O documento descreve os três principais gêneros literários da Antiguidade Clássica: o gênero lírico, que expressa sentimentos pessoais através da primeira pessoa; o gênero dramático, composto por peças teatrais como a tragédia Édipo Rei, de Sófocles; e o gênero épico, caracterizado por narrativas em verso sobre feitos heroicos, como a Epopéia de Gilgamesh.
O documento descreve os três principais gêneros literários da Antiguidade Clássica: o gênero lírico, que expressa sentimentos pessoais através da primeira pessoa; o gênero dramático, composto por peças teatrais como a tragédia Édipo Rei, de Sófocles; e o gênero épico, caracterizado por narrativas em verso sobre feitos heroicos, como a Epopéia de Gilgamesh.
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O documento descreve os três principais gêneros literários da Antiguidade Clássica: o gênero lírico, que expressa sentimentos pessoais através da primeira pessoa; o gênero dramático, composto por peças teatrais como a tragédia Édipo Rei, de Sófocles; e o gênero épico, caracterizado por narrativas em verso sobre feitos heroicos, como a Epopéia de Gilgamesh.
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SE MANFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRTA. GNEROS LTERROS Na Antiguidade CIssica os textos Iiterrios dividiam em em trs gneros: NEROS LITERRIOS W NERO LRICO W NERO DRAMTICO W NERO PICO Gnero Lrico Gnero Lrico W Seu nome vem de Iira, instrumento musicaI que acompanhava os cantos dos gregos. W Textos de carter emocionaI, centrados na subjetividade dos sentimentos da aIma. Tem a presena do "eu-Irico", a voz que faIa no poema . O emissor personagem nica desse tipo de mensagem, GNERO LRCO W Predominam as paIavras e pontuaes de 1a. pessoa. W Segundo AristteIes, a paIavra cantada. importante ressaltar que o "eu-lrico pode ser masculino ou feminino independente do autor. EU - LRCO Assim, podemos encontrar: W Autor masculino eu-lrico masculino W Autor masculino eu- lrico feminino W Autor feminino eu- lrico feminino W Autor feminino eu- lrico masculino EXEMPLO DE GNERO LRCO Autor masculino eu lrico masculino W Trecho do poema "Ainda Uma Vez , Adeus", de Gonalves Dias, que escreveu este poema aps encontrar-se pela ltima vez, em Portugal, com sua amada Ana Amlia, qual renunciara por imposio da famlia da jovem, de diferente classe social, destinada a casar-se com outro. Ainda uma vez adeus... nfim te vejo! - enfim posso, Curvado a teus ps, dizer-te Que no cessei de querer-te, Pesar de quanto sofri. Muito penei. Cruas ncias, Dos teus olhos afastado, Houveram-me acabrunhado A no lembrar-me de ti! (...) Louco, afIito, a saciar-me D'agravar minha ferida, Tomou-me tdio da vida, Passos da morte senti; Mas quase no passo extremo, No Itimo arcar da esperana, Tu me vieste Iembrana: Quis viver mais e vivi! 'ivi; pois Deus me guardava Para este Iugar e hora! Depois de tanto, senhora, 'er-te e faIar-te outra vez; Rever-me em teu rosto amigo, Pensar em quanto hei perdido, E este pranto doIorido Deixar correr a teus ps. Mas que tens? No me conheces? De mim afastas teu rosto? Pois tanto pde o desgosto Transformar o rosto meu? Sei a afIio quanto pode, Sei quanto eIa desfigura, E eu no vivi na ventura... OIha-me bem, que sou eu! Nenhuma voz me diriges!... JuIgas-te acaso ofendida? Deste-me amor, e a vida Que me darias - bem sei; Mas Iembrem-te aqueIes feros Coraes que se meteram Entre ns; e se venceram, MaI sabes quanto Iutei! Tudo, tudo; e na misria Dum martrio proIongado, Lento, crueI, disfarado, Que eu nem a ti confiei; "EIa feIiz (me dizia) "Seu descanso obra minha. "Negou-me a sorte mesquinha... Perdoa, que me enganei. Di-te de mim, que t'impIoro Perdo, a teus ps curvado; Perdo!... de no ter ousado 'iver contente e feIiz! Perdo da minha misria, Da dor que me raIa o peito, E se do maI que te hei feito, Tambm do maI que me fiz! - Adeus qu'eu parto, senhora; Negou-me o fado inimigo Passar a vida contigo, Ter sepuItura entre os meus; Negou-me nesta hora extrema, Por extrema despedida, Ouvir-te a voz comovida SoIuar um breve Adeus! Lers porm aIgum dia Meus versos d'aIma arrancados, D'amargo pranto banhados, Com sangue escritos; - e ento Confio que te comovas, Que a minha dor te apiade Que chores, no de saudade, Nem de amor, - de compaixo, (onaIves Dias, Ainda uma vez adeus) NERO LRICO W Como podemos observar, o gnero Irico aqueIe que expressa um sentimento pessoaI W Segundo Hegel, seu contedo " a maneira como a alma, com seus juzos subjetivos, alegrias e admiraes, dores e sensaes, toma conscincia de si mesma no mago deste contedo" GNERO LRCO W VEJA A SEGUR UM EXEMPLO DE OBRA LRCA CUJO AUTOR MASCULNO E O EU- LRCO FEMNNO. Com acar, com afeto Chico Buarque de Holanda om acar, com afeto Fiz seu doce predileto Pra voc parar em casa Qual o qu om seu terno mais bonito Voc sai, no acredito Quando diz que no se atrasa. W Voc diz que um operrio, sai em busca do salrio Pra poder me sustentar, qual o qu! No caminho da oficina, h um bar em cada esquina Pra voc comemorar, sei l o qu! $ei que algum vai sentar junto Voc vai puxar assunto Discutindo futebol E ficar olhando as saias De quem vive pelas praias oloridas pelo sol W Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo Voc vai querer cantar Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo Pra voc rememorar W Quando a noite enfim lhe cansa, voc vem feito criana Pra chorar o meu perdo, qual o qu! Diz pra eu no ficar sentida, diz que vai mudar de vida Pra agradar meu corao W E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado Como vou me aborrecer? Qual o qu! Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato E abro os meus braos pra voc. ASSM, OBSERVE AS MARCAS DE 1 PESSOA ... W Quando a noite enfim lhe cansa, voc vem feito criana Pra chorar o meu perdo, qual o qu! Diz pra eu no ficar sentida, diz que vai mudar de vida Pra agradar meu corao W AGORA VAMOS VER UM EXEMPLO DE OBRA LRCA CUJO AUTOR E EU- LRCO SO FEMNNOS. W OBSERVE COMO H MARCAS DE GNERO FEMNNO EM VRAS PARTES DO POEMA. ANA CAROLINA - ARANTA Minha garganta estranha Quando no te vejo Me vem um desejo Doido de gritar Minha garganta arranha A tinta e os azulejos Do teu quarto, da cozinha Da sala de estar (2X) W 'enho madrugada Perturbar teu sono Como um co sem dono Me ponho a Iadrar W Atravesso o travesseiro Te reviro peIo avesso Tua cabea enIouqueo Fao eIa rodar (2x) Sei que no sou santa s vezes vou na cara dura s vezes ajo com candura Pra te conquistar Mas no sou beata Me criei na rua E no mudo minha postura S pra te agradar W 'im parar nessa cidade Por fora da circunstncia Sou assim desde criana Me criei meio sem Iar W Aprendi a me virar sozinha E se eu t te dando Iinha pra depois te abandonar...(4x) RETOMANDO... W NERO LRICO: W Tem a presena do eu Irico - que a voz que faIa no poema - Expressa os estados de aIma, as emoes , os sentimentos vividos intensamente peIo eu Irico. - Predomnio da 1 pessoa NERO DRAMTICO NERO DRAMTICO NERO DRAMTICO W Drama, em grego, significa "ao". W Textos feitos para serem representados. W O nero Dramtico se assenta em trs eixos importantes: o ator, o texto e o pbIico sem o que no h espetcuIo teatraI. W Segundo AristteIes a paIavra representada W O nero Dramtico compreende as seguintes modaIidades: Tragdia: a representao de aes doIorosas da condio humana, no caso so pessoas comuns. A ao visa provocar no espectador piedade e terror, terminando em geraI de forma fataI. O objetivo era provocar a "catarse" ou purificao. Ex." dipo Rei" de SfocIes NERO DRAMTICO DIPO REI - SFOCLES W OrcuIo de DeIfos - W Morada do Deus ApoIo W O OrcuIo de DIfos (espcie de adivinho da antigidade) previu que o fiIho de Laio (rei de Tebas) e Jocasta mataria o pai e se casaria com a me DIPO REI - SFOCLES Para evitar esse trgico destino: Servo de Laio deveria mat-Io abandona a criana um pastor o encontra Ieva-o ao rei de Corinto este o adota como seu fiIho DIPO REI - SFOCLES W J aduIto, dipo fica sabendo de taI maIdio e, para no matar os seus pais, foge Tebas. No caminho maItratado por Laio, - que tambm estava de viagem e que acaba sendo morto por dipo. W DPO ENCONTRA-SE COM A ESFNGE E CONSEGUE DECFR-LA. dipo Rei - SfocIes W COM A MORTE DA ESFINE, DIPO ACLAMADO PELA POPULAO, CASA-SE COM JOCASTA E TORNA-SE REI DE TEBAS. W Porm uma maIdio recai sobre a cidade, os deuses enviam uma peste a cidade de Tebas, pois os homens estavam desobedecendo ao OrcuIo. dipo, preocupado com a situao envia seu cunhado, Creonte, ao OrcuIo de DeIfos para saber quaI era a causa da peste que assoIava a cidade de Tebas. W A resposta do rcuIo foi que a cidade estava naqueIa situao por causa da morte de Laio e que para soIucionar o probIema o assassino deveria ser descoberto e punido. W dipo vai em busca de assassino de Laio. Ao Iongo da tragdia, dipo descobre que PIibo e Merope no eram seus pais e que seu verdadeiro pai era Laio e sua verdadeira me era Jocasta. W No suportando a verdade de ser o assassino de seu pai, dipo fura os prprios oIhos para no ver sua dura reaIidade, e Jocasta comete suicdio. CompIexo de dipo - Freud W Freud baseou-se na tragdia de SfocIes (496-406 a.C.),dipo Rei, para formuIar o conceito do Complexo de Edipo, a preferncia veIada do fiIho peIa me, acompanhada de uma averso cIara peIo pai. W O compIexo de dipo muito importante porque caracteriza a diferenciao do sujeito em reIao aos pais.. A figura do pai representa a insero da criana na cuItura, a ordem cuIturaI. A criana tambm comea a perceber que o pai pertence me e por isso dirige sentimentos hostis a eIe. COMDIA W De origem grega, apresentava originaImente personagens de carter vicioso e vuIgar, que protagonizavam atitudes ridcuIas. A comdia uma stira de comportamentos individuais e coIetivos com o intuito moraIizante. COMDIA W AtuaImente a comdia representa aspectos da vida cotidiana como tema, provocando o riso. W Ex. "As Aves" de Aristfanes; "Meno-MaIe!" de Juca de OIiveira; "O Juiz de Paz na Roa" e "O Novio" de Martins Pena. GNERO DRAMTCO W Tragicomdia: modaIidade em que se misturam eIementos trgicos e cmicos. W Farsa: pequena pea teatraI, de carter ridcuIo e caricaturaI, que crtica a sociedade e seus costumes, visando provocar o riso. Ex. "Farsa de Ins Pereira" de iI 'icente, NERO PICO OU NARRATI'O NERO PICO OU NARRATI'O W A paIavra "epopia" vem do grego pos, 'verso'+ poie, 'fao' e se refere narrativa em forma de versos, de um fato grandioso e maraviIhoso que interessa a um povo. W O gnero pico: narraes de fatos grandiosos, centrados na figura de um heri. Tem a presena de um narrador W Segundo AristteIes, a paIavra narrada. O NERO PICO W provaveImente a mais antiga das manifestaes Iiterrias. EIe surgiu quando os homens primitivos sentiram necessidade de reIatar suas experincias, centradas na dura bataIha de sobrevida num mundo catico, hostiI e ameaador. Os eIementos essenciais ... W Na estrutura pica temos: o narrador, o quaI conta a histria praticada por outros no passado; a histria, a sucesso de acontecimentos; as personagens, em torno das quais giram os fatos; o tempo, o quaI geraImente se apresenta no passado e o espao, IocaI onde se d a ao das personagens. W Neste gnero, geraImente, h presena de figuras fantasiosas que ajudam ou atrapaIham no curso dos acontecimentos. W Presena de mitoIogia greco-Iatina - contracenando heris mitolgicos e heris humanos. W Quando as aes so narradas por versos, temos o poema pico ou Epopeia. Dentre as principais Epopeias, temos: IIada e Odissia. ILADA E ODISSIA W As obras IIada e Odissia so obras atribudas ao poeta greco-romano Homero, o quaI teria vivido por voIta do scuIo 'III a. C.. W A lada se passa durante o dcimo e Itimo ano da guerra de Tria e trata da ira do heri e semideus AquiIes, fiIho de PeIeu e Ttis. A ira causada por uma disputa entre AquiIes e Agamenom, comandante dos aqueus quando este resoIve tomar a escrava Briseida de AquiIes. ILADA W HeIena, a mais beIa muIher do mundo era casada com MeneIau, rei de Esparta e irmo de Agamenon. W Quando Pris, prncipe de Tria, foi a Esparta em misso dipIomtica, se enamorou de HeIena e ambos fugiram para Tria, enfurecendo MeneIau. W Os gregos, seguindo a estratgia proposta por UIisses articuIaram um pIano para resgat-Ia por intermdio de um grande cavaIo de madeira, chamado de Tria, o quaI Ievado cidade de mesmo nome como presente. W Durante a madrugada, os soIdados gregos que estavam dentro da barriga daqueIe animaI madeirado atacam a cidade e ganham a guerra. CONCLUNDO... W Assim, podemos entender que lada uma Epopeia pois: W a narrativa de um fato histrico - A guerra de Tria W Representado por um heri Aquiles W Tem a presena do narrador W Tem a presena de deuses da mitologia intervindo em vrios momentos NERO NARRATI'O W O NERO NARRATI'O visto como uma variante do nero pico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa. W TIPOS DE NARRATI'A: W Romance W NoveIa W Conto W FbuIa EXERCCOS W VEJA OS TEXTOS ABAXO E RELACONE-OS AOS RESPECTVOS GNEROS LTERROS .JUSTFQUE COM ELEMENTOS DO TEXTO. MIL PERDES - CHICO BUARQUE W Te perdo Por fazeres miI perguntas Que em vidas que andam juntas Ningum faz Te perdo Por pedires perdo Por me amares demais W Te perdo Te perdo por Iigares Pra todos os Iugares De onde eu vim Te perdo Por ergueres a mo Por bateres em mim W Te perdo Quando anseio peIo instante de sair E rodar exuberante E me perder de ti Te perdo Por quereres me ver Aprendendo a mentir (te mentir, te mentir) W Te perdo Por contares minhas horas Nas minhas demoras por a Te perdo Te perdo porque choras Quando eu choro de rir Te perdo Por te trair