Laplace 5

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O método consiste em resolver equações diferenciais como se

fossem equações algébricas.


Definição: Dada uma função f(t) definida no intervalo [0, )
definimos a sua transformada de Laplace, F(s), por


F ( s )   e  st f (t )dt  L( f (t ))
0

Supondo que a integral convirja pelo menos para algum valor


de s.
Transformamos através do operador L funções f(t), na variável
t, em funções F(s), na variável s .
Sabe-se que uma integral definida em um intervalo ilimitado é
chamada de integral imprópria é definida como um limite de
integrais definidas em intervalos finitos; Assim
 A
a
f (t )dt  lim  f (t )dt
A  a

Onde A é um real positivo. Se a integral de a até A existe


para todo A > a e se o limite quando A   existir, então
dizemos que a integral imprópria converge para aquele valor
limite. Caso contrário, diverge.
Exemplo 1: Seja f(t) = 1 / t , t  1, então 

1
(1 / t ) dt

Converge ?
  A

1
f (t )dt   (1 / t )dt  lim  (1 / t )dt  lim ln A  
1 A  1 A 

Logo a integral imprópria diverge.

Exemplo 2: Seja f(t) = 1 / t 2 , t  2, então a integral



2
f (t )dt diverge ?
Temos que :  A A
 (1 / t )dt  lim  (1 / t )dt  lim (1 / t | )  1 / 2
2 2
2 A  2 A  2

Logo a integral dada converge para o valor ½ .


Teorema: Se f é seccionalmente contínua em t  a, se | f(t) |
 g(t) quando t  M para alguma constante positiva M e se
 
M
g (t )dt converge, então  f (t )dt
a

também converge. Por outro lado, se f(t)  g(t)  0 para t  M


e se  
M
g (t )dt diverge, então  f (t )dt
a

também diverge.
Teorema : (Existência da transformada de Laplace) Suponha
que
1- f seja seccionalmente contínua no intervalo 0  t  A para
qualquer A positivo;
2- | f(t) |  Keat quando t  M, onde K, a e M são constantes
reais com K e M necessariamente positivas. Então, a
transformada de Laplace L{f(t)} = F(s), definida pela equação


 st
L{f(t)} = F(s) = e f (t ) dt ,
0

Existe para s > a.


Exemplo 3: Seja f(t) = 1, t  0. Então
 A 1
L(1)   e 1dt  lim 
 st  st
e dt  . s  0
0 A  0 s
Exemplo 4: Seja f(t) = sen(at), t  0. Então

L(sen(at ))  F ( s)   e sen(at )dt , s  0
 st
0

Temos integrando por partes


e  st cos(at ) A s A  st
F ( s )  lim[
A  a
|0
  e cos(at )dt ]
a 0
Finalmente, F(s) = a / (s 2 + a 2), s > 0

Exemplo 5: Seja f(t) = eat, t  0, então


 
L(e )  F ( s )   e e dt   e
at  st at (  s  a )t
dt
0 0
( a  s )t
A e A
F ( s )  lim 
A  0
e ( a s )t
dt  lim
A  a  s 0
|  1 /(a  s ), s  a.

Existem 3 propriedades extremamente importantes nas


transformadas , como:
i) O sistema é linear, isto é, L(a f(t) + b g(t)) = a Lf(t) + b
Lg(t) ;
ii) O sistema destrói derivadas, isto é, se f’(t) entra na caixa,
ela sai como sF(s) – f(0);
iii) O sistema é inversível, isto é, existe uma outra caixa,
denominada L-1, que, se atravessada pela função de saída,
F(s) fornece f(t) de volta, assim, L-1(F(t)) = f(t).
f(t) F(s)

af(t) + bf(t) aF(s) + bF(s)


L
f’(t) sF(s) – f(0)
f”(t) s 2F(s)-sf(0)-f’(0)

Transformada de Laplace
Teorema: Suponha que f seja contínua e que f’ seja
seccionalmente contínua em qualquer intervalo 0  t  A.
Suponha, além disso, que existam constantes k, a e M tais que
| f(t)|  ke at para t  M. Então L{f’(t)} existe para s > a e,
além disso, L{f’(t)} = sL{f(t)} = sL{f(t)} – f(0).
Corolário: Suponha que as funções f, f’, f”, ..., f(n-1) sejam
contínuas e que f(n) seja seccionalmente contínua em qualquer
intervalo 0  t  A. Suponha, além disso, que existam
constantes k, a e M tais que | f(t)|  ke at , | f’(t)|  ke at ...| f(n-1)
(t)|  ke at para t  M. Então L{f(n)(t)} existe para s > a e é
dado por
L{f(n)(t)} = snL{f(t)} – sn-1f(0) - ... - sf(n-2)(0) – f(n-1)(0).
Exemplo 6: Determine F(s) se f(x) = 3 + 2x 2.
Por definição e tabela de transformada, temos:
F(s) = L(3 + 2x 2) = 3L(1) + 2L(x 2) = 3 (1 / s) + 2 (2 / s3) =
= 3 /s + 4 / s 3.
Exemplo 7: Resolva a equação diferencial y” – y’ – 2y =0
com y(0) = 1, y’(0) = 0.
Facilmente pode-se encontrar a solução y = 2/3e-t +1/3e2t
usando equação característica.
Usando transformada de Laplace, temos:
L{y”} – L{y’} –2L{y} = 0,
s2L{y} – sy(0) – y’(0) – [sL{y} – y(0)] – 2L(y) = 0
ou ( s2 – s – 2)Y(s) + (1-s)y(0) – y’(0) = 0
Y(s) = (s –1) / (s2 – s –2) = (s –1) / [(s – 2) (s +1)]
que acaba chegando à mesma solução.
Exemplo 8: Usando a trsansformada de Laplace, resolva a
equação y” – y’- 6 = 0, y(0) = 1, y’(0) = -1.
Solução: L{y”} – L{y’} – 6L{y} = 0
s2L{y} – sy(0) – y’(0) – [sL{y} – y(0)] – 6L{y} = 0.
Como L(y} = Y(s), temos:
s2Y(s) – sy(0) – y’(0) – sY(s) + y(0) – 6Y(s) = 0
Y(s)(s2 – s – 6) + 1 – s + 1 = 0
Y(s) = (s –2) / (s2 – s – 6) = (s –2) / (s – 3)(s –+2).
Separando em frações, temos: Y(s) = (1/5)/(s-3) + (4/5)/(s+2).
Consultando a tabela de Laplace, temos
Y(s) = (1/5)e3t + (4/5)e-2t = (1/5)(e3t + 4e -2t )
Exemplo 9: Resolva por Laplace a equação: y’ + y = senx,
y(0) = 1.
Solução: sY(s) – y(0) + Y(s) = 1 / (s2 +1)
sY(s) – 1 + Y(s) = 1 / (s2 +1), Y(s)(s+1) = 1 + 1 / (s2 +1)
Y(s) = 1/(s+1) + 1/ (s+1)(s2+1).
Separando em frações, temos:
1/(s+1)(s2+1) = A/(s+1) + (Bs+C) / (s2+1)
Donde A = ½, B = - ½ e C = ½. Então
Y(s) = 1/(s+1) + (1/2)/(s+1) – (½)(s/(s2+1)) + ½ (1/(s2+1)).
Logo: y = (3/2)e –x –(1/2)cos(x) +(1/2)sen(x) = ½ ( 3e –x –
cos(x) + sen(x))
Função Degrau : A função Degrau unitário, denotado por c,
é definida por

c   0,

1,
t c

t c

A função de Laplace de c é determinada por


 cs
  e
L{ c (t )   e  c (t )dt   e dt 
 st  st
, s0
0 c s
y
y = 1 - c
1

c t
y
y = c (t)
1

c t
Teorema: Se F(s) = L{f(t)} existe para s > a  0 e se c é uma
constante positiva, então
L{µc(t)f(t-c)} = e – cs L{f(t)} = e – cs F(s), s > a.
Reciprocamente, se f(t) = L –1{F(s)}, então
µc(t)f(t-c) = L –1{e – cs F(s)}.
Teorema: Se F(s) = L{f(t)} existe para s > a  0 e se c é uma
constante positiva, então L{ectf(t)} = F(s-c), s > a + c
Reciprocamente, se f(t) = L –1 {f(t)}, então ect = L –1 {f(s-c)}.
c  
Exemplo 10: Usando a função 0 , se t  a
1, se t  a , a o

Reescreva a função

f (t )  0 , se t  a
sen( t  a ), se t  a ,

Assim podemos escrever f(t) = a(t)sen(t-a)


ou

f (t )   a (t ) g (t  a)   0 , se t  a
g ( t  a ), se t  a
Teorema: Se f é de ordem exponencial e é de período p, então
p

L{ f (t )}  0
e  st f ( t ) dt

1 e sp

Exemplo 11: Ache a transformada de Laplace da função cujo


gráfico é
f(t)
1
t
1 2 3 4

Neste caso, f é periódica com período 2, donde


2 1
 
 st
e f ( t ) dt e  st dt
1 e 1
L{ f (t )}  0 1e 2 s  10e 2 s  s (1 e 2 s )

 1
s (1 e s )

Exemplo 12: Encontre a transformada de Laplace da função


f(t) = t 0  t < 1, f(t+1) = f(t).
1

L{ f (t )}  1e s
0
e  st tdt

Integrando por partes, temos


[1 –(1+s)e –s] / [s2 (1 – e-s)]
Definição de convolução: Sejam f(x) e g(x)  E . A
convolução de f(x) e g(x) é dada por
x
f ( x).g ( x)   f (t ) g ( x  t )dt.
0

Exemplo: Se f(x) = e 3x e g(x) = e 2x, então f(t) = e 3t e


g(t) = e 2(x - t) e
x x
f ( x).g ( x)   e e
3t 2 ( x t )
dt  e 2x

t 3x
e dt  e  e 2x
0 0

Teorema: Se L{f(x)} = F(s) e L{g(x)} = G(s), então


L{f(x).g(x)} = L{f(x)}. L{g(x)} = F(s).G(s) podem ser
escrita na forma L –1{F(s).G(s)} = f(x).g(x)

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