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NECESSIDADE DE AVANÇOS

• Crítica aos modos de tratar os significados, valores e papéis reproduzidos


pelas formas de movimento e de constituição do corpo, sobretudo via
esporte.

• Buscando avançar para a concepção que trata de redes simbólicas que


existem e potencializam enquanto movimento e corpo.
DE ACORDO COM PICH (2014)

• O conceito de CCM se alinha com a ruptura com a visão conservadora de


educação física, corpo e movimento, de visão biologicista e mecanicista.

• Esse conceito passa a fazer parte de um movimento, mais amplo, que passa a tratar
o corpo e o movimento em suas possibilidades no âmbito da cultura.

• Nas palavras do autor: “o corpo passa a ser visto como lócus de inserção do
homem na cultura” (p. 163), instrumentalizando novas bases epistemológicas para
a Educação Física.
AINDA SEGUNDO PICH (2014)

• Considerando que a Educação Física proporciona experiências/vivências


corporais e de movimento, então, um dos pontos mais relevantes do conceito
de cultura corporal de movimento é a superação da perspectiva reducionista
de corpo e movimento.

• A “[...] reincorporar ou reconciliar o corpo e o movimento com simbologia


que neles comunica o homem com seu mundo”.
RAIZ ANTROPOLÓGICA SURGE E DESENVOLVE
A CCM

• Nesse sentido, tem-se que a raiz antropológica da CCM compreende o ser


humano (e por conseguinte, o corpo como experiência) em sua essência
histórica e cultural a resultar da experiência concreta e relacional com o meio
social, o “outro” e com o meio natural.

• Desta experiência, o ser humano desenvolveu um acervo de gestos e


manifestações corporais, surgidas com a finalidade de suprir necessidades
orgânicas, afetivas, estéticas, lúdicas, políticas e sociais (BRACHT, 1996).
VIRADA CULTURALISTA

• De acordo com Fensterseifer e Pich (2014), com a


“virada culturalista” no campo da
Educação Física, houve a desnaturalização do movimento e a invocação das relações
com a cultura.

• Desseponto em diante, passa-se a reformular os processos de aprendizagem, levando


em conta a cultura em uma escola republicano.

• Sendo que “[...] o desafio é atingir este propósito sem desconsiderar o caráter identitário
destas culturas, sem ignorar que aprendemos sempre em perspectiva própria”
(FENSTERSEIFER; PICH, 2014, p. 285).
FENSTERSEIFER E PICH (2014)

• Nesses termos, de acordo com os autores, o republicanismo democrático não


pode ter nenhum princípio superior, pois deve partir da intersubjetividade
plural,

• Visando a vida “[...] em uma sociedade em que das normas relativas às


diferenças e daquilo que nos iguala, resulta da cidadania” (p. 294).
GONZALEZ E FENSTERSEIFER (2009)

• Indicam que a professora, o professor de Educação física é desafiada(o) a construir


um saber “com” o fazer da cultura corporal de movimento,

• A pensar um saber que se desenvolve ao longo dos anos escolares em


complexidade e criticidade,

• Articulado a um projeto de escola como instituição republicana, tendo como


finalidade formar indivíduos dotados de capacidade crítica em condições de agir
autonomamente nesta esfera da cultura.
FENSTERSEIFER (2015)

• É importante compreender o movimento humano como fonte de diálogo, assim


como,

• A cultura corporal de movimento


• Constitui uma forma particular da cultura, de interação, de educação, de ética,
de estética, desenvolvida por vivências corporais diversas.

• Como desdobramento pedagógico da CCM, cabe fortalecer as práticas


pedagógicas em Educação Física.
GONZÁLEZ E FENSTERSEIFER (2013),
APONTAM COMO DESAFIOS FUNDAMENTAIS:

possibilitar o aluno a compreender o universo da cultura corporal de


movimento, sem ignorar as dimensões ético-políticas que atravessam nosso
fazer, assumindo nosso compromisso com o mundo;

e tratar dos conhecimentos e das possibilidades do se-movimentar dos seres


humanos.
GONZALEZ E FENSTERSEIFER (2009)

• Esse universo de conhecimentos reúne tanto os saberes produzidos pela


experimentação da prática corporal,

• Como os conhecimentos conceituais sobre a estrutura e dinâmica desta e os


significados sociais a ela atribuídos.
FENSTERSEIFER (2012)

• Eis um dos motivos pelos quais se faz preciso pensar a especificidade das práticas
corporais “[...] que não se traduzem em elementos linguísticos convencionais”
(FENSTERSEIFER, 2012, p. 323).

• Nesse sentido, considerar as especificidades das práticas corporais implica em


possibilidade de sensibilizar os alunos para as formas de produção da cultura.

• A busca por conhecer pela sensibilidade, assim como pelo respeito à pluralidade e à
diferença.
PORTANTO

• Nesses termos, o cerne pedagógico da CCM

• É formar sujeitos dotados de capacidade crítica, em condições de agir


autonomamente na esfera da cultura corporal de movimento.

• Formar sujeitos políticos, promovendo o exercício da vida em sociedade,


tendo por horizonte um mundo plural.
PORTANTO

• Pois, estão abertos à outras formas de vivência, expressão, diálogo, novas


éticas e estéticas.

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