Universidade São Tomás de Moçambique

Ética Fundamental

Ética de John Lock

John Lock, um filósofo Ingles, nascido em Wrington/Somerset, no Reino Unido em
29/08/1632 e morreu aos 28 de Outubro de 1704 em High Layer, R.Unido.
Filho de Agnes Keen, uma família média/modesta, estudou na Universidade de
Oxford em 1675 e Christ Church em 1675.
Seu pai era funcionário de justiça e paz, pequeno proprietário de terras não
suficientes para ser considerado gentleman; de ambiente de comerciantes e
artesãos puritanos.
Puritano vem de puro, pureza, pessoa na época, chamada moralista rígido,
áustero. Portanto, uma pessoa rigorosa na aplicação dos princípios morais,
nas ideias e nos costumes, especificamente quando se trata de
comportamento sexual.
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Ávido de aprender estudou outras áreas do conhecimento como sejam a

Medicina, a Filosofia, as Ciências Naturais e outras matérias.
Aprofundou o seu conhecimento nas obras de Francis Bacon e René Descartes,
na era de dúvidas, de mudanças das ordens sóciopolíticoeconómicas, incluindo a
religiosa, o tempo das Revoluções Inglesas, isto é, o tempo da dinastia Stuart.
Foi neste momento em que Locke foi considerado exilado político na França e
Holanda, devido a sua crítica ao autoritarismo do Rei Carlos II, mas a favor da
Monarquia Constitucional.
Somente com a subida o Rei Guilherme de Orange ao poder John Locke retornou à
Inglaterra tendo aproveitando publicar suas obras, tais como o “Ensaio sobre o
entendimento humano” e as “Carta sobre tolerância”, chegando a ter um
cargo no governo até 1704, ano da sua morte, com aos 74 anos de idade.
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Ética de John Locke

John Locke defendeu uma ética que obrigatoriamente deve ser demonstrada e
justificada racionalmente, pois o contrário não deve existir.
Para Locke a necessidade de existência de qualquer acto e de qualquer regra/lei
moral deve ser fundamentada pela razão.
John Locke foi influenciado por Thomas Hobbes, René Descarts, Aristóteles
Um Filósofo inglês considerado o basilar do empirismo britânico e um dos principais
teóricos do contrato social. Locke ficou conhecido como defensor da liberdade e a
tolerância religiosa dos cidadãos para evitar guerras devido a crenças religiosas.
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Nota:
O empirismo defende que a experiência é a única forma de se conhecer a verdade.
Tal experiência pode ser sensual, (através dos sentidos) , ou reflexão intelectual.
John Locke devido a crítica ao contexto social/religioso que viveu e ao qual era
quase um contestatário assumido e de cuja voz ouvia-se, acabou seno um dos
grandes contribuintes de forte dimensão, no crescimento e acção a favor da
existência do Estado nos moldes similares aos actuais.

Isso aconteceu através dos acordos ou contratos sociais e por este meio tornou-se
numa figura vital entre os grandes filósofos da sua época.
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Locke contrapôs-se também ao pensamento de Hobbes e defendeu que o estado de

natureza não significava guerra de todos contra todos, mas um estado de perfeita
liberdade.
Com isso John Locke desejou que os cidadãos tivessem e disfrutassem do que
chamou direitos naturais; sejam o direito a Vida, a Liberdade, a Igualdade e
à propriedade privada que resulte do trabalho, do suor próprio.
Para John Locke o governo não é só pôr balizas nalgumas liberdades individuais
dos cidadãos, mas também para preservá-las.
Em Locke, a soberania não reside no Estado, mas nos cidadãos.
Assim, propõe que os governos que não respeitem os direitos dos cidadãos sejam
derrubados por estes.
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Locke explica que tal deve-se ao facto de que os políticos são só apenas mas
teoricamente representantes do que a maioria dos cidadão quer e consente. 

Assim, John Locke fortificava o liberalismo político, de Adam Smith, em oposição

ao absolutismo e a divinação do Rei naquela época, sendo por isso, que foi
considerado pai deste movimento.

Para Locke, o Estado deve interferir o mínimo possível na vida do cidadão, agir
apenas como defensor e árbitro nas suas contendas, pois estes devem ser iguais
perante a lei e com os mesmos privilégios.
John Locke defendeu a ideia segundo a qual pessoa não sabe tudo e não nasce
com conhecimento, mas como uma página em branco, tendo de ser exposto ao
conhecimento através do aprender permanente.
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O ambiente social hoje denota diferenças com o que propõem Locke

1.John Locke propõe na ética, um liberalismo político e religioso, porém, apesar de
se verificar essa prática, há no entanto efeitos colaterais que vão do exagero no
exercício da liberdade, sobretudo a individual a abuso do poder sobre aqueles a
que deve proteger.
2.Há alguns exercícios de poder que transparecem por um lado, uma interferência
na vida individual dos cidadão, não no sentido de proteção mas para o limitar no
exercício da sua liberdade e por outro, um absolutismo em vez de prática
democrática.
3.Nota-se também alguma fragilidade no garantir segurança plena tanto ao cidadão
como aos seus bens, precisamente o contrário ao que Locke sugere na sua
proposta de contracto social.
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4.Também nota-se uma fragilidade do lado do cidadão comum. Se se tenta um

exercício de seguimento ao que Locke sugere, há um risco do cidadão extravasar
no gozo da sua liberdade e passar a libertinagem. Assim, questiona-se o que fazer
para o cidadão gozar plenamente a sua liberdade e viver a felicidade.
5.O que fazer para que o ambiente social hoje seja vivido conforme o que John
Locke sugere, no que for aplicável na nossa sociedade?
Por ambiente social entende-se o abrangente a todos os sectores da vida (económico,
do poder político e administrativo, religioso, militar) e a todas as vertentes que o
cidadão pode tomar (religiosa, familiar, política, profissional, académica, de cidadão
comum, de líder, de subalterno, etc. etc.)