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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA – BRAGA

2007/2008
(Mestrado - 1º Semestre)

13ª, 14ª, 15ª, 16ª, 17ª e 18ª Aulas


Disciplina: Psicopatologia e Saúde
Curso: 2º Ciclo – Mestrado
Docente: Prof. Doutora Eleonora Veiga
I. Perturbações do Humor
 Perspectiva geral da depressão e da mania

 Estrutura das Perturbações do Humor

 Perturbações Depressivas

 Perturbações Bipolares

 Prevalência das Perturbações do Humor


I. Perturbações do Humor
 Alguma vez se sentiu deprimido/a?

 Universalidade dos sentimentos de


depressão;

 Perturbações do humor provocam


deterioração: Suicídio
I. Perturbações do Humor
 Quais os principais factores que marcam a
diferença entre as suas emoções e as de
Teresa?

 A depressão de Teresa encontra-se fora da


experiência normal pela sua intensidade e
duração.

 Depressão grave ou “clínica” interferiu de


forma importante na sua capacidade de
funcionamento.
Caso clínico (p.201)
 Teresa, uma jovem de 16 anos, atraente
mas muito tímida, chegou à clínica com os
seus pais. Durante vários anos interagiu
poucas vezes com pessoas fora da família
devido a ansiedade social. Tinha dificuldade
em ir às aulas e à medida que os seus
contactos sociais diminuíam a sua vida
parecia mais vazia e mais monótona. Aos
16 anos, uma depressão profunda e
generalizada nublou a sua existência.
Caso clínico
 Desesperança;

 Consumo de álcool;

 Ideação suicida;

 Tentativa de suicídio;
Perspectiva geral da depressão e
da mania
 Depressão de maior gravidade e mais
prevalente – episódio depressivo
major

 Definição: estado de humor deprimido


que dura pelo menos duas semanas e
inclui sintomas cognitivos
(desvalorização, indecisão) e funções
físicas alteradas (padrões do sono,
apetite, peso, energia);
Episódio depressivo major
 Perda marcada de interesse e da capacidade de
experimentar qualquer prazer na vida
(interacções com a família, amigos,
ocupacionais); = anedonia

 As mudanças físicas (somáticas ou


vegetativas) são fundamentais na DEP –
assinalam um episódio depressivo major
completo.
completo

 Duração sem tratamento: 9 meses.


Perspectiva geral da depressão e
da mania
 Mania

 Prazer extremo em qualquer


actividade;

 Activos (hiperactivos),
hiperactivos pouca
necessidade de dormir;

 Podem fazer planos grandiosos (ideia


de que conseguem o que querem);
Perspectiva geral da depressão e
da mania
 Fala rápida,
rápida que pode ser incoerente
(tenta expressar várias ideias ao mesmo
tempo = fuga de ideias);

 Duração de uma semana e de menos se


o episódio implicar hospitalização (e.g.,
comportamento auto-destrutivo);

 Duração de episódio maníaco sem


tratamento:
tratamento de 3 a 6 meses.
Perspectiva geral da depressão e
da mania
 Episódio Hipomaníaco
(hipo=inferior)

 Versão menos grave de um episódio


maníaco que não provoca uma
deterioração marcada no funcionamento
social.
Estrutura das Perturbações do
Humor
 Depressão ou mania = perturbação do
humor unipolar

 Depressão e mania = perturbação do


humor bipolar

 Sintomas maníacos com sentimentos de


depressão ou ansiedade ao mesmo tempo =
episódio disfórico maníaco ou misto
Estrutura das Perturbações do
Humor
 Estudos:
 Os episódios maníacos
caracterizam-se por traços disfóricos
(ansiosos ou depressivos) e este
aspecto é mais comum do que se
pensava;

 Só episódios maníacos = Perturbação


bipolar (espera-se que se deprima num
momento posterior);
Estrutura das Perturbações do
Humor
 Depressão e mania diferem:

 Gravidade

 Curso (frequência)

 Grandiosidade ou elevada auto-estima


Perturbações Depressivas
 Perturbação Depressiva Major,
episódio único

 Ausência de episódios maníacos ou


hipomaníacos antes ou durante o episódio;

 É pouco frequente a ocorrência de um só


episódio depressivo na vida;

 Dois ou mais episódios depressivos separados


por um período de pelo menos 2 meses
diagnostica-se Perturbação Depressiva Major
Recorrente;
Recorrente
Perturbações Depressivas
 Recorrência é importante no prognóstico;

 Indivíduos com PDM recorrente possuem


história familiar de depressão;
depressão

 85% dos casos de episódio único – a pessoa


tem outro episódio (PDM recorrente);

 Duração média dos EDM recorrentes é de 5


meses;
meses
Perturbações Depressivas
 Perturbação Distímica

 Sintomas mais ligeiros em relação à PDM;

 Sem mudanças por amplos períodos de tempo (e.g.,


20 ou 30 anos);

 Estado de humor persistentemente deprimido


durante pelo menos 2 anos,
anos sem estar livre de
sintomas mais de dois meses seguidos;

 Difere da PDM na gravidade, cronicidade e número


de sintomas
 (mais leves e menos numerosos, durante mais tempo)
Perturbações Depressivas
 Depressão Dupla

 Episódios depressivos major (EDM) e


perturbação distímica (PD) = depressão dupla;

 Desenvolvimento inicial da PD e um ou mais


EDM;

 Psicopatologia grave e curso futuro


problemático;
 61% dos pacientes não recuperam da PD e
taxas elevadas de recaída e recorrência de
EDM.
Perturbações Depressivas
 Início e Duração

 Idade de início – 25 anos sem tratamento e 29


com trat.;

 Idade de início está a diminuir;


diminuir

 Incidência da DEP e suicídio estão a aumentar;


aumentar

 A tendência de desenvolvimento da DEP em


idades precoces é um fenómeno mundial;
Perturbações Depressivas
 Início e Duração

 Duração dos EDM – é variável (e.g., 2


semanas vs vários anos);

 Duração média do 1º episódio de 6 a 9


meses sem tratamento;

 Probabilidade de remissão do episódio –


90% num período de 5 anos;

 Com sintomas residuais – maior probabilidade


de recorrência;
Perturbações Depressivas
 Perturbação Distímica

 Idade de início – 20s

 Antes dos 21 anos:


anos
 Maior cronicidade;
 Prognóstico mais pobre;
 Maior probabilidade que a PD ocorra na família
do paciente;
 Maior prevalência de Perturbações da
Personalidade nos pacientes com PD de início
precoce do que na PDM;
Perturbações Depressivas
 Duração – entre 20 a 30 anos ou mais;

 Duração média de 5 anos nos adultos e de 4


anos nas crianças;

 Carácter crónico da distimia;

 Maior probabilidade de tentativas de suicídio


em comparação com a PDM;

 Comum a depressão dupla.


Caso Clínico
 João era um homem de 49 anos,
divorciado e que vivia com o seu filho
de 10 anos de idade em casa de sua
mãe. Sofria de uma depressão
crónica e, finalmente admitiu que
necessitava de ajuda. Afirmou ser um
pessimista e ter-se angustiado por
tudo durante uma boa parte da sua
vida adulta. Sentia-se deprimido e
tinha dificuldade em tomar decisões.
Caso Clínico
Era pessimista em relação ao
futuro. Durante os últimos 20 anos, o
período mais amplo em que recorda
um humor normal foi de 4 ou 5 dias.
Em termos profissionais,
terminou a universidade e, apesar
das pessoas acharem que tinha um
futuro brilhante, ele não pensava da
mesma forma.
Caso Clínico
Teve um emprego como
administrativo e permaneceu no
mesmo posto durante 20 anos.
A esposa de João, farta do seu
pessimismo contínuo, falta de
confiança em si mesmo e
incapacidade para tirar prazer da
vida, divorciou-se.
Caso Clínico
Cerca de 5 anos antes de vir à clínica,
João experimentou uma depressão
pior. A sua auto-estima desapareceu,
incapaz de tomar qualquer decisão,
estava cansado o tempo todo, com
dificuldades em se mover, incapaz de
terminar projectos, ou entregar um
trabalho no prazo previsto. Sem
esperança começou a contemplar o
suicídio. Foi despedido do emprego.
Caso Clínico
Depois de 6 meses, o episódio
depressivo major resolveu-se e João
regressou ao seu estado de
depressão crónico mas ligeiro.
Conseguia levantar-se da cama e
realizar tarefas, embora duvidasse
das suas capacidades. Contudo, tinha
dificuldade em conseguir outro
emprego. (DD)
Perturbações Depressivas
 Luto

 Reacção de luto patológico –


sintomas:
sintomas

 Recordações intrusivas sobre o ente


querido;

 Evitamento de pessoas e lugares que


recordam o ser amado.
Perturbações Bipolares
 Tendência dos episódios maníacos a
alternarem-se com EDM (da euforia à
desesperança);

 Semelhança – o episódio maníaco pode


ocorrer uma só vez ou de maneira
repetida;

 Perturbação Ciclotímica – versão mais


leve, mas mais crónica, da Perturbação
Bipolar (=distímico);
Perturbações Bipolares
 P. Bipolar II – os EDM alternam-se com
episódios hipomaníacos;
hipomaníacos

 P. Bipolar I – episódio maníaco completo;

 Episódios maníacos diferentes – período livre


de sintomas de pelo menos 2 meses entre eles;

 Fases maníacas ou hipomaníacas – os


pacientes negam ter algum problema;
 (e.g., gastar muito dinheiro).
Perturbações Bipolares
 Perturbação Ciclotímica

 Alteração crónica da elevação do humor e da


DEP que não alcança a gravidade dos episódios
maníacos ou depressivos maiores;

 Duração de vários anos, com poucos períodos


de humor neutro (eutímico);

 Duração de 2 anos (1 anos para crianças e


adolescentes);
Perturbações Bipolares
 Oscila entre o tipo de sintomas de DEP leve
(distímicos) e episódios hipomaníacos;
hipomaníacos

 Não requer hospitalização ou intervenção


imediata;

 Estados de humor que flutuam de modo


crónico – suficientes para interferir no
funcionamento;

 Risco de desenvolvimento de Perturbação


Bipolar I ou II.
Perturbações Bipolares
 Início e Duração

 Idade média de início da Pert. Bipolar I: 18 anos e


Bipolar II: 22 anos;

 Início mais precoce e agudo que a PDM;

 Início na adolescência caracterizado por oscilações


do humor menores ou mudanças ciclotímicas de
humor;

 Entre 10 a 13% dos casos de Pert. Bipolar II


progride e converte-se em Pert. Bipolar I;
I
Perturbações Bipolares
 A taxa de indivíduos deprimidos que posteriormente
experimentam mania aproxima-se dos 25%;

 Pouco frequente o desenvolvimento de Pert. Bipolar


depois dos 40 anos;
anos

 Curso crónico (a mania e a depressão alternam-se de


forma indefinida);

 Suicídio é uma consequência comum: 17% Pert.


Bipolar I, 24% na B. II, 12% na unipolar;

 Problemas no funcionamento – 60% com pobre


adaptação nos primeiros 5 anos após o tratamento.
Perturbações Bipolares
 Perturbação Ciclotímica

 Curso é crónico e dura toda a vida;

 Pode transformar-se numa perturbação bipolar


completa;
completa

 60% mulheres;

 Idade de início precoce (12-14 anos);

 Dificuldade em reconhecer a perturbação


 (e.g., nervosos, explosivos, instáveis ou hiperactivos)
Critérios de definição adicionais
 A. Descrição do episódios mais recente

 B. Descrição do curso ou padrão temporal

 6 especificadores básicos para episódio mais


recente:
recente
 Atípico
 Melancólico
 Crónico
 Catatónico
 Psicótico
 Início no pós-parto
1. Especificação de
características atípicas
 Aplicada a episódios DEP e distimia;
distimia

 Não se aplica aos Ep. Maníacos;

 Hipersónia e aumento do apetite e


peso
 (sintomas atípicos na depressão);

 Etapa inicial da DEP


 (sintomas menos graves e elevada ansiedade);
2. Especificação de
características melancólicas
 Todos os critérios do EDM;
EDM

 Não se aplica à distimia;

 Sintomas somáticos mais graves (diminuição do


peso, libido, sent. de culpa excessiva e anedonia);

 Ausência de um acontecimento de stress que o


precipita;

 Episódio DEP grave.


grave
3. Especificação de
características crónicas

 Satisfeitos todos os critérios de um


EDM continuamente pelo menos
durante os últimos 2 anos;
anos

 Não se considera a perturbação


distímica.
4. Especificação de
características catatónicas
 Pouco frequente;

 Implica ausência total de movimento


ou catalepsia
 (músculos frouxos e semi-rígidos,
permanecendo na mesma posição);

 Movimento excessivo mas aleatório.


5. Especificação de
características psicóticas
 Sintomas psicóticos (alucinações e delírios);

 Congruentes com o humor (relaciona-se


com a DEP);

 Incongruentes com o humor (delírios de


grandeza na DEP);

 Má adaptação social
 Forte probabilidade de desenvolver
características psicóticas.
6. Especificação de início no
pós-parto
 Episódios maníacos ou depressivos
graves de natureza psicótica que ocorrem
durante o pós-parto
 (4 semanas a seguir ao nascimento);

 Cansaço físico, novos horários, habituação


à criança e outras mudanças
 (tensão extrema);

 50 a 80% das mulheres entre 1 a 5 dias


depois do parto (DEP leve).
Especificadores que descrevem
o curso das perturbações do
humor
 3 especificadores da mania ou
depressão recorrentes:

 Longitudinal

 Ciclo rápido

 Padrão sazonal
Longitudinal
 Recuperação entre episódios;

 Antecedentes de distimia ou de
ciclotimia prognosticam
possibilidade de recuperação
completa entre um episódio e outro;

 Importante para a PDM recorrente, P.


Bipolar I e II.
Ciclo rápido
 Aplica-se à P. Bipolar I e II;
II

 Entrada e saída com rapidez dos episódios maníacos


ou depressivos;
 e.g., Um indivíduo com P. Bipolar com 4 episódios
maníacos ou depressivos num ano possui um padrão
de ciclo rápidos;

 20% dos pacientes experimenta ciclos rápidos;

 90% são mulheres (10 estudos);

 Início com um episódio DEP mais do que com um


maníaco;
Padrão sazonal
 Aplica-se às perturbações bipolares e à
PDM recorrente;
recorrente

 Aplica-se aos episódios que ocorrem em


certas estações do ano

 e.g., DEP no Inverno e Mania no Verão;

 Menor luz solar durante o Inverno nas latitudes


norte e sul extremas;
Padrão sazonal
 Exemplo de prevalência:
prevalência
 menos de 2% na Florida e 10% em New
Hampshire;

 Tratamento: exposição à luz


brilhante;
 Fototerapia
 Estudos: resposta melhor à luz da
manhã do que à luz da tarde ou placebo;
Caso clínico Alice: Divertida,
Inteligente e Desesperada
(B.II)
Alice era esposa de um reconhecido
cirurgião e mãe de 3 crianças. Vivia
numa casa antiga de campo, com
espaço para a família. Tinha cerca de
50 anos; o filho mais velho já era
independente; o mais novo, de 16
anos, tinha muitas dificuldades
académicas e parecia muito ansioso.
Alice levou o filho à clínica para saber
porque é que tinha problemas.
Caso clínico Alice: Divertida,
Inteligente e Desesperada
(B.II)
Quando entraram na consulta, o
terapeuta observou que Alice ia bem
vestida, estava cheia de vida e era
agradável. Começou a falar sobre a sua
maravilhosa família antes que ela e o filho
se sentassem. O filho era muito calado e
reservado. Alice sentou-se, já havia
mencionado as virtudes pessoais e
conquistas materiais do seu marido, tal
como elogios ao seu filho mais velho, e
prosseguia na descrição do mais novo.
Caso clínico Alice: Divertida,
Inteligente e Desesperada
(B.II)
Contudo, antes de terminar observou
um livro sobre perturbações de ansiedade
e, como já tinha lido sobre o assunto,
começou a falar sobre os problemas
relacionados com a ansiedade que
poderiam estar a perturbar o seu filho.
Alice apresentava um episódio
hipomaníaco,
hipomaníaco evidente no seu entusiasmo
desenfreado, percepções grandiosas, fala
ininterrupta, e manifestou que não
precisava de dormir muito nesses dias.
Caso clínico Alice: Divertida,
Inteligente e Desesperada
(B.II)
Distraía-se com facilidade, como
quando passou da descrição do seu filho
para o livro que viu sobre a mesa. Quando
questionada sobre o seu estado psicológico,
Alice admitiu rapidamente que era
“maníaca depressiva” e que alternava com
bastante rapidez entre sentir-se no topo do
mundo e muito deprimida.
Os profundos episódios depressivos
duravam três semanas e em seguida
passava a um episódio hipomaníaco que
durava vários meses.
Caso Clínico:
Luís – O melhor do mundo em
tudo (B.I)
Antes de chegar ao pavilhão do hospital, já se
podia ouvir o Luís a rir e a falar em voz alta;
parecia que estava muito divertido. Enquanto a
enfermeira o levava para o apresentar ao
pessoal, Luís descobriu uma mesa de ping pong
e exclamou em voz alta: “Ping pong! Gosto
imenso! Só joguei algumas vezes mas é isso
que vou fazer enquanto estiver aqui! Vou-me
tornar no melhor jogador do mundo! Essa mesa
é maravilhosa e vou já começar a trabalhar
nela! Vou desmontá-la e polir até que cada
brilho e cada ângulo seja perfeito.
Caso Clínico:
Luís – O melhor do mundo em
tudo (B.I)
Em seguida continuou com outro assunto
que atraiu totalmente a sua atenção.
Na semana anterior, o Luís tinha
esvaziado a sua conta bancária, tinha pegado
nos seus cartões de crédito e nos dos seus pais
e tinha comprado todos os componentes de um
aparelho de som de elevada qualidade.
Pensava que podia construir o melhor estúdio
de som da cidade e ganhar uma fortuna
alugando a toda a gente. Este episódio foi o
que precipitou o seu ingresso no hospital.
Prevalência das Perturbações do
Humor
 19% da população experimenta uma perturbação do
humor em algum momento da vida;

 Prevalência mundial das perturbações do


humor:
 É 2 vezes mais provável que as mulheres tenham
perturbações de humor do que os homens;

 O desequilíbrio na prevalência encontra-se apenas na


PDM e distimia; as P. Bipolares são equitativas;
equitativas

 PDM e distimia com menor prevalência na


população negra do que na branca ou hispânica
(=P. Bipolar).
Prevalência das Perturbações do
Humor
 Prevalência (média)

 Depressão Major 16.1%

 Distimia 3.6%

 Bipolar 1.3%
Nas crianças e nos
adolescentes
 As perturbações do humor são
semelhantes às dos adultos
 (e.g., expressão facial triste);

 Não existem perturbações do humor na


infância no DSM-IV;

 Adolescentes deprimidos são vulneráveis à


baixa auto-estima e à timidez;
timidez
Nas crianças e nos
adolescentes
 PDM – mais elevada no sexo feminino;
feminino

 Aparecimento da P. Bipolar na adolescência;


adolescência

 Depressão nas crianças pode ser


manifestada por:
 perturbações do comportamento e défice de
atenção/hiperactividade;

 Elevação das taxas de tentativa de suicídio na


adolescência.
adolescência
Idosos
 18 a 20% de prevalência (EDM);

 Crónico se surgir após os 60 anos;

 Dificuldades no sono, hipocondria e agitação;

 Dificuldade em diagnosticar PDM:PDM


 os sintomas são similares ou podem complicar-se
com doenças físicas ou demência;

 Aumento da depressão relacionada com aumento das


doenças e diminuição do suporte social.
social
Diferenças culturais
 Ansiedade
 Dores no estômago, dificuldades
cardíacas e enxaquecas;

 Depressão
 Cansaço, fraqueza, lentificação...

C: Difícil comparar emoções subjectivas.


Criatividade e doença
 Poetas, músicos, pintores, etc.
 (e.g., Virginia Wolf);

 Perturbação Bipolar

 Estudo: 8 poetas que receberam o prémio


Pulitzer de poesia;

 20% de prevalência de Perturbações do


Humor.
Revisão de Conceitos
(a) Episódio Depressivo Major
(b) Mania
(c) Perturbação Bipolar I
(d) Perturbação Distímica
(e) Depressão Dupla
Revisão de Conceitos
 1. Como se sentiu seguro ao ganhar
um prémio, Carlos saiu e gastou o
dinheiro todo durante a noite e
utilizou ao máximo os seus cartões de
crédito sem se preocupar. Sabemos
que o faz várias vezes. ___
Revisão de Conceitos
 2. Na semana passada, Roberto saiu
com os amigos e convidou-os a
beber, socializando até de madrugada
e sentiu-se no topo do mundo. Hoje,
não sairá da cama para ir trabalhar
nem para ver os seus amigos, nem
sequer para acender a luz. Este
padrão parece ser recorrente. ___
Revisão de Conceitos
 3. Durante as últimas semanas, Alice
tem dormido muito. Não consegue
reunir a energia para sair de casa.
Também perdeu muito peso. ____
Revisão de Conceitos
 4. Henriqueta teve alguns problemas
de humor no passado, embora esteja
melhor nuns dias do que noutros.
Rapidamente parece bloquear. Não
pode tomar nenhuma decisão pois
não confia em si própria. ___
Revisão de Conceitos
 5. João está sempre desanimado e
um pouco triste, mas recentemente
parecia tão deprimido que nada o
satisfazia. ___
Revisão de Conceitos
 Resolução

 1. b
 2. c
 3. a
 4. d
 5. e
Critérios de Diagnóstico
(DSM-IV, APA, 2000)

 Episódio Depressivo Major

 Episódio Maníaco

 Perturbação Depressiva Major, episódio único

 Perturbação Distímica

 Perturbação Bipolar I, II

 Perturbação Ciclotímica
Recognizing Mood
Disorders: Introduction
 All of us have mood swings. Some days we feel
on top of the world, and other days we feel
"down" and dejected. Some fluctuation in
moods should be expected as a normal part of
life, as we react to the events of the day or
week. But a substantial minority of the
population has what psychologists call a
"mood disorder"—mood problems that are
large enough to create difficulties for
them in their jobs or their relationships.
Recognizing Mood Disorders:
Introduction
 There are two basic forms of mood
disorder:
disorder
 Major depressive episodes,
episodes in which the
person experiences a deeply depressed
mood (intense feelings of sadness and
worthlessness) for two weeks or more, and
also a loss of energy and motivation, a loss
of interest in formerly pleasurable activities,
sleep disturbances, thoughts of death, and
significant appetite or weight changes.
Recognizing Mood Disorders:
Introduction
 Manic episodes, in which a person
experiences a strikingly elevated mood
(intense feelings of happiness, optimism,
and enthusiasm) for several days or more,
usually accompanied by a powerful urge to
talk (fast and loud), a whirlwind of restless
and reckless behavior, inflated self-esteem
or sense of power, thoughts that jump from
one idea to the next, and a decreased need
for sleep.
Recognizing Mood Disorders:
Introduction
 A person whose life is disrupted by one
or more manic episodes in addition to
major depressive episodes would be said
to have bipolar disorder.
disorder A person who
has repeated major depressive episodes
without manic episodes would be said to
have major (or unipolar) depression.
depression
Recognizing Mood Disorders:
Introduction
 But many people with mood disorders
can still carry on the normal
responsibilities of life. A person who
experiences, over a period lasting at
least two years, relatively mild manic
episodes would be diagnosed as having
cyclothymia.
cyclothymia A person who experiences
mild, persistent depression would be
diagnosed as having dysthymia.
dysthymia
Recognizing Mood Disorders:
Introduction
 Here is an audio clip (about 50
seconds) of an actual patient with
bipolar disorder.
disorder He is being
interviewed by a psychiatrist during one
of his manic episodes. Note the rapid
speech and the flight of ideas from
one topic to another.
Test Yourself on the Forms
of Mood Disorder
 On the next pages you will read about
six individuals who are having
problems coping with life. Two of these
individuals would be diagnosed as
"normal"; that is, their mood swings
are within the normal range and would
be considered appropriate reactions to
their life events.
Test Yourself on the Forms of
Mood Disorder
 The other four would be diagnosed as
having clinical mood disorders.
disorders One of the
individuals shows the relatively mild
symptoms of dysthymia,
dysthymia one shows the
relatively mild symptoms of cyclothymia,
cyclothymia
one exhibits a clear bipolar disorder,
disorder and
one shows the symptoms of major
depression.
depression

 Your task will be to identify the proper


classification for each individual.
Test Case 1
Cheryl is 42 years old and had been employed as a
part-time accountant for the past ten years. Cheryl
describes her childhood as unhappy, and says,
"Things just got worse as I grew up." Until
recently, Cheryl was able to function normally in
her job and in her family responsibilities. But over
the past year her family has become increasingly
concerned about disturbances in her behavior.
behavior
For at least a month she has withdrawn from
family life, staying in bed for days at a time,
refusing to cook or eat or go to work.
Test Case 1
She lost 15 pounds without trying to lose weight, and
claims to have no energy or desire to do anything.
She weeps frequently and for no apparent reason.
She went through a similar episode about seven
months ago, but she snapped out of it after a few
weeks. Although her employer was supportive during
that first episode, after several weeks of this latest
display of erratic behavior, the company fired Cheryl
four days ago. She has not bathed since that time,
and she rarely leaves her room or talks to family
members, and when she does, she walks and talks
very slowly.
Test Case 1
 Based on Cheryl's history and current
symptoms, which of the following is
the most likely classification?

normal mood swings


dysthymia
cyclothymia
major depression
bipolar disorder
Test Case 2
 Stefan retired three years ago as a dance
instructor at a small college. He is now 66
and in good health. He and his wife invested
their money carefully over the years so that
they would be able to travel the world when
he retired. Unfortunately, his wife died from
a brain aneurysm shortly after he retired.
After a period of mourning, Stefan became
active in a travel club for senior citizens, and
he loves it.
Test Case 2
 He reports intense feelings of
happiness and excitement whenever
he travels to a new country. But
when he returns from each trip to the
empty house, he generally lapses into
a period of deep sadness that lasts
several weeks, as he grieves for his
wife and feels guilty that she didn't
live long enough for them to travel
together.
Test Case 2
 Based on Stefan's history and current
symptoms, which of the following is
the most likely classification?

 normal mood swings


dysthymia
cyclothymia
major depression
bipolar disorder
Test Case 3
 Khalil is a 29-year-old mechanic who has been a
pessimist all his life. He once owned and operated
his own auto repair shop, but it turned into a
financial disaster; he had to close the shop and
take a temporary job as a janitor. He reports that
he now feels like a failure and is ashamed to be
seen in public. For the past several years he has
had persistent feelings of worthlessness and
inferiority, and doesn't see any hope for the future.
He has broken off his engagement because of his
financial problems and his pessimism about his
future prospects.
Test Case 3
 However, he still frequently goes over to
the home of his younger brother, and
seems to be able to enjoy himself in the
company of a small group of family
members and friends who accept him.
When he is alone, his feelings of failure well
up inside him again. He reports that he
spends most of his free time in his
basement, cleaning his tools and staring
aimlessly at the walls, wondering what he
can do to avoid bringing further shame
upon his family.
Test Case 3
 Based on Khalil's history and current
symptoms, which of the following is
the most likely classification?

 normal mood swings


dysthymia
cyclothymia
major depression
bipolar disorder
Test Case 4
 Juanita is 47. She began her career as a commercial
artist doing newspaper advertisements, but was
fired from three different advertising agencies for
missing deadlines. She now describes her work
habits at that time in her life as "riding a roller
coaster." For a period of days or weeks she would
spend her work hours sitting at her desk, staring out
the window, and getting no work accomplished.
Then she would get a burst of energy and work
around the clock for several days to finish the
project. After struggling to overcome this pattern for
most of her twenties, by age 30 she had adapted to
it and had given up commercial art to paint
landscapes and seascapes.
Test Case 4
 She became quite successful and is generally
regarded as one of the most talented artists in her
city. She now considers her mood swings to be an
essential part of her work life. She gets most of her
creative ideas, and does most of her painting, during
periods of hyperactivity she calls her "hurricane
moods." These moods last several days and generally
end suddenly, leaving her worn out, pessimistic, and
irritable for the next few days. She calls these periods
of fatigue her "rocking chair days," and rarely
attempts to accomplish anything important during
these periods.
Test Case 4
 Based on Juanita's history and current
symptoms, which of the following is the
most likely classification?

 normal mood swings


dysthymia
cyclothymia
major depression
bipolar disorder
Test Case 5
 Dennis is 35 and currently unemployed. His case records
show that he had been a hyperactive child with a history
of impulsive behavior in the classroom. After high school
he worked for a few years in his mother's business, but
then moved on to a series of jobs selling cars, then
insurance, and finally office furniture.
 In each of these jobs he had some initial success (in one
case he was promoted twice in the first few months),
which was followed by a period of erratic performance
and eventual termination by his employers. The pattern
was always the same: Almost overnight, Dennis changed
from a warm, personable salesman to a boisterous
braggart who antagonized his customers and coworkers
with loud, non-stop talking.
Test Case 5
 He would go without sleep for days at a time, showing up at
the office at all hours of the day or night, spending the
company's money and sometimes his own money on wild
schemes and extra supplies to handle the "explosion" in
sales that he anticipated (but never achieved).
 During these periods, Dennis's family could do little to
control his energy and irrational optimism.
optimism Typically,
after 3 to 6 weeks Dennis's energy suddenly evaporated,
leaving him listless and apathetic with no appetite and
hardly enough energy to get out of bed, and unable to
continue his job. He usually "snapped out" of this phase
after several months, but the most recent episode
(following his firing from the office furniture company) has
lasted more than six months.
Test Case 5
 Based on Dennis's history and current
symptoms, which of the following is the
most likely classification?

normal mood swings


dysthymia
cyclothymia
major depression
bipolar disorder
Test Case 6
 Keiko is a shy, conservative student at a large
urban university. She is an only child, and spent
her childhood years mainly in the company of
adults. She reports that she had very few friends
during elementary school and high school. In fact,
her parents offered to host a party for her 12th
birthday, but she couldn't find anyone to invite. But
Keiko doesn't seem bitter about her lack of friends
during those years. She credits her meager social
life as the reason she immersed herself in her
studies, and graduated at the top of her class. She
is doing very well in all her classes at the
university, and reports "flying high" whenever she
gets an "A" on a test or paper.
Test Case 6
 Once again she is having difficulty meeting people and
making friends, but over the past semester she
gradually formed a close relationship with a female
student in her dorm. They were intending to room
together this year. However, just before classes
started, Keiko learned that her friend had transferred
to a college in another state. Keiko's parents report
that she stayed in her room and cried for several
days. She eventually got over it and decided not to
treat this as a personal rejection. She is now living in
a single room in a different dormitory, and she has
joined several clubs in an attempt to make some new
friends.
Test Case 6
 Based on Keiko's history and current
symptoms, which of the following is
the most likely classification?

 normal mood swings


dysthymia
cyclothymia
major depression
bipolar disorder
Labels Can Be Dangerous
 How well did you do at classifying these
individuals?
Most of them were rather straightforward
cases, but we need to remember that most
people's lives are complex. It may not be
fair to an individual to read too much into
one or two episodes of "moody" behavior;
in order to make a good diagnosis, a
clinical psychologist or psychiatrist would
try to gather much more information about
the person's past history and current level
of cognitive and emotional functioning.
Labels Can Be Dangerous
 Although diagnostic labels such as "bipolar
disorder" and "dysthymia" are very useful
in identifying and treating psychological
disorders, clinical psychologists recognize
that there are dangers in labeling people.
people
 One danger is that we might come to believe
that we understand the person's behavior just
because we have a label for it.
 Another danger is that the label, even if it was a
flawed diagnosis, might stay attached to the
person as he or she moves through life, altering
the way that others react to them or think about
them.
Labels Can Be Dangerous
 The case of Senator Thomas Eagleton,
whose hopes of becoming the running mate
for presidential candidate George McGovern
in 1972 were shattered by reports that he
had been treated for a psychological
disorder years earlier, reminds us that
labels can hurt as well as help.
 For additional information on mood
disorders, you may want to read Kay
Redfield Jamison's Scientific American
article on Manic-Depressive Illness and
Creativity.
A. Ansiedade e Depressão
 “Quase todos os pacientes deprimidos
estão ansiosos mas nem todos os
ansiosos estão deprimidos.”

 Ou seja

 Certos sintomas depressivos não se


encontram na ansiedade
 e.g., incapacidade de experimentar o prazer
(anedonia), conteúdo cognitivo mais negativo na
DEP.
A. Ansiedade e Depressão
 A ansiedade grave com o tempo
pode conduzir à DEP;

 Estudos epidemiológicos:

 A DEP quase sempre segue a ANX e


pode ser uma consequência dela.
B. Causas
 Diferentes factores precipitantes;

 Teoria da etiologia das perturbações


do humor que considera a
interacção de dimensões
biológicas, psicológicas e sociais;
sociais
B. Causas: Dimensões
biológicas
 Influências familiares e genéticas:

 Estudos familiares:
 prevalência da DEP nos familiares de 1º grau;

 A taxa é entre 2 a 3 vezes maior;

 Perturbação do humor mais frequente entre os


familiares dos pacientes bipolares é a DEP unipolar;
unipolar

 Talvez haja uma contribuição genética na Pert.


Bipolar (manifestação mais grave de vulnerabilidade
genética subjacente);
B. Causas: Dimensões
biológicas
 Limitação dos estudos familiares:
 Não podemos separar os efeitos de um ambiente
psicossocial comum das verdadeiras contribuições
genéticas.
genéticas

 2ª estratégia:

 Estudos de adopção – estudo dos familiares


biológicos de um indivíduo com uma perturbação
específica e que foi adoptado na infância.

 Dados contraditórios.
B. Causas: Dimensões
biológicas
 Estudos de gémeos:
 Exame da frequência com que apresentam a
perturbação os gémeos idênticos em
comparação com os gémeos heterozigóticos que
apenas partilham 50% dos genes e parentes em
1º grau.

 Contribuição genética:
 Se um gémeo apresenta uma Pert. do humor, o
gémeo idêntico possui 3 vezes maior
probabilidade que o heterozigótico de ter uma
perturbação desta natureza.
B. Causas: Dimensões
biológicas
 Probabilidade elevada para a
Pert. Bipolar

 Gémeo com Pert. Bipolar I, I 80% dos


gémeos idênticos tinham alguma
perturbação do humor;
B. Causas: Dimensões
biológicas
 Diferenças de género na
vulnerabilidade face à DEP
(Kendler et
al., 1993)

 Hereditariedade nas mulheres (36-44%);

 Homens (18-24%);

 Os acontecimentos ambientais
desempenham um papel mais importante no
surgir da DEP nos homens do que nas
mulheres.
Conclusão
 Estudos reforçam a ideia da vulnerabilidade
genética às perturbações do humor:
humor

 Contribuição genética da DEP: 40% nas mulheres;


mulheres

 60 a 80% das causas da DEP podem ser atribuídas a


factores ambientais;

 Factores ambientais: partilhados e não partilhados


(por gémeos);

 Os acontecimentos não partilhados são os que


interagem com a vulnerabilidade biológica.
Relação da hereditariedade
entre a ANX e a DEP
 Estudos de Famílias:

 Quantos mais sinais e sintomas de ANX e DEP


manifeste o doente, maior será a taxa de ANX e
DEP nos familiares de 1º grau e nos filhos;

 Os mesmos factores genéticos contribuem


tanto para a ANX como para a DEP;
DEP
(e.g., Kendler et al., 1995)

 As contribuições sociais e psicológicas parecem


explicar os factores que diferenciam a ANX da
DEP.
Conclusão
 A vulnerabilidade biológica às
perturbações do humor talvez não
seja tão específica destas
perturbações;

 A forma concreta da Pert. seria


determinada por factores
psicológicos, sociais ou biológicos
adicionais;
Sistemas de
Neurotransmissores
 Relação de sistemas de neurotransmissores com
Pert. do Humor;

 Complexidade das bases neurobiológicas das Pert. do


Humor;

 Associação de baixos níveis de serotonina na


etiologia das Pert. do Humor, mas só em relação com
outros neurotransmissores;

 e.g., imagiologia cerebral (TEP) para verificar


alterações na transmissão da serotonina;
Sistema Endócrino
 Doenças do SE e DEP;
DEP
 Hipotiroidismo – conduz a uma secreção
excessiva de cortisol e à DEP (ANX);

 Aumento dos níveis de cortisol (hormona


do stress) em doentes deprimidos;

 Relação entre DEP e stressores de vida


graves;

C: Explicação Simplista
O sono e os ritmos circadianos
 Pert. Afectiva Sazonal – sintoma
característico é o aumento do sono;

 Indivíduos deprimidos – tem reduzido o


sono de ondas lentas (parte mais profunda e
de maior descanso do sono);

 Períodos longos de insónia desencadeiam


episódios maníacos;
maníacos
O sono e os ritmos circadianos
C: Pert. do Humor talvez tenha relação com
problemas nos ritmos circadianos
(diários);

 e.g., a privação do sono talvez reajuste


temporalmente os ritmos biológicos dos doentes
deprimidos.

Teoria especulativa
Dimensões Psicológicas
 Acontecimentos de vida stressantes

 60 a 80% da origem da DEP pode atribuir-se a


experiências psicológicas;

 O stress e os traumas na etiologia da DEP;

 Questionar o contexto do acontecimento (o


significado que teve);
 e.g., perder o emprego é stressante para a
maioria, mas é mais difícil para algumas pessoas
do que para outras.
Dimensões Psicológicas
 Família com dinheiro vs. Mãe solteira
 O mesmo acontecimento com contextos
diferentes (significados);
(Brown et al., 1989)

 Estudos confirmam uma relação entre


os acontecimentos de vida graves
e às vezes traumáticos e o surgir da
DEP;
DEP
(e.g., Brown, 1989; Kendler et al., 1999)
Dimensões Psicológicas
 Um stress intenso derivado de acontecimentos de vida
é um preditor mais potente de episódios iniciais de
DEP que os próprios episódios recorrentes;
(Lewinsohn, 1999)

 e.g., a ruptura de uma relação interpessoal é provável


que leve à DEP nos adolescentes;
(Monroe et al., 1999)

 Relação entre acontecimentos de stress e os episódios


na Pert. Bipolar;
(e.g., Reillly-Harrington, 1998)
Dimensões Psicológicas
 Etiologia da Pert. Bipolar

 Acontecimentos de vida stressantes


parecem desencadear a mania e a DEP
precoces;

 Alguns precipitantes dos episódios maníacos


parecem relacionar-se com a perda de sono,
como no período pós-parto;

 Acontecimentos de vida stressantes – papel nas


recaídas e na recuperação;
recuperação
Dimensões Psicológicas
 20 a 50% dos indivíduos que têm
acontecimentos de vida
stressantes deprimem;

C: interacção entre acontecimentos


de vida e vulnerabilidade.
Dimensões Psicológicas
 Desânimo Aprendido
(Seligman,
1975)

 As pessoas tornam-se ansiosas ou


deprimidas quando fazem a atribuição de
que não possuem nenhum controlo
sobre o stress que existe nas suas vidas.
Dimensões Psicológicas
 Estilo atributivo da DEP:
DEP

 Interno (“Tudo é culpa minha”);

 Estável (“As coisas que correm mal são


sempre culpa minha”);

 Global (generalizar as atribuições a


vários aspectos).
Dimensões Psicológicas
 Estilos Cognitivos Negativos

 Beck (1967, 1976) – a DEP talvez seja o


produto de uma tendência a interpretar
os acontecimentos negativos quotidianos
de maneira negativa;

 Classificação dos erros cognitivos:


cognitivos
 e.g., sobregeneralização
Estilos Cognitivos Negativos
 Tríade cognitiva da DEP - Erros cognitivos ao
pensarem negativamente de eles próprios, do mundo
imediato e do futuro;

 Esquema negativo – após uma série de insucessos


negativos na infância, os indivíduos podem
desenvolver um esquema negativo;

 Erros e esquemas cognitivos são automáticos (não


necessariamente conscientes);

C: Ao reconhecer erros cognitivos e esquemas


subjacentes podemos corrigi-los e tratar a DEP.
Vulnerabilidade Cognitiva na
DEP
 Vulnerabilidades cognitivas no
desenvolvimento da DEP – quando se
combinam com vulnerabilidades
biológicas contribuem para a DEP.
Dimensões sociais e culturais
 Relações conjugais

 e.g., apenas os homens tinham maior


risco de desenvolver uma perturbação do
humor pela 1ª vez imediatamente depois
de uma ruptura conjugal;

 A depressão continuada pode conduzir a


uma deterioração nas relações
conjugais.
conjugais
Perturbações do Humor nas
Mulheres
 70% são mulheres com Pert. Unipolar;

 Diferenças na percepção de falta de


controlo (cultural);

 A mulher concede maior valor às


relações;
relações

Apresentação – CES-D em 200 mulheres


portuguesas
Conclusão
 Vulnerabilidade biológica determinada
de forma genética
 uma resposta neurobiológica sobreactivada aos
acontecimentos de vida stressantes;

 20 a 40% das causas da DEP pode ser


atribuída aos genes;
genes

 A vulnerabilidade psicológica
permanente intensifica a resposta
bioquímica e cognitiva ao stress
posteriormente na vida;
Conclusão
 Vulnerabilidade biológica

 Vulnerabilidade psicológica

 Acontecimento de vida stressante

 Atribuições negativas
 Sensação de desesperança
 Esquema negativo
 Problemas nas relações interpessoais e falta de apoio
social
 Activação das hormonas do stress com efeito de
grande alcance nos neurotransmissores
A depressão e a doença
 A depressão e a dor crónica
 A depressão e o cancro
 A depressão e o enfarte do miocárdio
 Luto e doenças cardíacas
 Intervenção psicológica em doentes
médicos

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