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• É uma substância obtida a partir da fermentação

ou destilação de cereais, raízes, frutas e cana-de-


áçúcar;

• Por ser uma substância lícita, está presente em


quase todas as culturas e pode causar dependência
(alcoolismo); 

• A noção de álcool como uma substância divina


pode ser encontrada em inúmeros casos na
mitologia, sendo talvez um dos fatores
responsáveis pela manutenção do hábito de beber,
ao longo do tempo.  

OBID, 2007.
• Possui efeito estimulante, promovendo desinibição e loquacidade;
• Após algum tempo, torna-se depressor do SNC, causando falta de
coordenação motora, agressividade, descontrole e sono.
• Em altas doses, gera inconsciência ou coma;
• A presença de alimentos no TGI retarda a absorção;
• Em baixas concentrações, estimula a secreção de ácido, e em altas
concentrações essa secreção é inibida e aumenta a secreção de muco;

• Dor de cabeça e mal-estar geral são mais intensos em pessoas que tem
dificuldade de metabolizar o álcool. Os orientais, em geral, têm maior
probabilidade de sentir esses efeitos;

• O uso excessivo pode causar esteatose hepática, hepatite alcoólica, cirrose,


gastrite, síndrome de má absorção, pancreatite e hipertensão.

OBID, 2007; SERRAT, S. M., 2001.


• Estima-se que no Brasil, a incidência de
alcoolismo materno em 6/1.000 gestantes e a
incidência de SAF em 1/1.000 recém-nascidos;

• Induz alterações na glândula mamária levando a


uma diminuição na produção de leite, e com
aumento de gorduras;

• Está relacionado ao aumento do número de


abortos e fatores comprometedores do parto;

FREIRE, et al. 2005. MARTINS et al. 2009


• Todo o álcool atravessa a placenta e o feto fica
exposto à mesma concentração que a mãe;

• A exposição é maior para o concepto;

• O líquido amniótico fica impregnado de álcool


não-modificado e de acetaldeído;

• A metabolização do álcool pela mãe dura


aproximadamente 15 min., enquanto que no feto
chega a 2 horas.

KAUP, MERIGHI, TSUNECHIRO, 2001. SILVA, 2006.


• O etanol induz a formação de radicais livres,
danificando proteínas e lipídeos celulares,
aumentando a apoptose e prejudicando a
organogênese;

• Inibe a síntese de ácido retinóico, substância


reguladora do desenvolvimento embrionário;

• O consumo de 20 g. de álcool é suficiente para


provocar supressão da respiração e dos movimentos
fetais;

• Há estudos sobre um possível fator genético para


FREIRE, et al. 2005 o alcoolismo.
• Crianças expostas ao álcool no período pré-natal possuem péssimas escalas
de desenvolvimento neuropsicomotor no primeiro ano de vida;

• Filhos de mães alcoólatras nascem com peso, comprimento e perímetro


cefálico menores. Além disto, a velocidade de crescimento continua diminuída
até os 3 anos;

• O tabagismo durante a gestação resulta em diminuição média de 269 g no peso


do RN, enquanto que o etilismo tem efeito redutor de 509 g do peso do RN, em
média.

FREIRE, et al. 2005


• Doença irreversível caracterizada por
anomalias craniofaciais típicas, deficiência de
crescimento, disfunções do sistema nervoso
central e várias malformações associadas;

• A severidade provém da combinação da


ingestão de álcool pela mãe com fatores de
risco;

• No Brasil, há estimativa de 1/1000 nascidos


vivos com SAF.

GARCIA; ROSSI; GIACHETI, 2007.


• Anomalias digitais;
• Deficiência mental;
• Dificuldade de comunicação e
aprendizagem;
• Alterações comportamentais de interação
social;
• Atraso no desenvolvimento da função
auditiva;
• Perdas auditivas dos tipos neurossensorial,
condutiva e central;

GARCIA; ROSSI; GIACHETI, 2007.


• Presença de fissura lábio-palatina;

• Déficit de crescimento pré–natal ou pós–natal;

• Dificuldades de memórização e transmissão da


informação verbal;

• Confinamento;

• Comportamento homosexual;

• Problemas com álcool e drogas.

GARCIA; ROSSI; GIACHETI, 2007. MOMINO; SANSEVERINO; FACCINI,


2008.
• Deve conter pelo menos uma das três categorias a seguir, bem evidenciadas:

1) Retardo de crescimento pré e/ou pós-natal, peso, comprimento e perímetro


encefálico abaixo do percentil apropriado;
2) Anomalias faciais características;
3) Anormalidades do SNC, como microcefalia, retardo mental ou outras
evidências de desenvolvimento neuropsicológico anormal.

• Nem sempre a presença de alguma das categorias diagnostica a SAF.

SILVA, 2006.
Gestante bêbada dá à luz menina alcoolizada na Polônia

• Bebê nasceu com 1,9 g. de álcool por litro de


sangue;

• Essa taxa é três vezes maior que o máximo


permitido para motoristas, segundo a lei brasileira;

• A criança, de 2,3 quilos, foi para a incubadora em


estado grave, enquanto a mãe, 5 horas depois do
parto, registrava um índice de álcool de 1,5 grama por
litro de sangue;

• À polícia, os pais disseram que não sabiam que a


ingestão de álcool durante a gravidez era prejudicial
ao desenvolvimento do feto.
ESTADÃO, 2007.
Hoje, não se sabe se há uma quantidade segura de bebida
alcoólica para o consumo na gravidez. Portanto, deve ser
preconizado por ginecologistas, obstetras e nutricionistas a
abstração total de bebida alcoólica durante a gestação,
informando de forma clara sobre os efeitos e a gravidade do
consumo de álcool sobre o desenvolvimento fetal e infanto-
juvenil, além de praticar avaliação rotineira do uso de álcool
por suas clientes, orientando-as sobre os riscos e sua
responsabilidade para com a saúde de seu filho.
• BRASIL. Informações sobre drogas/Tipos de drogas/Álcool. Observatório
Brasileiro de Informações sobre drogas. Disponível em:
http://wwwobid.senad.gov.br/portais/OBID/index.php Acesso em: 03 out. 2009.

• ESTADÃO. Gestante bêbada dá à luz menina alcoolizada na Polônia. Sessão


Vida & Saúde. São Paulo, 10 set. 2007. Disponível em:
http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid49293,0.htm Acesso em: 12 nov. 2009.

• FREIRE, T. M. et al. Efeitos do consumo de bebida alcoólica pelo feto. Revista


Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. v. 27, n. 7. Rio de Janeiro, jul. 2005.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
72032005000700002&script=sci_arttext Acesso em: 06 nov. 2009.
• GARCIA, R.; ROSSI, N. F.; GIACHETI, C. M. Perfil de habilidades de
comunicação de dois irmãos com a Síndrome Alcoólica Fetal. Revista CEFAC. v.
9, n. 4. São Paulo, out/dez. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1516-18462007000400005 Acesso em: 07 nov. 2009.

• KAUP, Z. O. L; MERIGHI, M. A. B; TSUNECHIRO, M. A. Avaliação do consumo


de bebida alcoólica durante a gravidez. Revista Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia. v. 23, n.9. Rio de Janeiro, out. 2001. Disponível em: http://www.
scielo.br/scielo.php?pid=S010072032001000900005&script=sci_arttext Acesso
em: 03 out. 2009.

• MARTINS, A. T; et al. Consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação. Pós


graduação e educação continuada “Dr. Lastes Pontes de Menezes”. Jan.
2009. Disponível em: http://www.unipos.com.br/artigos2.aspx?cod_not=59 Acesso
em: 05 out. 2009.
• MOMINO,W; SANSEVERINO, M. T. V; FACCINI, L. S. A exposição pré-natal ao
álcool como fator de risco para comportamentos disfuncionais: o papel do
pediatra. Jornal de Pediatria. v. 84, n. 4. Porto Alegre, ago. 2008. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-
75572008000500011&lng=pt&nrm=iso Acesso em: 07 nov. 2009.

• SERRAT, S. M. Drogas e Álcool: Prevenção e Tratamento. Campinas: Komedi,


2001. 384 p.

• SILVA, L. R. Consumo materno de álcool na gestação e seus efeitos sobre


o desenvolvimento infantil. 2006. 46 f. TCC apresentado ao curso de biologia do
Centro Universitário Claretiano de Batatais para obtenção do grau de biólogo,
2006.
OBRIGADA!

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