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ORIENTAÇÕES PARA ENVIO DE PÔSTER

RELATO DE EXPERIÊNCIA

•O pôster físico deverá ser impresso nas seguintes dimensões: 120cm de altura
por 90cm de largura.
•Além da impressão do pôster, deve ser gerado um arquivo digital, no
formato .jpge, e enviado a organização do evento pelo painel do congressista
(menu: Trabalhos), até o dia: 15/10/2022.
•O autor poderá mover os tópicos estruturais (1. Introdução e 2. Objetivos; 3.
Relato de Experiência; 4. Reflexão sobre a Experiência; 5. Conclusões ou
Recomendações) do trabalho para melhor adequação do conteúdo. Porém
deve-se ter atenção ao alinhamento dos elementos.
•Para o Item 3. Relato de Experiência, deve-se iniciar o texto no campo da direita
(primeira linha) e continuar o conteúdo no campo da esquerda (segunda linha).
•É permitido ao autor inserir imagens e referências bibliográficas neste material
de apresentação.
•O ID do trabalho DEVE SER inserido no campo destinado a inserção desta
informação. O ID do trabalho pode ser consultado, no painel do congressista, na
tela para envio do material de apresentação.
•Os pôsteres estarão expostos para visualização durante o evento.
•O pôster deverá ser estruturado seguindo as regras aqui apresentadas e as
orientações deste template. O envio do arquivo digital do pôster deverá ser
realizado exclusivamente por meio do painel do congressista até o dia:
15/10/2022.
•O pôster impresso deverá ser levado ao evento pelo autor que irá representa-
lo.
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Aprendendo a reconhecer as emoções para caminhar o bom caminho:  aprendizados


durante a incerteza criada pela pandemia de COVID-19. •

Sandra Obikawa Kyosen e André Luiz de Sousa


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• 1Universidade Nove de JUlho - Campus São Bernardo do Campo, 2Casa Hunter / sandra.kyosen@uni9.pro.br

1. INTRODUÇÃO e 2. OBJETIVOS 3. RELATO DE EXPERIÊNCIA


Sintomas de ansiedade, depressão, sensação de desamparo e angústia em No início do período de pandemia, com a adoção das aulas em ambiente
um cenário nunca antes desenhado, e marcado por tantas incertezas, virtual, foram realizadas várias estratégias de enfrentamento das experiências
emergiram nos alunos de diferentes maneiras durante a pandemia de COVID- vivenciadas por cada aluno e professor durante as aulas da unidade curricular
19. de propedêutica. Foram oito encontros, sendo que a primeira atividade se deu
O presente estudos, visa relatar a experiência de atividade de acolhimento a partir da criação de um espaço de escuta ativa e qualificada, com a abertura
discente e tipos de escuta no enfrentamento de crises, realizada no início da de um campo seguro para os alunos falarem livremente sobre o que estavam
pandemia unidade curricular de Propedêutica em um curso de Graduação de sentindo. Inicialmente as aulas ganharam formato de roda de conversa,
Medicina. visando acolhimento e oferta de tipos de escuta no enfrentamento de crises.
Com intuito de vincular as atividades ao cuidado da saúde mental, bem como,
contribuir com a formação profissional, foram discutidos, embatidos,
representados, aprofundados, temas relacionados a comunicação de más
noticias, protocolos importantes que norteiam o momento de dor, como
protocolo de SPIKES, comunicação de más noticias, doenças psicossomáticas,
o paciente o luto (os estágios do luto) o médico e transferência e
contratransferência. Quem é o profissional da saúde? E por fim, foi possível
discutir as posturas do Profissionais (estratégias de enfrentamento). Cada
encontro era iniciado com uma imagem a partir da qual se iniciavam as
discussões (Figura 1a-d). Pudemos perceber que, logo no início da pandemia,
o discurso da maioria dos alunos era a de que a situação seria curta e
passageira, e que o ensino remoto estava sendo tratado por eles como um
descanso. Após o primeiro mês, eles perceberam que a situação poderia se
prolongar e começaram a surgir discursos que apontavam para sintomas de
ansiedade, medo e insegurança.
3. RELATO DE EXPERIÊNCIA
4. REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA
 A prática médica, desde o início da formação, visa formar profissionais que
lidem com doenças e com a ausência de saúde, mas apresenta lacunas na
oferta de suporte para que o sujeito aluno lide com suas próprias emoções e
aprenda como poderá manejar as demandas que surgirão a partir do encontro
com o paciente. Desta forma, muitos alunos adoecem durante a formação,
desenvolvendo quadros que podem passar despercebidos ou são pouco
reconhecidos, agravando sintomas e resultando em sofrimento psicológico ou
em transtornos graves. O cuidado com a saúde mental se legitima ao passo
que florescem os questionamentos sobre como se dá o processo de
aprendizagem por intermédio do sofrimento do outro. Os alunos também são
atravessados pela insegurança sobre não se sentirem suficientemente
preparados, potencializando seus medos.
Na medicina, desde a graduação os aspirantes a médicos são ensinados a
curar, salvar vidas, muitas vezes, também são estimulados, seja pelos
tratamento recebido de muitos docentes, são desencorajadas e entrar em
contato com suas emoções, expressá-las, compreendê-las e compartilhá-las,
por vezes são reprendidos quando em um atendimento demonstram empatia,
por meio de aproximação e até apresentar emoções e sentimentos de alegria,
tristeza são demasiadamente evitadas ou rejeitadas por parte da academia.
Esses dentre outros aspectos, são responsáveis por colocar o curso de
medicina no ranking de curso com alto índice de adoecimento mental, mesmo
durante a formação, por ex. quadro de Ansiedade, Depressão, TEPT etc. Além
é claro, dos casos de cutting (automutilação), uso e abuso de substâncias
como automedicação, em muitos casos desenvolvendo a dependência química
Figura 1 (a-d): Imagens utilizadas no início dos encontros. e por fim, em muitos casos o suicídio, tema que em muitas universidades figura
como tabu.

5. CONCLUSÕES OU RECOMENDAÇÕES
A criação de espaços seguros para a circulação e acolhimento da palavra têm potencial libertador, a fim de que o sujeito possa se reconhecer em seus processos de vida,
escolhas, acessar sentimentos, compreender e enfrentar problemas. Ao passo que esse cuidado em saúde mental acontece, os alunos têm maiores oportunidades para se
sentirem mais fortalecidos, confiantes e seguros, pois a prática médica é imersa e baseada na empatia e humanidade.
Fala-se muito na humanização da medicina, mas para não se leva em conta os profissionais que fazem parte deste processo. Para que de fato possamos modificar um
cenário de adoecimento dos estudantes e trabalhadores deste campo essencial para vida, torna-se necessário olhar para dentro, para cada individuo, compreender o que o
levou a esta área, de que maneira o ingressante ou professor percebe ou se percebe dentro deste cenário, tal como o ditado da esfinge “Decifra-Me Ou Te Devoro” as
emoções precisam ser compreendidas, expressas, vivenciadas e respeitadas dentro deste campo do saber, isso vai desde os cursos pré-vestibulares, às academias,
universidades, os hospitais e demais serviços que tenham

(DeCS/MeSH): saúde mental, COVID-19, educação médica, adaptação psicológica

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