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Capítulo 7

Matemática
Financeira
5ª edição

por

Carlos Patricio
Samanez
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Capitalização
contínua
No regime de capitalização contínua, os valores monetários
fluem contínua e uniformemente ao longo do tempo segundo
uma função matemática.

Definição:

Capitalização contínua é uma ferramenta muito usada em


finanças na avaliação de opções, derivativos, projetos de
investimento, geração de lucros da empresa, desgaste de
equipamentos e outras situações em que os fluxos monetários se
encontram distribuídos uniformemente no tempo.

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Na prática,

o uso da capitalização contínua é exigido em diversas situações.

As empresas recebem e fazem pagamentos muitas vezes durante


um dia — padrão este que se assemelha à suposição de fluxos
contínuos uniformemente distribuídos do que de fluxos discretos de
fim de período.

A computação contínua de juros é uma modalidade alternativa de


cálculo de juros que permite resolver alguns problemas de
matemática financeira e engenharia econômica que, de outro
modo, têm soluções apenas aproximadas.

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Exemplo
Um capital de $100, aplicado por um ano à
Taxa nominal de 24% a.a., resulta nos seguintes
montantes, considerando‑se diversas hipóteses de frequência das
capitalizações da taxa nominal:

Observe que o montante aumenta à medida que a frequência das


capitalizações aumenta.

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Hipoteticamente,

se admitirmos uma capitalização horária,


teremos o seguinte montante ao fim do ano:

Note que o montante praticamente não cresce com a capitalização


horária, tendendo para um valor-limite de $127,12.

Se ficar claro que o montante de um capital tende a um limite


quando a frequência das capitalizações tende ao infinito,
desenvolvemos a seguir uma expressão de cálculo que serve como
base da computação contínua de juros.

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Assim,

o montante de um capital aplicado pelo


prazo m, a juros nominais j, capitalizados k vezes,
pode ser expresso do seguinte modo:

Vamos admitir que a capitalização seja infinitamente grande, ou seja,


em intervalos infinitesimais tendendo ao infinito, no limite temos:

Pode-se demonstrar em cálculo que, quando o limite do termo


entre colchetes da expressão anterior é um número irracional (e =
2,718281828459...), que serve de base aos logaritmos neperianos ou
naturais, e também que j = .
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Logo,

podemos calcular o montante de um capital na


computação contínua de juros por meio da seguinte expressão:

onde  é chamada taxa instantânea ou contínua, sendo essa letra


grega (delta) a notação comumente adotada.

A expressão anterior é a base da computação contínua de juros.

Para isso, basta fornecer o valor de , uma vez que k, por hipótese,
tende ao infinito, condição para que a computação de juros seja
contínua.
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Um capital de $200.000 aplicado por
18 meses à taxa de 3% a.m. resulta nos
seguintes montantes na computação contínua e na capitalização
discreta de juros:

Sabe-se que o montante produzido por duas taxas de juros


equivalentes deve ser o mesmo.

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Dessa forma,

igualando os montantes das computações contínua e discreta,


podemos obter uma relação de equivalência entre taxas de juros
discretas e contínuas:

Adotando uma taxa de juros efetiva i de uma capitalização discreta


de juros,  = ln(1 + i) é a taxa nominal equivalente para uma
capitalização contínua.
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Exercício
Uma plantação de eucaliptos para fabricação de
celulose tem 80.000 m3 de madeira. O preço atual da madeira é de
$20/ m3, e a taxa contínua de crescimento das árvores é de 20% a.a.

Pede‑se:

a)calcular o valor intrínseco da plantação após quatro anos;

b) determinar o prazo em que dobra o valor intrínseco da plantação.

Dados:

a)

b)
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7.1 Valor presente de capitais
uniformemente distribuídos

Na análise de investimentos, algumas vezes, os fluxos monetários não


são devidos ou recebidos em dado instante pontual, mas estão
distribuídos ao longo de determinado período.

Exemplos:
• o custo anual de manutenção dos equipamentos;
• a receita produzida por uma estação de bombeamento operando a
uma potência e um desempenho constantes durante determinado
período;
• a receita de um poço de petróleo produzindo a uma vazão constante
durante um intervalo de tempo;
• o fluxo de caixa de uma empresa;
• etc.
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O diagrama, a seguir, representa um
capital distribuído em fluxo uniforme ao
longo de m períodos que, por sua vez, dividem‑se
em k subperíodos:

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Se a computação de juros for discreta e as
frações do capital forem deslocadas para o
fim de seu respectivo período, o valor presente das
m X k frações será:

A equação anterior é correta, considerando-se que as m X k frações do


capital foram deslocadas arbitrariamente para o fim de seus
respectivos períodos.
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No entanto,

se considerarmos uma capitalização em


intervalos infinitesimais, esse deslocamento se tornará irrelevante.

Logo,

aplicando -se o limite quando

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Ou seja, quando

o limite dos termos entre chaves é o número irracional (e),


que serve de base aos logaritmos neperianos (e =
2,718281828459...), e a taxa nominal passa a ser igual à taxa
contínua (j = ).

Assim, a seguinte expressão permite calcular o valor presente de


um capital distribuído uniformemente durante m períodos:

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Exercício

Um estudo de engenharia indicou que um poço produtor de


petróleo proporcionará receitas líquidas anuais de $4 milhões
em cada um dos seis anos de sua vida útil.

Considerando fluxos uniformemente distribuídos, calcular o valor


presente das receitas usando uma taxa contínua equivalente à
taxa discreta de 12% a.a.

Taxa contínua equivalente:

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Receita líquida discreta anual no início de
cada ano (m = 1):

Observe que as receitas discretas constituem uma série uniforme


antecipada de seis termos.

Valor presente da série de receitas líquidas discretas:

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