Cid Marcio de O. Portugal, Eliana F. de Barros, Jaciara P.Portugal,
Ulisses J. de Abreu.
Jacareí, abril de 2004
OBJETIVO O objetivo deste trabalho é mostrar como algumas cidades no Brasil lidam com o problema de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU), para isto foram comparados os tratamentos (ou não) adotados por três cidades: São Paulo, Atibaia (SP) e Nova Iguaçu (RJ). INTRODUÇÃO Os resíduos sólidos de áreas urbanas são constituídos por desde aquilo que vulgarmente se denomina ‘lixo’ (mistura de resíduos produzidos nas residências, comércio e serviços nas atividades públicas, na preparação de alimentos, no desempenho de funções profissionais e na varrição de logradouros) até resíduos especiais, e quase sempre mais problemáticos e perigosos, provenientes de processos industriais e de atividades médico-hospitalares. ATIBAIA Possui duas importantes unidades de conservação, uma das quais localizada no Bairro Usina, a jusante do lixão de Atibaia, ostentando o título de estância turística. O município tem uma população residente superior a 100 mil habitantes. Nos feriados, períodos de férias e finais de semana, há um acréscimo populacional de 30%. ATIBAIA O lixo urbano tem sido disposto de forma inadequada desde 1979, numa área localizada na Vila São José, no núcleo ou bairro de Caetetuba, na várzea da margem esquerda do rio Atibaia, considerada como Área de Proteção Permanente. ATIBAIA A área de destinação do lixo está desativada há mais de seis meses, depois de ações movidas contra a Prefeitura. Foi montada uma usina de triagem do lixo oriundo do município e que está sendo operada pelos antigos catadores do lixão. Mensalmente, estes separam cerca de 280 toneladas de lixo seco, sobrando 1.900 toneladas de lixo orgânico, que é transportado e disposto no aterro sanitário de Bragança Paulista, que obteve nota 8,8 de acordo com o IQR (Índice de Qualidade de Disposição de Resíduos) por ser uma área adequada ao recebimento de resíduos. SÃO PAULO
Situação até o início de 2003.
Mais de dez milhões de paulistanos gerando dez mil
toneladas de lixo diariamente.
Dos setes aterros de São Paulo, cinco foram
fechados por atingir a capacidade máxima de armazenamento.
Os outros dois, o Bandeirante, na Zona Oeste, e o
São João, na Zona Leste, têm sobrevida de apenas três e cinco anos, respectivamente.
SÃO PAULO O índice de reciclagem é irrisório
5% dos detritos são reciclados, a maioria graças á
ação de cooperativas de catadores. A prefeitura responde por apenas 0,03% do material.
10% do que é coletado vai para uma usina de
compostagem e é transformado em adubo.
85% são depositados em um dos dois aterros da
cidade, o Bandeirantes, na Zona Oeste e o São João, na Zona Leste. SÃO PAULO
Diversos projetos para reduzir a
quantidade de detritos foram anunciados. Sempre sem continuidade. No início dos anos 90, a cidade ganhou pela primeira vez um programa de reciclagem. NOVA IGUAÇU
Nova Iguaçu encerra um período de
cerca de quatro décadas de agressão ao meio ambiente e à dignidade humana (quase um milhão de habitantes daquela área ) . NOVA IGUAÇU
Nova Iguaçu recebe o mais moderno
sistema de tratamento de lixo urbano da América Latina NOVA IGUAÇU
Os benefícios do projeto vão além
do respeito ao ser humano. O novo aterro sanitário vai gerar, a médio prazo, 10 megawatts de energia extraída do gás gerado pelo lixo. DIFERENCIAL Em São Paulo e Curitiba, já existem aterros sanitários que não poluem o meio ambiente, mas nenhum outro, na América Latina, reúne o tratamento do lixo hospitalar, a geração de energia, a coleta seletiva de detritos e a integração plena ao meio ambiente e à paisagem, como na Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos de Nova Iguaçu. ALGUNS INDICADORES O Brasil produz, diariamente, 125.281 toneladas de lixo 68% dos resíduos sólidos gerados pelas grandes cidades brasileiras são jogados em lixões ou alagados.
Existem 24.340 catadores nos lixões do Brasil, sendo
que 22% têm menos de 14 anos de idade. Nada menos que 7264 deles residem nesses mesmos locais.
Dos 5507 municípios brasileiros, apenas 451 mantêm
programas de coleta seletiva.
Dos 3466 municípios que coletam lixo hospitalar, 1193
não fazem nenhum tipo de tratamento. GERENCIAMENTO ADEQUADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANO REDUÇÃO É A MELHOR SOLUÇÃO! •A redução na geração de resíduos é uma importante forma de manejo de resíduos sólidos. •A reutilização de produtos ou materiais contribui com redução e o volume de resíduos a ser encaminhado para programas de destinação final. •Aumentar a vida útil de um produto atrasa o momento em que o produto entra no fluxo de coleta de resíduos. CONSIREDAÇÕES FINAIS A situação no Brasil vem melhorando a cada dia, porém a uma velocidade bem menor do que o meio ambiente degradado necessita.
Leis que tratam deste assunto existem,
só precisam ser cumpridas. CONSIREDAÇÕES FINAIS
Boa parte das ações para resolver este
problema depende do poder público.
A outra parte depende da sociedade,
que deve mudar a sua forma de tratar um problema que é grave e de todos.