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Platão de Atenas
Platão de Atenas
Juliano Batista
Platão de Atenas
428? – 347? a.C.
Considerações
importantes sobre Platão:
Pertence ao segundo período da
filosofia antiga, conhecido como socrático, clássico ou antropológico V-IV a.C.;
É considerado o maior discípulo
de Sócrates;
Opõem-se aos sofistas;
Escreve em forma de diálogo,
cujo protagonista é Sócrates;
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Platão de Atenas
Considerações importantes sobre Platão:
Cidade ideal, obra do italiano Luciano Laurana, executada por volta de 1500, inspirado na ideias de
Platão.
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Platão de Atenas
Teoria das ideias
O principal objetivo de Platão foi tentar estabelecer uma
síntese original entre o pensamento dialético de Heráclito [Mundo das Sombras] e o
pensamento metafísico de Parmênides [Mundo das ideias], mostrando que não são ideias
distintas, mas visões diferentes de uma mesma realidade que se apresenta de duas formas
possíveis, a saber, a pensada [relativa ao ‘eidos’] e a sentida [relativa aos fenômenos].
Ademais a filosofia de Platão está fundada nas ideias matemáticas de Pitágoras.
Veja:
Razão: Pensar: Mundo das ideias: Metafísico: ideias
Alma
ou
Núm
eros
Sentidos: Sentir: Mundo das Sombras: Dialético: Cópias
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Platão de Atenas
Características importantes do...
Mundo das ideias:
Pode também ser chamado de Mundo Inteligível, Mundo Intelectivo, Mundo das Formas
ou Mundo do “Eidos”;
Platão de Atenas
Breve definição do...
O M.I. [intuição intelectual] é o lugar das essências imutáveis, que o homem atinge
pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos. Como as ideias são as
únicas verdades, o mundo dos fenômenos [sombras] só existe na medida em que
participa [Teoria da Contingência] do mundo das ideias, do qual é apenas uma cópia. Por
exemplo, um cavalo só é cavalo enquanto participa da ideia de “cavalo em si”.
Platão de Atenas
Relação entre o Mundo das ideias e o Mundo das Sombras: conhecimento
epistemológico e doxológico
Para Platão existe uma dialética que fará a alma [razão humana]
elevar-se das cópias múltiplas e mutáveis às ideias unas e imutáveis. As ideias gerais são
hierarquizadas, e no topo delas está a ideia do BEM ou BELO, que é a mais alta em
perfeição e a mais geral de todas: os seres [as demais ideias] e as coisas [cópias e mais
cópias] não existem senão enquanto participam do BEM, que é o Deus em Platão, também
chamado de Demiurgo, que significa literalmente “Artesão” – ou seja, Ser Supremo que criou
o universo e tudo que nele há.
Logo:
Para defender o conceito proposto na “Teoria das
ideias”, Platão utiliza três novos argumentos, são eles:
Teoria da Reminiscência;
Teoria da Contingência (ou Participação);
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Platão de Atenas
Teoria da Reminiscência
Parte-se da noção de que existe a ideia em si, por exemplo,
temos a ideia de verdade (A Verdade), a ideia de bondade (A Bondade), a ideia de
igualdade (A Igualdade), a ideia de cidade perfeita (A Cidade Bela - Callipolis) a ideia
universal de homem (O Homem), a ideia universal de cadeira (A Cadeira) etc. Portanto a
ideia em si não depende da experiência para existir na “alma” ou na razão humana, pois as
ideias em si são recordações de outras vidas e, por isso, são chamadas de ideias inatas.
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Teoria da Reminiscência
“Alegoria dos Cavalos Alados”
Escrito por Platão na obra “Fédon”, afirma que o corpo é
cativeiro, isto é, prisão da alma pelo desejo do próprio homem.
Corpo ou Sentidos: Conhecimento Sensível – M.S.
Homem = Corpo + Alma
Alma ou Razão: Conhecimento Intelectivo – M.I.
Logo:
Cabe a cada homem usar dos sentido apenas como forma de chegar ao conhecimento das
essências, para assim poder alcançar o que é em si e superar os enganos da opinião e, com
isso, evoluir pelo processo de metempsicose.
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Platão de Atenas
Teoria da Reminiscência
Como ocorre a recordação da ideia em si na alma?
O que é metempsicose?
É o meio pelo qual a alma, por um processo de nascer e morrer várias vezes, evolui de um
estágio inferior para uma condição superior a partir da recordação acumulativa [ ] do
que já se encontra dentro de si.
Veja:
Alma de Ouro: Magistrados: Sabedoria.
Este processo de evolução
- Cabeça recebe o nome de
- Tórax Alma de Prata: Guerreiros: Coragem. metempsicose
-Abdômen
Alma de Bronze: Trabalhadores: Temperança.
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Platão de Atenas
Teoria da Contingência
Afirma que deve, ou seja, tem que obrigatoriamente existir a ideia
universal, necessária e estática que explique o nascer e perecer dos seres sensíveis ou
contingentes, que são as cópias particulares, possíveis e dinâmicas.
Características das...
ideias: essência ou substância das coisas – cópias.
- são simples, únicas, imóveis, imutáveis, eternas, suficientes e transcendentes.
Continuação...
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Platão de Atenas
Teoria da Contingência
Veja a relação entre ideias e cópias:
Mundo
das
Sombras
Acima temos as cópias de homens, casas e veículos.
Os homens As casas Os veículos
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Platão de Atenas
Teoria do Conhecimento Verdadeiro
Para Platão a realidade pode ser percebida de duas formas, a saber, pela
razão e pelos sentidos. A primeira produz conhecimento verdadeiro – episteme; a segunda
produz apenas opiniões – doxa. Em cada um dos conhecimentos existem duas classificações
possíveis, que Platão explica na “Alegoria da Linha” e na “Alegoria da Caverna”.
Platão de Atenas
Teoria do Conhecimento Verdadeiro
“AlegoriadaLinha”
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Teoria do Conhecimento Verdadeiro
“AlegoriadaCaverna”
2º Matemática: ideia de [representação das] forma(s) – M.I. 1º Filosofia: ideia [pura ou] de essência – M.I.
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Platão de Atenas
Política Platônica
Para Platão os governos dos Estados devem ser administrados
pelos reis-filósofos, pois para ele governar significa libertar os povos das correntes da
ignorância. Todavia, o Estado Ideal, isto é, o Estado onde existe uma perfeita harmonia
entre as almas que o compõe é uma utopia, reconhecida até mesmo por Platão em sua
obra as “Leis”, onde é colocado que somente a educação pode libertar os povos dos
líderes injustos. Aqui Platão se refere à tentativa fracassada de implantar sua teoria do justo
Estado na cidade de Siracusa governada pelo tirano Dionísio.
Atenção!
Para Platão existe uma relação direta entre educação e
política, onde somente aquele que conseguiu passar por todas as três etapas de formação
intelectual, proposta em sua pedagogia, pode governar com sabedoria a pólis e, com isso,
garantir o cumprimento da principal virtude do homem, a saber: a justiça.
Educação Política
possibilita exercer uma justa...
Continuação...
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Platão de Atenas
Política Platônica
Relação entre Estado e governo na pólis ou
Callipolis:
Estado Ideal: possui papel primário.
Governo: possui papel secundário e pode ser classificado em dois grupos, são
eles:
Legítimo/Justo: representa os interesses da pólis – cidadãos ou súditos;
Governos Legítimos: Governos Ilegítimos:
Ilegítimo/Injusto: representa os interesses dos próprios governantes.
Platão de Atenas
Política Platônica
“AlegoriadoNavio”
No Teeteto, “Sócrates” considera que mesmo que os
filósofos pareçam inúteis, eles foram criados como homens livres. Os hábeis retóricos
[sofistas], por outro lado, como escravos: de almas pequenas e não retas, são servos do
tempo e de seus discursos (172c-173b). Em uma citada passagem da República,
“Sócrates” responde às objeções de “Adimanto” com a Alegoria do Navio: no relato,
quem maneja uma embarcação não tem nenhum conhecimento do ofício, todos ali comem
[gulosos] e bebem [bêbados] até empanturrarem-se, se regem pelo prazer [do corpo] e não
pelo saber [da alma]: consideram inútil o “verdadeiro” piloto [o capitão], que julga ser
necessário ter em conta as estações, o estado do tempo, o movimento dos astros e outras
coisas tais para conduzir adequadamente a embarcação (488a-489a). Em um navio como
este. afirma “Sócrates”, os filósofos são certamente inúteis, mas não são responsáveis por
isso, já que o natural seria que os homens que têm necessidade de governo fossem em
busca de quem tem capacidade para fazê-la (489b-c). KOHAN, Walter Omar. Infância e educação em
Platão. São Paulo: Revista Educação e Pesquisa – USP, vol. 29, nº. 01, pp. 23-24: 2003.
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Platão de Atenas
Política Platônica
“AlegoriadoNavio”
Platão de Atenas
Política Platônica
Atenção!
Platão, em sua teoria política, propõe um modelo de poder preferencialmente
aristocrático, mas não se trata de uma aristocracia da riqueza, mas sim da inteligência e da
conduta ética, em que o poder é confiado aos melhores – isto é, a uma sofocracia.
Fim
Referências Bibliográficas
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes,
2000. ARANHA, M. L. & MARTINS, M. H. P. Filosofando. São Paulo: Moderna, 2003.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
CHALITA, G. Vivendo a filosofia. São Paulo: Atual, 2002.
COTRIM, G. Fundamentos da filosofia. São Paulo: Saraiva, 2002.
GILES, T. R. Introdução à Filosofia. São Paulo: EDUSP, 1979.
KOHAN, Walter Omar. Infância e educação em Platão. São Paulo: Revista
Educação e Pesquisa – USP, vol. 29, nº. 01, pp. 23-24: 2003.
LALANDE, A. Vocabulário técnico e critico de filosofia. São Paulo: Martins
Fontes, 1996 MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia. Dos pré-socráticos a
Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
MONDIN, B. Curso de filosofia: os filósofos do Ocidente. São Paulo: Paulus,
1981. OLIVEIRA, A. Moura (org.). Primeira filosofia. São Paulo: Brasiliense, 1996.
REZENDE, A (org.). Curso de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
Referências Bibliográficas
Sites:
http://www.ufu.br
http://www.uel.br
http://images.google.com.br
http://www.mundodosfilosofos.com.br
http://www.mundociencia.com.br
Revista:
Ciência & Vida: Filosofia [imagens, desenhos e caricaturas].
Coleções
Coleção Os pensadores, da editora Abril Cultural.
Coleção Logos, da editora Moderna.