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RESUMO
ABSTRACT
This study aims to research on Curriculum of Physical Education: Challenges and possibilities. The
objective of this study is to show the research course of the evolution of Physical Education
teaching, on the main predictive approaches that helped to recreate the concept of curriculum,
analyzing new possibilities of building a pedagogic proposal of Physical Education for Elementary
Education. As well as addressing issues of great importance to body culture, expanding the body
language in schools. For this, we will look at first, analyze aevolução of Physical Education in the
Brazilian context, observing the needs of physical education to rethink the school curriculum
proposed for coverage in today's society. Discuss the proposed curriculum of physical education
and the power that the curriculum has on the faculty of Physical Education presenting challenges
and possibilities. We will also consider the National Curriculum Guidelines as a teaching tool in the
effectiveness of the teaching-learning process, since in them are guiding principles for teaching
physical education. In the second phase we will cover the actual contents of corporal culture, the
organization of content and emphasize IMPORTANCE of the teacher's role of Physical Education
in discuss, interpret, relate, understand with their students the broad manifestations of body culture
so that students understand the senses and meanings used in corporais.É practices in this
theoretical concern considering that context, the study will be developed, with the research
literature object elements.
Keyword: Curriculum. PE. PCNs.CulturaBody.
2. INTRODUÇÃO
Sem dúvida alguma, as diferentes e crescentes propostas que vêm sendo construídas nos últimos
vinte anos no Campo da Educação Física trouxeram importantes contribuições para o constante
repensar sobre a prática pedagógica, entendendo que esta deve ir acompanhada da teoria da
Educação, que lhe sustenta e que lhe dá sentido. Entretanto, não obstante os avanços contados
neste âmbito ainda sentiram a necessidade de discutir e aprofundar o estudo acerca dos seus
conteúdos específico, sobre os temas da cultura corporal.
Educação Física no currículo escolar seus desafios e possibilidades vêm sendo tema de
discussão, o que nos leva a buscar a compreensão deste processo.
Sabemos que a interpretação do significado do termo “Currículo”, sofreu modificações, por volta
da década de 20 marcado pelos movimentos do início da industrialização americana e, nos anos
de 1920, no Brasil, com o movimento da Escola Nova, surgiram às primeiras preocupações como
o currículo no Brasil, nesse período seguia-se os modelos adotados nos Estados Unidos, que era
possível através de acordos bilaterais entre os dois governos dentro do programa de ajuda à
América Latina.
A partir da década de 80 quando se inicia o processo de redemocratização do país, a hegemonia
do referencial funcionalista norte-americano é abalada dando lugar às vertentes marxista no
pensamento curricular brasileiro.
Anos e anos a Educação Física foi voltada somente para a prática e nem fazia parte do currículo,
pois as outras disciplinas eram teóricas ela era somente prática. Mas através de estudos
realizados por Alice Casimiro Lopes e Elizabeth Macedo, dentre outras professores a fim de
darem qualidade a essa disciplina a fazercom que ela pertença ao currículo e seja reconhecida
pela ciência, hoje temos vários nomes em pauta com livros fantásticos para respaldar e os PCNs
(1998) da Educação Física que dão diretrizes para o nosso trabalho.
Daí para cá muitas questões foram surgindo acerca do currículo, a construção curricular brasileira
se depara com várias ideologias e ganha espaço a abordagem crítica das obras do brasileiro
Paulo Freire com sua Pedagogia do Oprimido, que busca a conscientização do oprimido sobre
sua realidade social, tornando-o capaz de refletir sobre seu papel na sociedade.
Para isto acontecer, acreditamos ser uma motivação saber: Por que alguns aspectos da cultura
social são ensinados como se representassem o todo social? Para entender tais manifestações, é
necessário analisar as relações entre as características da formação profissional em Educação
Física, com os temas de grande relevância da cultura corporal de movimento, ampliando a
linguagem corporal no âmbito escolar.
Neste começo de século, a democratização dos contextos educacionais remete, por um lado, ao
questionamento dos currículos em vigor em grande parcela das escolas, dado seu tratamento
privilegiado aos elementos provenientes da cultura dominante e, por outro, à necessária inserção
e problematização daqueles conhecimentos advindos das culturas subordinadas (HALL, 2003).
Portanto, o objetivo geraldesse trabalho é: Repensar o conceito de currículo, analisando novas
possibilidades de construção de uma proposta pedagógica de Educação Física para o Ensino
Fundamental.
Para atender a este objetivo estruturamos a dissertação a partir das análises propostas em
relação ao conteúdo exposto durante todo trabalho através de elementos bibliográficos através
dos autores: BETTI, COLETIVO DE AUTORES, DARIDO, DAOLIO, FREIRE, HALL, KUNZ,
NEIRA, OLIVEIRA, SANTIM, TANI e ZABALA, dando suporte metodológico a este estudo.
Justifica-se a opção metodológica essa temática por ter argumentos de se falar em currículo de
educação física seus desafios e possibilidades, visando à amplitude do estudo.
Em seguida, discutimos a gênese da palavra “currículo”, para relacionar as principais linhas
teóricas existentes com os caminhos que a Educação Física seguiu na perspectiva de colocar em
evidência a linha teórica abordada na construção curricular em Educação Física, pois, é a partir
dela que os professores pautam sua atuação que será subdividido em dois capítulos para melhor
explanação da temática.
Contudo, não seria muito proveitoso trabalhar a Educação Física escolar com tendências
pedagógicas que não tem objetivos definidos não tão pouco sem planejamento. Na atualidade
precisamos acompanhar a evolução tecnológica, sem esquecer de preservar a cultura a qual
estamos inseridos, e para fazer parte do currículos de Educação Física vemos na abordagens
preditivas inúmeras possibilidades para se conhecer e trabalhar a cultura corporal, pois a
Educação Física necessita ser teoricamente ser fundamentada nos princípios norteadores que
solidifica uma nova proposta de vivenciar a Educação Física no âmbito escolar.
A abordagem Construtivista: Seu principal autor no Brasil é João Batista Freire, com as obras:
“Educação de corpo inteiro e Prática da educação física (1989)”. Essa abordagem tem influências
da área da psicologia, tendo Piaget como referencial teórico. No entanto é possível perceber que
Freire propõe como tarefa da Educação Física o desenvolvimento de habilidades motoras, porém
num contexto de brinquedo e de jogo, desenvolvidos a partir de um universo da cultura infantil que
a criança possui.
A abordagem de Ensino Aulas – Abertas. O ensino ficou conhecido no Brasil por influência do
alemão Hildebrandt, com o livro “Concepções abertas no ensino da Educação Física (1986)”. Com
base na sociologia essa abordagem tem como objeto de estudo o movimento e suas relações
sociais. No entanto, Hildebrandt, enfatiza a importância do movimento técnico. O ensino aberto
possibilita ao aluno co-participar das decisões sobre objetivos, conteúdos e métodos de ensino
das aulas e, portanto, do planejamento do ensino das aulas abertas e, portanto, do planejamento
do ensino, visando recordar a subjetividade do aluno no centro da reflexão didática.
A abordagem Sistêmica : Seu autor Mauro Betti, com a obra “Educação Física e sociedade
(1991)”. Com uma abordagem sociológicasistêmica. Essa abordagem, segundo Betti não se
constitui como uma metodologia de ensino, mas traz implicações para as multiplicas dimensões
sócio-políticas, sócia-psicológicos e didática da Educação Física escola. Sua teoria de sistemas
como instituição conceitual e um modo de pensar a questão do currículo de Educação Física.
Essa abordagem é entendida como sistemas hierárquico aberto, pois recebe influências da
sociedade ao mesmo tempo em que a influência. Por isso, os conteúdos devem ser tratados de
forma a oportunizar aos alunos a explorarem suas vivencias e experiências das manifestações e
da cultura corporal como: jogo, dança, esportes, lutas e ginásticas não deixando de lado as
questões cognitivas e afetivas de suas práticas. (DARIDO, 1999).
A abordagem crítica-emacipatória: tem como seu idealizador Eleonor Kunz, coma as obras
“Educação Física ensino e mudanças (1991)” e “Transformações didáticas pedagógicas do
esporte (1994)”. Essa abordagem tem como objetivo o resgate da linguagem do movimento
humano como forma de expressão do mundo social. Para tanto , busca articular uma prática do
esporte condicionada a sua transformação didática pedagógica, de tal modo que a educação
contribua para a reflexão crítica e emancipatória. Segundo Kunz(1991), é pelo questionamento
crítico que se chega a compreender a estrutura autoritária dos processos institucionalizados da
sociedade que formam as convicções, interesses e desejos.
A abordagem da Educação Física plural: tendo como idealizador Jocimar Daiolio, com a obra “Da
cultura do corpo” (1995). A abordagem plural discute a Educação Física escolar numa perspectiva
cultural, na qual considera a Educação Física como parte da cultura humana. Com base na
antropologia atua na área do conhecimento sobre um conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao
movimento criadas pelo homem ao longo de sua história.
Assim entendemos que as Abordagens da Educação Física podem ser definidas como
movimentos engajados na renovação teórico-prático com o objetivo de estruturação do campo de
conhecimentos que são específicos da Educação Física.
Hall (1997), afirma que cultura é toda e qualquer ação social que expressa ou comunica um
significado, tanto para quem dela participa, quanto para quem observa. A cultura é uma prática de
significação. Cada atividade social cria e precisa de um universo próprio de significados e práticas,
isto é, sua própria cultura. A cultura, assim entendida, constitui-se em uma relação social
permeada pela luta para definir o que está, ou não, correto e o como se deve, ou não, ser, pensar
e agir.
Na perspectiva da Cultura Corporal, temos que entender qual o papel da Educação Física nesse
contexto, a cultura de um modo geral, pois só o ser humano produz cultura. Como dizer que o
arremesso de handebol é único, correto? Se um individuo não consegue realizar um movimento X,
ele pode realizar um movimento Y. Será que só eu sei fazer? Valorizar a cultura, mas saber que
existem outras formas de movimento a serem explorados.
Partindo desta reflexão, a Educação Física passa a ser vista como uma disciplina e não como
uma mera atividade repetitiva e adestrante, embasada apenas nos parâmetros biológicos da
aptidão física, a prática em si, sem se importar se o aluno adquiriu o conhecimento. Enfatizar
outros pontos além do esporte, buscando uma interação de várias áreas do conhecimento
(interdisciplinaridade).
Segundo Meira, os conteúdos trabalhados devem envolver todos os tipos de cultura, valorização
das diversas culturas existentes no Brasil, (cultura afro-brasileira) dando prioridade inicialmente
aquilo que o aluno traz como referência acerca do proposto, ter significado; ter relevância social;
conteúdos clássicos atualizados e adequados; confrontar o conhecimento da sociedade com o
científico, se preocupar com todas as etapas do conhecimento, pensar que este não é estático,
ele muda constantemente.
Tendo a Cultura Corporal objeto de estudo e ensino da Educação Física a disciplina deve focar
uma ação pedagógica estimulando uma reflexão sobre o acervo das diversas formas e
representações do mundo que o ser humano tem produzido e exteriorizadas pela expressão
corporal nas mais diversas atividades envolvendo de acordo com as vivências corporais
propostas.
Assim através da cultura corporal de movimento, o professor poderá colaborar na formação das
pessoas para que elas possam ler criticamente a sociedade e participe dela atuando para
melhorá-la.
No entanto, alertou Betti (1994), não se trata de propor que a Educação Físicana escola se
transforme num discurso sobre a cultura corporal, mas de sugerir que haja uma ação pedagógica
sobre ela.
Contudo através da Cultura Corporal no âmbito escolar o professor de Educação Física poderá
colaborar na formação dos alunos para que eles possam ler criticamente a sociedade e participar
dela atuando para melhora-la.
Sabemos que o significado do termo conteúdos é muito amplo, do ponto de vista da Educação
Física Escolar Coll et al (2000), definem conteúdos como uma seleção de formas ou saberes
culturais, conceitos, explicações, raciocínios, habilidades, linguagens, valores, crenças,
sentimentos, atitudes, interesses, modelos de conduta etc.
Desta forma, quando nos referimos a conteúdos, estamos englobando conceitos, ideias, fatos,
processos, princípios, leis cientificas, regras, habilidades cognoscitivas, modos de atividade,
método de compreensão e aplicação, hábito de estudos, de trabalho, de lazer e de convivência
social, valores, convicções e atitudes.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), documento oficial do Ministério da
Educação, a Educação Física na escola deve ser constituída de três blocos: Jogos, Ginástica,
Esportes e Lutas, Atividades rítmicas e expressivas e conhecimento sobre o corpo.
Nesse ponto há uma discussão entre os professores de Educação Física em torno dos conteúdos
significativos para o real desenvolvimento dos alunos: alguns desejam que ocorram alterações e
incorporações de hábitos mais saudáveis e responsáveis para a saúde em geral. Isso só se
efetivará dentro de um contexto em que o grupo se encontre mobilizado por razões muito
específicas. É muito discutível que se prepare um programa, um planejamento de Educação
Física para cada etapa escolar, antes que o professor conheça algumas inquietações dos alunos
sobre o corpo e as práticas a ele relacionadas.
Deve-se considerar que muitos conteúdos se inter-relacionam logo, objetivos podem ser atingidos
por muitas vias do conhecimento, principalmente quando se amplia o foco para o desenvolvimento
de competências e habilidades. A abordagem dos conteúdos escolares segue as diferentes
naturezas dos conteúdos: procedimentais, conceituais e atitudinais.
Segundo Zaballa (1998), o conceito de conteúdos é de referencia-lo como tudo que quanto se tem
que aprender abrangendo não apenas as capacidades cognitivas, mas incluindo as demais
capacidades. Dessa forma, poderá ser incluído de forma explícita nos programas de ensino o que
antes estava apenas no currículo oculto. Entende-se por currículo oculto aquelas aprendizagens
que se realizam na escola, mas não aparecem de forma explícita nos programas de ensino.
Então é importante frisar que a prática docente é trabalhada em três dimensões: dimensão
conceitual, dimensão procedimental e dimensão atitudinal. Não podendo dividir aos conteúdos nas
dimensões conceituais, procedimental e atitudinal.
Aos conteúdos conceituais de regras, táticas e alguns dados históricos factuais de modalidades
somam-se reflexões sobre os conceitos de ética, estética, desempenho, satisfação, eficiência etc.
Nesse sentido, deverão compor o rol de conteúdos da disciplina de Educação Física na escola,
numa dimensão mais biológica, por exemplo: as relações entre nutrição, gasto energético e as
diferentes práticas corporais; as relações entre exercício, lesões e uso de anabolizantes; o
desenvolvimento das capacidades físicas (força, resistência e flexibilidade) e a aquisição e
melhoria da saúde.
Nessa dimensão devemos ter em mente o que se deve saber?. Exemplo: Conhecer as
transformações pelas quais passou a sociedade em relação aos hábitos de vida (diminuição do
trabalho corporal em decorrência do surgimento das novas tecnologias) e relaciona-las às
necessidades atuais de atividade física.
A dimensão procedimentaldiz respeito ao universo das habilidades motoras, capacidades físicas e
fundamentos dos esportes, devendo incluir também organização, sistematização de informações e
aperfeiçoamento, entre outros.
Na dimensão procedimental, o ponto chave é o que se deve fazer?. Exemplos: Vivenciar e adquirir
alguns fundamentos básicos dos esportes, danças, ginásticas, lutas, capoeira, enfim como
vivenciar o movimento corporal das variadas praticas.
E, finalmente, os conteúdos de natureza atitudinal são explicitados como objeto de ensino e
aprendizagem e propostos como vivências concretas pelo aluno, o que viabiliza a construção de
uma postura de responsabilidade perante si e o outro. Exemplo dessa dimensão: respeitar os
adversários, os colegas e resolver os problemas com atitude de diálogo e não violência.
Infelizmente muitos professores de Educação Física tem priorizado a dimensão procedimental, o
saber fazer, e não o saber sobre a cultura corporal ou o como se deve ser.
Neste sentido, o papel da Educação Física ultrapassa o ensino de esporte, ginástica, dança,
jogos, atividades rítmicas e expressivas e o conhecimento sobre o próprio corpo, em seus
fundamentos, técnicas e organização (dimensão procedimental), e inclui também os seus valores
subjacentes, ou seja, quais atitudes os alunos devem ter nas e para as atividades corporais
(dimensão atitudinal). E, finalmente, busca garantir o direito do aluno de saber por que está
realizando este ou aquele movimento, isto é, quais conceitos estão ligados àqueles procedimentos
(dimensão conceitual).
A prática concreta de aula significa que o aluno deve, por exemplo, aprender a elaborar uma
coreografia, jogar capoeira, futebol de casais ou basquetebol, mas, juntamente com esses
conhecimentos, saber quais os benefícios dessas práticas, por que se realizam atualmente tais
manifestações corporais, qual a relação dessas atividades com a mídia televisiva, e assim por
diante. Dessa forma, mais do que ensinar a fazer, o objetivo é que os alunos obtenham não só
umas contextualizações das informações como também aprendam a se relacionar com os
colegas, reconhecendo quais valores devem estar envolvidos nessas práticas.
A disciplina de Educação Física deve participar da elaboração da proposta pedagógica da escola,
incluindo os temas transversais por ela escolhidos, ou apresentar propostas da própria disciplina
conforme as necessidades dos grupos de alunos. O trabalho com os temas transversais supõe um
relacionamento das atividades da Educação Física com os grandes problemas da sociedade
brasileira, sem, no entanto, que se perca de vista o seu papel de integrar o cidadão na esfera da
cultura corporal de movimento.
Observa-se, sobretudo nas aulas de Educação Física, que os alunos expressam comportamentos
de excitação, cansaço, medo, vergonha, prazer, satisfação etc. Isso se deve, muitas vezes, ao
fato de as atitudes e decisões racionais serem afetadas pela intensidade e qualidade dos estados
emocionais.
O desenvolvimento moral do indivíduo está intimamente relacionado à afetividade e à
racionalidade, e nas aulas de Educação Física ocorre situações que permitem uma intensa
mobilização afetiva e interação social.
Assim, por uma perspectiva de educação, e também de educação física, seria fundamental
considerar os procedimentos, os fatos, os conceitos, as atitudes e os valores como conteúdos,
todos no mesmo nível de importância.
Atualmente o papel do professor de Educação Física tem a função de resgatar a cultura corporal e
esta deverá esta associada ao Projeto Politico Pedagógico (PPP), pois esse documento nos faz
refletir: “Qual é a proposta da escola?” fazendo com que os alunos tenham conhecimento sobre o
próprio corpo e consiga compreender conteúdos para que o aluno possa ler o mundo que ele vive
no sentido de usufruir e crítica também os pontos negativos. Os exemplos: analisar a relação do
corpo e o mundo virtual ou refletir sobre a relação performance e a dor do corpo.
De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a avaliação deve estar
vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola com critérios estabelecidos de forma clara,
priorizando a qualidade de ensino. A mesma deve ser contínua, permanente e cumulativa, onde o
professor organizará e reorganizará seu trabalho sustentado nas diversas práticas corporais,
assumindo uma dimensão formadora tendo como fim o processo aprendizagem ou a verificação
dela permitindo uma reflexão sobre a prática pedagógica.
Profissionais não pensam, agem ou falam como pesquisadores; profissionais e pesquisadores
trabalham em diversas comunidades epistêmicas; pensam e agem de maneira diferente porque
tiveram diferentes experiências de socialização, além de serem diferenciadas as exigências das
suas carreiras profissionais e as demandas no seu trabalho. A própria linguagem da pesquisa e do
conhecimento cientifico- formal e codificada- não é a mesma linguagem da prática profissional-
cotidiana e informal.( Betti, 1996, p. 102)
O papel do professor é valorizar os saberes científicos, garantindo espaço para que os alunos
tenham voz ativa e possam caracterizar a aprendizagem segundo suas necessidades. A relação
de aproximação, apreensão, crítica e recriação da produção dos alunos ocorrem assim num
contexto realista e político.
Além da intervenção no momento oportuno, cabem ao professor de Educação Física a construção
de formas operacionais e contextos pedagógicos para que valores relacionados ao princípio da
dignidade humana e construção de autonomia moral sejam exercidos, cultivados e discutidos no
decorrer das práticas escolares. Tal procedimento poderia ser a experiência de: respeitar e ser
respeitado; realizar ações conjuntas; dialogar efetivamente com colegas e professores; prestar e
receber solidariedade; ter acesso a conhecimentos que alimentem a compreensão e a
cooperação; analisar criticamente situações concretas dentro e fora da escola.
A Educação Física analisa é o chamado patrimônio corporal. Nosso papel é investigar como os
grupos sociais se expressam pelos movimentos, criando esportes, jogos, lutas, ginásticas,
brincadeiras e danças, entender as condições que inspiraram essas criações e experimentá-las,
refletindo sobre quais alternativas e alterações são necessárias para vivenciá-las no espaço
escolar.
Como operários da educação viabilizar o ensino - aprendizagem, possibilitando o nosso aluno agir
com autonomia, podendo até a modificação da sua realidade, construindo seus saberes,
modificando o não acabado.
Assim a escola não pode privar os alunos de se apropriarem de outros saberes, pois nem todos
vão se interessarem da mesma forma. Pensar que o esporte tem que ser para todos. Mas nem
todos se interessam em vivenciar a determinadas práticas esportivas. Então o grande desafio do
professor é trabalhar de maneira diferenciada teoria e prática explorando não só o saber fazer,
mas aprendendo outro saberes.
Entretanto ser professor é tomar consciência do seu papel, na sua estrutura familiar, na sua
escola, no seu país e assim saber que a sua postura pode inferir a nível mundial. É adaptar as
novas tecnologias e ter percepção do que realmente o seu aluno necessita para desenvolver as
múltiplas capacidades. Pois na maioria dos professores de Educação Física ver o aspecto da
cultura social, como se representassem o todo social. Quando na verdade temos que analisar as
particularidades da turma para desenvolver o plano de ação, levando em conta seus anseios,
sentimentos, seus conhecimentos prévios sempre no sentido de inclusão, viabilizando a vivencia
da teoria e prática por todos.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao iniciarmos o presente estudo através de uma análise mais ampla e geral do Currículo de
Educação Física, por compreender que para que aconteçam mudanças a Instituição de ensino
necessita ter um Currículo restruturado de acordo com a necessidade da escola, optamos por
compreender o processo pela qual se usam determinados documentos como: Parâmetros
Curriculares Nacionais e o Projeto Politico Pedagógico tem suma importância como base de
restruturação fortalecendo o currículo, traçando o caminho da Educação Física no âmbito escolar.
O Currículo como instrumento de “poder” representa os interesses de classes, pois de qualquer
forma segundo nossa lógica, politica, são as classes eleitas que direcionam o caminho a ser
seguido.
Pensando nisso surge à problemática de que alguns aspectos da cultura social são ensinados
como se representassem o todo social? E para alcançamos o objetivo de repensamos na proposta
do Currículo utilizará uma visão democrática.
O objetivo foi atingido e nos mostrou a necessidade de amadurecimento das propostas
encontradas nos currículos revendo seus desafios e possibilidades, analisando as tendências
pedagógicas preditivas que foram importantes no processo de evolução da Educação Física como
disciplina curricular, tendo como referências vários teóricos com diversas linhas de estudo nos
quais formam a Educação Física escolar na atualidade.
Concluímos que para elaboração do Currículo de Educação Física é necessário refletir sobre a
cultura Corporal e seu papel, levando em conta analisar o papel do professor de Educação Física
considerando sua prática pedagógica sob a perspectiva das organizações dos conteúdos
abordados nas três dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal num mesmo nível de
importância.
Diante disso, nos dias atuais o profissional de Educação Física precisa atuar como professor
pesquisador fazendo uso dos conhecimentos científicos valorizando sua prática reproduzindo o
verdadeiro sentido da Educação Física Escolar.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS