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Pereira:
Dimensão satírica
Nome autores
Objetivos da sátira
Sátira
É na sátira que Gil Vicente encontra a resposta
à desordem e à confusão que reinam, muitas vezes, na
sociedade, na Igreja e no mundo.
Troçando dela
(de acordo com o lema latino ridendo castigat mores – a rir se corrigem os costumes)
Objetivos da
Farsa de Inês Pereira
O que é satirizado?
Os temas da obra
São os tipos sociais, sobretudo, o objeto das atenções satíricas de Gil Vicente. Todos são atingidos
pela sátira. Mesmo o povo miúdo é visado. Muitos tipos femininos populares servem de alvo:
criadas de língua destravada, feiticeiras ou alcoviteiras de negócios escuros.
Um pouco acima na escala social apresentam-se, pretensiosos e famélicos, os escudeiros
versejadores de «trovas», tocadores de viola e cantores de serenatas.
Frades, clérigos em geral, membros do alto clero, até cardeais e o papa são impiedosamente
fustigados. Os vários ermitões que aparecem nos autos são mais imaginários do que reais, mas
contribuem para degradar a imagem do religioso, pois são foliões e debochados.
Quem é satirizado?
As personagens
Os rústicos Os escudeiros
Alvos da sátira
As jovens casadoiras
Na figura de Inês
«Mais quero
Jovem sonhadora,
asno que
ambiciosa
me leve que cavalo que me
(vê o casamento como um meio de se emancipar e
derrube.»
de ascender socialmente), dissimulada, leviana e
adúltera;
(provérbio que é o mote da farsa)
Os alcoviteiros
Nas figuras de Lianor Vaz
e dos Judeus casamenteiros,
Latão e Vidal
Os religiosos
Nas figuras do Ermitão, amante de Inês,
e do Clérigo que seduzira Lianor.
O tipo mais insistentemente observado e satirizado por Gil Vicente é sem dúvida o clérigo,
e especialmente o frade, presente em todos os setores da vida portuguesa, na corte e no
povo, na cidade e na aldeia. Gil Vicente censura nele a desconformidade entre os atos e os
ideais, pois, em lugar de praticar a austeridade, a pobreza e a renúncia ao mundo, busca as
riquezas e os prazeres, é espadachim, blasfema, tem mulher e prole, ambiciona honras e
cargos […].
Os rústicos
Os escudeiros
A ironia (em que se afirma o contrário do que se pretende É sobretudo nas falas que as
dizer) e o sarcasmo (ironia amarga e provocatória) – figuras personagens se retratam a si e aos
de estilo frequentes na sátira – destacam os aspetos a outros, de forma direta ou indireta.
satirizar, tornando a crítica mais corrosiva e acutilante.
Sátira
Consolida
Sátira
fazer uma crítica social, recorrendo ao humor, para promover uma reforma da sociedade.
ao ócio e à ignorância.
do fidalgo decadente e faminto que usa o casamento para melhorar financeiramente e do rústico ignorante e Solução
marido ingénuo, traído pela mulher.
nenhuma das opções anteriores é verdadeira.
Sátira
Explicita a crítica realizada neste excerto do início da Farsa de Inês Pereira, quando Lianor
2. chega a casa da Mãe e de Inês.
Lianor conta que, no caminho, foi assediada por um clérigo. Estamos perante uma crítica (muito frequente Solução
em Gil Vicente) aos elementos do clero que não respeitavam os votos de castidade.