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UNIVERSIDADE LICUNGO 

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO I

SEMINARIO DO IV GRUPO
TEMA: EDUCAÇÃO NOS SÉCULOS XII E VIII
A Educação nos Séculos XVII e XVIII
(da pedagogia realista ao iluminismo)
Educação religiosa
Segundo Aranha (2006,p.153), “no século XVII, os esforços para

institucionalizar a escola,aperfeiçoaram-se coma legislação que contemplou

tópicos referentes àobrigatoriedade, aos programas, níveis e métodos”.

“Os jesuítas representavam o ensino tradicional mais conservador , eles

tomavam por base a Escolástica medieval e a ciência aristotélica,

desprezando o ensino de ciências e filosofia modernas, além de enfatizarem

o ensino do latim e da retórica”. (Idem)


Educação pública
Segundo Aranha (2006, p.154), “no século XVII, ainda persistia aquela

tendência, em oposição ao ensino dos jesuítas, tradicionalmente centrado no

nível secundário e, portanto, mais elitista”.

Na opinião do pedagogo francês Compayré (1843-1913), essas escolas

visavam à instrução religiosa, disciplinar e de trabalhos manuais, de tal

modo que “vinham a ser agências de informação ou lugares de mercado em

que as pessoas abonadas pudessem ir buscar servidores domésticos ou

empregados comerciais ou industriais. (Aranha, 2006, s.d, p.155).


Academias
Segundo Gadotti (1995), “no século XVII, a procura das

academias foi intensificada justamente porque


representavam a transição dos padrões conservadores no
ensino, que não mais atendiam aos seus interesses para
uma formação mais realista”.
O pensamento pedagógico no século
XVII-o liberalismo
O liberalismo
Oprincipal intérprete das ideias políticas liberais foi o

filósofo inglês John Locke(1632-1704).


Para Locke, os direitos naturaissubsistem para limitar o

poder do soberano.Um dos aspectos progressistas do


pensamento liberal reside na origem democrática e
parlamentar do poder político, determinado pelo voto e não
maispelas condições de nascimento, como na nobreza feudal.
O Realismo
A pedagogia realista contrariava a educação antiga, excessivamente

formal eretórica. Preferia o rigor das ciências da natureza, buscando

superar a tendência literária e estética própria do humanismo

renascentista. Por considerar que a educação devia estar voltada para

a compreensão das coisas e não das palavras, a pedagogia moderna

exigia outro tipo de didáctica. No trabalho de instauração dessa escola

se empenharam educadores leigos e religiosos”.( Aranha 2006).


Racionalismo e Empirismo
Segundo o filósofo Descartes, a razão, bem dirigida, basta para encontrara

verdade, sem que precisemos confiar na tradição livresca e na autoridade

dosDogmas. O espírito humano tem em si os meios de alcançar a verdade,

se souberCultivar sua independência e conduzir-se com método”. (Idem)

“A primeira ideia inataé o cogito, pelo qual nos descobrimos como seres

pensantes; depois, são inatastambém as ideias de infinitude e da perfeição

(por isso podemos ter a ideia deDeus), e as ideias de extensão e de

movimento, constitutivas do mundo físico”.(idem).


Os principais pensadores do século
XVII- e suas tendências
pedagógicas
John Locke
O inglês John Locke no século XVII exerceu influência muito grande por causa das

concepções sobre o liberalismo e a teoria empirista do conhecimento.

Para Locke, os fins da educação concentram-se no carácter, muito mais importante

que a formação apenas intelectual, embora esta não devesse absolutamente ser

descuidada. Propõe o tríplice desenvolvimento físico, moral e intelectual,

característico do gentleman (o gentil-homem). Por isso aconselha escolher com

cuidado os preceptores, que dentro de casa cuidarão da educação da criança,

evitando-se a escola, onde ela poderia não ser bem acompanhada ou vigiada nos

menores passos. (Aranha 2006)


João Amós Comênio
Comênio pretendia tornar a aprendizagem eficaz e atraente mediante cuidados a

organização de tarefas. O ponto de partida da aprendizagem é sempre o conhecido, indo do

simples para complexo, do concreto para o abstracto. O verdadeiro estudo inicia nas

próprias coisas, no “livro da natureza”. (Idem)

“Para Comênio, o ensino devia ser feito pela acção e estar voltado para a acção: “Só

fazendo, aprendemos a fazer”. Além disso, é importante não ensinar o que tem valora penas

para a escola, e sim o que serve para a vida. Comênio queria “ensinar tudo a todos”, atingir

o ideal da pansofia (do grego pan, “tudo”, e sophia, “sabedoria”:sabedoria universal), no

entanto, não significava para ele erudição vazia (ver leituracomplementar).(Idem)


Bispo Fénelon
O bispo Fénelon (1651-1715) retomou educação das jovens. A perspectiva dessa educação

não via a mulher como pessoa autónoma, mas como apêndice em um mundo essencialmente

masculino.

Segundo Fénelon (como citado por Aranha,2006, p.159), “a maior parte da mulher era

semianalfabeta, e algumas, precariamente instruídas, tinham a intolerável afectação que

resulta da cultura mal digerida. Para Fénelon, esses defeitos advinham da falsa educação, daí

seu empenho em estabelecer novas directrizes da educação feminina”.Encomendava uma

educação alegre, com base mais no prazer que no esforço, para que as moças adquirissem

instrução geral: gramática, poesia, história e leitura selecionada de obras clássicas e

religiosas.
O pensamento pedagógico no século
XVIII- o Iluminismo
A laicidade da educação
Segundo Aranha (2006,p.178), nocontexto histórico do

Iluminismo, não fazia mais sentido atrelar a educação


àreligião, como nas escolas confessionais, nem aos
interesses de uma classe, comoqueria a aristocracia. A
escola deveria ser leiga (não religiosa) e
livre(independente de privilégios de classe).
Os principais pensadores do
século XVIII e suas tendências
pedagógicas.
A concepção política de Jean-Jacques
Rousseau
O filósofo Jean-Jacques Rousseau, natural de Genebra, na Suíça. Dentre

suas obras destacam-se: Discurso sobre a origem da desigualdade entre


os homens.

Para Rousseau, “o indivíduo em estado de natureza é bom, mas se

corrompe na sociedade, que destrói sua liberdade: ‘O homem nasce livre


e por toda parte encontra-se a ferros’. Considera então a possibilidade de
um contrato social verdadeiro e legítimo, que reúna o povo numa só
vontade, resultante do consentimento de todas as pessoas”.
Naturalismo e educação negativa de
Rousseau
Rousseau centralizou os interesses pedagógicos no aluno e não mais

noprofessor. Mais que isso, ressaltou a especificidade da criança,


que não devia serencarada como um “adulto em miniatura”.

“ Rousseau queria que o ser humano integralseja educado para si

mesmo: “Viver é o que eudesejo ensinar-lhe. Quando sair


dasminhas mãos, ele não será magistrado, soldado ou sacerdote, ele
seráantes de tudo,um homem”.(Gadotti,1995,p.5).
A consciência moral de Immanuel Kant
O alemão Immanuel Kant (1724-1804) construiu um dos mais importantes

sistemasfilosóficos no século XVIII, de marcante influência na história do

pensamento (Pedagogia idealista).

O filósofo Kant, supera o impasse mostrando que, além do ato de conhecimento,

oindivíduo é capaz de outra atividade espiritual, o exercício da consciência

moral,por meio da qual rege a vida prática conforme certos princípios. Estes

princípiossão racionais, mas estabelecidos não pela razão especulativa (voltada para

oconhecimento científico), e sim pela razão prática, que orienta a ação humana, a

vidaprática e moral.
Educação e liberdade segundo Kant
A filosofia kantiana e sua concepção pedagógica diz que

cabe à educação, ao desenvolver a faculdade da razão,


formar o carácter moral: “O homem só pode tornar-se
homem pela educação, e ele é tão somente o que a
educação fez dele”.É ela que lhe permite atingir seu
objectivo individual e social”. (Aranha, 2006,p.186)
OBRIGADO PELA ATENÇÃO
DISPENSADA

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