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CAPS III Leopoldina

OMS: SUICÍDIO
 Mais de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo.
Isso representa uma morte a cada 40 segundos;
 O Brasil é o 8º país com mais suicídios. Em 2012, foram
registrados 11.821 casos.
 A Índia está em primeiro lugar com 258 mil casos;

 O suicídio é a 2ª maior causa de mortes entre pessoas de 15 a 29


anos. No entanto as taxas de suicídio também são elevadas entre
os que tem mais de 70 anos.
 Há mais mortes causadas por suicídio do que por guerras e
homicídio juntos. Os métodos mais usados globalmente são uso
de pesticidas, enforcamento e armas de fogo.
 É possível prevenir suicídios e, para isso, é importante a adoção de
uma abordagem multisetorial abrangente;
 As mortes por suicídio atingem números de uma epidemia, e a
sua prevenção começa com o esclarecimento, sem julgamento
ou recriminação, mas com respeito e muito amor.

 Segundo especialistas, uma das maiores causas de tentativas de


suicídio é a depressão.
 Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a
prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população
a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo.
 Precisamos conversar para quebrar esses tabus, falando sobre o
assunto, esclarecendo, conscientizando e estimulando a prevenção
para reverter esse cenário.
 O suicídio tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do
assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de
que uma pessoa próxima está com ideias suicidas.
 O suicídio não é nunca o resultado de um só fator ou
acontecimento.
 É normalmente causado por uma complexa interação de muitos
fatores, tais como doença mental ou física, abuso de substâncias,
distúrbios familiares, conflitos interpessoais e pressões da vida.
 Temos de reconhecer que uma grande variedade de fatores
contribui para o suicídio, e muitos deles são passiveis de
prevenção.
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO
 Tentativa prévia de suicídio: pacientes que tentaram suicídio
têm de 5 a 6 vezes mais chances de tentar novamente;
 Doença mental: quase todos os suicidas tinham uma doença
mental, muitas vezes não diagnosticada, frequentemente não
tratada ou não tratada de forma adequada.
DESGOSTO DA VIDA. SUICÍDIO
 943: Donde nasce o desgosto da vida, que, sem motivos plausíveis, se apodera de certos indivíduos?

O Livro dos Espíritos; parte IV – Cap. I


Das penas e gozos terrenos
DESTACAM-SE OUTROS FATORES DE
RISCO

 Desesperança, desespero,
desamparo e impulsividade;
 Idade;

 Gênero;

 Doenças clínicas não


psiquiátricas;
 Eventos adversos na infância e
adolescência;
 História familiar e genética;

 Fatores sociais.
FATORES PROTETORES
 Autoestima elevada;
 Bom suporte familiar;

 Laços sociais fortalecidos;

 Religiosidade;

 Razão para viver;

 Ausência de doença mental;

 Estar empregado;

 Senso de responsabilidade;

 Gravidez planejada;

 Capacidade de adaptação positiva;

 Capacidade de resolução de problemas;

 Relação terapêutica positiva;

 Cuidados de saúde mental.


CARACTERÍSTICAS PSICOPATOLÓGICAS
COMUNS
 Ambivalência: o desejo de viver e de
morrer se confundem no sujeito. Há
urgência em sair da dor e do
sofrimento com a morte, entretanto há
o desejo de sobreviver a esta tormenta.
 Impulsividade: o impulso para
cometer suicídio é transitório e tem
duração de alguns minutos ou horas.
 Rigidez: a pessoa pensa
constantemente sobre o suicídio e é
incapaz de perceber outras maneiras de
enfrentar ou de sair do problema.
SENTIMENTOS NEGATIVOS
 Intolerável: não consegue suportar o momento que está
passando;
 Inescapável: A pessoa pensa que não há uma saída para o seu
problema;
 Interminável: a pessoa pensa que seu sofrimento não tem fim.
AS AVALIAÇÕES DEVEM INCLUIR
 Doença mental;
 História pessoal e familiar de comportamento suicida;

 Suicidabilidade;

 Características de personalidade;

 Fatores estressores crônicos e recentes;

 Fatores psicossociais e demográficos;

 Presença de outras doenças;


POSVENÇÃO DO SUICÍDIO
 Inclui habilidades e estratégias para cuidar
de si mesmo ou ajudar outra pessoa a se
curar, após a experiência de pensamentos
suicidas, tentativas ou morte.
 Paciente e família devem ser
acompanhados para evitar novas tentativas
e ajudar no processo do luto em caso de
suicídio ocorrido.
 “Sobreviventes de suicídio” ou
“sobreviventes de perda por suicídio”:
estima-se que 60 pessoas sejam
intimamente afetadas em cada morte por
suicídio, incluindo família, amigos e
colegas de classe.
O SUICÍDIO E A IMPORTÂNCIA DA
PREVENÇÃO
 Atenção primária: identificar; avaliar; manejar e encaminhar;
 Atenção secundária e terciária: recebe/avalia; tratamento;
acompanha e encaminha;
 Não se limita à rede de saúde, sendo necessária a existência de
medidas em diversos âmbitos na sociedade, que poderão colaborar
para diminuição das taxas;
 A prevenção do suicídio deve ser um movimento que leva em
consideração o biológico, psicológico, político, social e cultural,
no qual o indivíduo é considerado como um todo em sua
complexidade.
 Promoção de qualidade de vida.
REFLEXÃO
 Um pai de família matou sua mulher a facadas e jogou seus dois
filhos da sacada antes de pular e se matar também, no Rio de
Janeiro;
 Outro pai de família pulou do 17º andar do fórum em São Paulo,
com seu filho no colo;
Na carta de despedida dos dois eles falavam do desespero por não
conseguirem mais sustentar a família com dignidade por terem
trocado de emprego e diminuído a qualidade de vida.
 A vida é mais que dinheiro, do que status... A vida são os breves
momentos que passamos com quem amamos...!!!
Obrigada pela atenção!

Ana Carla A. Pimentel


Superintendente de Saúde Mental

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