Esporte e Cognição • Para um bom desempenho esportivo... Físico, técnico e cognitivo. Tanto de processos básicos como atenção, percepção, velocidade de processamento quanto de funções superiores como as funções executivas que são importantes para os processos complexos de tomada de decisão e comportamento tático. Desempenho de uma jogada • O ambiente esportivo é rico de estimulação e apresenta alta demanda cognitiva. Em diversas modalidades é demandado do atleta: • rápida antecipação e adaptação às contínuas situações de mudança decorrentes da oposição gerada pelo adversário, do compartilhamento do espaço de jogo, da alternância entre as situações de ataque e defesa, e da interação com os companheiros de equipe. Evidências que atletas apresentam cognição mais desenvolvida • Alguns estudos como o X apresentam evidências que atletas de alto rendimento apresenta habilidades cognitivas, principalmente as de ordem superior, como as funções executivas mais desenvolvidas, quando comparado com pessoas não atletas. • No estudo de metanálise de Voss e colaboradores (2010), foram revisados 20 estudos que apontaram que os atletas, quando comparados com não-atletas, apresentam maiores níveis de velocidade de processamento e atenção. • Além da comparação com não atletas há evidências que funções de ordem superior, como as funções executivas estão diretamente relacionadas com o desempenho esportivo. Vesteberg(2012) comparou atletas de série A e série C. os autores constataram que os atletas de alta divisão apresentaram resultados melhores nas tarefas de funções executivas quando comparados com atletas de baixa divisão. Ovo ou a galinha • Há evidência que o esporte estimula o desenvolvimento cognitivo dos atletas, por apresentar um ambiente rico em estimulação cognitiva. • Ao mesmo tempo em que há evidência que diferenças individuais em habilidades cognitivas, principalmente de ordem superior, são fundamentais para o desempenho cognitivo. • Evidências para a coocorrências dos dois fenômenos. Sabendo a importância das habilidades cognitivas como o psicólogo do esporte pode ajudar?
• Contexto: relato de dificuldade.
• Compreender o desenvolvimento e maturação • Funções executivas de ordem superior • Divisão dos três componentes das FE. • Controle inibitório: Por volta de 8-10 anos. • Memória de trabalho: meado e final da adolescência • Flexibilidade Cognitiva: início da vida adulta. Desenvolvimento • Compreender a fase de desenvolvimento do meu atleta. • Orientar o treinador e adaptação das atividades de acordo com o período de desenvolvimento que o atleta se encontra. • Principalmente na maneira de transmitir uma informação. • Neuroplasticidade: enriquecer os estímulos como objetivo de estimular os componentes cognitivos. Como avaliar? • Poucos testes que apresentam validade interna e externa para atletas, do ponto de vista psicométrico, no contexto brasileiro. • Avaliação funcional: a partir da realidade, considerando o contexto, transformar o construto em comportamentos observáveis que façam sentido. Investigação da história • Desempenho acadêmico: Dificuldades na aprendizagem? Dificuldade específicas de aprendizagem? Presença de algum transtorno do neurodesenvolvimento nele e na família? • Considerar questões socioeconômicas O que observar? • Quando eu falo de controle inibitório, por exemplo, estou falando da nossa capacidade de ignorar estímulos irrelevantes de interferência, e direcionar a atenção para execução da tarefa: 1) Quais estímulos irrelevantes temos num treino? Como o atleta lida com eles? Desconcentra? Precisa sempre que repita a informação? 2) Como regula as emoções quando é contrariado, frustrado? 3) Tende a ser impulsivo nas suas ações? Respondendo (físico ou verbal) sem considerar outras possibilidades? MT • MT: falo da capacidade de armazenar e manipular uma informação 1) Entende bem quando o treinador passa um sequencia de uma jogada? Ou se perde no meio do caminho? 2) Consegue formular jogadas “pensadas” sem que alguém fica lhe repetindo? 3) Planeja um sequência de ações ou se perde durante? Flexibilidde Cognitiva • Capacidade de modificar o comportamento de acordo com o feedback do ambiente 1) Persevera nos erros? 2) Precisa que alguém cante a jogada com frequencia? Não consegue “ler” o jogo, entendendo que cada situação exige um comportamento.