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UFCD 0668 – Ficheiros de armazéns e contas

correntes

Ficheiros de armazéns e contas correntes 1


Objetivos da unidade
Executar o apoio administrativo e logístico associado à função aprovisionamento:
 
• Identificar a função Aprovisionamento;
• Compreender os processos, administrativo e logístico da função aprovisionamento;
• Aplicar corretamente os critérios valorimétricos na gestão das existências.
  
Elaborar e executar o controlo das contas correntes:
 
• Identificar os tipos de contas correntes;
• Compreender os critérios de movimentação das contas correntes;
• Aplicar corretamente os critérios de movimentação na elaboração e no controlo das
contas correntes.
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Conteúdos
• Ficheiro de armazém: • Contas correntes:
o Introdução – Logística, o Conceito e tipos;
Aprovisionamento, Stocks; o Bancárias;
o Códigos; o Clientes;
o Mercadorias; o Fornecedores;
o Armazenagens; o Mercadorias.
o Arquivo.
• Valorimetria das existências:
o FIFO; LIFO;
o Custo médio ponderado.

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Ficheiros de armazém – Logística

O que é a Logística?
A definição de logística tem sofrido algumas alterações ao longo dos anos
devido à evolução natural dos mercados, das empresas e dos consumidores

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Ficheiros de armazém – Logística

Logística é:

O processo de planeamento, implementação e controle


efetivo e eficiente do fluxo de armazenagem de bens e
serviços.

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Ficheiros de armazém – Logística
A gestão integrada da logística tem como objetivo gerir:

 Fluxo de mercadorias

 Fluxos corretos de informação,

 Fluxo financeiro.

A organização logística consiste em coordenar os


diferentes componentes destes fluxos.

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Ficheiros de armazém – Aprovisionamento
Para terem existências (mercadorias) no momento certo é necessário:

- existir um sistema logístico de abastecimento eficaz;

- haver stocks de artigos que, na sua falta, possam comprometer o pleno


funcionamento da empresa.

• Parece simples! Apenas será necessária a existência de fornecedores dos artigos


pretendidos e dinheiro para os pagar, bem como o espaço para os armazenar.

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Ficheiros de armazém – Logística

ATIVIDADE 1.1 – “JUST IN TIME”

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Ficheiros de armazém – Aprovisionamento

O aprovisionamento é:

A função responsável pela aquisição de equipamento, mercadorias e serviços


necessários por cada operação de produção.

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Ficheiros de armazém – Aprovisionamento

A função de aprovisionamento visa assegurar aos diversos serviços utilizadores de


uma empresa, nas quantidades necessárias, nas datas de utilização previstas e por
um custo total mínimo.

A função de aprovisionamento inclui duas funções:

Compra
Gestão de stocks

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Ficheiros de armazém – Aprovisionamento

A gestão de stocks é, de forma simplificada, o conjunto de ações que visa manter o


stock ao mais baixo nível em termos quantitativos e de custo.

A gestão de stocks inclui três tipos:

Tipos de gestão Tarefas


Gestão Física Como identificar, receber, movimentar e arrumar os stocks.
Gestão Administrativa Localizar os stocks e quantidades existentes; controle do
inventário em termos de quantidade e valor das existências.
Gestão Económica Determinar a quantidade ideal para armazenar; previsões e
análise do histórico; minimização do custo total.

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Ficheiros de armazém – Aprovisionamento

Um stock é um conjunto de materiais que se encontram no armazém


de uma empresa, que esperam uma utilização mais ou menos próxima,
de forma a garantir a atividade normal da empresa.

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Ficheiros de armazém – Armazenamento
• Armazém é:
Um “espaço planeado para a eficiente arrumação e manuseamento de mercadorias
e materiais”.

Os objetivos principais que se obtêm de um sistema de armazém são:


Rapidez de entrega;
Fiabilidade;
Redução de custos;
Maximização do volume disponível;
Minimização das operações de manipulação e transporte.

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Ficheiros de armazém – Armazenamento

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Ficheiros de armazém – Introdução - Exercício
Ligue as duas colunas por forma a que os conteúdos façam sentido:
Coluna A Coluna B
1) Aprovisionamento o conjunto de ações que visa manter o stock ao mais baixo nível em termos
quantitativos e de custo, garantindo o fornecimento regular da empresa e a
melhor execução das tarefas de aprovisionamento e armazenagem.
2) Logística espaço definido para a eficiente arrumação e manuseamento de
mercadorias e materiais.
3) Gestão de stocks materiais/mercadorias que se encontram no armazém de uma empresa,
que esperam uma utilização mais ou menos próxima, para o
desenvolvimento da sua atividade.
4) Stock processo de planear e controlar o fluxo de armazenagem dos produtos, dos
serviços e informações associados e ainda o fluxo financeiro, desde a
origem até ao consumo, de forma a satisfazer os consumidores.
5) Armazém implica a Compra de mercadorias e também a Gestão dos stocks.

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Ficheiros de armazém – Introdução - Exercício
Ligue as duas colunas por forma a que os conteúdos façam sentido:
Coluna A Coluna B
1) Aprovisionamento 3)o conjunto de ações que visa manter o stock ao mais baixo nível em
termos quantitativos e de custo, garantindo o fornecimento regular da
empresa e a melhor execução das tarefas de aprovisionamento e
armazenagem.
2) Logística 5) espaço definido para a eficiente arrumação e manuseamento de
mercadorias e materiais.
3) Gestão de stocks 4) materiais/mercadorias que se encontram no armazém de uma empresa,
que esperam uma utilização mais ou menos próxima, para o
desenvolvimento da sua atividade.
4) Stock 2) processo de planear e controlar o fluxo de armazenagem dos produtos,
dos serviços e informações associados e ainda o fluxo financeiro, desde a
origem até ao consumo, de forma a satisfazer os consumidores.
5) Armazém 1) implica a Compra de mercadorias e também a Gestão dos stocks.

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Códigos
Armazenagem - o conjunto de processos e atuações que dizem respeito à
arrumação dos stocks em armazém.

A arrumação dos materiais (bens) em armazém deverá ser realizada de acordo com
o plano de armazenagem. Este plano inclui:
o Identificação da área reservada a cada material (ex.: Zona A, Zona B, Zona C.)

o Critério para fornecimento dos materiais (ordem de entrada das requisições)

o Frequência de utilização dos materiais:


o Área A — mais manuseamento -> mais perto
o Área B — menos manuseamento -> mais longe

o Tamanho (volume) dos materiais: mais acima ou mais abaixo.


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Códigos
O armazenamento eficiente dos produtos depende de um bom sistema de
codificação (códigos para identificar os produtos):

1. Arrumar os materiais por código determinado — cada material tem um código específico,
colocado numa etiqueta e arrumado sequencialmente:

2. Arrumar os materiais por código de zona de localização:

3. Arrumar os stocks por lotes:

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Códigos de barras
O objetivo de conseguir um sistema de codificação eficiente tornou-se mais fácil
com o surgimento dos códigos de barras.

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Códigos de barras
O que são códigos de barras?
O códigos de barras é uma representação visual gráfica de uma
sequência de números, utilizando linhas (barras) em branco e preto.

Presente em produtos e serviços do mundo todo, o código de barras


possibilita que as informações sejam digitalizadas e lidas de forma
rápida.

Os códigos de barras são impressos ou fixados na embalagem do


produto. Através da sua leitura é possível, a partir de qualquer terminal
no mundo, identificar informações importantes, como o país de
origem, o fabricante e o tipo de produto.
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Códigos de barras

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Mercadorias

Mercadoria - bem adquirido pela empresa com destino à venda, não


sendo objeto de qualquer transformação de fundo.

Fornecedores Mercadorias Armazém Mercadorias Cliente

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Armazenagem – Instalações da armazenagem
A escolha do armazém deverá ter em conta aspetos essenciais, tais como:
A localização
O tamanho
A forma

• Localização – o estudo da localização assume particular importância. A


localização do armazém depende de vários fatores:
 Da localização dos utilizadores;
 Da localização dos fornecedores dos produtos;
 Das finalidades da empresa (produção ou comercialização).
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Armazenagem

• Tamanho e forma – Não poderemos ter uma medida ou forma padrão para
definir um armazém adequado. A sua área dependerá:
 Das caraterísticas físicas do produto (ex.: se o produto é perecível
necessitará de uma área de frio);
 Do espaço necessário para a movimentação dos produtos (ex.: um
produto com maior volume necessitará de mais espaço);
 Das atividades que nele se irão desenvolver (ex.: num armazém poderá
estar todo o serviço de aprovisionamento).
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Armazenagem – Instalações da armazenagem

Equipamento de armazenagem
A seleção do equipamento a utilizar na armazenagem de produtos dependerá:

• Das caraterísticas do produto a ser manuseado;


• Da capacidade do armazém;
• Da performance (desempenho) que se deseja obter do equipamento;
• Da capacidade financeira da empresa;
• Do conhecimento do tipo de equipamento à disposição no mercado.
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Armazenagem
Formas de armazenagem
Empilhamento em bloco:
Este sistema utiliza-se quando há um número limitado de linhas de produtos e existe
elevada quantidade de stock de cada artigo.
Vantagens:
Baixo custo;
Boa utilização de espaço na horizontal;
Simples de controlar.
Desvantagens:
Limitações na utilização do espaço em altura;
É LIFO e não FIFO;
Só se tem acesso livre às caixas da frente e de cima.

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Armazenagem
Formas de armazenagem (Continuação)
Estantes ajustáveis para paletes (Rack):
Este sistema utiliza-se quando o acesso direto a todas as paletes é necessário e há baixo nível de
stock de cada linha de artigos.
Vantagens:
Custo relativamente baixo;
Versatilidade (podem ser ajustáveis ao tamanho das paletes);
Permite acesso direto a todas as posições do stock;
Facilita a utilização de sistemas de localização.
Desvantagens:
Utilização do espaço muito baixa (há muitos corredores);
Um corredor de passagem só permite o acesso a duas linhas de estantes.

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Armazenagem
Formas de armazenagem (Continuação)
Corredores móveis (drive-in):
Neste sistema a utilização é equivalente ao empilhamento em bloco.

Vantagens:
Melhor utilização do espaço em altura.
Desvantagens:
Estrutura pouco rígida;
Condições de segurança precárias.

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Armazenagem
Formas de armazenagem (Continuação)
Armazenagem móvel (por gravidade):
Este sistema utiliza tapetes inclinados com rolos, onde as paletes se movem por gravidade.
Utiliza-se quando existe uma elevada atividade/fluxo da linha de artigos.
Vantagens:
Uma face pode ser utilizada para a seleção de
encomendas e a outra para a reposição de stock;
Rotação automática de stock.
Desvantagens:
Custo elevado;
Utilização do espaço não é a melhor.

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Arquivo – documentos, gestão de armazéns
A Ficha de Armazém é o documento que
é utilizado quando não existe um sistema
informático na empresa.

Neste documento podemos obter várias


informações, tais como:
• Conhecer o stock existente em
armazém;
• Evitar rutura ou excesso de um
determinado produto;
• Calcular o custo de um determinado
produto à saída do armazém;
• Permitir uma leitura fácil dos dados.
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Ficheiros de armazém – Logística

ATIVIDADE 1.2 – “Ficha de trabalho”

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Valorimetria das existências
FIFO
Deriva das iniciais da expressão anglo-saxónica
"first in first out" (o primeiro a entrar é o
primeiro a sair).

Método que presume que os bens a vender ou


a consumir são os comprados ou produzidos em
primeiro lugar, ou seja, as primeiras existências
a entrar em armazém são também as primeiras
a sair.

O tratamento das existências é feito por lotes, cada entrada é um novo lote que
não se mistura com os anteriores.
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Valorimetria das existências
FIFO

Como exemplo para a utilização de do critério de valorimetria FIFO podemos considerar 2 lotes de
matérias-primas:

O primeiro lote 10 unidades custaram 100 Euros


O segundo lote 20 unidades custaram 400 Euros

Custo de cada unidade por  lote:


Lote 1: 10€/unidade
Lote 2: 20€/unidade

Ao utilizar as 15 unidades de matéria-prima apura-se o custo de  200 Euros, 100 € de 10 unidades


do 1º lote e 5 unidades do 2º lote 100€.
Resumidamente este é o processo de valorimetria FIFO.

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Valorimetria das existências
FIFO

As existências finais são valorizadas aos custos mais recentes dado que as saídas
são consideradas aos custos mais antigos.
FICHA DE E XIS TÊ NCIAS

O custo das vendas ou o custo dos


AR TIGO: REF : MÉTODO DE CUS TEIO: FIFO

ENTR ADA S AÍDA EXISTÊNC IAS


DATA DESC RIÇÃO QUANT. P . UNIT. TOTAL QUANT. P . UNIT. TOTAL QUANT. P. UNIT. TOTAL

consumos, sendo os mais antigos,


podem mostrar-se bastante abaixo
dos preços de mercado,
principalmente se a rotação é lenta.

Compras (preço compra); Vendas (custo);


Custos de compra; Descontos fornecedores.
Devoluções de clientes.

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Valorimetria das existências
LIFO
Designação deriva das iniciais da expressão
anglo-saxónica “Last in first out" (o último a
entrar é o primeiro a sair).

Método que presume que os bens a vender ou


a consumir são os comprados ou produzidos em
último lugar, ou seja, as últimas existências a
entrar em armazém são as primeiras a sair.

O tratamento das existências é feito por lotes, cada entrada é um novo lote que
não se mistura com os anteriores.
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Valorimetria das existências
LIFO

Como exemplo para a utilização de do critério de valorimetria LIFO podemos considerar 2 lotes de
matérias-primas:

O primeiro lote 10 unidades custaram 100 Euros


O segundo lote 20 unidades custaram 400 Euros

Custo de cada unidade por  lote:


Lote 1: 10€/unidade
Lote 2: 20€/unidade

Ao utilizar as 15 unidades de matéria-prima apura-se o custo de  300 Euros, ou seja todas as


unidades foram retiradas do segundo lote.
De uma forma geral é este o processo de valorimetria FIFO.

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Valorimetria das existências
LIFO

As existências finais ficam sempre valoradas aos custos mais antigos, dado que as
saídas são consideradas aos custos mais recentes.
FICHA DE EXISTÊNCIAS

ARTIGO: REF: MÉTODO DE CUSTEIO: LIFO

ENTRADA SAÍDA EXISTÊNCIAS


DATA DESCRIÇÃO QUANT. P. UNIT. TOTAL QUANT. P. UNIT. TOTAL QUANT. P. UNIT. TOTAL

Permite uma subavaliação (a custos


mais baixos que o preço de mercado)
dos stocks e uma redução de
resultados.

O custo das vendas ou o custo dos


Compras (preço compra); Vendas (custo);
consumos, sendo os mais recentes, Custos de compra;
Devoluções de clientes.
Descontos fornecedores.

aproximam-se dos preços de mercado.


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Valorimetria das existências
LIFO

Vantagens:
• as vendas correntes são valorizadas com custos de saída mais próximos dos preços de reposição
(compra).
• proporciona algumas economias de natureza fiscal, consubstanciadas no diferimento do
pagamento do imposto.
• é dos métodos referidos aquele que minimiza os efeitos da inflação.
 
Desvantagens:
• o método só excecionalmente coincide com o fluxo dos bens.
• as existências sendo valorizadas aos preços mais antigos, não traduzem de forma mais adequada
a situação da empresa.
• permitindo o diferimento (adiar) dos resultados não constitui um método particularmente
interessante do ponto de vista do investidor.

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Valorimetria das existências
CMP-Custo médio ponderado
A utilização deste critério de valorimetria é bastante simples pois basta fazer uma
média aritmética ponderada para apurar o custo do recurso.

O inventário é visto como um todo, pelo que


os lotes perdem a sua individualidade.

É o mais utilizado e o de mais fácil adaptação


aos sistemas informáticos.

Está entre o FIFO e o LIFO, elimina as suas vantagens e os seus inconvenientes.


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Valorimetria das existências
CMP-Custo médio ponderado

Como exemplo para a utilização do critério de valorimetria CMP temos os seguintes elementos:

1ª: Compra de 10 unidades custaram 100 Euros


2ª: Compra de 20 unidades custaram 400 Euros

O custo total das matérias adquiridas ou compradas é de 500 Euros, dividindo os 500€ por 30
unidades temos um custo unitário de 16,66€/unidade.

Compra 1: 10€/unidade
Compra 2: 20€/unidade
Custo médio das compras: 16,67€/unidade

Esta forma de custeio é das mais fáceis de registar.

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Valorimetria das existências
CMP-Custo médio ponderado

Define como custo de saída de armazém o custo médio das existências em


armazém, calculado tendo em conta os vários preços de aquisição e as quantidades
correspondentes.
FICHA DE EXISTÊNCIAS

ARTIGO: REF: MÉTODO DE CUSTEIO: Custo Médio

ENTRADA SAÍDA EXISTÊNCIAS


DATA DESCRIÇÃO QUANT. P. UNIT. TOTAL QUANT. P. UNIT. TOTAL QUANT. P. UNIT. TOTAL

Implica o cálculo permanente do custo


médio unitário das existências; a cada
entrada de novos bens, torna-se
necessário o cálculo de um novo custo
médio, que passa a vigorar para as
Compras (preço compra); Vendas (custo);
saídas enquanto não se verificarem Custos de compra; Descontos fornecedores.
Devoluções de clientes.
novas entradas.
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Valorimetria das existências
CMP-Custo médio ponderado

Custo médio = Custo total dos bens existentes+Custo total das novas entradas
Quantidades existentes+Novas quantidades entradas

Exercício de exemplo:
A empresa Alfa comercializa o produto A, cujo movimento no mês de Dezembro de 200X foi o seguinte:
 
• Existência inicial em 1/12, 500 unid. a 90
• Entradas em armazém resultantes de compras 10/12 300 unid. a 94 e 20/12 500 unid. a 94.9
• Saídas de armazém resultantes de vendas 15/12, 450 unid. a 150 e 30/12, 420 unid. a 150
• Entradas resultantes de devoluções de clientes 23/12, 150 unid. vendidas em 15/12
• Saídas de armazém resultantes de ofertas 27/12, 50 unid.
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Valorimetria das existências
Exercício de exemplo de cálculos:
A empresa Alfa comercializa o produto A, cujo movimento no mês de Dezembro de 201X foi o
seguinte:
 
• Existência inicial em 1/12, 500 unid. a 90
• Entradas em armazém resultantes de compras 10/12 300 unid. a 94 e 20/12 500 unid. a 94.9
• Saídas de armazém resultantes de vendas 15/12, 450 unid. a 150 e 30/12, 420 unid. a 150
• Entradas resultantes de devoluções de clientes 23/12, 150 unid. vendidas em 15/12
• Saídas de armazém resultantes de ofertas 27/12, 50 unid.

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Valorimetria das existências
Exercício de exemplo de cálculos:

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Valorimetria das existências
Exercício de exemplo de cálculos:

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Valorimetria das existências
Exercício de exemplo de cálculos:

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Valorimetria das existências – Solução exercício

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Valorimetria das existências – Solução exercício

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Ficheiros de armazém – Logística

ATIVIDADE 1.3 – “FIFO_LIFO_Custo Médio”

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Arquivo – documentos, gestão de armazéns
Existem outros documentos que são utilizados na gestão administrativa dos stocks:
• Pedido de materiais;
• Pedido de fornecedor;
• Pedido de encomenda;
• Guia de entrada;
• Guia de saída.

O arquivo administrativo dos stocks pode ser manual ou informatizado.

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Arquivo – documentos, gestão de armazéns

Os documentos
serão arquivados
pela ordem que
melhor se adapta à
empresa.

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Arquivo – documentos, gestão de armazéns
Atualização e prazo de conservação dos documentos

• Atualização:
o As fichas de armazém (uma para cada artigo existente em armazém) atualizam-se sempre
que ocorram alterações nos artigos respetivos, registam-se as quantidades entradas, as
saídas e os stocks;
o Conferir periodicamente, as quantidades referidas nas fichas e as existências reais em
armazém.
o Os arquivos devem ser alvo de uma atualização permanente em função do ciclo de vida dos
documentos, assim sendo, os documentos que se encontrem na fase inativa devem ser
retirados do arquivo respetivo, tornando-o mais “leve” e prático.

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Arquivo – documentos, gestão de armazéns
Atualização e prazo de conservação dos documentos (cont)

• Prazo de conservação:
o Os sujeitos passivos são obrigados a arquivar e conservar em boa ordem durante os 10 anos
civis subsequentes todos os livros, registos e respetivos documentos de suporte, incluindo,
quando a contabilidade é estabelecida por meios informáticos.

o Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional


são obrigados a manter os livros, registos e demais documentos referidos no ponto anterior
em estabelecimento ou instalação situado em território nacional, salvo se o arquivamento
for efetuado por meios eletrónicos.

o É permitido o arquivamento em suporte eletrónico das faturas ou documentos equivalentes


emitidos por via eletrónica desde que se encontre garantido o acesso completo e em linha
aos dados e assegurada a integridade da origem e do seu conteúdo.
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Arquivo – documentos, gestão de armazéns
Gestão de Armazéns

Um bom sistema informático de gestão de armazém permite um melhor controlo dos stocks, e
reduz os erros, otimizando os processos e a utilização dos espaços.

Todos os artigos e localizações estão referenciados e respetivamente associados, assim quando é


dada a entrada de um item em armazém (palete, caixa, envelope...), o seu código único (bilhete de
identidade do produto) é lido com a ajuda de um leitor ótico e a sua informação detalhada é
registada na base de dados do sistema informático (origem, data de validade, peso, etc.).

Logo que esteja no sistema, o artigo pode ser de seguida arrumado numa zona devidamente
identificada.

Durante o tratamento das receções e das expedições de mercadoria, o sistema de gestão indica aos
operadores onde devem ser colocados ou retirados os artigos, indicando, por exemplo, o caminho
ou o percurso mais rápido para finalizar a preparação de uma encomenda.
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Arquivo – documentos, gestão de armazéns
Gestão de Armazéns (cont)
A identificação e a recolha automática da mercadoria, por código de barras, permite um
maior controlo dos movimentos das mercadorias em armazém e uma melhor eficiência na
introdução das referências no sistema, nomeadamente através de:
• Diminuição dos erros relacionados com a entrada manual dos códigos dos
artigos;
• Maior produtividade.

Assim, para automatizar e capturar a informação, os códigos barras (atuais referências do


mercado) permitem o rastreio de qualquer objeto de forma segura.

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Valorimetria das existências
Introdução
Os fatores que pressupõem a existência de stock

• Sendo um agrupamento, o stock pode ser sempre decomposto em critérios de natureza,


valor ou volume. São caraterísticas básicas de qualquer stock:

o Ser um valor económico.


o Representar uma quantidade - que tanto pode ser expresso pelo número de unidades
existentes, pelo peso (por exemplo cereais), ou até pelo volume (no caso dos líquidos).
o Ocupar sempre um determinado espaço.
o Reportar-se sempre a um momento (hoje, agora) ou a um determinado espaço de
tempo (uma determinada semana, mês, etc).

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Valorimetria das existências
Introdução

Os fatores que pressupõem a existência de stock


Qualquer stock possui sempre um valor económico, representa sempre uma
quantidade, ocupa um determinado espaço e reporta-se sempre a um
determinado momento ou a um espaço de tempo.

O stock é um mal necessário:


• É um “mal”, dado que representa um encargo para a empresa e, como todos os encargos,
deverá ser evitado na medida do possível.
• “Necessário” dado que, para satisfazer a necessidade de determinado artigo, quando não é
possível cumprir com prazos de entrega adequados a essas mesmas necessidades, ou quando se
verificam oscilações na procura, a única forma é dispor desse artigo em stock.

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Valorimetria das existências
Introdução

Os fatores que pressupõem a existência de stock

Gerir um stock é fazer com que ele esteja constantemente apto a responder à
procura, gerindo a própria expectativa do cliente.

Na contabilidade de stocks o cuidado fundamental é o permanente lançamento de


entradas e saídas de forma a saber-se sempre quais as existências.

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Valorimetria das existências
Introdução

Os fatores que pressupõem a existência de stock


A Gestão Económica dos Stocks
CONHECER Evolução dos stocks

FORMULAR Previsões dos Consumos

TOMAR DECISÕES Quando


Encomendar
Quanto

CONSEGUIR Melhor qualidade de serviço


Mínimo custo

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Valorimetria das existências
Introdução

Os fatores que pressupõem a existência de stock

Utilidade dos Stocks


Poder-se-á afirmar que existe sempre um desfasamento entre o ritmo das entregas
e o das utilizações das mercadorias, assim, o stock serve de regulador entre as
entregas e as utilizações que se fazem a ritmos diferentes. Mas pode dizer-se, que
todo o stock que ultrapasse o estritamente necessário para ter esse papel
regulador, torna-se inútil e fonte de gastos escusados.

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Valorimetria das existências
Introdução
Os fatores que pressupõem a existência de stock

Os stocks existem por quatro razões fundamentais:


• Transação: são necessários que existam produtos em armazém para que a empresa os possa
transacionar, atingindo os seus objetivos económicos e financeiros;
• Precaução: A constituição de stocks de segurança é uma forma de as empresas se precaverem
contra as flutuações da procura ou contra qualquer imprevisto que possa surgir no fornecimento
das matérias-primas;
• Processamento: Nas empresas industriais com processos produtivos mais ou menos complexos é
necessária a constituição de diversos stocks intermédios, quer de matérias-primas quer dos
produtos em curso de fabrico. A correta gestão destes diferentes stocks é importantíssima, já
que a rutura de qualquer um deles pode pôr em causa todo um processo produtivo;
• Especulação: Muitas vezes são constituídos stocks com vista a aproveitar flutuações futuras da
procura. Acontece frequentemente em empresas ligadas aos mercados de capitais, onde os
produtos stockados são financeiros.
Ficheiros de armazéns e contas correntes 61
Valorimetria das existências
Introdução
Os fatores que pressupõem a existência de stock

Inconvenientes dos stocks:


- Perecibilidade – fragilidade dos produtos – exemplo: bens alimentares;

- Obsolescência – produtos que não se vendem – os “monos”;

- Rutura – quando falta um determinado produto.

Um stock excessivo é muito caro, uma vez que, para além do imobilizado, provoca custos de
manutenção, de armazenamento e, naturalmente, custos financeiros.
Ficheiros de armazéns e contas correntes 62
Valorimetria das existências
Introdução
Os fatores que pressupõem a existência de stock

Inconvenientes dos stocks (cont)


Um dos principais inconvenientes dos stocks é a perecibilidade ou a fragilidade de certos produtos.
Produtos com curto tempo de vida, normalmente produtos alimentares, são particularmente
vulneráveis, pelo que não são alvo de stock, ou são processados e embalados de forma a aumentar
o tempo de vida.

Um outro fator diz respeito à obsolescência, o facto de se constituir stock de artigos que, por
qualquer razão, deixam de escoar, agrava o custo de imobilização de capital, estes artigos são
comummente designados por “monos”. Uma solução para eliminar este problema será a venda em
“saldo”, mas esta solução permite apenas a recuperação de uma pequena parte do capital. No
entanto ela é a melhor solução, dado que, conservar esses artigos em stock apenas faria congelar o
capital, para além de ocuparem espaço e fazerem perder tempo a quem faz o seu inventário.
Ficheiros de armazéns e contas correntes 63
Valorimetria das existências
Introdução
Os fatores que pressupõem a existência de stock

Inconvenientes dos stocks (cont)


A rutura é outro inconveniente de relevo. A falta do artigo no momento em que o cliente o
pretende, pode conduzir à perda da venda. E se ocorrer com frequência, conduz à perda de clientes
sucessivamente.
 
Assim, é fundamental na gestão de stocks:
 
• Escolher criteriosamente quais os artigos a constituir stock;
• Fixar e ajustar níveis de stock e dos seus reaprovisionamentos.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 64


Valorimetria das existências
Introdução
Os fatores que pressupõem a existência de stock

Controlo de stock - a capacidade de medir e lançar permanentemente todas as


entradas e saídas de stock de forma a ter o conhecimento permanente da sua
existência.
Este controlo pode ser feito, tanto:
• no ato de entrada ou de saída (pela fatura ou pelo documento equivalente que reporta a
entrada ou a saída),
• como por antecipação, (pela encomenda colocada ao fornecedor, no caso das entradas; pelas
vendas firmadas, no caso das saídas).

Ambas as opções têm vantagens e desvantagens muito embora a mais generalizada seja a primeira.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 65


Valorimetria das existências
Introdução
Os fatores que pressupõem a existência de stock

Renovação de stocks - entende-se o ato de, por meio de aprovisionamento,


recolocar os stocks no seu ponto ótimo.

Para renovar stocks, é necessário ter em conta dois aspetos:


• as quantidades existentes por produto;
• a rotação de cada um dos produtos.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 66


Valorimetria das existências
Introdução
Os fatores que pressupõem a existência de stock

Para se poder comparar com facilidade a eficácia da gestão de stocks entre


diferentes produtos existem duas medidas comerciais de utilização corrente que
são: a rotação e a cobertura.

- Rotação: é o número de vezes que o stock se renova num determinado período de tempo:

- Cobertura: é o espaço de tempo que um stock dura:

Ficheiros de armazéns e contas correntes 67


Valorimetria das existências
Introdução
Os fatores que pressupõem a existência de stock

Cobertura ou rotação previsional do stock, é o cálculo com base na previsão de


vendas e no stock mé­dio previsto.

Assim, conhecendo-se a previsão de ven­das de um produto para um determinado


período de tem­po e tendo em conta os stocks e os compromissos de en­comendas,
é possível calcular facilmente a rotação previsional para o período em análise.
Podemos pois, se assim o entendermos, interferir na rotação previ­sional, intervindo
nas encomendas já colocadas (ou a colocar), aumentando-as, diminuindo-as,
atrasando-as ou antecipando-as.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 68


Valorimetria das existências
Introdução
Os fatores que pressupõem a existência de stock

Exemplo:
As taxas de rotação e cobertura utilizam-se O produto A vende 2000
não só para análise comparativa de eficácia unidades/mês.
Se o seu stock médio mensal for de
de gestão de stocks entre diferentes 500 unidades, a rotação será igual a 4.
produtos, como entre empresas   2000
concorrentes. Rotação = ---------- = 4
500

Ficheiros de armazéns e contas correntes 69


Valorimetria das existências
Valorimetria da entrada das existências em armazém

Nas entradas em armazém utiliza-se: princípio do custo histórico, custo de


aquisição ou custo de produção.

• Custo de aquisição = preço de compra + gastos suportados diretamente para


colocar as existências no estado atual no armazém

• Custo de produção = matérias primas + outros materiais diretos + mão de obra


direta + custos industriais fixos e variáveis

Os custos de (distribuição + administração + financeiros) não são incorporáveis no custo de


produção.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 70


Valorimetria das existências
Valorimetria da saída das existências de armazém
 
Nas saídas de armazém os métodos de custeio são definidos no SNC (Sistema de
Normalização Contabilística) sendo os mais utilizados os métodos:

• FIFO,

• LIFO,

• Custo Médio Ponderado.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 71


Arquivo e gestão de armazéns
Atividade
Um bom sistema de ________ de armazém permite um melhor controlo dos _______,
reduz os erros e otimiza os processos e a utilização dos espaços. Com uma concorrência A. Vantagem
cada vez maior, esse ganho de eficiência pode ser vital no sector da ________, tendo em B. Distribuição
conta a necessidade de reduzir ao máximo os ______ de operação e os stocks em armazém. C. Valores
O que é um sistema de gestão de armazém? Baseia-se fundamentalmente numa base de D. Gestão
E. Leitor
______ estruturada, onde todos os _____ e localizações estão referenciados e associados.
F. Encomendas
Quando é dada a _______ de um item em armazém (palete, caixa, envelope...), o seu
G. Identificada
______ único, bilhete de identidade do produto, é lido com a ajuda de um ______ ótico e a
H. Dados
sua informação detalhada é registada na base de dados. O artigo fica então imediatamente I. Stocks
disponível no _______ e pode ser arrumado numa zona devidamente _________. J. Código
O sistema de gestão de armazém em tempo real traduz-se noutra grande __________: K. Sistema
enquanto os _________ anuais paralisam uma empresa durante vários dias seguidos, a L. Ferramentas
gestão em tempo real torna possível a _________ de inventários cíclicos ao longo do ano, M.Inventários
durante períodos normalmente improdutivos. Através deste sistema também é possível N. Avisos
emitir alertas quando os stocks atingem certos _________. São assim emitidos ________ de O. Realização
ruturas de stock, ou de stock que atingiu a data limite de armazenamento, permitindo o P. Entrada
reaprovisionamento a tempo e horas. As várias _________ de análise proporcionam aos Q. Custos
responsáveis logísticos uma melhor gestão das _________. R. Artigos

Ficheiros de armazéns e contas correntes 72


Arquivo e gestão de armazéns
Atividade-solução
Um bom sistema de gestão de armazém permite um melhor controlo dos stocks, reduz os
A. Vantagem
erros e otimiza os processos e a utilização dos espaços. Com uma concorrência cada vez
B. Distribuição
maior, esse ganho de eficiência pode ser vital no sector da distribuição, tendo em conta a C. Valores
necessidade de reduzir ao máximo os custos de operação e os stocks em armazém. D. Gestão
O que é um sistema de gestão de armazém? Baseia-se fundamentalmente numa base de E. Leitor
dados estruturada, onde todos os artigos e localizações estão referenciados e associados. F. Encomendas
Quando é dada a entrada de um item em armazém (palete, caixa, envelope...), o seu código G. Identificada
único, bilhete de identidade do produto, é lido com a ajuda de um leitor ótico e a sua H. Dados
informação detalhada é registada na base de dados. O artigo fica então imediatamente I. Stocks
disponível no sistema e pode ser arrumado numa zona devidamente identificada. J. Código
O sistema de gestão de armazém em tempo real traduz-se noutra grande vantagem: K. Sistema
enquanto os inventários anuais paralisam uma empresa durante vários dias seguidos, a L. Ferramentas
gestão em tempo real torna possível a realização de inventários cíclicos ao longo do ano, M.Inventários
durante períodos normalmente improdutivos. Através deste sistema também é possível N. Avisos
emitir alertas quando os stocks atingem certos valores. São assim emitidos avisos de ruturas O. Realização
P. Entrada
de stock, ou de stock que atingiu a data limite de armazenamento, permitindo o
Q. Custos
reaprovisionamento a tempo e horas. As várias ferramentas de análise proporcionam aos
R. Artigos
responsáveis logísticos uma melhor gestão das encomendas.
Ficheiros de armazéns e contas correntes 73
Valorimetria das existências
Exercício de exemplo de cálculos:
Resumo: DESCRIÇÃO LIFO FIFO CMP
Vendas líquidas 108.000 108.000 108.000
Custo das vendas 68.058 65.880 66.594
Margem Bruta 39.942 42.120 41.406
Ofertas 4.745 4.500 4.660
35.197 37.620 36.746
Valor exist. final 47.847 50.270 49.396

O FIFO conduz a margens brutas e a valores de existências mais elevados, por via do menor custo das vendas.
 
O LIFO conduz a margens brutas e a valores de existências mais baixos, por via do maior custo das vendas.
 
O CMP permite valores intermédios entre o LIFO e o FIFO.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 74


Contas correntes
O que é o património?

- É o conjunto de bens, direitos e obrigações medidos num valor pecuniário, que


estão associados a determinada pessoa. Normalmente avalia-se numa
determinada data.

Exemplo do património individual de uma pessoa:

Ficheiros de armazéns e contas correntes 75


Contas correntes
Património – direitos e obrigações

Pensemos no caso de um indivíduo que, num dado momento, necessita de


dinheiro e não o possui.
Numa situação destas, poderá recorrer a empréstimos de outra pessoa ou a uma
instituição de crédito (Banco, por exemplo).
Diz-se, então, que o indivíduo contrai uma dívida, ficando com a obrigação de a
saldar.
Mas suponhamos, agora, que a situação é inversa: esta pessoa, em vez de pedir
dinheiro emprestado, empresta. Então fica com um direito sobre a pessoa a quem
emprestou. O direito de receber o dinheiro que emprestou.

A obrigação e o direito pertencem ou não a esta pessoa? É evidente que sim!


Ficheiros de armazéns e contas correntes 76
Contas correntes
Património – bens, direitos e obrigações

Podemos dizer então que todo o indivíduo pode possuir, não só bens, mas
também direitos e obrigações.

No exemplo do Sr. Zeferino, vamos separar os Bens e Direitos das Obrigações:


Bens e Direitos Obrigações
uma casa 60.000€ empréstimo obtido no BPA 25.000€
um carro 11.500€
mobiliário diverso 5.200€
depósito à ordem na CGD 250€
empréstimo Concedido ao Sr. Rodrigues 50€
dinheiro 100€

Qual será o valor do património do Sr. Zeferino?


Ficheiros de armazéns e contas correntes 77
Contas correntes
Património – bens, direitos e obrigações

Bens + Direitos: 60.000,00€ + 11.500,00€ + 5.200,00€ + 250,00€ + 50,00€ + 100,00€ = 77.100,00€

Obrigações: 25.000,00€

Valor do Património: 77.100,00€ - 25.000,00€ = 52.100,00€

Ficheiros de armazéns e contas correntes 78


Contas correntes
Património da empresa

Será que a empresa também terá um património?


 
É evidente que sim, uma vez que a empresa é um ente com uma individualidade
própria e a composição do seu património é um espelho da atividade a que se
dedica.

Património é o conjunto de bens, direitos e obrigaçõ es de uma empresa, em determinada


data, devidamente valorados e utilizados para atingir determinados objetivos.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 79


Contas correntes
Património da empresa
Vamos analisar a empresa comercial «A Mobiladora do Norte, Lda.», que apresentava o seguinte património no início da sua actividade, em 1
de Janeiro de 2003:
a - dinheiro em caixa 500,00€
b - dívida do cliente J. Sousa, Lda. 1.250,00€
c - depósito à ordem no BPA 2.500,00€
d - dívida à Tabopan 3.750,00€
e - dívida do cliente Móveis Centro, S.A. 1.000,00€
f - mobílias em armazém 25.000,00€
g - maquinaria para o escritório 5.500,00€
h - depósito, a prazo, no BPA 3.600,00€
i - ferramentas 1.250,00€
j - dívida ao fornecedor A. Amaral 7.550,00€
l - edifício 42.500,00€
m - carrinha 17.000,00€
n - mobiliário de escritório 2.350,00€
o - quota na sociedade F. Fernandes & Cª, Lda. 5.600,00€
p - empréstimo obtido no CPP, a liquidar em 1/8/03 21.000,00€
q - vales do correio 50,00€
r - trespasse 2.500,00€
s - acções adquiridas para revenda 765,00€
t - dívida ao Centro Regional de Segurança Social 1.500,00€

Ficheiros de armazéns e contas correntes 80


Contas correntes
Património da empresa
Como vemos, é uma empresa que se dedica ao comércio de mobiliário, uma empresa comercial.
 
Tal como o património individual, o património das empresas é também constituído por bens,
direitos e obrigações.
Os elementos que representam bens e direitos para a empresa “A Mobiladora do Norte” são:
- Dinheiro em caixa - Ferramentas
- Dívida do cliente J.Sousa Lda - Edifício
- Depósito à ordem no BPA - Carrinha
- Dívida do cliente Móveis Centro - Mobiliário de escritório
- Mobílias em armazém - Quota na sociedade F. Fernandes & Cia, Lda
- Maquinaria para o escritório - Vales do correio
- Depósitos a prazo no BPA - Trepasse
- Ações adquiridas para revenda
Ficheiros de armazéns e contas correntes 81
Contas correntes
Património da empresa
Aos elementos que representam bens e direitos para a empresa damos o nome de
elementos patrimoniais ativos. O seu conjunto constitui o ATIVO.

Os restantes elementos constituem as obrigações da empresa e são:


- Dívida à Tapoban - Dívida ao fornecedor A. Amaral
- Empréstimo obtido no CPP - Dívida ao Centro Regional de Segurança Social

Os elementos do património que representam obrigações para a empresa


chamam-se elementos patrimoniais passivos. O seu conjunto constitui o PASSIVO.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 82


Contas correntes
Património da empresa

• Caraterísticas dos elementos patrimoniais

 Titularidade: estabelecimento de um vínculo com determinada entidade.


 Heterogeneidade: estão representados elementos de natureza distinta.
 Pecuniariedade: permite a homogeneidade do que é heterogéneo.
 Algebricidade: vai permitir atribuir sinais diferentes.
Património (riqueza)
• Conjunto de bens pertencentes a uma pessoa ou a
uma empresa  .
• Valores a receber, Direitos a Receber 
• Contas a pagar, dívidas 

Ficheiros de armazéns e contas correntes 83


Contas correntes
Património da empresa

Exemplos:

Ficheiros de armazéns e contas correntes 84


Contas correntes
Património da empresa

• Composição do património

 As necessidades são satisfeitas com a utilização de bens ou serviços.


 Algumas vezes o homem precisa de adquirir bens e não tem possibilidades financeiras,
vendo-se obrigado a recorrer ao crédito ou obter um empréstimo. Contrai uma
obrigação.
 A situação pode ser inversa. Empresta dinheiro a alguém que a ele recorre. Neste caso
adquire um direito.
 Portanto, o conjunto de bens materiais, direitos e obrigações, que pertencem a um
indivíduo ou a uma empresa, chama-se património.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 85


Contas correntes
Património da empresa

• Composição do património

 O património de um indivíduo está ligado a este pela lei e pelo reconhecimento público.
Todos os patrimónios individuais são diferentes por pertencerem a pessoas diversas.
 Os bens, direitos e obrigações têm uma existência limitada:
• Os bens que se adquirem, consomem-se ou usam-se.
• Os direitos e as obrigações extinguem-se quando se satisfaz o compromisso
assumido.

 Ao constituir-se a empresa é necessário capital. É com este que se paga as despesas de


constituição e se adquire os bens necessários ao início da sua atividade. Em seguida
entrará em funcionamento e, em troca das mercadorias que vende, receberá dinheiro.
Ficheiros de armazéns e contas correntes 86
Contas correntes
Património da empresa
• Composição do património
No entanto, acontece muitas vezes que à entrega de mercadoria não corresponde
imediatamente um recebimento de dinheiro. Há pois, um lapso de tempo maior ou menor
que medeia entre a entrega da mercadoria ao comprador e o pagamento da mesma.
Assim, surgem os débitos/dívidas que representam prestações do exterior e que, por
qualquer motivo, não foram pagas imediatamente.
Os créditos representam as prestações cedidas ao exterior e que também não foram pagas
imediatamente.
As empresas são devedoras em relação aos seus fornecedores, ao seja, aos seus credores,
a quem não pagam no momento da entrega da mercadoria. Mas são credores quando
vendem aos seus clientes e não recebem imediatamente o respetivo valor, tornando-se
aqueles, seus devedores.
Ficheiros de armazéns e contas correntes 87
Contas correntes
Património da empresa

• Composição do património

Ficheiros de armazéns e contas correntes 88


Contas correntes
Património da empresa

• Bens
São as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas.
 
Bens Tangíveis: Têm forma física, são palpáveis. Ex.: Veículos, imóveis, stock de
mercadorias, dinheiro, móveis e utensílios, ferramentas, etc.)
Bens Intangíveis: Não são palpáveis, não constituídos de matéria. Ex.: Marcas (Arisco,
Coca-cola), patentes de invenção (direito exclusivo de explorar uma invenção).
Bens Imóveis: Vinculados ao solo. Não podem ser retirados sem destruição ou dano:
edifício, árvores, etc.
Bens móveis: Podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas: máquinas,
equipamentos, stocks de mercadorias.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 89


Contas correntes
Património da empresa

• Bens

BENS Tangíveis Intangíveis Móveis Imóveis


Edifícios 180 180
Móveis e utensílios 90 90
Veículos 110 110
Máquinas 400 400
Terrenos 900 900
Patentes 150 150
TOTAL 1.680 150 750 1.080
TOTAL GERAL 1.830 1.830

Ficheiros de armazéns e contas correntes 90


Contas correntes
Património da empresa

• Direitos
Poder de exigir alguma coisa. Ex.: valores a receber, títulos receber, contas a receber,
salários a receber.

ITENS Valores
Bancos conta Movimento (depósito) 680
Facturas a Receber (vendas à prazo) 1.320
Títulos a Receber (Letras) 500
Aluguéis a Receber 300
TOTAL 2.800

Ficheiros de armazéns e contas correntes 91


Contas correntes
Património da empresa

• Obrigações
Dívidas com outras pessoas. Em Contabilidade: Obrigações Exigíveis

OBRIGAÇÕES Valores
Fornecedores (dívidas c/ fornec. de mercadorias) 800
Empréstimos bancários (a pagar) 400
Salários a pagar 350
Encargos Sociais a pagar (IRS,SS) 450
Impostos a Pagar 900
Financiamentos (empréstimos a pagar a L.P.) 1.100
Contas a Pagar (Diversos) 500
TOTAL 4.500

Ficheiros de armazéns e contas correntes 92


Contas correntes
Património da empresa

• Elementos patrimoniais

Elemento Patrimonial Ativo: é o conjunto de elementos patrimoniais que se


traduzem em bens e direitos.
Elemento Patrimonial Passivo: é o conjunto de elementos patrimoniais que se
traduzem em obrigações.

Todos os bens e direitos de um indivíduo ou das empresas com os quais exercem a


sua atividade são valores positivos e denominam-se Ativos (+).
As obrigações são valores negativos pois representam compromissos assumidos e
tomam o nome de Passivo (-).
Ficheiros de armazéns e contas correntes 93
Contas correntes
Património da empresa

• Elementos patrimoniais

Os valores Ativos e Passivos são valores concretos. Os bens são constituídos por
elementos palpáveis denominam-se elementos corpóreos e os direitos e
obrigações são elementos incorpóreos.
Elemento Activo Bens + Direitos
Patrimonial Activo

Elemento Passivo Obrigações


Patrimonial Passivo

Ficheiros de armazéns e contas correntes 94


Contas correntes
Património da empresa

• Valor do património
VP = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES
VP = SITUAÇÃO LÍQUIDA
VP = CAPITAL PRÓPRIO

Ficheiros de armazéns e contas correntes 95


Contas correntes
Conta

Conta: agrupamento de elementos patrimoniais ou elementos de gestão com


características comuns (homogéneas).

Ficheiros de armazéns e contas correntes 96


Contas correntes
Conta

Ficheiros de armazéns e contas correntes 97


Contas correntes
Conta

Ficheiros de armazéns e contas correntes 98


Contas correntes
Conta – conceito e tipos
A gestão financeira de curto prazo ou de tesouraria concretiza-se na coordenação dos
vencimentos de débitos e créditos (que implicam pagamentos e recebimentos,
respetivamente), para que a empresa nunca deixe de pagar o que deve no prazo acordado.
Engloba a gestão das disponibilidades, dos créditos e débitos comerciais, dos stocks e das
negociações de créditos de curto prazo.

A utilização das contas correntes permite:


 
• Proporcionar o controlo imediato e global de todas as contas e movimentos relativos a terceiros em
geral: Clientes, Fornecedores e Outros Devedores/Credores.
• Facilitar todos os aspetos práticos da questão quotidiana relativa a controlo e registo de cobranças;
• Proporcionar instrumentos de análise e controlo de gestão global da carteira de valores a receber ou a
pagar (mapas de previsão ou programação, mapas de controlo e análises por vencimento, indicadores
de controlo de crédito, etc.).
Ficheiros de armazéns e contas correntes 99
Contas correntes
Conta – conceito e tipos
Pode-se dizer então que as contas correntes são utilizadas tendo em vista as necessidades
imediatas do controlo quotidiano da carteira de valores a receber ou a pagar, podendo ser
utilizadas com uma total independência funcional relativamente à Contabilidade propriamente
dita.

Torna-se assim possível, que os departamentos da empresa relacionados com as cobranças,


controlo de crédito, planeamento financeiro e gestão de pagamentos, possam funcionar em
tempo real, não sofrendo qualquer perturbação derivada de assuntos de carácter
contabilístico, os quais por razões diversas conduzem frequentemente a atrasos incompatíveis
com as necessidades de gestão imediata.
A gestão de contas correntes representa sem dúvida um papel de especial ênfase na
manutenção de níveis de fundo de maneio à altura das necessidades correntes e de
financiamento.
Ficheiros de armazéns e contas correntes 100
Contas correntes
Conta – conceito e tipos
A conta corrente é um registo cronológico, utilizando mapas próprios ou
recorrendo a aplicações informáticas, de todos os movimentos ocorridos entre a
empresa e terceiros (Clientes, Fornecedores, etc), permitindo uma leitura e análise
fácil do conjunto de movimentos.

Dado reunir num único documento todos os movimentos, todas as transações,


representadas pelo seu correspondente valor monetário, permite à empresa ter
um controlo mais apertado e instantâneo sobre os valores a receber, valores a
pagar, valores disponíveis permitindo uma melhor gestão da tesouraria e das
responsabilidades.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 101


Contas correntes
Conta – conceito e tipos
A possibilidade de acompanhamento desses valores em tempo real, ajudam
qualquer responsável financeiro, na rápida e correta tomada de decisão sobre
aspetos que outrora eram difíceis de prever.
Hoje em dia a gestão de Contas Correntes não se limita ao simples registo, e
correspondente controlo, de valores e prazos sendo igualmente necessário gerir
todo um conjunto de informações caraterizadoras dos Terceiros.
 
É fundamental a capacidade não só de registar todo o tipo de informação sobre os
Terceiros como também relacionar todo esse universo de informação com os
valores e prazos provenientes da atividade da empresa de modo a obter uma
Gestão eficaz e atempada.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 102


Contas correntes
Tipos de conta corrente

• Contas correntes traduzem movimentos relacionados com Bens: Mercadorias


• Contas correntes traduzem movimentos relacionados com Direitos: Clientes e Bancos
• Contas correntes traduzem movimentos relacionados com Obrigações: Fornecedores
 
OU
 
• Contas correntes Ativas: Mercadorias, Clientes e Bancos
• Contas correntes Passivas: Fornecedores

Ficheiros de armazéns e contas correntes 103


Contas correntes
Conta corrente de Mercadorias

As contas correntes de mercadorias permitem controlar as existências em


armazém, bem como lançar as entradas de artigos.

Deverá existir uma conta corrente para cada artigo/mercadoria que a empresa
comercialize ou compre.

As entradas em armazém são valorizadas ao custo de aquisição (preço de compra


+ gastos suportados diretamente para colocar as existências no estado atual no
armazém). As saídas de armazém são valorizadas de acordo com o método
utilizado (Custo médio ponderado, FIFO ou LIFO).

Ficheiros de armazéns e contas correntes 104


Contas correntes
Conta corrente de Mercadorias

A ficha de armazém é o documento utilizado como conta corrente das mercadorias.

Neste documento podemos obter várias informações, tais como:


• Conhecer o stock existente em armazém;
• Evitar rutura ou excesso de um determinado produto;
• Calcular o custo de um determinado produto à saída do armazém;
• Permitir uma leitura fácil dos dados.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 105


Contas correntes
Conta corrente de Mercadorias

A ficha de armazém:

Compras (preço compra); Vendas (custo); Existências: quantidade custo


Custos de compra; Descontos fornecedores. unitário, valor total.
Devoluções de clientes. Custo unitário: depende do
método utilizado.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 106


Contas correntes
Conta corrente de Clientes

A gestão de Contas Correntes de Clientes, tal como o seu nome indica, serve para
gerir todos os movimentos, a débito ou a crédito, de contas correntes de Clientes,
nomeadamente faturas, notas de crédito, recibos, cheques, etc, de modo a
permitir o controlo sobre os saldos desses mesmos Clientes.

Deve existir uma conta corrente para cada Cliente que, para cumprir os seus
objetivos, deve registar todos os movimentos efetuados com o respetivo cliente
(mesmo as vendas a pronto pagamento).

Os clientes, ou melhor as dividas para com a empresa, fazem parte do património,


são Direitos, como tal apresentam saldos devedores, por regra.
Ficheiros de armazéns e contas correntes 107
Contas correntes
Conta corrente de Clientes

Utilizando o sistema de contas correntes de Clientes a empresa consegue:


• Obter informações necessárias para cumprir as suas obrigações fiscais de
informação (mapas recapitulativos de clientes);
• Conhecer de uma forma imediata, o montante dos seus Direitos, identificar os
clientes com dívidas, avaliar e programar os recebimentos por datas, gerir a sua
tesouraria de uma forma mais eficaz.
 
A conferência dos movimentos ou a confirmação dos saldos pode ser feita através
da “circulação de saldos”, ou seja, solicitando, no fim do exercício, aos clientes que
confirmem o saldo ou que enviem os extratos de conta corrente respetivos.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 108


Contas correntes
Conta corrente de Clientes
CONTA CORRENTE CLIENTES

Exemplo: Identificação do Cliente: Nome:

Nome, Morada e Nr.


Contribuinte (essencial) N.º Contribuinte:

SALDO
Data Descrição Débito Crédito Devedor Credor

Aumentos dos Direitos:


Facturas;
Notas de débito.

Diminuição dos Direitos: Saldo


Recebimentos; Após cada registo deve ser apurado o novo saldo!!
Notas de crédito. O saldo ou é devedor ou é credor, nunca os dois!
Novo Saldo = Saldo anterior + Debitos - Créditos.
Totais
Se Debito > Crédito = Saldo Devedor
A Transportar
Se Crédito > Debito = Saldo Credor
Se Debito=Crédito = Saldo nulo

Ficheiros de armazéns e contas correntes 109


Contas correntes
Conta corrente de Fornecedores
Deve existir uma conta corrente para cada fornecedor que, para cumprir os seus objetivos,
deve registar todos os movimentos efetuados com o respetivo fornecedor (mesmo as
compras a pronto pagamento).
Os fornecedores, ou melhor as dívidas da empresa, fazem parte do património, são
Obrigações, como tal apresentam saldos credores, por regra.
 
Utilizando o sistema de contas correntes de Fornecedores a empresa consegue:
• Obter informações necessárias para cumprir as suas obrigações fiscais de informação
(mapas recapitulativos de clientes);
• Conhecer de uma forma imediata, o montante das suas Obrigações, identificar os
fornecedores com créditos, avaliar e programar os pagamentos por datas, gerir a sua
tesouraria de uma forma mais eficaz, tendo em conta os pagamentos mas também os
recebimentos (clientes).
Ficheiros de armazéns e contas correntes 110
Contas correntes
Conta corrente de Fornecedores
Deve existir uma conta corrente para cada fornecedor que, para cumprir os seus objetivos,
deve registar todos os movimentos efetuados com o respetivo fornecedor (mesmo as
compras a pronto pagamento).
Os fornecedores, ou melhor as dívidas da empresa, fazem parte do património, são
Obrigações, como tal apresentam saldos credores, por regra.
 
Utilizando o sistema de contas correntes de Fornecedores a empresa consegue:
• Obter informações necessárias para cumprir as suas obrigações fiscais de informação
(mapas recapitulativos de clientes);
• Conhecer de uma forma imediata, o montante das suas Obrigações, identificar os
fornecedores com créditos, avaliar e programar os pagamentos por datas, gerir a sua
tesouraria de uma forma mais eficaz, tendo em conta os pagamentos mas também os
recebimentos (clientes).
Ficheiros de armazéns e contas correntes 111
Contas correntes
Conta corrente de Fornecedores CONTA CORRENTE FORNECEDORES

Identificação do Fornecedor:
Exemplo:
Nome:
Nome, Morada e Nr.
Contribuinte (essencial) N.º Contribuinte:

SALDO
Data Descrição Débito Crédito Devedor Credor

Diminuição das Obrigações:


Pagamentos;
Notas de crédito.

Aumento das Obrigações:


Facturas;
Notas de débito.

TotaisSaldo
A Transportar A pós cada registo deve ser apurado o novo saldo!!
O saldo ou é devedor ou é credor, nunca os dois!
N ovo Saldo = Saldo anterior - Debitos + Créditos.
Se Debito > Crédito = Saldo Devedor
Se Crédito > Debito = Saldo Credor
Se Debito= Crédito = Saldo nulo

Ficheiros de armazéns e contas correntes 112


Contas correntes
Contas correntes Bancárias

As contas correntes bancárias servem basicamente para controlar os saldos e


respetivos movimentos das contas de depósitos no banco.

Permitem saber de forma imediata os montantes disponíveis na conta de depósitos


à ordem para que a empresa possa efetuar os pagamentos necessários de acordo
com as suas obrigações.

Ficheiros de armazéns e contas correntes 113


Contas correntes
Contas correntes Bancárias
Exemplo:

Aumentos dos Direitos:


Depósitos;
Transferências de Clientes; Diminuição dos Direitos:
Juros a favor empresa. Cheques para outros;
Juros empréstimos;
Transferência para outros;
Devolução cheques sem
provisão de clientes;
Despesas bancárias.

Saldo
Após cada registo deve ser apurado o novo saldo!!
O saldo ou é devedor ou é credor, nunca os dois!
Novo Saldo = Saldo anterior + Debitos - Créditos.
Se Debito > Crédito = Saldo Devedor
Se Crédito > Debito = Saldo Credor
Se Debito=Crédito = Saldo nulo

Ficheiros de armazéns e contas correntes 114


Contas correntes
Reconciliação bancária

Mensalmente, deve ser efetuada a conciliação da conta bancária, a partir do


extrato e por comparação com a conta corrente bancária interna, ou seja, deve
ser conferida a conta corrente interna com o extrato bancário detetando as
diferenças de movimentos e justificando os mesmos.
 
A partir do extrato bancário, vamos comparando os valores aí constantes com os
valores lançados na Contabilidade e vamos "picando" os mesmos, detetando as
diferenças.
 

Ficheiros de armazéns e contas correntes 115


Contas correntes
Reconciliação bancária
Tecnicamente, a Conciliação bancária define-se como o método de a partir do Saldo do extrato
bancário, adicionar e diminuir os movimentos que a empresa fez e o banco ainda não, adicionar e
diminuir os movimentos que o banco fez e a empresa ainda não.
 
NOTA: Os movimentos que aparecem no extrato do banco são inversos dos movimentos efetuados
na conta corrente interna:
• Se a conta corrente interna apresenta saldo devedor (favor empresa)  extrato bancário apresenta
saldo credor
• Se a conta corrente interna apresenta saldo credor (favor banco)  extrato bancário apresenta saldo
devedor.
• Os aumentos na conta depósitos ordem são registados a débito na conta corrente interna mas são
registadas a crédito no extrato bancário (para o banco os montantes que as empresas tem depositados
são obrigações, “devem” esses montantes aos clientes).
• As diminuições na conta depósitos ordem são registados a crédito na conta corrente interna mas são
registadas a débito no extrato bancário. 
Ficheiros de armazéns e contas correntes 116
Contas correntes
CONCILIAÇÃO BANCÁRIA

Reconciliação bancária NOME DO BANCO :

NÚMERO DA CONTA:
Saldo extratobancário
DATA DA CONCILIAÇÃO:

DESCRIÇÃO DATA DOCUMENTO MONTANTES

SALDO POR BANCOS

Registado pelo banco e não pela empresa DEB. (+) CRED. (-)

Registar os movimentos registados pelo


banco e não pela empresa, considerando a
sua indicação a debito ou a crédito da mesma
forma que a conta corrente interna.

Total debito-Total crédito=


sub-total / transporte
valor devedor ou credor
Registado pela empresa e não pelo banco DEB. (+) CRED. (-)

Registar os movimentos registados pela


empresa e não pelo banco, considerando a
sua indicação a debito ou a crédito da mesma
forma que o banco regista.

sub-total / transporte
Saldo extratobancário corrigido
SALDO POR LIVROS
deve ser igual saldo conta
corrente interna

Ficheiros de armazéns e contas correntes 117

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