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Sumário
Atividades ..................................................................................................... 10
Atividades ..................................................................................................... 22
Atividades ..................................................................................................... 29
Atividades ..................................................................................................... 35
Atividades ..................................................................................................... 49
Capítulo I
Ao traçar o caminho a ser percorrido no texto, optei por discutir a cultura corporal
na ambiência do lazer e da educação e reconhecê-las como categorias teóricas,
situadas historicamente e comprometidas com a cidadania emancipatória. As linhas
aqui traçadas tomam como referência parte de estudo desenvolvido no Programa de
Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Bahia2.
Ao longo desta produção, dialoguei com autores de diferentes áreas do
conhecimento, visando alargar o marco conceitual em torno do tema e edificar um
caminho interessado em refletir criticamente sobre questões contemporâneos da
educação. Nessa direção, iniciei apresentando referências teóricas acerca das
modalidades de educação e das possibilidades de cultura corporal. Em seguida,
destaquei o debate referente ao lazer como fenômeno cultural e, por fim, sugeri trilhas
possíveis para uma Educação Física em sintonia com um lazer socialmente
referenciado.
As possibilidades educativas têm sido marcadas por uma visão bipolar e vêm se
caracterizando por duas formas de aprender: escolar e não-escolar. A prática
pedagógica, para produzir conhecimento socialmente relevante e experiências
significativas na vida cultural dos cidadãos e cidadãs, precisa considerar suas distintas
técnicas, dinâmicas e modalidades. A rigor, toda tentativa de classificação guarda em si
um limite teórico e ou prático, por não ser capaz de agrupar características diferentes
em recortes iguais.
No entanto, para imprimir uma delimitação mais clara e focal ao texto e para efeito
de organização didática da presente escrita, optei, ao adentrar no debate referente às
tensões em prol de uma educação, fazê-lo a partir da caracterização de Gohn (1999),
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cada dia mais professores, que tratam da cultura corporal, entendem o seu fazer -
educar, como um direito de todos independente de raça, do sexo, da habilidade motora
ou segmento social que pertence.
Trata-se de uma proposta de educação crítica na qual a cultura corporal, a um só
tempo, se constitui em objeto de intervenção pedagógica da Educação Física e busca
dar ao sujeito sentido e significado às práticas corporais orientadas, além de indicar
compromisso com a igualdade de oportunidade, com o prazer e a justiça social.
A máxima presente na letra4 da canção Como uma onda, “nada do que foi será de
novo do jeito que já foi um dia, tudo passa tudo sempre passará” retrata bem a
“velocidade” do tempo, a interdependência entre o instante e o evento e a profunda
dimensão dialética da história.
Bloch afirma, “o tempo somente é porque algo acontece, e onde algo acontece o
tempo está” (apud Santos, 1996). A diversidade conceitual acerca do tempo geral pode
relacionar-se com o modo de produção que, do ponto de vista dual, implicaria num
tempo de trabalho e num tempo do não trabalho ou pode ser territorial, continental – um
tempo europeu, um tempo africano e um tempo sul-americano; todos esses tempos
internos, estão a rigor relacionados a um tempo externo que é o tempo mundial.
Outro elemento constituinte do conceito de lazer é o espaço. Aqui, faz-se
necessário apresentar uma clara distinção entre lugar e espaço. Enquanto o lugar é
uma “configuração instantânea de posições. Implica em uma indicação de estabilidade”,
o espaço pode ser onde o indivíduo mora, onde estuda, onde trabalha ou até, o
percurso que faz. A rigor, o espaço ganha vida com o movimento, “é o efeito produzido
pelas operações que o orientam, o circunstanciam, o temporalizam e o levam a
funcionar em unidade polivalente”, o espaço é o “lugar do praticado” (Certeau, 1994, p.
201 e 202). Ele pode se caracterizar por ser público e/ou privado e está associado a
parques, equipamentos e interesses culturais.
Independente do recorte de maior interesse da opção, o espaço é qualificador do
lazer e, a partir da intervenção do poder público, é possível criar ambientes favoráveis
para mudanças de atitudes. A forma de organização do espaço pode contribuir para
tornar os parques públicos, por exemplo, um campo de re-criação educativa na
perspectiva da superação da ordem do grande capital.
A ampliação de oportunidades de lazer implica democratizar o espaço, em
melhorar a qualidade social da vida citadina. As trilhas que buscam refletir a
organização espacial da cidade encontram bases conceituais na categorização dual de
espaço – “cheio” e “vazio”.
De um lado, “é possível verificar uma tendência para o ‘cheio’, ou seja, para o
construído, edificado, para o saturado e para o lotado” Por outro lado o “vazio”
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Uma escola cidadã precisa acolher e compreender o lazer como “veículo e como
objeto da educação” e ver o lazer com lentes críticas e lúdicas (Marcellino, 1990, p.58).
Trata-se de um posicionamento baseado em duas constatações: a primeira de que
o lazer é um veículo privilegiado de educação; e a segunda de que, para a prática
qualitativa das atividades de lazer, é necessário considerá-la como espaço de
aprendizado, de estímulo, de iniciação que possibilita a passagem de níveis menos
elaborados, simples, para níveis mais elaborados, complexos, com o enriquecimento do
espírito crítico, na prática ou na observação da cultura corporal.
Na esteira da ação sócio-pedagógica da Educação Física em torno da cultura
corporal, importa pensar novas trilhas teórico-metodológicas e passos qualificados para
educação continuada do professor. Projetos e ações educativas que considerem o
território escolar como lócus privilegiado da docência em Educação Física e a
universidade como fórum necessário de produção e socialização de conhecimento na
longa caminhada de superação do ensino conservador.
Vale acentuar, ao concluir estas linhas, que a pertinência do debate aqui proposto
guarda na produção sistematizada de conhecimento e no trabalho docente grandes
expectativas. Iniciativas interdisciplinares que, ao articular educação, lazer e cultura
corporal, podem edificar caminhos substantivos para construção da cidadania
emancipatória.
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Atividades
2 – Por que os termos “educação e cultura corporal” são vistos como desafios
contemporâneos?
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Capítulo II
capacitando a realizar outros mais elaborados como sentar, engatinhar, depois andar, e
assim por diante.
O movimento é condição indispensável ao desenvolvimento do indivíduo. Através
dele, o ser humano se relaciona consigo, com o outro e com o meio ambiente.
Da mesma forma que andamos com maior perfeição que uma criança pequena,
um corredor corre com maior perfeição que nós. Isso acontece porque, além de suas
qualidades inatas, o corredor educou melhor os seus movimentos. Através dos
exercícios, educamos e aprendemos a comandar nossos movimentos.
Além do bem-estar físico, a atividade física proporcionará a você também bem-
estares psíquicos, desenvolvendo sua inteligência, caráter e personalidade, preparando
você para uma melhor convivência social, política, biológica e ambiental.
Fazendo ginástica, jogando, praticando esportes, dançando, ou seja, realizando
atividades físicas, exercitamos nossos músculos e ativamos nosso orgãos.
F.C.máx. = 220 - a
idade
Classificação dos exercícios quanto à intensidade:
Atividade forte – trabalha-se com 80% a 100% da F.C.máx.
Atividade moderada – trabalha-se com 65% a 75% da F.C.máx.
Atividade fraca – menos de 50% da F.C.máx.
Estrutura esquelética
Nossos ossos
Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e
fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças
ósseas (ao todo 208 ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas articuladas, que
formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos.
Juntas e articulações
Junta é o local de junção entre dois ou mais ossos. Algumas juntas, como as do
crânio, são fixas; nelas os ossos estão firmemente unidos entre si. Em outras juntas,
denominadas articulações, os ossos são móveis e permitem ao esqueleto realizar
movimentos.
Ligamentos
Os ossos de uma articulação mantêm-se no lugar por meio dos ligamentos,
cordões resistentes constituídos por tecido conjuntivo fibroso. Os ligamentos estão
firmemente unidos às membranas que revestem os ossos.
Mobilidade articular:
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aquecimento: prepara o corpo para atividades físicas mais intensas sem o risco de
lesões musculares ou nas articulações.
Por isso, no início de cada aula, o professor dá uma série de movimentos
começando com exercícios de alongamento e gradativamente vai estimulando todos os
músculos do corpo.
Observe, por exemplo, um gato: após o repouso ele instintivamente alonga seus
músculos. O alongamento muscular é exatamente isso: um exercício natural, destinado
a relaxar os músculos antes e depois de uma atividade física mais intensa. De fácil
execução, individual e não competitivo, o alongamento dá maior elasticidade aos
músculos, tornando os movimentos mais fáceis e soltos.
Os exercícios de alongamento têm a grande vantagem de poder ser realizados a
qualquer hora, sem contra-indicação.
Como deve ser feito?
A respiração é fundamental: quando se respira fundo aumenta-se o relaxamento
muscular. É a respiração que dá o ritmo ao exercício e por isso deve ser lenta e
profunda.
Deve-se respeitar os seus limites. Forçar o alongamento pode causar lesões nos
músculos e tendões. Não se preocupe em alongar até ao limite. Aos poucos você vai
ganhar flexibilidade.
Regularidade e relaxamento são ingredientes obrigatórios para um bom
alongamento. Aprenda a introduzi-lo em sua rotina. É possível alongar enquanto se faz
outras coisas como ler ou ver TV.
Os alongamentos conseguem esse resultado por aumentarem a temperatura da
musculatura e por produzirem pequenas distensões na camada de tecido conjuntivo
que revestem os músculos.
Por que fazer alongamentos?
Tanto uma vida sedentária, como a prática de atividade física regular intensa, em maior
ou menor grau, promovem o encurtamento das fibras musculares, com diminuição da
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FONTES DE ENERGIA
Pirâmide Alimentar
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A pirâmide alimentar é uma divisão dos alimentos em seis grupos, e indica a forma
correta de se alimentar de forma balanceada. Os grupos da Pirâmide Alimentar são:
Grupo dos alimentos energéticos formado por: carboidratos e gorduras.
Grupo dos alimentos reguladores formado por: vegetais e frutas ( fibras, vitaminas e
minerais).
Grupo dos alimentos construtores formado por: proteínas.
cardiovascular. Por isso é importante beber água à vontade. Se o exercício for intenso,
a reposição de líquidos deve ser frequente.
Com o aumento da temperatura corporal, o suor entra em cena para dissipar o
calor e manter a temperatura do corpo. A evaporação de 1g de suor remove 0,6 kcal.
Assim em condições de temperatura ideais, o excesso de calor pode ser evaporado na
forma de suor.
Mas, os cuidados devem ser também com a qualidade da água e não só com o
seu consumo. A água costuma ser o veículo de muitas doenças, como a diarréia. Para
evitar esse e outros inconvenientes, somente consuma água filtrada ou fervida, tanto
para beber como para o preparo dos alimentos. Os alimentos crus, como frutas,
verduras e alguns legumes devem ser lavados em água corrente, um a um e, em
seguida, devem ser submersos em uma solução de hipoclorito de sódio a 200 ppm por
15 minutos.
Água
O melhor nutriente para repor líquidos para o corpo. Não tem comparação com
nenhuma outra bebida. Água sempre.
Atividades
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Capítulo III
Que nepotismo!!!
Bom... acabei desistindo de mim mesmo...
e virei professor... porque aqueles que não sabem fazer...ensinam...e os que não
sabem ensinar... dão Educação Física.
Não é isso?
Eu só estou brincando!!!”. (SCHOLL OF ROCK, 2003)
anos 1980 e 1990, à dita necessidade de se ter uma base comum nacional de formação
de educadores, articulada com as disciplinas de conteúdo específico e as integradoras,
na formação do professor das áreas específicas. Reivindicava-se a definição de um
corpo fundamental de conhecimentos; a formação pedagógica sólida e não
fragmentada; o desenvolvimento do conteúdo específico na ótica do ensino; a
valorização da relação "prática-teoria-prática" - articulação entre a teoria e a prática
desde o começo do curso – a revisão do modelo curricular adotado; o
acompanhamento e a supervisão permanente nos estágios curriculares; a prática
pedagógica; a interdisciplinaridade; a delimitação dos saberes da docência; a
autonomia pedagógica, a constituição de uma identidade profissional do docente.
A partir destas denúncias, em diferentes momentos, buscaram-se perspectivas de
superação que foram construídas a partir do debate no seio da categoria: em reuniões
científicas, associações profissionais, instituto/fundações e periódicos, entre outros.
Numa síntese sobre o assunto, FIORENTINE e colaboradores (2000) observaram que,
nos últimos anos, as pesquisas sobre a formação de professores apresentaram os
seguintes pressupostos: - a partir de 1960 – uma maior valorização do conhecimento
específico a ser ensinado; - a partir de 1970 – maior ênfase nos aspectos didáticos e
pedagógicos e nas tecnologias de ensino; - a partir de 1980 – maior destaque para as
dimensões sócio-política e ideológica; - a partir de 1990 – início do enfoque sobre a
prática docente e os saberes pedagógicos.
Considerando este quadro esse estudo dá continuidade ao projeto “O corpo”,
tendo como objetivo inicial apresentar um diagnóstico sobre os professores,
considerando a escolha da docência como profissão, bem como a dimensão atitudinal,
enquanto reflexão, na forma de um exercício aplicado e a prática pedagógica do
professor em sala de aula como espaço social em que se materializa o exercício dessa
profissionalidade.
Contreras (2002) afirma que acima das conquistas acadêmicas, o professor deve
estar comprometido com todos os seus alunos em seu desenvolvimento como pessoas,
bem como, precisa atender o avanço na aprendizagem dos alunos, enquanto que não
se pode esquecer das necessidades e do reconhecimento do valor que, como pessoas,
lhe merece todo o alunado. Este aspecto moral do professor e do ensino está ligado
também à dimensão emocional presente em toda ação educativa, pois compromisso
moral é também um impulso emotivo, um sentimento e inclusive uma paixão.
A autonomia para Contreras (2002) costuma ser uma descrição equivocada da
função desempenhada pelo ensino já que se situa no terreno da transmissão de valores
e saberes sancionado socialmente. Assim, a instituição educativa representa um
espaço sobre o qual se projetam, de forma contraditória e conflituosa, diferentes
pretensões e aspirações, tanto culturais quanto econômicas como sociais. Portanto, o
trabalho do professor, não pode ser compreendido à margem das condições
sociopolíticas que dão credibilidade a própria instituição escolar.
No âmbito desse processo, então, se pergunta: há necessidade de um “novo”
profissional e redimensionamento dos elementos constitutivos dessa profissão ou
bastaria ressignificar os conhecimentos e saberes docentes já existentes? Na
construção da identidade de uma profissão já não se encontrariam os aspectos
objetivos e subjetivos que a delimitam como corpo de conhecimento, ética e altruísmo?
‘A profissionalidade docente se refere às qualidades da prática profissional dos
professores em função do que requer o trabalho educativo (CONTRERAS, 2002).
Dessa forma, a profissionalidade não consiste apenas ensinar, mas engloba todos os
valores e pretenções que o docente deseja alcançar na profissão.
Gimeno Sacristán apud Papi (2005) afirmam que para que haja um entendimento
da profissionalidade docente, é necessário entender o conceito de prática educativa, a
qual deve ser entendida de forma ampla e não delimitada pela prática didática dos
professores. A educação envolve outras esferas, sejam elas de determinações
políticas, econômicas ou culturais e isso faz com que os professores não tenham
domínio total sobre a prática, uma vez que tais setores interferem na vida escolar.
De acordo com este autor, a prática profissional é explicada a partir do
entendimento de que existem três contextos que precisam ser considerados pelos
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professores, uma vez que há interação entre eles e que exercem influência sobre a
prática educativa: o contexto pedagógico, que constitui o cotidiano da sala de aula e
define o que mais diretamente diz respeito ao professor; o contexto profissional dos
professores, que expressa um comportamento próprio dos profissionais, desenvolvendo
um saber técnico que legitima sua prática; e, ainda, o
contexto sociocultural, que propõe conteúdos e valores considerados relevantes.
Portanto, assim como a constituição da profissionalidade docente não é um
fenômeno simples, a constituição da identidade dos professores também apresenta
certas particularidades e configura-se como um fenômeno complexo.
De acordo com estudos de Pimenta (2002), a identidade não pode ser considerada
um dado imutável, nem externo que possa ser adquirido, mas é um processo de
construção do sujeito historicamente situado. A profissão de professor, como as
demais, emerge num dado momento e contexto histórico como resposta às
necessidades que foram postas pelas sociedades, adquirindo estatuto próprio e
legalidade.
Neste contexto algumas profissões deixaram de existir, enquanto que outras
surgiram nos tempos atuais e outras, ainda, adquiririam tal poder legal que se
cristalizariam a ponto de permanecerem com práticas altamente formalizadas e
significados burocráticos. Outras não chegariam a desaparecer, mas se transformariam
no decorrer das novas demandas da sociedade, como é o caso da profissão de
professor.
No caso da educação escolar, Pimenta (2002) constatou que no mundo
contemporâneo o crescimento quantitativo dos sistemas de ensino não tem
correspondido há um resultado formativo (qualitativo) adequado às exigências da
população envolvida, nem às exigências das demandas sociais, passando a exigir uma
nova identidade profissional do professor.
Uma identidade profissional se constrói a partir da significação social da profissão,
da revisão constante dos significados sociais da profissão e da revisão das tradições.
Ela se constrói também através do significado que cada professor, enquanto ator ou
autor, confere à atividade docente no seu cotidiano a partir de seus valores, de seu
modo de situar-se no mundo, de sua história de vida, de suas representações, de seus
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saberes, de suas angústias e anseios, do sentido que tem em sua vida o ser professor
(PIMENTA, 2002). Portanto, a identidade do professor é construída ao longo de sua
trajetória como profissional do magistério. No entanto, é no processo de sua formação
que são consolidadas as opções e intenções da profissão. Assim, a identidade vai
sendo construída com as experiências e história pessoal, no coletivo e na sociedade
(PIMENTA e LIMA, 2004).
O papel docente pode ser definido pelas dimensões que compreendem a
identidade docente. Zabalza (2004) identificou três grandes dimensões: a primeira
dimensão a ser observada é a dimensão profissional que enfoca: quais são as
necessidades de formação inicial e permanente? Quais são as exigências? Quais são
os principais dilemas que caracterizam o exercício profissional? A segunda é a
dimensão pessoal que consiste no tipo de envolvimento e compromisso pessoal
característico da profissão docente, como os ciclos de vida dos professores e situações
pessoais que os afetam (sexo, idade, condição social, etc) e os problemas de ordem
pessoal que costumam acompanhar o exercício profissional (burn out, estresse,
desmotivação, etc).
Por fim, tem-se a dimensão administrativa que situa os profissionais diante dos
aspectos mais claramente relacionados com as condições contratuais, com os sistemas
de seleção e promoção, com os incentivos e com as condições (carga horária, horários,
obrigações vinculadas ao exercício profissional, etc). Para reforçar esta última
dimensão proposta Pimenta e Lima (2004) também assinalaram que a construção e o
fortalecimento da identidade e desenvolvimento de convicções em relação à profissão
estão ligados às condições de trabalho e ao reconhecimento e valorização conferida
pela sociedade à categoria profissional.
No entanto ao se observar para aquilo que dá sustentabilidade para uma profissão
a questão do conhecimento ou saberes é o principal pressuposto que lhe confere
legitimidade.
No âmbito desse processo, Tardif (2002) vai falar que o saber docente é um saber
plural constituído por um arcabouço de diferentes saberes, tais como: saberes da
formação profissional que consiste no conjunto de saberes transmitidos pelas
instituições de formação de professores; saberes disciplinares que correspondem aos
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Atividades
Pode ser entendida como uma parte da educação do ser humano que acontece a
partir, com e para o movimento. Também é considerada uma área de conhecimento da
cultura corporal de movimento. Os novos paradigmas da Educação Física tratam os
conteúdos como expressões culturais, considerados em sua dimensão antropológica,
ou seja, enfocam o ser humano como um ser biologicamente cultural, o que implica o
fato de que toda expressão e produção humana se dá a partir de um contexto cultural.
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promovam uma real participação do aluno, nos diversos momentos da aula e nas
discussões sobre seus direitos e deveres de cidadão. Assim, a aula de Educação Física
representa um espaço para se despertar o interesse do aluno no sentido de reivindicar
e criar espaços para a prática de atividades lúdicas, esportivas e demais atividades
corporais.
3.1 – Ginásticas:
Prática de exercícios físicos, de forma individual ou coletiva, com ou sem
implementos, que tem enfaticamente o caráter utilitário, pedagógico ou terapêutico,
servindo tanto para o fortalecimento corporal, integral do ser humano, como para lazer
e também para a reabilitação física.
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3.2 - Esportes:
Toda atividade física específica de competição, em que são adotadas regras de
caráter oficial, organizadas em federações. Também pode ser entendido como uma
ação social que se desenvolve em forma lúcida, como competição entre dois ou mais
oponentes, ou contra a natureza, e cujo resultado vem determinado pela habilidade,
pela tática e pela estratégia, envolvendo condições espaciais e equipamentos
sofisticados. Pode ser classificado como coletivo (handebol, futsal, basquetebol,
futebol) e individual (natação, atletismo, tênis de campo, golfe, hipismo) tendo ainda a
característica de rendimento, de participação ou escolar.
3.3 - Jogos:
São atividades de caráter competitivo, cooperativo ou recreativo e que apresentam
uma flexibilidade maior nos seus regulamentos que são adaptados em função do
objetivo proposto (espaço físico, nº de participantes, material necessário).
3.5 – Lutas:
São disputas em que o oponente deve ser subjugado mediante técnicas e
estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado
espaço, na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por
regulamentações específicas de boas condutas e ética esportiva, a fim de punir atitudes
de violência e deslealdade.
4 – Qualidade de Vida:
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É considerada uma medida da própria dignidade humana, pois pressupõe o atendimento das
necessidades humanas fundamentais. Pode ser verificada a partir de vários fatores, tais como
estado de saúde, longevidade, satisfação de trabalhar, salário, lazer, relações familiares,
disposição, prazer, espiritualidade.
QUALIDADE DE VIDA
Parâmetros sócio-ambientais Parâmetros individuais
Moradia, transporte Hereditariedade
Assistência médica Estilo de vida
Condições de trabalho Hábitos alimentares
Educação Controle do Stress
Opções de lazer Atividade Física habitual
Meio-ambiente Relacionamentos
Segurança Comportamento preventivo
5 - Estilo de vida:
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6 - Saúde:
Não é somente ausência de doenças. É um estado caracterizado pelo bom e
normal desenvolvimento físico e psíquico do indivíduo, além de um perfeito equilíbrio
funcional dos seus órgãos e sistemas. É considerada uma condição humana com
dimensões física, social e psicológica.
7. 4 - Benefícios psicológicos:
- melhora do autoconceito
- melhora da autoestima
- melhora da imagem corporal
- diminuição do stress e da ansiedade
- melhora da tensão muscular e da insônia
- diminuição do consumo de medicamentos
- melhora das funções cognitivas e da socialização
Atividades
1 – Por que a educação física pode ser entendida como uma parte da educação do ser
humano?
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2 – Por que a educação física escolar integra o aluno na cultura corporal do movimento,
a partir de diferentes conteúdos estruturantes?
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Capitulo V
Dança na escola!
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“Tanto o corpo quanto a dança ainda são cobertos por um mistério, um buraco
negro que a grande maioria da população escolar ainda não conseguiu
investigar, explorar, perceber, sentir, entender, criticar! Ou seja, embora não se
aceite mais o preconceito em relação ao contato com o corpo e com a arte, as
gerações que não tiveram dança na escola muitas vezes não conseguem
entender seu significado e sentido em contexto educacional...”
(MARQUES,2005)
- pular;
- andar no meio fio sem cair.
- Corpo/Forma - ficar em linha reta;
- manter a estrutura corporal correta;
- coordenação de movimentos simétricos e assimétricos.
- Orientação Espacial - noção de lateralidade.
CRIATIVIDADE
Para desenvolver o seu potencial criativo, o educando necessita, anteriormente, ter
conhecimento do seu próprio corpo, seu próprio ser. Através das atividades, o educador
deverá estimulá-lo, dando atenção à percepção sensorial e relacionamentos
interpessoais.
DESENVOLVIMENTO DE AULAS
1. PARTE INICIAL = preparatória
2. PARTE PRINCIPAL= desenvolvimento
3. PARTE FINAL= conclusão
1. Preparatória - não é apenas um aquecimento;
- possui características específicas para a apropriação do
conteúdo.
- prepara o organismo para as tarefas seguintes;
- desperta / aumenta o interesse e disponibilidade do educando;
- estabelece relação com a aula anterior (objetivo-conteúdo);
- preparação funcional do organismo para a densidade das
atividades da parte seguinte;
- ligação gradual e seqüencial para o desenvolvimento geral dos
objetivos previstos.
2. Desenvolvimento
- estrutura mais complexa;
- onde há o enfoque central da real;ização dos objetivos.
-explorar aspectos referentes à criação e processo criativo;
- exercitar atitudes, habilidades artísticas e estéticas.
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- O jogo, brincadeiras, o lúdico, deve ser parte integrante dos métodos e procedimentos
educativos do ensino-aprendizagem da dança - sem reduzir o brincar em mero
descanso. o brinquedo dentro de uma estratégia metodológica , faz-se necessário
observar , para que se tenha o domínio do objeto (brinquedo) ou do comportamento
(brincadeira):
1. levantamento do universo lúdico da criança;
2. ampliação da percepção do lúdico através de pesquisa de gesto, elementos e
aspectos do brinquedo;
3.pesquisa de campo feita pelas crianças;
4.introdução de uma metodologia de pesquisa
ex.: pesquisa de movimento - ampliar o repertório de idéias/movimento, partindo do
universo cultural do aluno: -trabalhando com objeto por exemplo, pesquisar qualidades:
visuais: tamanho, espaço, volume, textura, linha, cor, luminosidade, movimentos,
contrastes ; táteis: quente, frio, liso; sonora: ritmo, timbre, intensidade, altura,
duração; elementos de peso, forma, cor; impulsos puxar/empurrar (expressão mais
forte dos grupos nas brincadeiras); combinações com a imaginação de cada um.
A prática artística é vivenciada pela criança pequena como atividade lúdica onde o
“fazer” se identifica com “brincar”; o imaginar com a linguagem ou a representação.
(Brincar - meio de organizar experiências, descobrindo e recriando sentimentos e
pensamentos a respeito do mundo, das coisas, das pessoas).
Quanto mais e variável for a brincadeira e o jogo, mais elementos oferecem para
o desenvolvimento mental e emocional da criança e adolescentes. A capacidade
imaginativa permite extrapolar a realidade e ajudar a estruturar o pensamento abstrato.
mobilidade. Engloba perceber seu corpo como um todo, depois por partes, é conhecido
as posições que os segmentos do corpo podem realizar com movimentos livres.
2º fase - Lateralidade - A partir dessa conscientização parte-se para o conceito de
direita-esquerda, com a dominância lateral dos membros.
3º fase -Estruturação espacial - A criança tomará consciência do espaço que ela ocupa
e das relações que existem entre as coisas, as pessoas e consigo mesma.
4º fase - Orientação Temporal - durações, sucessão de fatos, tempo e ritmo. Duração
do movimento-relação espaço/temporal do movimento. Ter condições de relacionar-se
com o meio físico, em relação a si mesma e aos outros, percepção rítmica e adaptação
do corpo ao ritmo.
5º e última fase - Exercícios Motores - início e introdução técnica. Entre 8 / 9 anos
inicia-se o desenvolvimento da habilidade técnica. 11 / 12 anos já demonstram
coordenação motora satisfatória. Para as crianças e adolescentes que iniciam em
Dança, é preciso compreender e experienciar esses elementos, onde revelarão seu
vocabulário de movimento. Esta experimentação poderá ser feita através de
brincadeiras, jogos e exercícios de improvisação e alongamento. Depois é possível
iniciar a aprendizagem significativa da dança, (por volta dos 12 anos em diante),
expandindo seu potencial criativo.
4.Cabe ao Professor:
. Elaborar um programa técnico progressivo para a sua turma;
. Formar um programa de atividades e exercícios-jogos-brincadeiras. O brincar nas
aulas de arte possibilita o exercício e desenvolvimento da percepção, imaginação,
fantasia.
. A prática artística vivenciada pela criança pequena é como atividade lúdica, onde o
“fazer” se identifica com o “brincar”, o imaginar com a linguagem ou a representação.
Quanto mais e variável for a brincadeira, o jogo, mais elementos oferecem para o
desenvolvimento mental e emocional da criança. A capacidade imaginativa faz
extrapolar a realidade e ajudar a estruturar o pensamento abstrato. O jogo, a
brincadeira, o lúdico, devem fazer parte integrante dos métodos e procedimentos
educativos, sem reduzir o brincar em mero descanso. Deve-se distinguir os jogos
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simbólicos (fantasias, faz de conta, expressão), dos jogos funcionais (plano psicomotor
- desempenho - papel dos exercícios de coordenação global), dos jogos de regra
(sociabilizar - é preciso conservar seu caráter de diversão, criatividade e invenção) para
que seja social, deve-se obedecer regras (fugir do egocentrismo).Interagindo com o
mundo externo, a criança vai gradualmente reduzindo seu egocentrismo.
Segundo Piaget, o jogo produz estratégias e a atividade lúdica estimula todas as
possibilidades estratégicas do comportamento;
. Deve o professor esforçar-se para que a técnica se aproxime cada vez mais do aluno,
preocupando-se com as individualidades, expressividade e espontaneidade do
estudante de Dança.
5.Método de trabalho
.Não é só o uso combinado das articulações que permitem um bom movimentar-se. “O
organismo humano cumpre determinadas tarefas de movimento durante seus primeiros
anos de vida. Estes padrões de movimento estabelecem a estrutura do sistema
neuromuscular que determina, até certo grau, as capacidades do indivíduo de se
relacionar com o mundo. Caso a pessoa não tenha cumprido corporalmente estes
padrões, ela provavelmente encontrará alguma compensação (outra maneira de
cumprir a tarefa), a qual não é tão eficiente e não contribui para a próxima fase do
desenvolvimento, levando a problemas de percepção ou de movimento. O
desenvolvimento ocorre em ondas sobrepostas, com cada estágio contendo elementos
de todos os outros. É importante atravessar cada estágio’.( Hackney, In apostila Ciane
Fernandes, 1998.)
Para iniciarmos um trabalho de Dança, devemos ter em mente que esta faz parte de um
processo onde o estudante, numa etapa inicial entra em contato com seu corpo.
4/5 anos
Não pedir que as crianças sempre copiem;
Deixar que a criança movimente-se, explore sua riqueza de possibilidades;
.Valorizar a repetição;
Trabalhar o corpo como uma só unidade;
Deixar a criança expressar-se livre.
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2 – Analise criticamente o tópico: “educação do movimento”
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3 – Faça uma relação dos elementos da dança no processo de ensino – aprendizagem
numa perspectiva crítica.
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4 – Fale um pouco sobre o método de trabalho do professor em relação a educação e
movimento corporal.
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