Você está na página 1de 63

Produzido por: Cristiano Rafael Pinno

Orientação: Fernando Jaime González

Diagramação e arte: Suzana Klein

Edição: 2020

Caderno Didático de
Educação Física

Escola:
Nome:
Ano: Turma: Ano:
SUMÁRIO

APRESENTANDO.....................................................................................03

INTRODUÇÃO...........................................................................................04

Unidade Didática 1:

CONHECENDO A EDUCAÇÃO FÍSICA...............................................06

Unidade Didática 2:

JOGOS E BRINCADEIRAS....................................................................11

Unidade Didática 3 : JOGOS ELETRÔNICOS..................................17

Unidade Didática 4:

GINÁSTICA................................................................................................21

Unidade Didática 5:

ESPORTES.................................................................................................34

Classificação dos Esportes............................................................................34

Unidade Didática 6:

ESPORTES DE INVASÃO.......................................................................45

Futsal......................................................................................................... 49

Unidade Didática 7:

ESPORTES DE PRECISÃO ...................................................................56

Bocha............................................................................................................56

Tejo Argentino..............................................................................................59

Bocha Paralímpica........................................................................................59
APRESENTANDO
A Coleção Cadernos Didáticos de Educação Física representa uma conquista
muito importante para minha prática pedagógica neste componente curricular.
Representou uma oportunidade de ressignificar o ensino da Educação Física e
possibilitar aos estudantes melhores espaços de discussão e compreensão dos te-
mas da cultura corporal de movimento. Esta necessidade foi, ao longo dos anos,
influenciada pelos desafios encontrados na prática do “ser” professor, entretanto,
também possui raízes nos preceitos estabelecidos pelo movimento renovador ini-
ciado em meados da década 1980.
Paulo Ghiraldelli Júnior (1988), Lino Castellani Filho (1988), Mauro Betti
(1991), Valter Bracht (1992), Elenor Kunz (2001), Coletivo de Autores (2009), en-
tre outros, delinearam uma concepção em que os saberes das práticas corporais
também precisam ser desconstruídos, contextualizados, problematizados e siste-
matizados. Esta perspectiva toma como fundamental que a disciplina Educação
Física também se engaje na tarefa escolar de possibilitar que o aluno desenvolva o
pensamento crítico, não se limitando a propiciar apenas a prática de um conjunto
específico de modalidades esportivas e/ou atividades recreativas.
Estes instrumentos permitiram aprimorar o processo de ensino dos conteúdos
em minhas aulas possibilitando uma tematização das práticas corporais funda-
mentadas na concepção da Escola Republicana e contextualizadas ao ambiente
sócio-histórico-cultural em que atuei neste período. Por isso, cabe ao professor
que fizer uso desta coleção, num primeiro momento, realizar as adequações ao
seu projeto pedagógico e num segundo momento, mediar a relação que alunos e
alunas estabelecerão com esses materiais.
Construídos ao longo dos últimos anos, a partir de minha prática pedagógica,
os Cadernos Didáticos de Educação Física foram aperfeiçoados a partir do Mes-
trado Profissional em Educação Física em Rede Nacional – ProEF e constituem
produtos do estudo intitulado “PARA EXPLICAR AS COISAS”: as representa-
ções dos alunos do ensino fundamental II quanto ao uso dos cadernos didáticos
de Educação Física.
A elaboração respeitou os documentos legais que orientam as organizações
curriculares, por isso, os Cadernos Didáticos de Educação Física seguem as orien-
tações do Referencial Curricular Municipal. Este é estruturado a partir do Refe-
rencial Curricular Gaúcho que, por sua vez, é norteado pela Base Nacional Co-
mum Curricular.
Destaco que nas mãos de professores capacitados qualquer material didá-
tico, seja ele livro, apostila, material audiovisual, cone ou bola funciona como
instrumento parceiro do projeto pedagógico. Do contrário, provavelmente, estes
mesmos materiais não comprometerão, mas também, não promoverão as apren-
dizagens que se espera do projeto de Educação Física iniciado pelo Movimento
Renovador.
Certo de estar contribuindo com o reconhecimento da Educação Física en-
quanto componente curricular engajado num projeto político e pedagógico, dese-
jo aos docentes que fizerem uso destes materiais, muito sucesso na formação de
sujeitos críticos, capacitados a intervir na sociedade, que façam uso do seu papel
de cidadãos por um mundo sem desigualdades, mais cooperativo e colaborativo,
sustentável, que reconheça a pluralidade e que respeite as diferenças.
INTRODUÇÃO

Queridos alunos e alunas, a Coleção Cadernos Didáticos de Educação Física


surgiu da necessidade de possibilitar, a vocês estudantes, um material capaz de
oferecer subsídios para a aprendizagem, reconhecendo a importância da siste-
matização dos conhecimentos vinculados aos temas da Cultura Corporal de Mo-
vimento. Os assuntos incluídos neste volume foram cuidadosamente pensados a
partir do referencial curricular do município de Coronel Barros. Este é norteado
pelo Referencial Curricular Gaúcho que, por sua vez, é estruturado a partir da
Base Nacional Comum Curricular.
Os Cadernos estão organizados em capítulos que correspondem às unidades
didáticas a serem desenvolvidas ao longo do período letivo. Cada um dos volumes
foi produzido a fim de contemplar os principais aspectos de cada um dos períodos
escolares. Seja no 6º, no 7º, no 8º ou no 9º ano do Ensino Fundamental, você terá
um material de apoio ao principal objeto de interesse desta disciplina, o estudo
do corpo em movimento e seu contexto social, histórico e cultural.
Para isso os Cadernos Didáticos de Educação Física contam com textos in-
formativos acompanhados de imagens, esquemas, tabelas que visam favorecer a
compreensão dos temas estudados. Também estão incluídos questionários para
reflexão sobre as temáticas, questões de estudo e atividades complementares para
obter o máximo de aproveitamento de nossas aulas.
Em alguns momentos são propostos estudos complementares a partir da indi-
cação de links de pesquisa, textos digitais, filmes, entre outras tantas possibilida-
des de auxílio à reflexão e compreensão dos conteúdos contemplados.
A sequência de trabalho das unidades didáticas não é cronológica, podendo o
professor alternar a ordem dos temas de acordo com a necessidade e do projeto
coletivo da escola.
A forma de utilização destes materiais também dependerá da metodologia es-
colhida pelo professor que será dependente dos objetivos de cada aula, dos mate-
riais e espaços disponíveis além, obviamente, do clima.
Entendendo os Cadernos Didáticos de Educação Física como um valioso par-
ceiro no ensino do Componente Curricular, espero que vocês, alunos e alunas,
aproveitem ao máximo cada elemento contido aqui.
Unidade Didática

Conhecendo a
Educação Física

05
Unidade Didática 1:

CONHECENDO A EDUCAÇÃO FÍSICA


Você sabe o que é a Educação Física? Tente explicar em com suas palavras?

E o que se trabalha em educação física na escola?

Você saberia dizer quais destas imagens correspondem à conteúdos de


Educação Física Escolar?

06
EDUCAÇÃO FÍSICA

“[...] a Educação Física escolar, na con-


dição de disciplina, tem como finalidade
formar indivíduos dotados de capacidade
crítica em condições de agir autonoma-
mente na esfera da cultura corporal de mo-
vimento e auxiliar na formação de sujeitos
políticos, munindo-os de ferramentas que
auxiliem no exercício da cidadania” (GON-
ZÁLEZ; FENSTERSEIFER, 2010, p. 12).

Discóbolo de Míron

CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO


“Parcela da cultura geral que abrange as formas culturais que se vêm histori-
camente construindo, nos planos material e simbólico, mediante o exercício da
motricidade humana”.

MOTRICIDADE HUMANA
“Capacidade de movimento do ser humano”.
CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Os temas da cultura corporal de movimento abordados na educação física, po-
dem ser divididos em dois conjuntos de conteúdos:
Práticas corporais sistematizadas:
• Está organizado com base nas práticas tradicionalmente consideradas como
objeto de estudo da Educação Física
• Esportes
• Ginásticas
• Jogos e Brincadeiras
• Dança
• Lutas
• Práticas corporais de aventura
Representações sociais sobre a cultura corporal de movimento
• Está organizado com base no estudo das representações sociais que cons-
tituem a cultura corporal de movimento e afetam a educação dos corpos de um
modo geral; portanto, sem estar necessariamente vinculada a uma prática corpo-
ral específica
• Práticas corporais e sociedade:
• Práticas corporais como manifestação corporal
• Corpo e sociedade
• Práticas corporais e saúde:
• Implicações socioculturais
 Implicações orgânicas

07
O mapa conceitual a seguir nos permite visualizar melhor essa organização dos
conteúdos na educação física escolar

Questões para estudo

1. O que é Educação Física?

2. Quais são os conteúdos estudados em educação física (Práticas corporais


sistematizadas e Representações sociais da Cultura Corporal de Movimento)?

3. Marque a alternativa que apresente somente temas estruturantes da Edu-


cação Física.
(a) Jogos motores; ginástica; e cálculos;
(b) Esportes; atividades aquáticas; e práticas corporais e sociedade.
(c) Animais; plantas; e lutas
(d) Práticas corporais e saúde; frações; e história.
(e) Leitura; práticas corporais de aventura; e esportes.

08
4. Marque a alternativa correta com relação ao conceito de Motricidade Hu-
mana.
(a) Capacidade de movimento do ser humano
(b) Práticas corporais sistematizadas
(c) Representações sociais sobre a cultura corporal de movimento
(d) Área de conhecimento da cultura corporal de movimento
(e) Estudo do movimento human

5. Com relação à educação física, marque a alternativa correta.


(a) Parcela da cultura geral que abrange as formas culturais que se vêm histo-
ricamente construindo, nos planos material e simbólico, mediante o exercício da
motricidade humana.
(b) Capacidade de movimento do ser humano.
(c) Entende-se como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura
corporal de movimento.
(d) Aula que ensina apenas esportes.
(e) Momento de recreação, atividades de descontração para descansar a cabe-
ça.

6. No caça palavras, encontre um elemento representativo de cada Prática cor-


poral sistematizada.

Esportes:
Jogos e brincaderiras:
Ginástica
Danças
Lutas
Atividades Aguáticas

09
Unidade Didática

Jogos e
Brincadeiras

10
Unidade Didática 2:

JOGOS E BRINCADEIRAS
O que vocês entendem por “jogo”?
Deem alguns exemplos de jogos que vocês conhecem.
Como são as regras desses jogos?
Que benefícios os jogos trazem para as pessoas?
Podemos jogar todos os jogos em todas as idades? Por quê?
Como se sabe se uma atividade realizada por uma pessoa é um jogo? Quando a
gente está jogando e quando a gente não está?

Estou jogando quando.. Não estou jogando quanfo...

Jogar é coisa séria!


Tem gente que se dedica a estudar
os jogos, tentando entender por que
essas práticas são tão importantes
para o ser humano. Um autor que pas-
sou anos pesquisando sobre jogo foi o
historiador holandês Johan Huizinga.
Ele queria entender por que homens e
mulheres de vários cantos do mundo
gostam tanto de jogar. Como resulta-
do de suas pesquisas sobre o assunto,
escreveu o livro Homo Ludens, que foi
publicado em 1938 e até hoje é lido por
muita gente. Ele concluiu que uma ati-
vidade é um jogo quando:
a) A gente pode criar e mudar as re-
gras do nosso jeito;
b) Todo mundo obedece às regras
que foram combinadas por todos;
c) A gente dá mais valor ao prazer
de estar jogando junto com os colegas
do que ganhar ou perder o jogo.

11
Compare estas três características com os jogos que você listou. Todos se ecai-
xam nestes termos? Quais não se encaixam? Por quê?

Jogo:
Atividade voluntária exercida dentro de determinados limites de tempo e es-
paço, e se caracteriza, basicamente, pelo seguinte: criação e alteração de regras
pelos próprios participantes; obediência de cada participante ao que foi combi-
nado; coletivamente; e apreciação do ato de jogar sem qualquer interesse em um
resultado final.
Tipos de jogos:
Jogos populares: são os jogos já conhecidos, que costumamos jogar com ami-
gos, pais, irmãos, primos etc. Cite os jogos populares que você conhece.

Jogos tradicionais: são os jogos criados e praticados tempos atrás. São jogos
que foram passando de pai para filho (de geração em geração). Cite os jogos tra-
dicionais que você conhece.

Jogos cooperativos: são atividades que requerem um trabalho em equipe para


alcançarem metas mutuamente aceitáveis. Cite os jogos cooperativos que você
conhece.
Jogos Multiculturais: são jogos desconhecidos na nossa comunidade/região,
porém, muito praticados em outros locais (indígenas, quilombolas etc.), estados
e/ou países.

12
Jogos que minha família jogava
(Pesquisar com pais, tios e avós)

Atenção!
1. O que jogavam?
É importante que você registre
2. Com quem jogavam? numa folha ou no seu caderno
3. Onde jogavam? TODOS os jogos que foram ci-
4. Como jogavam? tados pelas pessoas entrevistadas
5. Com quem aprenderam a jogar?
6. Em que época essas pessoas jogavam?
7. Com que idade?

Dicas a respeito da entrevista:


Não esqueça que você vai mostrar a sua pesquisa para toda a turma, por isso,
quanto mais detalhes conseguir reunir, melhor você se sairá. Pode ser que no dia
da apresentação alguns colegas falem do mesmo jogo que você pesquisou. Para
que você não fique sem ter o que dizer, será importante prestar a atenção nos se-
guintes detalhes durante a entrevista:
• Havia formas diferentes de
jogar um “mesmo” jogo?
• Um mesmo jogo tinha mais
de um nome?
• O jogo era jogado em qual-
quer época do ano?
• Em que lugar o jogo era jo-
gado?
• Tem alguma história engra-
çada sobre o jogo?

Para conhecer mais jogos e brincadeiras, acesse os links:


MAPA DO BRINCAR
http://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/

TERRITÓRIO DO BRINCAR
http://territoriodobrincar.com.br/brincadeiras-pelo-brasil

13
Questões para estudo

1. Quais são as três características de jogo citadas por Huizinga?

2. Diferencie Jogo e Esporte.

3. O que são jogos populares? E tradicionais?

4. O que são jogos cooperativos?

5. Jonas passou suas férias fazendo muitas atividades com seus amigos e pa-
rentes. Com seu avô aprendeu a jogar pião e o jogo do osso; com seu tio jogou
bolita e tiro ao alvo com bodoque; na rua da sua casa brincou muito de esconde-
-esconde, polícia e ladrão e bilboquê, futebol e basquetebol. Pensando nos con-
ceitos estudados, marque a alternativa que apresente um jogo tradicional, um
jogo popular e um esporte, respectivamente, praticado por Jonas.
(a) Bolita, futebol, basquetebol.
(b) Esconde-esconde, basquetebol, pião.
(c) Jogo do osso, bilboquê, futebol.
(d) Polícia e ladrão, tiro ao alvo, futebol.
(e) Futebol, jogo do osso, bolita.

14
6. Jogos populares são:
(a) Jogos conhecidos que costumamos jogar com amigos na nossa comunida-
de.
(b) São jogos criados e praticados tempos atrás.
(c) São esportes que passam frequentemente na TV.
(d) São jogos passados de geração em geração.
(e) Toda atividade muscular produzida pelo corpo.

7.Huizinga propõem 3 características para descrever o conceito de jogo.


Criar e mudar as regras;
Respeitar as regras;
Jogar sempre com o objetivo de ganhar.
Assinale a alternativa correta:

(a) As afirmativas I e II estão corretas.


(b) As afirmativas I e III estão corretas.
(c) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
(d) Todas as afirmativas estão corretas.
(e) Todas as afirmativas estão erradas.

8.Qual o conceito correto de jogos cooperativos?


(a) são os jogos já conhecidos, que costumamos jogar com amigos, pais, ir-
mãos, primos etc.
(b) são os jogos criados e praticados tempos atrás. São jogos que foram passan-
do de pai para filho (de geração em geração).
(c) são atividades que requerem um trabalho em equipe para alcançarem me-
tas mutuamente aceitáveis.
(d) são atividades que não requerem um trabalho em equipe para alcançarem
metas mutuamente aceitáveis.
(e) Todas as alternativas estão corretas.

15
Unidade Didática

Jogos Eletrônicos

16
Unidade Didática 3 :

JOGOS ELETRÔNICOS

1. O que são jogos eletrônicos?

2. Que tipos de jogos eletrônicos você conhece e/ou joga?

3. Quais os fatores positivos e negativos de brincar com jogos eletrônicos?

4. Existe algum tipo de jogo eletrônico que promova movimento real dos seus
participantes? Se sim, quais?

17
O que são eSports
Esportes Eletrônicos ou eSports
(termo mais usado atualmente no
mundo) são uma nova modalidade
surgida há poucos anos e que vêm
dominando o mercado de games e
atraindo legiões de jovens no mun-
do.
Competições disputadas em ga-
mes eletrônicos em que os jogadores
atuam como atletas profissionais de
esportes tradicionais e são assistidos
por uma audiência presencial e/ou
online, através de diversas platafor-
mas de stream online ou TV.
História dos eSports
Jogos eletrônicos são uma modalidade de diversão que inerentemente envolve
competição em níveis mais ou menos definidos. Podemos competir em games
contra amigos ou desconhecidos, online ou presencialmente. Mas mesmo quando
estamos sozinhos estamos competindo contra a máquina, contra o tempo, contra
nós mesmos e nosso recorde anterior…
No entanto, a evolução de competições simples contra a máquina ou partidas
contra amigos para um nível mais sério não demorou a acontecer. Vejamos um
pouco da história dos eSports.
A primeira competição esportiva eletrônica que se tem notícia data de 19 de
outubro de 1972 para estudantes da Universidade Stanford nos Estados Unidos
com o jogo Spacewar, cujo nome oficial foi “Olimpíadas Intergaláticas de Spa-
cewar”, o prêmio foi um ano de assinatura da revista Rolling Stone.
A partir da década de 2000 o esporte
eletrônico passou por um grande cres-
cimento, de 10 torneios no ano 2000
para 160 no ano 2010. Algo mudava no
cenário competitivo dos jogos eletrôni-
cos: A Internet permitia que não hou-
vesse mais limitação física ou geográ-
fica para a realização de eventos, o que
aproximou e aumentou exponencial-
mente tanto a quantidade de jogadores
se devotando aos campeonatos quanto
o público entusiasta. Durante essa década os principais torneios foram o World
Cyber Games, o Intel Extreme Masters e a Major League Gaming. A primeira
organização internacional foi a G7 fundada pelos times 4 Kings, Fnatic, Made in
Brasil, Mousesports, NiP, SK Gaming, Team 3D.

18
A partir da década de 2010 a popularização do streaming fez o esporte eletrôni-
co crescer rapidamente, sendo a principal fonte o Twitch lançado em 2011, um
site especializado em transmissões de jogos eletrônicos, sendo League of Legends
e DOTA as competições mais assistidas. Em 2013 o site registrou 4,5 milhões de
visualizações durante a competição de DOTA 2 The International.
Essa década marca também a
grande presença física de especta-
dores aos eventos e a explosão do
aumento na audiência. Em 2013
o The International vendeu todos
os ingressos no Staples Center em
Los Angeles, em 2014 o League
of Legends World Championship
atraiu 40 mil espectadores no Seul
World Cup Stadium na Coreia do
Sul. No Brasil, League of Legends
atraiu mais de 10.000 torcedores
ao Allianz Park, em 2015 e outros
10.000 ao Ginásio do Ibirapuera
em 2016.
já em termos de audiência, durante o The International de DOTA2 5 milhões
de pessoas assistiram as finais ao mesmo tempo em 2017. Em 2016, League of
Legends chegou a um pico de 14,7 milhões de Torcedores assistindo ao mesmo
tempo e um total de 43 milhões de pessoas diferentes assistindo.
Já as premiações não ficam atrás. Em 2016 League of Legends pagou um total
de US$6,5 milhões. DOTA2 deu a maior premiação da história em 2017, com
mais de US$24 milhões, sendo mais de US$10 milhões para uma única equipe.

Vamos pesquisar!

Muitos temas da cultura corporal de movimento são utilizados para a cria-


ção de jogos de mesa/tabuleiro. Você conhece algum jogo de mesa, cartas,
tabuleiro, entre outros, que represente algum dos assuntos tematizados
nas aulas de Educação Física?

Pesquise com seus familiares jogos que tenham estas características, que
você ou eles jogavam, e que tenha essa relação com as atividades da Edu-
cação Física.
Procure imagens (fotos, desenho), explique com suas palavras como fun-
ciona este jogo e registre no caderno.

Em grupos iremos organizar cartazes para exposição das pesquisas.

19
Unidade Didática

Ginástica

20
Unidade Didática 4:

GINÁSTICA

Tipos de Ginástica
• Acrobacias
• Condicionamento físico
• Práticas corporais introspectivas

Ginástica de Condicionamento Físico

O que é?

Qual a diferença entre exercício físico e


atividade física?

ATIVIDADE FÍSICA:
Qualquer movimento produzido pelos
músculos esqueléticos que resulte em um
gasto de energia física acima do basal. Ex.:

EXERCÍCIO FÍSICO (TREINAMENTO):


Atividade física realizada de forma planejada e sistemática, de frequência e
intensidade definidas, com o objetivo de melhorar ou manter a condição física.
Ex:

21
AQUECIMENTO E VOLTA À CALMA:
Aquecimento é o exercício físico de intensidade
leve realizado sempre antes de toda atividade de
intensidade moderada a alta.
Para que serve?
O aquecimento serve para mobilizar as articu-
lações e músculos que serão exigidos durante a
atividade principal, além de elevar as frequências
cardíaca e respiratória de forma gradual, a fim de
não sobrecarregar o sistema cardiorrespiratório.
Auxilia também, na prevenção de lesões ósseas,
articulares e musculares.
Que exercícios são feitos no aquecimento?
O aquecimento é constituído de exercícios de estiramento muscular (alonga-
mentos) e, exercícios de mobilidade articular e preparação muscular.
O que é volta à calma?
Volta à calma é um conjunto de exercícios de intensidade leve realizado após a
atividade principal.
Para que serve?
Serve para reduzir a frequência cardíaca de forma gradual, relaxar as estrutu-
ras musculares e retirar ou acelerar a retirada, da corrente sanguínea e dos mús-
culos, dos resíduos tóxicos (ácidos) produzidos pelo exercício intenso.
Que exercícios são feitos na volta à calma?
Normalmente é constituído de exercícios de alongamentos e corridas leves.
TIPOS DE AQUECIMENTO
O aquecimento pode ser classificado em dois tipos, o geral e o específico.
O aquecimento geral consiste no funcionamento ativo do organismo como um
todo, nessas condições a pessoa deve praticar exercícios que utilizam de grandes
grupos musculares, por exemplo, a prática de corrida ou caminhada.
O aquecimento específico utiliza de exercícios para uma determinada modali-
dade, ou seja, o atleta deverá usar a musculatura de acordo com as exigências do
esporte a ser praticado.
EXERCÍCIOS DE AQUECIMENTO
Alongamentos: estiramento muscular controlado de intensidade leve a mode-
rada: flexão de joelho, flexão de quadril, extensão de braços para cima, entre ou-
tros.
Mobilidade articular: técnicas utilizadas para estimular a lubrificação nas arti-
culações e a preparação muscular: circundação das articulações, exercícios calis-
tênicos, entre outros.

22
Estimulação cardiorrespiratória: exercícios cíclicos de intensidade leve: cami-
nhadas, corridas leves, entre outros.

Questões para estudo

1. O que é atividade física?

2. O que é exercício físico?

3. O que é aquecimento e volta à calma? Para que servem?

4. Descreva 8 alongamentos que podem ser feitos como aquecimento.

5. Cite 3 atividades, além dos alongamentos, que também podem ser realizadas
durante o aquecimento.

23
6. Com relação à volta à calma, marque a alternativa INCORRETA.
(a) Exercício de atividade leve realizado após a atividade principal.
(b) Serve para reduzir a frequência cardíaca.
(c) Relaxa as estruturas musculares.
(d) Normalmente é constituído de exercícios de alongamento.
(e) Constituído de exercícios de preparação muscular.

7. Dentro das alternativas propostas qual NÃO se enquadra como Exercício Fí-
sico.
(a) Fazer abdominais.
(b) Brincar de esconde-esconde.
(c) Fazer corrida para melhorar o condicionamento físico.
(d) Pular corda.
(e) Treinamento para melhorar a velocidade
GINÁSTICA DE ACROBACIAS
A ginástica geral é constituída por práticas bastante comuns na infância como
rolamentos e saltos, mas, também, possibilita a aprendizagem de movimentos e
posturas bastante complexas com ou sem equipamentos (arcos, cordas etc.).
Para evitar acidentes nestas atividades que requerem habilidades de equilíbrio
força e coordenação motora, mas também propõem desafios que vão além de mo-
vimentos naturais, é importante respeitar algumas normas de segurança. Preste
muita atenção nestes itens. A segurança precisa estar em primeiro lugar.
NORMAS DE SEGURANÇA
Tal como em outras modalidades em acrobática também é necessário tem al-
gumas normas de segurança em conta. Eis algumas das mais importantes:
O ginasta deve ter a capacidade de sair sozinho de situações perigosas, execu-
tando as quedas de forma correta (arredondamento do tronco e grupamento dos
membros);
O base precisa conhecer bem a técnica de execução dos exercícios para saber
a melhor forma de segurar o volante e, deste modo, ter ele próprio segurança;
O volante e os intermediários devem conhecer todo o movimento para saber a
melhor forma de descer ou se proteger na queda;
Os atletas devem executar somente o que foi planejado anteriormente
pelo técnico ou por seu grupo;
A diferença de pesos que deve existir entre os ginastas deverá ser um aspec-
to relevante a considerar, é pouco aconselhável (ou mesmo impensável) colocar
ginastas a levantar e sustentar à altura dos seus ombros outros ginastas com o
mesmo peso;
A existência de um membro/ginasta livre em cada grupo é importante para
poder ajudar os outros membros na execução das figuras;
• Oespaço em redor deve estar protegido por colchões, para evitar lesões gra-
ves em caso de queda.

24
POSIÇÕES BÁSICAS DE EQUILÍBRIO E FLEXIBILIDADE
Avião - posição de equilíbrio Vela – posição de equilíbrio

Ponte - posição de flexibilidade


É uma posição de flexibilidade com apoio das
mãos e pés numa posição dorsal em relação ao
solo.]
• Numa posição horizontal, dorsal, em relação ao
solo;
• Mãos e pés apoiados no solo;
• Elevar/levantar o tronco.

Espargata (espacato) - posição de flexibi-


lidade
É uma posição de flexibilidade com afastamento
anteroposterior (frontal) ou lateral dos membros
inferiores em extensão.

GIROS E ROLAMENTOS
Rolamentos à frente
• Partindo da posição de pé com pernas juntas, flectir os joelhos;
• Apoiar as mãos abertas no solo à frente do corpo;
• Mãos à largura dos ombros, cotovelos flectidos, dedos voltados para frente;
• Cabeça flectida, encostando o queixo no peito;
• Impulsionar o corpo com as pernas e rolar para frente.

25

Rolamento para Trás

• Flexão dos membros inferiores;


• Tronco à frente;
• Flexão da cabeça;
• Juntar o queixo ao peito;
• Colocar as costas das mãos nos ombros (com as palmas das mãos viradas
para cima);
• Cotovelos junto ao tronco;
• “Rodar” para trás (mantendo os membros inferiores junto ao peito);
• Colocar as palmas das mãos à largura dos ombros;
• Colocar a nuca no solo;
• Enrolamento progressivo sobre a coluna vertebral;
• Colocar os pés no solo;
• Repulsão dos membros superiores;
• Extensão dos membros inferiores;
Retorno à posição inicial.

Roda ou Estrela

Elevar os braços, colocando-os ao lado das orelhas, em alinhamento com o


tronco;
Inclinar o tronco à frente;
As mãos no solo, à largura dos ombros, lançando a perna de trás para o alto,
com o joelho em extensão;
A outra perna é lançada logo após a primeira;
Unem-se, as duas, na vertical e estendidas;
A cabeça alinhada ao tronco;
Descer as pernas alternadamente, estendidas, em direção ao solo;
A primeira perna a tocar o solo irá fazer ligeira flexão do joelho, estendendo-se
no final, após elevação do tronco;
Termina em pé.

26
Rodante
• Extensão superior de braços;
• Perna de chamada devidamente afastada;
• Apoio alternado das mãos no solo, e impulsão da perna de chamada, a segun-
da mão contata com o solo virada para dentro (na mesma linha de deslocamento,
dedos a apontar para a primeira mão);
• Junção simultânea das pernas na vertical e rotação longitudinal do corpo;
• Repulsão dos braços;
• Chegada ao solo com os braços em elevação superior.

Equilíbrios invertidos
Apoio Facial Invertido
• Partir da posição deitado
ventralmente;
• Apoiar a testa, que faz um
ponto de apoio no solo com os
membros em forma de triângu-
lo;
• Começar a subir a bacia,
e quando esta estiver acima dos
apoios deixar os membros inferio-
res para a vertical;
• Empurrar o solo com os membros de modo a levantar a cabeça antes do en-
rolamento;
• Pés e membros inferiores bem estendidos.

Apoio invertido (parada de mãos) com rolamento para frente


• Apoiar as palmas no solo à largura dos ombros, com dedos bem afastados, os
braços estendidos e dar balanço com perna de impulsão, elevando a perna livre;
• Na posição de equilíbrio, realizar extensão completa dos diferentes segmen-
tos corporais (apoio invertido), com pernas juntas, as pontas dos pés estendidas
e o olhar dirigido para as mãos, colocadas na linha de projeção do ombros (corpo
contraído);
• Desequilibrar
o corpo e
executar rolamento à frente

27
GINÁSTICA DE ACROBACIAS EM GRUPOS

PIRÂMIDES
Funções
Em ginástica acrobática existem três  fun-
ções específicas:
• Base: é o que suporta o companheiro;
• Volante: o que é suportado pelo base;
• Intermédio:  entre os dois acima; ajuda a
suportar e projetar nas posições intermédias.
Suportes e Técnicas

Técnicas:
• Monte: é um elemento técnico no qual o(s)
ginasta(s) sobe(m) para o(s) parceiro(s), podendo
descrever uma fase de voo ou aproveitando os
segmentos do parceiro como apoios para a subida,
sem perder contato com ele;
• Desmonte: este é um elemento técnico no qual o(s) ginasta(s) perde(m) o
contato com o(s) parceiro(s), existindo uma fase de voo prévia entre a projeção e
recepção.

Nota:
• Um desmonte deverá ser sempre seguro e deve-se reduzir ao máximo os ris-
cos de queda.
• O monte e o desmonte da mesma figura podem ser realizados de diversas
maneiras
Estrutura dos elementos
Existem quatro grupos de elementos:
• Montes (Solo-> Base);
• Desmontes (Base ->Solo);
• Apanhados em fase de voo (Base -> Base);
• Elementos com fase de voo (Solo-> Solo).

Explicação:
• Nos primeiros estão incluídas todas as subidas com/sem fase de voo;
• Os desmontes são elementos que implicam uma descida ou salto do base para
o solo.
• A terceira categoria inclui todos os elementos que terminam quando os bases
apanham o volante após uma fase ou período de voo;
• A última categoria, não muito utilizada, engloba os elementos (dinâmicos)
que têm início no solo e nos quais o volante sofre uma projeção que o fará des-
crever uma trajetória aérea, efetuando a recepção de regresso ao praticável (por
exemplo: rondada-> salto mortal).

28
Curiosidade:
As duas últimas categorias são importantes na competição de Desportos Acro-
báticos, mas envolvem alguma dificuldade de aprendizagem nas Escolas.

Nota:
Para a realização de um exercício completo, e não apenas das figuras, é neces-
sário um outro tipo de elementos:
Elementos Individuais, que se subdividem em:
Elementos individuais de equilíbrio (por exemplo: avião, bandeira);
Elementos individuais de flexibilidade (por exemplo: espargata, ...);
Elementos individuais acrobáticos (por exemplo: mortal, flick-flack);
Elementos individuais coreográficos.
Estrutura dos exercícios
Em acrobática há 3 tipos de exercícios, que diferem quer na estrutura, quer no
conteúdo:
Exercício de Equilíbrio: São elementos estáticos ou «dinâmicos de equilíbrio»,
devido ao facto de serem realizados em movimento. Nestes exercícios não é
contabilizada qualquer posição com fase de voo;
Exercício Dinâmico:  os elementos que o compõem têm uma fase de voo
visível;
Exercício Combinado: é composto por elementos dinâmicos e de equilíbrio, ou
seja, é a junção dos dois anteriores.

Técnicas de subida
Lateral: O volante, sobe apoiando-se na coxa e nos
ombros do base, utilizando pega simples.
Nota: ambos devem manter as costas bem alinhadas.
Simples de frente: Semelhante à anterior, com a di-
ferença de o volante se apoiar na coxa do base e fazer um
quarto de volta antes de novo apoio.

Subida lateral

Subida simles de frente

29
Pegas
• Simples (mãos unidas na posição de aperto das mãos): serve para puxar o
companheiro na formação da pirâmide, ou para o segurar no seu devido lugar;
• Pulsos: é usada para manter uma posição ou para puxar um colega;
• Braços: é utilizada para suportar um apoio facial invertido;
• Pé/ mão: serve de suporte e impulsão com saída de ombros do base. O base
suporta o volante entre o calcanhar e a planta do pé;
• Entrelaçada ou cadeirinha: é utilizada para suportar, ascender e lançar o
colega. Normalmente, é usada em trios e quadras;
• Frontal: com o base e o volante de frente um para o outro;

Pegas: Simples Pegas: Pulsos

Pegas: Braços Pegas: Pés

Pegas: Entrelaçada

30
Para conhecer mais sobre as modalidades de Ginástica, acesse os links.

Por Dentro Das Olimpíadas #29 - Ginástica Rítmica


https://www.youtube.com/watch?v=s07d7TD82j8
Por Dentro Das Olimpíadas #27 - Ginástica Artística
https://www.youtube.com/watch?v=hioLPlPtjeg
Por Dentro Das Olimpíadas #28 - Ginástica de Trampolim
https://www.youtube.com/watch?v=Y83-fjHu9sE
Cheer Extreme Coed Elite Worlds Day 1
https://www.youtube.com/watch?v=dslmehLqJbA

Ginástica Acrobática – Pirâmides

31
Questões para estudo

1. Cite 3 normas de segurança da ginástica acrobática.

2. Quais são as funções específicas existentes na ginástica acrobática?

3. Descreva como se executa a postura de avião na ginástica.

4. Com relação às normas de segurança da ginástica, assinale a alternativa in-


correta.
(a) O espaço em redor deve estar protegido por colchões
(b) O ginasta deve ter a capacidade de sair sozinho de situações perigosas
(c) O base precisa conhecer bem a técnica de execução dos exercícios
(d) Os atletas devem executar somente o que foi planejado anteriormente
(e) Todas as alternativas estão corretas

32
Unidade Didática

Esportes

33
Unidade Didática 5:

ESPORTES
Manifestação da cultura corporal de movimen-
to, orientada pela comparação de um determinado
desempenho entre indivíduos, ou grupos (adversá-
rios); regida por um conjunto de regras institucio-
nalizadas por organizações (associações, federações
e confederações esportivas), as quais definem as
normas de disputa e promovem o desenvolvimento
da modalidade em todos os níveis de competição.

CLASSIFICAÇÃO DOS ESPORTES

1) De acordo com o conceito de esporte estudado, no caderno, liste todas as


modalidades esportivas que você conhece.

2) Pense em um critério para dividir estes esportes em dois ou três grupos de


acordo com as características de cada um. Por exemplo:
Critério: relação com os companheiros
Grupo 1: esportes sem companheiro, onde os atletas competem sozinhos.
Grupo 2: esportes com companheiro, onde os atletas competem em equipe.

Critério

Grupo 1... Grupo 2...

34
Em 2004 o Professor Fernando Jaime González, um estudioso dos esportes,
publicou um estudo em que propõe a classificação dos esportes segundo alguns
critérios bem específicos. Neste estudo, ele identificou algumas características
que aproximam os esportes a partir de características fundamentais para o en-
tendimento do seu funcionamento.
A partir desta classificação, Fernando J. González entendeu que pudéssemos
aprender sobre o funcionamento dos esportes apenas vivenciando alguns deles,
não sendo necessário praticar todos os esportes para saber jogá-los. Claro que
as regras de cada esporte são bem específicas, contudo, este estudo permitiu um
entendimento do que o autor chamou de lógica
interna, ou seja, as características principais do
funcionamento dos esportes como a forma de dis-
puta, de comparação de desempenho (como saber
quem ganhou e quem perdeu) e os princípios tá-
ticos (forma com que os jogadores pensam e to-
mam as decisões durante o jogo).
No referido estudo, o autor também ressalta
a influência da natureza na prática dos esportes.
Nesta classificação, evidencia-se que determina-
dos esportes sofrem influência direta do ambiente
natural, como o surfe em que os atletas dependem
das ondas do mar para fazer suas manobras. Mas
também tem os esportes que não sofrem esta in-
fluência, como o futsal, que ocorre dentro de um
ginásio.
Vamos conhecer um pouquinho destas classificações?
Sistema de classificação dos esportes com base nos critérios: cooperação, in-
teração com o adversário, ambiente, desempenho comparado e objetivos táticos
da ação.
Fernando Jaime González

Relação de colaboração e oposição


a)Se existe ou não relação com companheiros (colaboração);
Esportes individuais
São todos os esportes em que não existe colaboração entre companheiros, ou
seja, cada participante compete sozinho, sem parceiros. Ex.: judô, tiro esportivo,
ciclismo, boliche, 50m nado borboleta1, etc.
Esportes coletivos
São todos os esportes em que os participantes têm pelo menos um companhei-
ro para colaborar, ou seja, são esportes praticados por equipes de pelo menos 2
atletas. Ex.: voleibol. Futebol, tênis em duplas etc.

35
Agora, no caderno, classifique os esportes listados anteriormente de acordo
com o critério de colaboração
Esportes Individuais Esportes Coletivos

b) Se existe ou não interação direta com o adversário (oposição).

Esportes com interação direta com o adversário

São todos os esportes em que os adversários se en-


frentam diretamente, ou seja, um atrapalha o outro
tentando superá-lo. Cada ação realizada remete a uma
reação imediata do adversário. Como no voleibol, que é
um esporte onde os atletas devem jogar a bola longe do
alcance do adversário, ou no futebol, onde os atletas de-
vem driblar diretamente seus adversários, além de utili-
zar de ações táticas para superá-los e atingir a meta.

Esportes sem interação direta com adversário.

São todos os esportes em que não há enfrenta-


mento direto entre os adversários. Nestes casos,
os atletas executam suas atividades em momentos
diferentes (na ginástica, onde cada atleta executa
sua série sem a interferência de ninguém), ou em
espaços diferentes (nas corridas de atletismo, onde
cada atleta fica em sua raia, ou no ciclismo onde é
considerada infração atrapalhar propositalmente o
adversário).

Alguns esportes são divididos em diferentes provas que podem ser classificados diferente-
mente uns dos outros. Nestes casos deve-se considerar as características específicas de cada prova
individualmente. Por exemplo: natação (individuais – 50m borboleta, 100m nado costas, 200m
nado peito; coletivos – 4x50m nado livre, 4x50 nado medley), atletismo (individuais – 100m
rasos, 400m com barreira, saltos, lançamentos; coletivos – 4x100m rasos e 4x400m rasos), tênis
(individual – tênis para simples; coletivo – tênis para duplas), entre outros.

36
No caderno, classifique os esportes listados anteriormente de acordo com o
critério de oposição.

Esportes com interação Esportes sem interação

Combinando essas duas classificações teremos as seguintes categorias:


• Esportes individuais em que não há interação direta com o adversário: são
atividades motoras em que a atuação do sujeito não é condicionada diretamente
pela necessidade de colaboração do colega nem pela ação direta do oponente. Ex.:
Provas de campo no atletismo, provas individuais de natação.
• Esportes coletivos em que não há interação direta com o oponente: são ativi-
dades que requerem a colaboração de dois ou mais atletas, mas que não implicam
a interferência do adversário na atuação motora. Ex.: Revezamentos na natação
e no atletismo.
• Esportes individuais em que há interação com o oponente:
são aqueles em que os sujeitos se enfrentam diretamente, ten-
tando em cada ato alcançar os objetivos do jogo evitando conco-
mitantemente que o adversário o faça, porém sem a colaboração
de um companheiro. Ex.: Maioria das lutas, tênis de quadra e
mesa individuais.

• Esportes coletivos em que há interação com o


oponente: são atividades nas quais os sujeitos, cola-
borando com seus companheiros de equipe de forma
combinada, se enfrentam diretamente com a equipe
adversária, tentando em cada ato atingir os objetivos
do jogo, evitando, ao mesmo tempo, que os adversários
o façam.

Quadro: classificação em função da relação de cooperação e oposição. Comple-


te o quadro com mais 5 modalidades em cada quadrante.

Esporte Com Interação Sem interação

Basquetebol Ginástica rítmica desportiva


Futebol (grupo)
Coletivo
Softbol Nado sincronizado
Voleibol Remo
Badminton
Atletismo (provas de campo)
Judô
Individuais Ginástica olímpica
Peteca
Natação
Tênis

37
Questões para estudo

1. Marque “V” se a afirmativa for verdadeira e “F” se for falsa:

( ) Esportes sem interação direta são os esportes em que os adversários se enfrentam di-
retamente.
( ) Todo esporte coletivo deve apresentar equipes com mais de 5 atletas.
( ) O voleibol não apresenta interação direta pois não há contato durante o jogo.
( ) Boliche é um esporte sem interação direta com o adversário.
( ) Futebol é um esporte individual.
( ) São exemplos de esportes com interação direta: boxe, tênis, polo aquático.

2. Complete o conceito de esportes coletivos.


“São todos os _____________em que os participantes tem pelo menos um
companheiro para ______________, ou seja, são esportes praticados por
___________ de pelo menos ___ atletas. Ex.: voleibol.”

3. Assinale a alternativa que apresente um esporte coletivo.


(a) Voleibol
(b) Ciclismo
(c) Judô
(d) Tiro com arco
(e) Boxe

4. Assinale a alternativa que apresente um esporte coletivo.


São atividades nas quais os sujeitos, colaboram com seus companheiros de equipe
de forma combinada, se enfrentam diretamente com a equipe adversária, tentando
em cada ato atingir os objetivos do jogo, evitando, ao mesmo tempo, que os adver-
sários o façam.

(a) Esportes individuais com interação


(b) Esportes coletivos com interação
(c) Esportes coletivos sem interação
(d) Esportes individuais sem interação
(e) Jogos motores

38
5. São atividades nas quais os sujeitos, colaboram com seus companheiros de
equipe de forma combinada, se enfrentam diretamente com a equipe adversária,
tentando em cada ato atingir os objetivos do jogo, evitando, ao mesmo tempo,
que os adversários o façam.
(a) Esportes individuais com interação
(b) Esportes coletivos com interação
(c) Esportes coletivos sem interação
(d) Esportes individuais sem interação
(e) Jogos motores

6. Boliche de trio, jiu jitsu e ginástica rítmica desportiva por equipes, são res-
pectivamente:
(a) Coletivo sem interação, coletivo sem interação, coletivo com interação.
(b) Individual sem interação, individual com interação, coletivo sem intera-
ção.
(c) Coletivo sem interação, individual com interação, coletivo sem interação
(d) Coletivo com interação, individual sem interação, individual sem intera-
ção.
(e) Nenhuma das alternativas está correta.

7. Marque a alternativa em que TODOS são esportes com interação direta com
o adversário
(a) Voleibol, handebol e futebol americano
(b) Futebol, tênis e boliche
(c) Atletismo, voleibol e esgrima.
(d) Judô, tiro com arco e polo.
(e) Bocha, natação e tiro com rifle.

8. Como critério de oposição eu entendo que se refere a...


(a) Minha relação com meus adversários
(b) Minha relação com meus companheiros
(c) Minha relação com os árbitros
(d) Minha relação com a torcida
(e) Nenhuma das alternativas

9.Marque a alternativa que NÃO apresente esporte coletivo.


(a) Futebo
(b) Revezamento 4x100m rasos
(c) Tiro com arco
(d) Handebol
(e) Nado sincronizado

39
Classificação dos esportes em função da lógica da
comparação de desempenho e princípios táticos.

Esse processo de análise das características esportivas permite identificar den-


tro das categorias de esportes, com e sem interação direta com o adversário, sub-
categorias que se vinculam a diferentes critérios.
Observamos que nos esportes sem interação com o adversário têm-se diferen-
tes tipos de resultados como elementos de comparação de desempenho, permi-
tindo classificar as modalidades em:

• Esportes de “marca”: são aqueles, nos quais, o


resultado da ação motora comparado é um registro
quantitativo de tempo, distância ou peso. Ex.: indivi-
duais – atletismo (provas de campo), natação, haltero-
filismo, mountain bike; coletivos – revezamento 4x100
no atletismo, 4x50 nados combinados, remo.

• Esportes estéticos: são aqueles, nos quais, o


resultado da ação motora comparado é a qualidade do
movimento segundo padrões técnico-combinatórios.
Ex.: individuais – ginástica rítmica desportiva, ginástica
olímpica, skates, saltos ornamentais, surf; coletivos –
ginástica rítmica desportiva em grupo, nado sincronizado,
saltos sincronizados

• Esportes de precisão: são aqueles, nos quais, o resultado


da ação motora comparado é a eficiência e eficácia de aproxi-
mar um objeto ou atingir um alvo. Ex.: individuais – arco-e-
-flecha, dardo-de-salão, golfe, tiro; coletivo – bochas.

Os esportes com interação com o


adversário podem ser divididos em quatro categorias:

• Esportes de combate ou luta: são aqueles


caracterizados como disputas em que o oponente
deve ser subjugado, com técnicas, táticas e estraté-
gias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou ex-
clusão de um determinado espaço na combinação
de ações de ataque e defesa. Ex.: individuais – judô,
caratê, esgrima, boxe, luta greco-romana, taekwon-
do; coletivo – Kabadi.

40
• Esportes de campo e taco: compreendem
aqueles que têm como objetivo colocar a bola longe
dos jogadores do campo a fim de recorrer espaços
determinados para conseguir mais corridas que os
adversários. Ex.: coletivos – beisebol, softbol, crí-
quete.

• Esportes de rede/quadra dividida ou muro: são os


esportes que têm como objetivo colocar/arremessar/
lançar um móvel em setores onde o adversário seja in-
capaz de alcançá-lo, ou forçá-lo para que cometa um
erro, servindo somente o tempo que o objeto está em
movimento. Ex.: individuais – tênis, tênis de mesa,
squash; coletivos – voleibol, badminton, paddle, tênis
de dupla.

• Esporte de invasão ou territoriais: constituem


aqueles que têm como objetivo invadir o setor defendi-
do pelo adversário, procurando atingir a meta contra-
ria para pontuar, protegendo, simultaneamente, a sua
própria meta. Ex.: coletivos – basquetebol, handebol,
futsal, rúgbi, polo aquático.

Classifique, no caderno, os esportes listados anteriormente, de acordo com os


7 grupos de esportes estudados.
Marca Precisão Estético Combate Campo e taco Rede Invasão

41
Questões de estudo
1. Marque a alternativa que apresenta a sequência correta de esportes de invasão,
rede, combate e estético.
(a) Skate, futevôlei, beisebol e bocha
(b) Polo aquático, tênis, jiu jitsu e surfe
(c) Boxe, voleibol, boliche e ginástica artística
(d) Saltos ornamentais, judô, futebol e badminton
(e) Futsal, tênis de mesa, basquetebol e tiro esportivo.

2. Relacione os esportes com a respectiva classificação.


1 Futebol Americano ( ) Esporte de marca
2 Tênis de mesa ( ) Esporte de precisão
3 Golfe ( ) Esporte estético ou técnico-com-
binatório
4 Ginástica Olímpica ( ) Esporte de invasão
5 Boxe ( ) Esporte de rede/quadra dividida/
parede de rebote
6 Beisebol ( ) Esporte de campo e taco
7 Atletismo ( ) Esporte de combate

42
Unidade Didática

Esportes de
Invasão

43
Unidade Didática 6:

ESPORTES DE INVASÃO
Os esportes de invasão como vocês viram no estudo da classificação dos espor-
tes, consistem em modalidades em que o objetivo do jogo consiste em invadir o
campo adversário para marcar o ponto, gol ou touchdown. Nestas ações as equi-
pes realizam ações de ataque simultaneamente às ações de defesa dos adversá-
rios.
Neste grupo de esportes podemos incluir: Futsal, Futebol, Futebol de Areia
(Beach Soccer), Futebol Americano, Rúgbi, Hóquei no Gelo, Hóquei na grama,
Lacrosse, Polo, Polo Aquático, Handebol e Basquetebol, por exemplo.
Para um bom desempenho nestes esportes é preciso compreender e capacitar-
-se em cada um dos seguintes elementos do desempenho esportivo.
Elementos do desempenho esportivo
O componente técnico
Técnica esportiva
Representação simplificada e abstrata da forma mais adequada de solucionar
um problema motor demandado por um esporte.
Habilidade técnica
Competência motora para resolver um problema esportivo específico de forma
eficiente e econômica, com a finalidade de alcançar um objetivo preciso.
O Elemento Tático
Intenção tática
Normas básicas do conhecimento tático do jogo, que definem as condições e os
elementos a serem considerados para que a ação seja eficaz.
Tática Individual
Discernimento para se adaptar a situações de jogo nas quais é preciso escolher
entre as diferentes alternativas em função de seus adversários
Capacidades físicas
Demandas orgânicas geradas pela prática esportiva (resistência, força, veloci-
dade e flexibilidade)
Capacidades volitivas
O conjunto dos traços psicológicos particulares demandados a um indivíduo
ou grupo para atuar de forma adequada durante um jogo.
Combinações táticas
Coordenação de ações individuais entre dois ou mais jogadores para conseguir
os objetivos do ataque e da defesa.
Sistemas de jogo
Forma de organização que procura articular/ordenar as ações conjuntas de
todos os jogadores de uma equipe, que tem como missão manter uma estrutura
de jogo em situação de ataque, de defesa ou de transição (contra-ataque/retorno
defensivo).

44
Estratégia
Programa de princípios planejados ou concepções de desenvolvimento de jogo
que precedem o confronto desportivo contra o adversário.
Especialmente o componente tático é fundamental para esportes com intera-
ção direta com o adversário, como é o caso dos esportes de invasão.
Nesse caso precisamos compreender quais são nossas funções durante o jogo,
ou seja, que papel nós assumimos em cada situação e, a partir daí, identificar
nossas possibilidades de ação.

Papéis, sub-papéis e intenções táticas nos Esportes de Invasão

Papéis nos esportes de Invasão


Atacante: são todos os jogadores do time que tem a posse da bola.
Defensor: são todos os jogadores do time que não tem a posse da bola.

Sub-papéis nos esportes de invasão:


Atacante:
Com bola
Segurar e proteger a bola;
Atacar junto com o companheiro (cooperação);
Fugir do marcador, driblar o defensor;
Orientar-se dentro de quadra.
Sem bola
Foge do seu marcador (desmarca-se), procura o espaço vazio longe da bola
para poder receber;

45
Defensor:
(marcador) do atacante com bola
Posicionar-se entre o jogador com bola e o gol a defender;
Perseguir o atacante e dificultar o ataque do time adversário;
(marcador) do atacante sem bola
Encontrar e seguir o atacante em seus deslocamentos sem esquecer de cuidar
também, o jogador que tem a bola;
Posicionar-se entre o atacante e o gol para poder ajudar o companheiro que foi
driblado pelo jogador com bola;
Não deixar o seu adversário receber a bola;
Interceptar (pegar) a bola.

Analise a situação Abaixo

2
4
3 1

46
O esquema representa uma parte da quadra de futsal, onde se encontram dois
jogadores da equipe quadrado e dois jogadores da equipe círculo.
Nesta situação apresentada evidenciamos que o jogador 1 (equipe círculo) está
de posse da bola.
A partir desta constatação, podemos identificar a equipe atacante (círculo),
porque é essa equipe que está com a posse da bola e, a equipe defensora (quadra-
do), porque esta equipe está sem a bola.
Identificados os papéis das equipes, é possível definir os sub-papéis represen-
tados pelos jogadores:
Jogador 1 (equipe círculo) está com a bola, portanto é atacante com posse de
bola;
Jogador 2, pertence a equipe círculo, portanto, é atacante. Não está com a bola,
portanto é atacante sem posse de bola.

Jogador 3, pertence a equipe quadrado que não está com a bola, neste caso ele
é um defensor. Como ele está marcando diretamente o jogador 1 (atacante com
posse de bola) ele passa a representar o sub-papel de defensor do atacante com
posse de bola.
Jogador 4, pertence a equipe quadrado que não está com a bola e, está acom-
panhando o jogador 2 (círculo) que também não está com a bola. Evidenciamos
então, que o jogador 4 representa o sub-papel de defensor do atacante sem posse
de bola.
Identificando o sub-papel de cada jogador em quadra, podemos definir quais
são suas possibilidades de ação (intenções táticas) durante cada situação.

Questões para estudo

1. João e Paulo são do Flamengo, Luís e Gustavo são do Corinthians. Em um


jogo entre os dois times, João está com a bola e Luís tenta pegá-la. Paulo está per-
to para poder receber o passe e Gustavo o está atrapalhando. Quais são os papéis
e sub-papéis dos 4 jogadores?

2. Felipe roubou a bola de José e está correndo para fazer o gol. José corre para
recuperar a bola. Enquanto isso, Leonardo e Fernando tentam ajudar Felipe, cada
um em uma lateral da quadra. Cabe a Jonas e Ricardo acompanhar e atrapalhar
os dois. Quais os sub-papéis dos jogadores e suas respectivas intenções táticas?

47
3. Observe as quadras abaixo:

I II

IV
III

Marque “V” para as afirmativas verdadeiras e “F” para as afirmativas falsas.


( ) Todos os jogadores 1, com exceção da quadra III, são atacantes.
( ) O jogador 2 da quadra IV é goleiro, portanto, não é atacante e nem defen-
sor.
( ) O jogador 1 da quadra III não pode deixar o jogador 3 receber a bola.
( ) O jogador 5 da quadra IV é marcador direto do jogador 2.
( ) Segurar e proteger a bola é função do jogador 5 da quadra II.
( ) O jogador 1 da quadra IV cumpre o sub-papel de atacante sem posse de
bola.
( ) O jogador 3 da quadra III deve desmarcar-se, criando uma linha de passe.
( ) Na quadra I, o defensor do atacante com posse de bola é o jogador 4
( ) Posicionar-se entre o jogador que está com a bola e o gol a defender é fun-
ção do jogador 3 da quadra IV
( ) Interceptar a bola é função do jogador 2 da quadra II.

48
FUTSAL
Origem e história
O futebol de salão teria
sido inventado por volta de
1934, pelo professor Juan
Carlos Ceriani Gravier, da
Associação Cristã de Moços
(ACM) de Montevidéu (Uru-
guai), dando-lhe o nome de
Indoor Football.

Em 1935, os professores João Lotufo e Asdrubal Monteiro, após se graduarem


no Instituto Técnico da Federação Sul-americana das ACM como secretários di-
retores de educação física da ACM, voltaram ao Brasil e introduziram o “Indoor
Foot Ball” que passou a ser chamado futebol de salão. Por possuir características
do regulamento, ainda a iniciar, o pequeno tamanho da quadra e o peso da bola,
causavam muitos acidentes pela potência dos chutes.

Antes das regras serem estabelecidas, praticava-


-se futebol de salão com times de cinco a sete joga-
dores. A bola foi sendo deixada mais pesada numa
tentativa de reduzir sua capacidade de saltar e con-
sequentemente suas frequentes saídas de quadra. A
“bola pesada” acabou por se tornar uma das mais
interessantes características originais do futebol de
salão.

Devido a sua praticidade, tanto no reduzido nú-


mero de jogadores necessários em uma partida,
quanto no espaço menor que exigia, o esporte rapi-
damente adquiriu crescente popularidade, atingin-
do outras localidades, gerando novos torneios e con-
quistando adeptos em todas as capitais do país.

Embora mantenham em comum sua essência, a


criação de algumas regras diferenciadas criou peculiaridades em cada uma das
modalidades: o futsal, com uma bola mais leve e com a valorização do uso dos pés
adquiriu maior semelhança com o futebol de campo e ganhou maior dinâmica
com novas regras que o tornaram mais ágil, como por exemplo, permitir que o
goleiro atue como um jogador de linha quando ele está fora da sua área; o futebol
de salão, buscando sempre preservar as regras originais, manteve mais as carac-
terísticas de um esporte indoor-football, com um jogo mais no chão, reduzindo
o jogo aéreo, devido ao peso da bola, com laterais e escanteios cobrados com as
mãos para maior controle e limitações à movimentação tanto do goleiro, restritos
à sua área, como dos demais jogadores. Dessa forma, a dinâmica do jogo em uma
e outra modalidade tornou-se sensivelmente diferenciada.

49
Na década de 90 ocorreu a grande mudança na trajetória do futebol de salão, pois,
é feita sua fusão com o futebol de cinco (prática esportiva reconhecida pela Fifa).
Surge então o “Futsal” terminologia adotada para identificar esta fusão no con-
texto esportivo internacional.
Com a sua vinculação a Fifa, o futsal dá um grande passo para se tornar esporte
olímpico, tendo na Olimpíada de Sidney-
-Austrália do ano 2000 o maior momento
de toda a sua trajetória histórica. Porém a
batalha continuou e em 2003 a Federação
Paulista de Futsal elabora e faz o lança-
mento da campanha “EU QUERO FUT-
SAL OLÍMPICO” e o Futsal é incorporado
nos jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio
de Janeiro.

Vamos pesquisar!
Trabalho coletivo – O Futebol e sua popularidade nos jogos de mesa

Partindo-se da popularidade que o futebol atingiu no mundo todo, vários jogos


para brincar com esta modalidade foram criados e vividos por muitas crianças e
adultos, seja em reuniões familiares, rodas de amigos e eventos da vizinhança.

O desafio aqui é relembrarmos quais jogos são estes que divertiram gerações e
que ainda fazem parte da vida de muita gente.

Pesquise com seus colegas e familiares que tipos de jogos que existem que fa-
zem referência ao futebol. Vale jogos de todos os tipos: jogos de tabuleiro; jogos
de cartas, jogos de miniaturas; jogos com materiais alternativos (recicláveis ou
não); jogos que eram comprados e jogos que eram improvisados etc.

Cada jogo identificado precisa ser descrito e ilustrado (desenho a mão, cola-
gem ou impresso) em folha individual (tamanho A4 ou caderno grande). Escreva
as regras, os materiais, local em que pode ser praticado e tudo que achar interes-
sante.

 Complemente o trabalho com uma capa contendo título e dados de identificação


e, ao final, uma conclusão com um breve relato sobre o trabalho desenvolvido

50
Preconceito, dificuldade e talento:
Conheça Amandinha, a melhor do mundo no futsal
Ganhadora do prêmio Futsal Pla-
net nos últimos cinco anos, cearen-
se foi descoberta em projeto social e
hoje ganha menos de R$ 5 mil. Atle-
ta foi rejeitada em torneio de meni-
nos na infância
Multicampeã em Santa Catarina,
Amandinha chegou à seleção brasi-
leira adulta em 2013. Naquela época,
os Mundiais ainda eram realizados
anualmente. Em dezembro daquele
ano, a equipe comandada pelo então
técnico Manoel Tobias bateu a Espa-
nha na final, conquistando o tetra-
Com apenas 24 anos, Amandinha foi eleita a melhor campeonato na casa do rival.
jogadora do mundo pelo quinto ano consecutivo.
Os títulos mundiais de Amandinha pela seleção se repetiriam pelos dois anos
seguintes - a última Copa do Mundo aconteceu em 2015, antes de a Fifa chancelar
o futsal feminino. Em 2014, inclusive, a cearense marcou o gol da conquista nos
segundos finais da decisão contra Portugal. Na comemoração, a ala tirou a camisa
ficando só de top em quadra. Logo após aquela Copa do Mundo, Amanda ganhou
o seu primeiro prêmio de melhor jogadora do planeta.

De fato, 2014 marcou uma grande vitória do futsal feminino sobre a falta de
investimento na modalidade.  Semanas antes da competição, a Confederação
Brasileira de Futsal (CBFS) retirou o Brasil do torneio, alegando não ter recursos
para pagar as despesas da viagem à Guatemala. As atletas então foram pedir ajuda
nas redes sociais, até um banco privado oferecer patrocínio pontual à equipe.

Apesar da vitória e da militância das jogadoras pela causa, o futsal feminino


segue com um investimento bem mais modesto que o masculino. Não há sequer
uma Liga Nacional de clubes no Brasil. Mesmo com os cinco prêmios de melhor
jogadora do mundo do site Futsal Planet - a eleição acontece através de um co-
légio eleitoral formado por jornalistas e treinadores - Amandinha não consegue
ganhar mais de R$ 5 mil por mês.

Sugestões de Filmes
Como meninos (2019)
Eu, jogadora – um Autorretrato do Futebol Feminino
(2017)
Driblando o destino (2003)

51
Questões para reflexão:

1. Você conhece meninas que jogam futsal ou futebol fora da escola?

2. Por que você acha que tem poucas meninas que jogam futebol/futsal?

3. Na sua opinião, por que o esporte masculino recebe mais investimentos do


que o feminino?

Regras básicas
A Quadra O Futsal é praticado em quadra retangular de piso rígido, com me-
didas que variam de acordo com a categoria. Na Liga de Futsal Masculina, por
exemplo, a quadra deve ter entre 38 e 42 metros de comprimento por 18 a 25 de
largura. 

52
A bola - A bola de futsal (categoria adulto mas-
culino) deve ter entre 62 e 64 cm de circunferência e
peso entre 400 e 440 gramas.
Arbitro - São dois árbitros que apitam o jogo,
sendo um em cada lado da quadra.

Substituição - As substituições podem ocorrer a


qualquer momento e em número indeterminado.

Tempo de jogo - Os jogos da categoria adulto


ocorrem em 40 minutos (2 tempos de 20 minutos cronometrados, ou seja, quan-
do a bola não está em jogo, o cronômetro é parado).

Área de Pênaltis - A área penal é definida por um semicírculo demarcado a


06 (seis) metros de cada poste de meta, tanto para os lados quanto para frente.

Tiro de Canto e Lateral - Todas as cobranças de lateral e escanteio são co-


brados com os pés, apoiando as mãos sobre a bola até o momento da cobrança,
sendo que não pode ser cobrada com a mão. E é obrigado cobrar o lateral e o es-
canteio com a bola em cima da linha (ou à 25 cm fora da quadra).
Gol- O gol é válido em qualquer parte do campo. O jogador não pode marcar
gol com a mão. Mas com qualquer outra parte do corpo. Se a bola não entrar com-
pletamente pela linha da baliza não é gol. Só se passar pela linha é gol.
Cartões de punição
• Amarelo: Advertência
• Vermelho: Expulsão (a equipe permanece com um jogador a menos por 2
minutos ou até levar um gol)
Tiro Livre - A partir da sexta falta os tiros serão sem barreira, com a distância
de 10(dez) metros do gol do infrator, sendo opcional a cobrança desde que a falta
cometida seja sofrida do lado da quadra do infrator depois da marcação dos 10
metros.
Posições básicas

Muito parecido com o futebol, o futsal apresenta quatro posições principais,


que são:
• Goleiro/Guarda-Redes - Defende o gol de todos os ataques do adversário e
pode atacar.
• Fixo - semelhante ao zagueiro do futebol de campo.
• Ala (esquerdo e direito) - trabalham a bola na lateral da quadra.
• Pivô - o que fica mais próximo do gol adversário.
Número de jogadores: As equipes são formadas por 5 jogadores de linha (sen-
do um goleiro) e 7 jogadores, no máximo, como reservas.

53
Questões para estudo

1. São regras do futsal, EXCETO:


(a) Cada equipe inicia o jogo com 5 jogadores em quadra.
(b) O goleiro não pode sair da área.
(c) O lateral é cobrado com o pé.
(d) Um jogo adulto ocorre em 2 tempos de 20 minutos cronometrados.
(e) As substituições podem ocorrer a qualquer momento e em número ilimi-
tado.

2. São aspectos que levaram à rápida popularização do futsal, EXCETO:


(a) Praticidade
(b) Reduzido número de jogadores
(c) Espaço de jogo menor
(d) Prática em locais cobertos
(e) Bola mais pesada.

3. Qual das expressões está errada?


(a) O futebol de salão teria sido inventado por volta de 1934, pelo professor
Juan Carlos Ceriani Gravier, da ACM de Montevidéu (Uruguai), dando-lhe o
nome de Indoor Football.
(b)Antes das regras serem estabelecidas, praticava-se futebol de salão com ti-
mes de cinco a sete jogadores.
(c) Devido a sua praticidade, tanto no reduzido número de jogadores necessá-
rios em uma partida, quanto no espaço menor que exigia, o esporte rapidamente
adquiriu crescente popularidade
(d) O termo fut-sal foi originalmente cunhado pela FIFA para facilitar a pro-
núncia em língua inglesa.
(e) Com a sua vinculação a Fifa, o futsal dá um grande passo para se tornar
desporto olímpico, tendo na Olimpíada de Sidney-Austrália do ano 2000 o maior
momento de toda a sua trajetória histórica.

4. São posições básicas do futsal, EXCETO:


(a) Goleiro
(b) Fixo
(c) Ala
(d) Pivô
(e) Meia

54
Unidade Didática

Esportes de
Precisão

55
Unidade Didática 7:

ESPORTES DE PRECISÃO

Neste conjunto de esportes podemos incluir aqueles, nos quais, o resultado


da ação motora comparado é a eficiência e eficácia de aproximar um objeto ou
atingir um alvo.

Ex.:
• Individuais – tiro com arco, dardo-de-salão, golfe, tiro esportivo, boliche, bo-
lão;
• Coletivo – bocha.
Em nossa região uma modalidade se sobrepõe as demais, a bocha.

Bocha

Parece que, desde sempre, os ho-


mens se recreavam fazendo correr
sobre o solo objetos de forma esféri-
ca, primeiramente de pedra, depois
de madeira ou de metal. Esta primi-
tiva recreação foi se aperfeiçoando
pouco a pouco, estabelecendo-se dis-
tâncias e regras.

Comparando com outros jogos ou


exercícios atléticos, também o des-
porto da bocha tem origem muito
distante, sem poder estabelecer-se
exatamente a data de suas origens.
Os historiadores falam de um jogo
praticado no Egito e na Grécia antiga, por meio de objetos de forma esférica, em
particular, pedras redondas.

Este jogo difundiu-se com o pas-


sar dos anos; os latinos o propaga-
ram profundamente durante a idade
média, sendo o mesmo tão popular
em ser praticado nas praças públi-
cas e nas ruas, a tal ponto que Car-
los IV em 1319 e também Carlos V e
mais tarde o Patriarca de Venezia,
em 1576, foram obrigados a proibir
a sua prática.
Bocha campeira

56
Em compensação, este jogo foi fomentado na Corte de Isabel da Inglaterra e
teve entre seus afeiçoados o famoso almirante corsário Francis Drake. Muito mais
tarde este último foi imitado na Itália por Garibaldi. O jogo, fundamentalmente
popular, propagou-se com facilidade em muitos países, por intermédio dos povos
francês e italiano; o mesmo encontra-se, talvez com regras diferentes, na África
(Argélia, Marrocos, Tunísia, Senegal, etc.) e, naturalmente, na Europa, onde os
países interessados constituíram a “Federation Internationale de Boules” (F.I.B.)
que disciplinou e esporte da bocha com regras técnicas e normas administrativas
bem definidas.

O jogo, que era praticado ao ar livre, prosperou regularmente em muitos paí-


ses, favorecido por uma forte e popular tradição e de uma maneira de vida favo-
rável à sua difusão, por condições ambientais e urbanas que não criaram até ago-
ra, problemas relacionados com as instalações e material esportivo necessários à
prática desta atividade.

Introdução do Esporte na América do Sul

A bocha, um esporte de grande prestígio internacional, em especial na Europa,


chegou a América do Sul através dos imigrantes italianos, introduzido primeiro
na Argentina e, posteriormente em outros países do continente. Foi oficializada
como esporte na década de 30 e em 1944 foi fundada a Confederação Sul ameri-
cana de Bochas.

A Bocha no Brasil

No Brasil foi reconhecida como esporte em 1943, pela Confederação Brasileira


de Desporto, porém a sua filiação junto a Confederação Sul americana ocorreu
apenas em 1950 e, neste mesmo ano o Brasil participou do IV Campeonato Sul
americano Masculino, disputado pela Regra Sul americana, desconhecida dos
atletas Brasileiros e adotada, a partir de então, como Regra Oficial em substitui-
ção à Regra do “ponto” e “bota”.

À partir da década de 60 a bocha firmou-


se no País, com a evolução técnica de nossos
atletas e a conquista de novos adeptos,
inclusive com o início da participação feminina
em 1966, com a criação do Departamento
Feminino pela Federação Paulista, dirigido
pela Sra. Regina Delosso Sposito e realização,
neste mesmo ano do I Torneio Misto de Bocha.

Posteriormente vieram os jovens, cuja par-


ticipação cada vez mais significativa incenti-
vou a Confederação Brasileira de Desportos
Terrestres, entidade nacional dirigente do es-
porte na época, à criação do Campeonato Brasileiro Juvenil, realizado pela pri-
meira vez em São Paulo, no ano de 1986 e já no ano seguinte a Confederação Sul
americana promoveu, no Uruguai o I Campeonato Sul americano da categoria.
57
Apesar do velho conceito de que a bocha é “esporte para idosos”, a modalidade
é praticada por pessoas de todas as idades e classes sociais, homens, mulheres,
jovens e crianças, atraindo a participação de atletas de faixa etária cada vez me-
nores.

Nestes mesmos tempos, a colônia italiana do interior de São Paulo levava em


paralelo, mas sem competições diretas, a chamada bola pesada, que se jogava
com bolas grandes de madeira ou Celeron, que posteriormente foi sendo adap-
tada e se transformou na Bocha Rafa Paulista, com milhares de adeptos, sendo
jogada em bares, clubes, associações onde na década de 80, foi oficializada pela
FPBB e até hoje é muita difundida e agrega dentre os maiores campeonatos de
bocha do Brasil.

Regras

Atualmente existem oficialmente, em todo o mundo, quatro modalidades de


Bocha: Zerbin que é adotada pela Federation Internationale de Boules, o Punto-
-Rafa-Vollo, no Brasil denominada “modalidade mundial”, adotada pela Confe-
derazion Boccistica Internazionale, Sul americana: adotada pela Confederação
Sul americana de Bochas e a Bocha Rafa, praticada apenas no Brasil.

Até o ano de 1950, a regra praticada no Brasil era o “ponto” e “bota”, a partir
daquele ano foi adotada a Regra Sul americana para todas as competições oficiais,
porém, como recreação, muitos adeptos do esporte disputavam jogos baseados
em uma regra denominada “Pontobol”. Devido ao grande número de praticantes
dessa modalidade, ela foi reconhecida como esporte pela Confederação Brasilei-
ra de Desportos, em 1978, sendo mais tarde denominada como “Bocha Rafa”. A
modalidade de Bocha Rafa, que é praticada em competições oficiais apenas nos
estados de Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, hoje
também faz parte dos Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior, promovidos
pela Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo.

No ano de 2009, diante da necessidade de unificação das regras visando o


reconhecimento da Bocha como esporte olímpico, a Confederação Brasileira de
Bocha e Bolão adotou a Regra da Modalidade Mundial (Punto-Rafa-Vollo) em
substituição à Regra Sul americana.

Para mais informações assista os vídeos


Como Jogar Bocha:
https://www.gazetadopovo.com.br/videos/como-jogar-bocha
Tucumán 2019 Mundial de Bochas - Argentina
https://www.youtube.com/watch?v=e4rABDYbtsA
Praiano 2018 Show de Bochadas - Jaguari
https://www.youtube.com/watch?v=59-1kBbZYlc

58
Tejo Argentino

Muito popular no litoral brasi-


leiro as conhecidas bochas argenti-
nas (Tejo) nasceram como um jogo
de praia nas costas da  Argenti-
na em meados do século XX. Com
os anos foi popularizado sua
prática até chegar a ser jogado em
toda a Argentina e países limítrofes
ao longo do ano.  Ele foi eleito em
2015 pelo Ministério dos Esportes
da Argentina como o desporto local
para Olimpíadas Transplantados realizada na cidade de Mar Del Plata e desde
2018 é organizado mundialmente pela Associação Internacional de Tejo (AIT).

BOCHA PARALÍMPICA
História

Praticada por atletas com elevado grau


de paralisia cerebral ou deficiências seve-
ras, a bocha estreou nos Jogos Paraolímpi-
cos em 1984, no masculino e no feminino.
A modalidade passou a contar com a dis-
puta em duplas em Atlanta-1996. A origem
do esporte, no entanto, é incerta. Os indí-
cios dizem que tudo começou na Grécia e
no Egito Antigos como um passatempo,
tornando-se um esporte apenas mais tar-
de, na Itália. No Brasil, a bocha desembar- Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos são os atuais campeões
cou junto com imigrantes italianos. paraolímpicos nas duplas

A versão adaptada da modalidade só passou a ser praticada na década de 1970.


Antes de se tornar uma modalidade olímpica, no entanto, a bocha teve um ante-
cessor nos Jogos Paraolímpicos. Foi o lawn bowls, uma espécie de bocha jogada
na grama. Foi justamente no  lawn bowls  que o Brasil conquistou sua primeira
medalha paraolímpica. Róbson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos “Curtinho” fo-
ram prata nos Jogos de Heidelberg, na Alemanha, em 1972. Na bocha, o Brasil já
conquistou cinco medalhas nos Jogos Paraolímpicos, sendo três de ouro e duas
de bronze.

Nas disputas paraolímpicas, os atletas usam cadeiras de rodas e têm o ob-


jetivo de lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack
ou bolim). É permitido usar as mãos, os pés, instrumentos de auxílio e até
ajudantes no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros.

59
Classificação:
Os atletas são classificados como
CP1(deficiência mais severa) ou
CP2 e divididos em quatro classes:
BC1 - Atletas CP1 ou CP2 com paralisia
cerebral que podem competir com auxí-
lio de ajudantes
BC2 - Atletas CP2 com paralisia ce-
rebral que não podem receber assistên-
cia
BC3 - Atletas com deficiências muito
severas e que usam um instrumento au-
xiliar, podendo ser ajudados por outra pessoa
BC4 - Atletas com outras deficiências severas, mas que não recebem assistên-
cia.
As provas - Pode ser individual, em duplas ou equipes.

Ajuda externa

No caso dos atletas com maior grau de


comprometimento, é permitido o uso de
uma calha para dar mais propulsão à bola.
Os tetraplégicos, por exemplo, que não
conseguem movimentar os braços ou as
pernas, usam uma faixa ou capacete na ca-
beça com uma agulha na ponta. O calheiro
posiciona a canaleta à sua frente para que
ele empurre a bola pelo instrumento com a
cabeça. Em alguns casos, o calheiro acaba
sendo a mãe ou o pai do atleta.

60
Questões de estudo

1. O que é bocha paraolímpica:


(a) Competição olímpica para indivíduos acima dos 80 anos
(b)Competição olímpica para jovens até 25 anos
(c) Competição olímpica para atletas com algum tipo de deficiência física ou
mental
(d) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

2. Nas competições profissionais, a cancha de bocha é feita de:


(a)Terra
(b) Areia
(c) Piso sintético
(d) Grama.

3. Assinale a alternativa que contém três esportes de precisão:


(a) Sinuca, boliche e voleibol
(b) Boliche, bocha e tiro esportivo
(c) Bocha, boliche e remo
(d) Nenhuma das alternativas anteriores está correta

4. Quanto a classificação dos esportes de precisão, assinale a alternativa corre-


ta:
(a) Com interação com o adversário, com estabilidade ambiente e individual-
-coletivo
(b)Sem interação com o adversário, sem instabilidade ambiental e individual-
-coletivo
(c) Sem interação com o adversário, com estabilidade ambiental e individual-
-coletivo
(d) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

5. Por que a Bocha é tida como um esporte de muitos idosos?


(a) Porque os imigrantes italianos trouxeram o esporte através de idosos
(b) Porque as questões físicas não são o aspecto fundamental para um bom
rendimento
(c) Porque faz parte de uma confederação e possui regras
(d) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

61
62

Você também pode gostar