo único. Idêntico direito assiste aos nomeados Oficiais PM/BM mediante
habilitação em concurso
Art. 19. Ao Oficial PM/BM, Subtenente PM/BM e Sargento PM/BM que o requerer, quando
promovido, será concedido um adiantamento correspondente ao valor de 30% (trinta por
cento) do subsídio do posto ou graduação, para aquisição de uniforme, desde que possua as
condições de prazo para a reposição.

§ 1º A concessão prevista neste artigo far-se-á mediante despacho em requerimento do militar


estadual ao seu comandante.

§ 2º A reposição do adiantamento será feita mediante desconto mensal no prazo de 24 (vinte e


quatro) meses.

§ 3º O adiantamento referido neste artigo poderá ser requerido novamente se o militar


estadual permanecer mais de 3 (três) anos no mesmo posto ou graduação, podendo ser
repetido em caso de promoção desde que liquide o saldo devedor do que tenha recebido.
Art. 20. O militar estadual que perder seus uniformes em qualquer sinistro
havido em organização policial-militar, ou em viagem a serviço, receberá um
auxílio correspondente ao valor dos uniformes, até o máximo de 10 % (dez por
cento) do subsídio do nível inicial do posto de Coronel.

Parágrafo único. Ao Comandante do militar estadual prejudicado cabe, ao


receber comunicação deste, providenciar a apuração e, em solução, determinar,
se for o caso, o valor desse auxílio em função do prejuízo sofrido.
Art. 21. A despesa de funeral será devida aos dependentes do falecido e será paga no
valor correspondente aos seguintes percentuais:

I - Coronel, Tenente-Coronel, Major: 40% (quarenta por cento) do subsídio inicial do


posto de Coronel;

II - Capitão, Primeiro Tenente, Segundo Tenente e Aspirante-a-Oficial: 40% (quarenta


por cento) do subsídio inicial do posto de Capitão;

III - Aluno-Oficial, Subtenente, Primeiro Sargento, Segundo Sargento e Terceiro


Sargento: 40% (quarenta por cento) do subsídio inicial da graduação do Subtenente;

IV - Cabo ou Soldado: 50% (cinqüenta por cento) do subsídio inicial da graduação de


Cabo
Art. 22. O militar estadual da ativa que foi ou venha a ser reformado por
incapacidade definitiva e considerado inválido, impossibilitado total e
permanentemente para qualquer trabalho, não podendo prover os meios de
subsistência, fará jus à indenização por invalidez no valor de 20% (vinte por
cento) do subsídio inicial do posto ou graduação ocupado, desde que satisfaça a
uma das condições abaixo especificadas, devidamente declaradas por junta
médica estadual, da qual participe pelo menos um médico da corporação:

I - necessitar de internação em instituição apropriada, militar estadual ou não;

II - necessitar de assistência ou de cuidados permanentes de enfermagem.


• § 1º Quando, por deficiência hospitalar ou prescrição médica comprovada por
junta médica estadual, integrada segundo as condições do caput, o militar
estadual nas condições acima receber tratamento na própria residência, também
fará jus ao auxílio invalidez.

• § 2º Para continuidade do direito ao recebimento do auxílio-invalidez, o militar


estadual ficará sujeito a apresentar anualmente declaração de que não exerce
nenhuma atividade remunerada, pública ou privada e, a critério da administração,
submeter-se periodicamente a inspeção de saúde de controle.

• § 3º No caso de oficial, mentalmente enfermo, ou de praça, aquela declaração


deve ser firmada por 2 (dois) oficiais da ativa da Corporação.
§ 4º O auxílio-invalidez será suspenso automaticamente pela autoridade
competente, se for verificado que o militar estadual nas condições deste artigo
exerça ou tenha exercido, após o recebimento do auxílio, qualquer atividade
remunerada, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, bem como se for julgado
apto em inspeção de saúde a que se refere o § 2º.

§ 5º O militar estadual terá direito ao transporte dentro do Estado de Mato Grosso


do Sul, quando for obrigado a se afastar de seu domínio para ser submetido à
inspeção de saúde de controle, prevista no § 2º deste artigo.

§ 6º O auxílio-invalidez, por sua natureza, não poderá compor a base de cálculo da


pensão previdenciária ou ser pago conjuntamente a esta.
§ 7º O auxílio-invalidez não poderá ser inferior ao valor de 25% (vinte e
cinco por cento) do subsídio inicial da graduação de Cabo.

§ 8º As despesas decorrentes da aplicação deste artigo correrão à conta


do Tesouro Estadual.
Art. 23. A indenização, como retribuição pela prestação de serviços no exercício das funções privativas das carreiras,
prevista no inciso VIII do art. 5º desta Lei será concedida exclusivamente aos militares da ativa, calculada sobre o valor
do subsídio inicial do seu posto ou sua graduação, nos seguintes percentuais:

I - 20% (vinte por cento) para o Comandante-Geral, Chefe do Estado-Maior e Corregedor;

II - 18% (dezoito por cento) para o Comandante do Policiamento Metropolitano e Metropolitano de Bombeiro,
Comandante do Policiamento do Interior e de Bombeiros do Interior, Assistente do Comandante-Geral, Ajudante-Geral e
Diretores de Diretorias;

III - 15% (quinze por cento) para o Diretor da Policlínica, Chefes de Seção do Estado-Maior Geral, Comandante do
(Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças) CFAP, Chefes de Centros de Intendência e de Material Bélico;

IV -13% (treze por cento) para os Subcomandantes do Policiamento Metropolitano e do Interior de OPM/OBM,
Comandantes e Subcomandantes de OPM/OBM, Corregedor-adjunto, Subdiretores de Diretorias e Adjuntos das Chefias
do Estado-Maior Geral, Ajudante-de-Ordens do Comandante-Geral e do Chefe do EstadoMaior Geral, Subcomandante
do CFAP, Comandantes de OPM/OBM destacadas de nível Companhia ou Subgrupamento e Comandantes de Pelotão ou
Seção destacados ou orgânicos;
V - 10% (dez por cento) para os Chefes de Seções do Comando de Policiamento
Metropolitano e do Interior, Chefes de Seções do Estado-Maior das OPM/OBM, Chefe de
Seções e Cartório da Corregedoria, Presidentes e Membros de Conselhos de Justificação,
de Conselho de Disciplina e de Processo Administrativo Disciplinar, Comandante e
Subcomandante de Companhia de Corpo de Alunos, Assessores Militares, Comandante
de Pelotão de Corpo de Alunos, Comandante de Pelotão ou Seção Orgânicos,
Comandantes de Destacamentos, Coordenadores de Polícia Comunitária, Presidentes e
Membros de Comissões Constituídas, Auxiliares Administrativos, Comandante de Equipe
de Serviço, Motorista de Viatura, Condutor e Operador de Viatura, que estiverem
classificados nessas funções por no mínimo 30 (trinta) dias.
§ 1º A retribuição de que trata este artigo é inacumulável com outra vantagem
recebida pelo militar em razão de exercício em assessorias militares vinculadas a
órgãos estranhos à Instituição.

§ 2º A retribuição não integrará os proventos e as pensões, não servirá de base


de cálculo para qualquer outro benefício nem para a previdência social.

Art. 24. A indenização de substituição será calculada consoante os percentuais


previstos no art. 23 sobre o subsídio inicial do posto ou graduação do substituto e
paga proporcionalmente aos dias de efetivo exercício na função
Os valores dos subsídios serão revistos, anualmente, sempre na mesma data, e fixados por lei específica

Art. 26. Os subsídios, fixados em seis níveis, identificam a progressão funcional do militar estadual,
considerando a experiência acumulada em cada cinco anos de efetivo exercício no posto ou graduação,
conforme Tabelas I e II do Anexo I. § 1º Não será computado para efeito deste artigo o tempo passado:

I - como desertor;

II - em cumprimento de pena de suspensão do exercício da função ou cargo, decorrente de sentença


transitada em julgado;

III - em licença para tratar de interesse particular;

IV - em cumprimento de pena restritiva de liberdade, decorrente de sentença transitada em julgado.

§ 2º O enquadramento nos níveis dar-se-á pelo tempo de serviço prestado ao Estado, apurado até a data
de vigência desta Lei.
Art. 27. Fica autorizado o Estado de Mato Grosso do Sul, por intermédio da
Procuradoria-Geral do Estado, a realizar acordos em ações judiciais ou extrajudiciais que
possibilitem aos militares estaduais ativos, inativos ou pensionistas das carreiras Polícia
Militar e Corpo de Bombeiros Militar, que percebam de acordo com a Tabela I, que
passem a receber de acordo com os valores fixados na Tabela II, ambas do Anexo I.

§ 1º Os acordos de que trata o caput serão firmados em ações ordinárias, mandados de


segurança, em execução de sentença ou acórdão ou por instrumento particular, com
firma devidamente reconhecida, até 30 de junho de 2008, sendo que os efeitos
pretéritos limitados a valores nominais a partir de 1º janeiro de 2007 serão indenizados
nos termos desta Lei.
§ 2º Os Militares que tenham decisão judicial de improcedência transitada em
julgado poderão efetuar o acordo, sem direito aos efeitos pretéritos estipulados
no § 1º.

§ 3º Os Militares que tenham decisões judiciais implantadas ou decisões


judiciais de procedência transitadas em julgado, cujos valores remuneratórios
sejam inferiores aos da Tabela II do Anexo I e que sejam optantes do acordo
previsto neste artigo, que se realizará administrativamente, terão a parcela
constitucional de irredutibilidade extinta em razão da implantação dos novos
valores;
Art. 28. O interessado se obriga, expressamente, por meio do acordo, às seguintes condições:

I - renúncia ao direito em que se fundam as ações ordinárias, mandados de segurança, execução de sentença ou
acórdão referentes à aplicação da Lei nº 2.180, de 13 de dezembro de 2000;

II - renúncia a todo e qualquer reflexo financeiro pretérito anterior a 1º de janeiro de 2007, referente à aplicação da
Lei nº 2.180, de 2000;

III - declaração de que não ingressará, sob as penas da lei, com novos questionamentos judiciais discutindo direito
fundado na Lei nº 2.180, de 2000;

IV - declaração de que está ciente de que a sua atual remuneração tem como base os valores constantes da Tabela
I do Anexo I;

V - declaração de que a remuneração a ser implementada após a homologação judicial ou extrajudicial do acordo
será aquela fixada na Tabela II do Anexo I;

VI - pagamento de todas as despesas processuais decorrentes da ação judicial, inclusive os honorários advocatícios.
Art. 29. Aos militares do Estado de Mato Grosso do Sul que tiverem redução de
remuneração em decorrência da aplicação do disposto nesta Lei, fica assegurado o
pagamento da diferença entre o valor do subsídio e da remuneração percebida,
nominalmente identificada como parcela constitucional de irredutibilidade, a ser
calculada com base nos valores constantes das Tabelas I e II do Anexo I, até que
seja absorvida, por ocasião de futuros reajustes no valor do subsídio, e não poderá
ser utilizada, em qualquer situação, para compor outra vantagem pecuniária.

Parágrafo único. A parcela constitucional de irredutibilidade referida no caput


deste artigo está sujeita, exclusivamente, à atualização decorrente de revisão geral
da remuneração.
Art 30. Os militares estaduais da ativa contribuirão para o Fundo de
Previdência Social do Estado (MSPREV), no percentual de 14% sobre o
valor da remuneração, e os inativos e pensionistas contribuirão com o
mesmo percentual sobre os proventos ou pensão, que exceder ao valor
do teto remuneratório estipulado pelo Regime Geral de Previdência
Social.
Art. 31. Altera, acrescenta e revoga os dispositivos abaixo indicados da Lei Complementar nº
053, de 30 de agosto de 1990:

“Art. 3º O Comandante-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul será


escolhido livremente pelo Governador do Estado, dentre os oficiais do QOPM,
ocupantes do último posto da hierarquia Policial-Militar.

§ 1º Revogado.

§ 2º Revogado.” (NR)
“Art. 7º ....................................

I - por convocação, em caráter temporário, para atender a necessidade da corporação em caso de grave perturbação

da ordem, em estado de guerra, de sítio ou de defesa, para atender a Justiça Militar ou para exercer cargo em

comissão ou função de direção e assessoramento superior;

§ 1º O militar convocado ficará agregado ao respectivo quadro, não concorrendo à promoção, exceto por bravura ou

post mortem.

§ 3º O militar estadual da reserva com proventos proporcionais que retornar à atividade, nas condições deste artigo,

receberá a remuneração do posto ou graduação a que teria direito se na ativa estivesse, não acumulável com os

proventos.

§ 4º No caso do § 3°, o militar contribuirá para a previdência social estadual no percentual de 14% sobre o valor da

sua remuneração, e poderá retornar à inatividade com os proventos proporcionais ou integrais correspondentes à
“Art. 47. ................................... .....................................................

II - percepção de subsídio, correspondente ao posto ou graduação que possuir quando da


transferência para a inatividade remunerada, se contar com 30 ou mais anos de contribuição;

III - subsídio calculado de acordo com o posto ou graduação, quando tiver atingido a idade limite;

VI - a promoção e o direito de freqüentar cursos e estágios de formação e aperfeiçoamento, exceto


se for réu em ação penal comum pela prática de crime doloso;

IX - a percepção de subsídio condigno que permita ao militar estadual de qualquer grau


hierárquico atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social;

XIII - as férias anuais remuneradas com adicional de 1/3 (um terço) da remuneração de seu posto
ou de sua graduação;
“Art. 90. ....................................

II - com os proventos proporcionais, por ano de serviço, para os militares estaduais


que contem, no mínimo 20 (vinte) anos de efetivo serviço.

“Art. 99. O militar estadual da ativa que for julgado incapaz, definitivamente, pelos
motivos constantes do inciso I do art. 97, será reformado com proventos calculados
com base no subsídio de grau hierárquico imediatamente superior ao que possuía na
ativa.

§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo aos casos previstos nos incisos II e III do art. 97
quando verificada a incapacidade definitiva, for o militar considerado impossibilitado
total e permanentemente para qualquer trabalho.
§ 2º Considera-se para efeito deste artigo, grau hierárquico imediato, os de:

I - Primeiro Tenente para Aspirante-a-Oficial e Subtenente;

II - Segundo Tenente para 1º, 2º e 3º Sargentos;

III - Segundo Sargento para Cabo e Soldado.”


Art. 32. Os períodos de licença especial, adquiridos até a data da entrada em vigor desta Lei,
poderão ser usufruídos ou contados para efeito de inatividade ou convertidos em pecúnia
no caso de falecimento do militar ou na passagem para a inatividade, quando o período não
for utilizado para apuração do tempo de serviço.

§ 1º Os períodos de licença especial adquiridos anteriormente à vigência da Emenda


Constitucional nº 20, de 5 de dezembro de 1998, poderão ser computados em dobro para
efeito de inatividade.

§ 2º A licença especial nas condições desta Lei será autorizada para o afastamento total do
serviço, concedida, automaticamente, pelo Comandante, Chefe ou Diretor Militar Estadual
relativa a cada decênio de tempo de efetivo serviço prestado, sem que isto implique em
qualquer restrição para sua carreira.
§ 3° A licença especial tem duração de 6 meses, podendo ser gozada em uma ou duas
parcelas, quando requerida pelo interessado

§ 4° O período de licença especial não interrompe a contagem do tempo de efetivo serviço.

§ 5° A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de qualquer licença, e para que
sejam cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquela.

§ 6° Uma vez concedida a licença especial, o militar estadual será exonerado do cargo em
comissão ou dispensado do exercício das funções que exerce e ficará à disposição do órgão
de pessoal da Corporação.

§ 7º A licença de que trata este artigo será concedida com a remuneração integral do posto
ou graduação

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