Você está na página 1de 72

PLANO TERAPÊUTICO E

PRM

PROFA. Me. Marília Viana


PROCESSO DE USO DO MEDICAMENTO
PLANO TERAPÊUTICO

 A equipe de saúde, ao iniciar o atendimento ao


paciente, deve procurar estabelecer a melhor
conduta, com base em informações clínicas atuais e
na anamnese farmacológica.

o Escolha do medicamento
o Determinação da dose
A N ÇA
G U R
o Via de administração SE x
o Posologia Á CIA
E FI C
o Duração do tratamento
o Relação risco-benefício
PLANO TERAPÊUTICO

 Fatores referentes ao paciente:

1) Verificar as várias fontes de informações sobre o paciente


2) Estabelecer os objetivos terapêuticos desejados
3) Estabelecer os problemas relacionados aos medicamentos (PRM) em uso
4) Estabelecer o plano de acompanhamento
PLANO TERAPÊUTICO

 Fatores referentes ao fármaco:

1) Estudos da literatura: evidências sólidas


2) Propriedades farmacocinéticas
3) Propriedades farmacodinâmicas
4) Índice Terapêutico
5) Custo
6) Formas farmacêuticas disponíveis
FONTES DE INFORMAÇÃO

FATORES
REFERENTES AO
PACIENTE

OBJETIVOS
TERAPÊUTICOS PRM PLANO DE
ACOMPANHAMENTO
DESEJADOS
PLANO TERAPÊUTICO

Fatores referentes ao paciente:


1) Fontes de informações (Anamnese completa)
A) Paciente em si
o Problemas de saúde atuais e anteriores
o Informações atuais sobre resultados de exames físicos e laboratoriais
o Diagnóstico clínico
o Sexo, idade, altura, peso e origem geográfica
o Aspectos econômicos, sociais, culturais e familiares
o Retrospectiva familiar de morbidades
PLANO TERAPÊUTICO

Fatores referentes ao paciente:


1) Fontes de informações (Anamnese completa)

B) Paciente/Medicamentos

o Possíveis alergias e efeitos adversos em situações anteriores


o Prescrição atual e uso de outros medicamentos sem prescrição
o Predição de possíveis efeitos adversos dos fármacos em uso
o Predição de possíveis interações medicamentosas dos fármacos em uso
FONTES DE INFORMAÇÃO

FATORES
REFERENTES AO
PACIENTE

OBJETIVOS
TERAPÊUTICOS PRM PLANO DE
ACOMPANHAMENTO
DESEJADOS
PLANO TERAPÊUTICO

Objetivos Terapêuticos Desejados:


 Melhoria da qualidade de vida do paciente:
o Cura da doença
o Redução ou eliminação de sintomas
Qualidade de Vida
o Evitar a progressão da doença

• Redução da dor: acatar a intensidade


relatada pelo paciente.

• Sintomas secundários à doença


tratada também devem ser tratados.
FONTES DE INFORMAÇÃO

FATORES
REFERENTES AO
PACIENTE

OBJETIVOS
TERAPÊUTICOS PRM e RNM PLANO DE
ACOMPANHAMENTO
DESEJADOS
PROBLEMA RELACIONADO AO MEDICAMENTO
(PRM)

 Deve incluir a manifestação, ou possibilidade de manifestação, de doença ou


sintoma.
 Deve apresentar relação confirmada ou suspeita com a farmacoterapia.
I CONSENSO DE GRANADA
I CONSENSO DE GRANADA
II CONSENSO DE GRANADA
II CONSENSO DE GRANADA
III CONSENSO DE GRANADA
III CONSENSO DE GRANADA
Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM):
- Situações em que o processo de uso de medicamentos causam ou
podem causar a aparição de um resultado negativo associado à
medicamentos (RNM).

3º CONSENSO DE
GRANADA (2007)

Resultado Negativo Associado à Medicamentos (RNM)


- Resultados inadequados ao objetivo da farmacoterapia na saúde
do paciente associados ao uso ou falha no uso de medicamentos.
III CONSENSO DE GRANADA
Problemas Relacionados ao Medicamento
(PRM):
o Administração errônea de um medicamento
o Características pessoais
o Não adesão
o Conservação inadequada
o Interações medicamentosas
o Contraindicação ou medicamento-alimento
o Dose, esquema posológico ou duração não o Probabilidade de efeitos
adequada adversos
o Duplicidade o Problema de saúde
o insuficientemente tratado
Erros na dispensação o Presença de outras patologias
o Erros na prescrição
III CONSENSO DE GRANADA
III CONSENSO DE GRANADA- RNM
Paciente com pé diabético, que não aparece no posto de saúde há mais de
um ano para consultas e receber a insulina.
Problema de Saúde não tratado

Paciente com hipotensão e prescrição de anti-hipertensivos da mesma


classe farmacológica: captopril com enalapril.
Medicamento não necessário

Paciente com infecção de garganta recorrente e em uso de amoxicilina.


Após cultura, verificou-se bactéria produtora de beta-lactamase.

Inefetividade não quantitativa


III CONSENSO DE GRANADA- RNM
Paciente com HAS (único problema de saúde), que tem prescrito Enalapril 20 mg (1-0-0) e
que não cumpre o tratamento (toma-o dia sim, dia não). Os seus valores médios de pressão
arterial são 160/100.
Inefetividade quantitativa
Neuropatia periférica em paciente com HIV que faz uso de lamivudina. Apesar do
medicamento ser avaliado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e
registrado no Ministério da Saúde, alguns pacientes são sensíveis à fórmula resultando
assim numa RAM.
Insegurança não quantitativa
Associações como exemplo didanosina + atazanavir: Nessa associação, o DDL provoca
uma diminuição da absorção do ATV.

Insegurança quantitativa
EXERCÍCIO 1

Hipertenso de 65 anos recusa-se a utilizar o medicamento prescrito


(captopril) e faz uso de chás, para tratamento da sua doença.

RNM: NECESSIDADE (PROBLEMA DE SAÚDE NÃO TRATADO)

PRM 1: O paciente sofre um problema de saúde em consequência


de não receber um medicamento de que necessita.
EXERCÍCIO 2

R.S., 59 anos, com histórico de hipertensão, faz uso do antihipertensivo


clortalidona, um diurético depletor de potássio. Há vários meses a paciente
apresentava câimbras em membros inferiores. Fez nova consulta, ocasião
em que o clínico suspendeu o uso do medicamento, substituindo por outro.

RNM: SEGURANÇA (INSEGURANÇA NÃO QUANTITATIVO)

PRM 5: O paciente sofre um problema de saúde em consequência de uma


insegurança não quantitativa de um medicamento.
EXERCÍCIO 3
Considerando as definições do III Consenso de Granada sobre PRM e RNM, um
paciente em tratamento profilático de trombose venosa, utilizando Varfarina sódica
5mg VO 4 vezes por semana e que apresenta sangramento na gengiva e no nariz está
sofrendo um RNM do tipo:

RNM: SEGURANÇA (INSEGURANÇA QUANTITATIVA)


EXERCÍCIO 4
Em um acompanhamento farmacoterapêutico, o farmacêutico descobriu que a
paciente tinha diagnóstico de osteoporose, com densidade mineral óssea de -2,6 na
coluna lombar, e não estava utilizando o medicamento adequado para o caso. O
PRM e a medida a ser adotada para o caso são, respectivamente:

RNM: NECESSIDADE (PROBLEMA DE SAÚDE NÃO TRATADO)

PRM 1: O paciente sofre um problema de saúde em consequência de


não receber um medicamento de que necessita.

Medida adotada: o farmacêutico deve encaminhar a paciente para o


médico para prescrição do medicamento.
FONTES DE INFORMAÇÃO

FATORES
REFERENTES AO
PACIENTE

OBJETIVOS
TERAPÊUTICOS PRM e RNM PLANO DE
ACOMPANHAMENTO
DESEJADOS
PLANO DE ACOMPANHAMENTO

 Plano Farmacoterapêutico

 Acompanhamento e Avaliação dos Resultados


o Monitoramento do paciente
o Avaliar o impacto do tratamento comparando com os objetivos
terapêuticos desejados
o Correções ou ajustes de procedimentos
o Relatórios contínuos
o Atualização do protocolo de acompanhamento
o Resultado registrado
- Resolvido, melhora, melhora parcial, sem melhora, piora, falho ou
óbito
PLANO DE ACOMPANHAMENTO

 Plano Farmacoterapêutico

Seguimento Farmacoterapêutico (3º Consenso de Granada)


o É a prática profissional em que o farmacêutico se responsabiliza
sobre as necessidades do paciente relacionadas aos
medicamentos.
o Detecção de PRM
o Prevenção e Resolução de RNM
SEGMENTO
FARMACOTERAPÊUTICO

PROFA. ME MARÍLIA VIANA A. ALMEIDA


PLANO DE ACOMPANHAMENTO
1. OFERTA DE SERVIÇO

 Explicar, de forma clara e concisa, a prestação dos cuidados de


saúde que o paciente vai receber:
o O que é, o que pretende e quais são as suas características
principais.
o O propósito será convidar e incluir o paciente no serviço de SF.
o Destinatário indiscutível da oferta do serviço- o paciente
1. OFERTA DE SERVIÇO
SF é oferecido quando se percebe alguma necessidade do paciente relacionada com os
seus medicamentos.
o O paciente pergunta algo sobre um medicamento, um problema de saúde, um
parâmetro bioquímico ou um relatório sobre a sua saúde.
o O farmacêutico recebe uma queixa sobre algum medicamento prescrito ou detecta
algum PRM durante o processo de dispensação de medicamentos.
o O paciente manifesta alguma preocupação sobre algum dos seus medicamentos ou
problema de saúde.
o O farmacêutico observa algum parâmetro clínico diferente do valor esperado para o
paciente.
o O paciente solicita o serviço de SF.
1. OFERTA DE SERVIÇO

 ASPECTOS QUE DEVEM FICAR CLAROS NA OFERTA DO SERVIÇO:

o O objetivo do SF é conseguir o máximo benefício dos medicamentos utilizados.


o O farmacêutico não vai substituir a função de nenhum outro profissional de saúde,
mas sim trabalhar em equipe.
o A corresponsabilidade e a colaboração entre o farmacêutico e o paciente são
elementos fundamentais.
o O serviço terá continuidade
2. PRIMEIRA ENTREVISTA

ASPECTOS DA COMUNICAÇÃO A CONSIDERAR DURANTE A ENTREVISTA


FARMACÊUTICA
 Ambiente descontraído, privacidade, ser cômodo e estar arrumado.
 A linguagem utilizada durante a entrevista tem que ser adequada, em cada caso, às
necessidades do paciente.
 Respostas mais rápidas e pensadas frente às questões que o paciente possa colocar.
 Atuar com empatia.
 Expressar sentimentos de pesar face ao mal-estar do paciente, ou de alegria pelos seus
progressos, sem exagero emocional.
 Fomentar a decisão partilhada.
3. ESTADO DE SITUAÇÃO
4. FASE DO ESTUDO

 O objetivo da Fase de Estudo é obter a informação necessária dos


problemas de saúde e dos medicamentos registrados no Estado de
Situação, para sua posterior avaliação.

 Obtido o estado situacional, o farmacêutico realizará um estudo de


revisão aprofundada sobre:

 Problemas de saúde
 Medicamentos
4. FASE DO ESTUDO
 Os aspectos mais importantes a se considerar dos medicamentos são
os seguintes:
-Indicações autorizadas.
-Ação e mecanismo de ação.
-Posologia.
-Margem terapêutica.
-Farmacocinética.
-Interações.
-Interferências analíticas.
-Contra-indicação.
-Problemas de segurança.
5. FASE DE AVALIAÇÃO

Identificar os resultados negativos associados à medicação que o paciente


apresenta (quer os manifestados, quer as suspeitas de RNM)
6. FASE DE INTERVENÇÃO

 O objetivo dessa fase é elaborar um plano de ação de acordo com o


paciente e desenvolver intervenções necessárias para resolver os PRM que
o paciente pode está sofrendo.

 Na hora de iniciar o processo de Intervenção é muito importante considerar:


- Quais são os problemas de saúde que mais preocupam ao paciente.
- É necessário estabelecer um objetivo comum entre as preocupações do
paciente e as do farmacêutico.
6. FASE DE INTERVENÇÃO

 Resolver primeiro o que mais preocupa o paciente.

 A intervenção pode ser de duas formas:


1. Farmacêutico- paciente
2. Farmacêutico- paciente- médico

 Cada intervenção é registrada em um formulário próprio que juntamente


com o ES e folha de entrevista inicial compõem a história
farmacoterapêutica do paciente.
6. FASE DE INTERVENÇÃO
NOVO ESTADO DE SITUAÇÃ0
7.VISITAS SUCESSIVAS

Você também pode gostar