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Grupo Universitário IPEP - Campinas – SP

Unidade – Jequitibás
Sistema de Ensino a Distância

Disciplina: Humanidade Arte e Cultura 2011.1

Contribuições da Psicologia, Sociologia e Antropologia para


compreensão do Homem na Atualidade

Definições

A psicologia social surgiu no século XX como uma área de aplicação da psicologia para estabelecer uma
ponte entre a psicologia e as ciências sociais (sociologia, antropologia, etnologia). Sua formação
acompanhou os movimentos ideológicos e conflitos do século, a ascensão do nazi-fascismo, as grandes
guerras, a luta do capitalismo contra o socialismo, etc. O seu objeto de estudo é o comportamento dos
indivíduos quando estão em interação, o que ainda hoje, é controverso e aparentemente redundante pois
como se diz desde muito: o homem é um animal social.

Mesmo antes de estabelecer-se como psicologia social as questões sobre o que é inato e o que é adquirido
no homem permeavam a filosofia mais especificamente como questões sobre a relação entre o indivíduo e
a sociedade, (pré-científicas segundo alguns autores) avaliando como as disposições psicológicas
individuais produzem as instituições sociais ou como as condições sociais influem o comportamento dos
indivíduos.

A Sociologia é uma das ciências humanas que estuda as unidades que formam a sociedade, ou seja,
estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em
associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela psicologia,
a Sociologia tem uma base teórico-metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais, tentando
explicá-los, analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes
sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.

Os resultados da pesquisa sociológica não são de interesse apenas de sociólogos. Cobrindo todas as áreas
do convívio humano — desde as relações na família até a organização das grandes empresas, o papel da
política na sociedade ou o comportamento religioso —, a Sociologia pode vir a interessar, em diferentes
graus de intensidade, a diversas outras áreas do saber. Entretanto, o maior interessado na produção e
sistematização do conhecimento sociológico atualmente é o Estado, normalmente o principal financiador
da pesquisa desta disciplina científica.

Conforme, Rossano Carvalho Nune1, o termo Antropologia deriva da junção dos vocábulos gregos
anthropos (homem) e logia (estudo/tratado), o que significa “o estudo do homem”. A Antropologia é o
estudo do homem e da humanidade em sua totalidade, abrangendo suas dimensões biológicas, sociais e
culturais; incluindo sua origem, seus agrupamentos e relações sociais, comportamento, desenvolvimento
social, cultural e físico, suas relações com o meio natural, variações biológicas e sua produção cultural. Ou
seja, a antropologia procura estudar a humanidade em todos os seus aspectos.

1
http://www.gpveritas.org/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=54&Itemid=63
Desde o momento em que o ser humano começou a desenvolver cultura ele passou a ser um ser
essencialmente biológico e cultural, o que para a antropologia é essencial para compreender a
humanidade. É impossível compreender o homem de uma maneira totalizante sem ter essa premissa em
mente. Conforme os antropólogos Hoebel e Frost (2005, p.78) “desde o tempo das origens primitivas da
cultura, todo desenvolvimento humano foi biológico e cultural. Nenhuma tentativa de estudar a
humanidade pode ignorar este fato”. O biólogo evolutivo e geneticista russo Theodosius Dobzhansky
(1963, p. 1) concorda quando afirma que a evolução humana somente pode ser compreendida quando
entendida como uma interação entre os desenvolvimentos culturais e biológicos.

No mundo científico existem muitas outras áreas que possuem como objeto de estudo o homem. Temos a
medicina que concentra-se na fisiologia humana sob uma abordagem de mantê-la saudável; a geografia
humana estuda a ocupação geográfica-política dos homens; a sociologia que estuda seus agrupamentos
sociais; a história estuda o desenvolvimento do homem no tempo; a economia estuda a administração,
manutenção e distribuição de bens; entre tantas outras. Mas se é assim, o que caracteriza a antropologia
em distinção de outras disciplinas que estudam o homem? Simples, é justamente seu vasto campo de
estudo: a antropologia procura compreender o homem não somente em uma determinada especialidade,
mas como um todo, de maneira unificada. Como já foi dito anteriormente, a antropologia procura
compreender o homem, e todas as suas manifestações, em todas as suas dimensões.
O que é a compreensão?

A compreensão é faculdade que melhor contribui para o êxito do relacionamento humano2, por facultar à
outra pessoa a vigência dos seus valores positivos e perturbadores. Ela reflete o grande desenvolvimento
espiritual pelo que concede a quem lhe busca apoio, orientação, quando em conjunturas difíceis.

A compreensão abre o leque da fraternidade ensejando recursos terapêuticos necessários, conforme o


caso que lhe chegue ao conhecimento. Sem anuir a todas as propostas, ou sem rejeição adrede
estabelecida, favorece a percepção do que se apresenta, na forma como se manifesta.

Levado pelo instinto gregário, e porque sociável, o ser humano necessita de convívio, intercâmbio
saudável, a fim de receber e propiciar estímulos que levam ao desenvolvimento.

Por inúmeros fatores, a compreensão humana em torno das limitações e problemas dos outros diminui,
escasseia, tornando-se necessária e sendo rara.

Na imperiosa ânsia de estabelecer comunicação, os indivíduos buscam-se para o relacionamento e


anseiam por desvelarem-se uns aos outros. No entanto, espalha nos corações um grande medo de se
deixarem identificar. A forma de ser difere da imagem que exteriorizam e receiam perdê-la, naturalmente
porque não se esperam receber compreensão.

O mundo está repleto de pessoas surdas que conversam; de convivências mudas, que se expressam.

Fala-se muito sobre nada e dialoga-se em demasia sobre coisa nenhuma, resolvendo-se uma larga fatia
de problemas, que permanece...

Quando alguém se te acerque e fale, procura ouvi-lo e registrar- lhe a palavra. Talvez não tenhas a forma
ideal para dar-lhe, nem disponhas do que ele espera de ti. Muitas vezes, ele não aguarda muito e somente
fala por falar.

Concede-lhe atenção e o estimularás, facultando-lhe sentir-se alguém que desperta interesse.

Se ele resolve confiar em ti e se desvela, respeita-lhe a problemática e ajuda-o, caso tenhas como fazê-lo.
Por tua vez, vence o medo de te revelares. Certamente, não abdicarás da prudência nem do equilíbrio; no
entanto é saudável dialogar, descerrar painéis escondidos pelo ego ou mascarados para refletirem
imagens irreais.

Na tua condição de criatura humana frágil, a convivência honesta com outras pessoas contribuirá
eficazmente para a tua harmonização íntima.

2
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Saúde. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 19.
Assim, torna-te compreensivo, paciente, um terapeuta fraternal.

Não cries estereótipos, nem fixes pessoas a imagens que resultam de momentos.

Todos estão em contínuas transformações e nem sempre se é hoje o que ontem se aparentava. Novas
experiências e lições vieram juntar-se à pessoa de antes, qual ocorre contigo. É o inexorável imperativo
do progresso em ação.

Compreendendo o teu próximo e relacionando-te com ele, serás mais bondoso para contigo; apercebendo-
lhe a fragilidade, serás mais atencioso para com os teus limites e buscarás crescer, amando e amando-te
mais.

Portanto ......

“Comportamento humano é a expressão da ação manifestada pelo resultado da


interação de diversos fatores internos e externos que vivemos, tais como:
personalidade, cultura, expectativas, papéis sociais e experiências.3”

3 Wagner Ribeiro Gomes Junior http://www.administradores.com.br/home/wagner32/

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