Você está na página 1de 19

DESAFIOS/INOVAÇÕES - TEÓRICO-PRÁTICOS

 Faz sentido falar em culturas corporais/culturas corporais de movimento?

a) Eminente desafio e uma necessidade de resgate de elementos da identidade


cultural,
b) Compreender as estéticas amazônicas, sua forma, aquilo que emerge dela, o
ethos amazônico, sua “amazonicidade”,
c) Formação inicial e continuada,
d) Criar pontes com a pesquisa, a Educação Básica, a Educação Física.
 Localizando a análise

 Discutir o próprio campo em si e a sua relação com a ciência.

 A formação do professor e das novas gerações.

 Décadas 1980 - 1990

 Bracht (2014)
 “A década de 1980 foi uma etapa de crítica e de denúncia aos fundamentos [da Educação
Física] tidos como conservadores e acríticos”.
SÍLVIO SÁNCHEZ GAMBOA
 A importância da vigilância epistemológica

 Os estudos metacientíficos têm como objetivo a análise da produção de conhecimento.

 Interfaces entre a ciência, a filosofia, a realidade – teoria e prática.

Qual a importância desses estudos


para a compreensão do campo?

Possíveis avanços?

Currículo, pesquisa e formação de


professores?
 Para Fensterseifer

 A frágil herança epistemológica da Educação Física.

 O pensamento tradicional (paradigma empírico analítico e dos seus desdobramentos no espaço da


intervenção ou prática pedagógica)

 Base da formação inicial dos professores do campo ao longo do século XX/ racionalidade instrumental.

 A formação orientou-se, basicamente, pela ótica do paradigma das ciências naturais.


Complementando

 FENSTERSEIFER E PITHAN

 É urgente tratar dos desafios da problemática educacional no que se refere às


formas de racionalidade para repensar a Educação Física.
 Disputa no campo da ciência

 Havia a necessidade da superação dessas correntes e da educação física como prática de


desenvolvimento apenas da aptidão física.

 Eduardo Galak

 Sobre o final dos anos 1980 e a década de 1990

 Necessidade de um novo status do corpo no âmbito da disciplina.


EDUARDO GALAK
CORPO E MOVIMENTO

Reordenação no estatuto epistemológico/ontológico do corpo que possibilitou questionar


sua tradicional interpretação como anatomia e biologia para compreendê-lo como uma
“construção social”.

O novo estatuto corporal alimentou os processos de reinvenção discursiva da Educação


Física.
EDUARDO GALAK
CORPO E MOVIMENTO
A ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO

As análises realizadas nas revistas brasileiras indicam o forte questionamento da


tradição biologicista da disciplina e seus reflexos na educação do corpo.

Por educação do corpo aqui entendemos as técnicas e práticas corporais


transmitidas culturalmente cuja razão se explica por significações sociais que
representam suas incorporações;

Assim, educar os corpos implica transmitir discursos políticos e sentidos estéticos


– seja de forma explicita ou de modo indireto (Galak, 2017).
Problemas enfrentados no campo:

Eduardo Galak

“os estudos descrevem e problematizam como a Educação Física tem incidido


nos corpos como objeto de processos históricos-políticos que se
institucionalizaram ao redor de estabelecimentos pedagógicos, os quais
intervêm e condicionam nas conformações de corpos e identidades”.
UMA PERCEPÇÃO SOCIAL DO CORPO
 Pierre Bourdieu. Importa analisar:
 as disposições incorporadas,
 os usos do corpo como princípios ordenáveis, capazes de orientar as práticas de
maneira inconsciente e sistemática.

Eduardo Galak
“Desta maneira se produz um disciplinamento dos corpos, a partir de um modelo
racional de demarcação de tempos e espaços, de esquadrinhamento do
sensível entre outros dispositivos que regulam as condutas sociais que
respondem a interesses legitimados”.
 Ainda,
 O esquema corporal se constitui apropriando-se dos principais instrumentos culturais.
 O corpo esta no mundo.

Eduardo Galak

Outros textos das revistas apresentam o corpo em


propostas pedagógicas, especialmente em torno do
currículo e da formação em Educação Física e
especialistas em diversas práticas corporais, como
os esportes, as danças, as lutas, os jogos e as
ginásticas.
Todavia,

Possibilidades (Galak):

A dimensão corpórea foi desnaturalizada (corpo biológico) para ser culturalizada e


entendida como vetor identitário das pessoas.
Assim, a “virada culturalista do corpo” (Galak, 2018; Almeida et al., 2018).
“Retorno ao corpo” como lugar das experiências primordiais/processos de subjetivação.
Inserido na própria cultura e à linguagem instituída.

Virada, que poderíamos chamar de “corporalista” e/ou “materialista”.


Habitus e corpo em Bourdieu

 As disposições incorporadas moldam o corpo a partir das condições materiais e


culturais, tornando-o em um corpo social.
Somatização progressiva das relações fundamentais

 A somatização progressiva Induz a maneira de agir, sentir e pensar. O


CORPO E A CULTURA “DO MOVIMENTO”

 PORTANTO,

 Essas viradas trouxeram implicações para o entendimento do que seria


o objeto de estudo da Educação Física, que cada vez mais passou a ser
vinculado à cultura.

 cultura corporal, cultura corporal de movimento, cultura de


movimento, motricidade humana, corporeidade, corporalidade etc.
FENSTERSEIFER/GALAK/PITHAN
Proposições para “solucionar” problemas que afetam a Educação Física:

 Encaminhamentos
 Pensar a educação física a partir da superação de um modelo de razão
monológica/Limitada ao aspecto cognitivo-instrumental,
 Para um modelo e razão dialógica que compreende também os aspectos prático-
político e estético-expressivo,
 Rompimento com um tipo de formação inicial e continuada tradicional.
 Repensar as relações abre a possibilidade do diálogo também sobre a tarefa
educativa/escolar, de introduzir as novas gerações à cultura,
 Repensar a Educação Física.
 CAMINHOS, ALTERNATIVAS, PROCESSO

 FENSTERSEIFER

 A Educação Física poderá assumir um papel ativo de aprendizagem.

 Alargamento do horizonte cultural, das experiências culturais de toda e qualquer pessoa.

 Enfrentar os desafios da realidade da área e da intervenção pedagógica.


 Sobre o conhecimento da EF

 Brota da experiência que permite a síntese das possibilidades dos seres humanos para se-movimentar e os desafios
oportunizados/colocados pelo contexto cultural.

 Os seres humanos, no transcurso histórico, foram descobrindo/construindo possibilidades de usar seu corpo, as quais
se acumularam como conhecimento cultural.

 A EF se esforça para oportunizar às crianças desafios motores sistematizados/ racionalizados, segundo diferentes
perspectivas.

 Oportunizar, nessa dimensão, chances para a criança descobrir/aprender outras possibilidades de movimento.

 Contribuindo, dessa maneira, para a construção de novas referências sobre seu próprio corpo, potencialidades para
se-movimentar e interagir com o ambiente.
 Filtro da crítica.

 Critica a razão instrumental


 Cognoscibilidade
 Formação humanista
 Desafio político pedagógico/ético-político
 Diálogo/intersubjetividade.

 Os desafios são teórico-práticos.

 Enfim, nossos desafios, como próprio da condição humana, são teóricos e práticos.
 O diálogo deve partir desse pressuposto, considerando suas pautas essenciais, seus sujeitos, seu
processo, sua dinâmica interna e externa, suas contradições.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

 O diálogo e a proposição devem estar sintonizados com o sentido de contribuir para a continuidade dos
enfrentamentos e avanços teórico-práticos do campo.

 Acreditando no potencial humanista do mesmo, o que pode ser pertinente à vida em sociedade.

 Possibilidades de uma racionalidade humanista, com ênfase em aspectos ético-normativos e estético-


expressivos.

 VIDA LONGA À EDUCAÇÃO FÍSICA.

Você também pode gostar