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Relação jurídica de custeio: obrigação jurídica de custeio é a que decorre da relação jurídica
representada pelo vínculo entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o
contribuinte, ou entre o INSS e o responsável pelo cumprimento das obrigações previstas
em lei, relativas ao pagamento de contribuições previdenciárias, ou das penalidades
pecuniárias decorrente do descumprimento dessas obrigações .
Relação jurídica de seguro social: é aquela em que o credor é o indivíduo filiado ao regime
de previdência ou seus dependentes, e devedor o Estado, por meio da entidade cuja atribuição
é a concessão de benefícios e serviços.
2- BENEFICIÁRIOS:
Art. 10. Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social classificam-se como
segurados e dependentes, (...).
São as pessoas protegidas dos riscos sociais por um vínculo jurídico mantido com a
Previdência Social.
É todo aquele que pode ser contemplado com algum benefício previdenciário.
Assim, nem sempre a filiação demanda um ato formal praticado entra a autarquia e o
segurado: é o caso dos segurados com contrato de trabalho anotado na CTPS.
Para estes, a simples anotação na carteira já os torna filiados ao RGPS.
Inscrição: é o ato formal que identifica o segurado na Previdência Social. Nos termos legais, é
o ato pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante
comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua
caracterização.
Para outros, entretanto, há a necessidade de um ato formal, perante o INSS, para que se
aperfeiçoe a filiação ao RGPS.
Segurados obrigatórios:
Segurado obrigatório é a pessoa física que exerce atividade remunerada abrangida pelo
Regime Geral de Previdência Social - RGPS na qualidade de:
I - empregado;
II - trabalhador avulso;
III - empregado doméstico;
IV - contribuinte individual;
V - segurado especial.
Art. 11, a: “ Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural á empresa, em caráter não
eventual , sob sua subordinação e mediante contribuição, inclusive, como diretor empregado.”
Empregado - Conceito
1. aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual,
sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
10. o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismo oficial internacional do
qual o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na
forma da legislação vigente do país do domicílio ou se amparado por RPPS;
11. o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em organismo oficial brasileiro
(repartições governamentais, missões diplomáticas, repartições consulares, dentre outros) e o
auxiliar local de que trata o art. 56 da Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de 2006, lá domiciliados
e contratados, salvo se segurados na forma da legislação vigente do país do domicílio;
12. o auxiliar local de nacionalidade brasileira, a partir de 10 de dezembro de 1993, desde que,
em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local, conforme
disposto no art. 57 da Lei nº 11.440, de 2006;
13. o servidor civil titular de cargo efetivo ou o militar da União, dos estados e do Distrito
Federal, incluídas suas autarquias e fundações de direito público, desde que, nessa qualidade,
não esteja amparado por RPPS;
14. o servidor da União, incluídas suas autarquias e fundações de direito público, ocupante,
exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração: (a)
até julho de 1993, quando não amparado por RPPS, nessa condição; (b) a partir de agosto de
1993, em decorrência da Lei nº 8.647, de 1993;
15. o servidor da União, incluídas suas autarquias e fundações de direito público, ocupante de
emprego público e o contratado por tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal,
nesta última condição, a partir de 10 de dezembro de 1993, em decorrência da Lei nº. 8.745, de
1993;
16. o servidor dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, incluídas suas autarquias e
fundações de direito público, assim considerado o ocupante, exclusivamente, de cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; o ocupante de emprego público
bem como o contratado por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público: a) até 15 de dezembro de 1998, desde que não amparado por
RPPS, nessa condição; b) a partir de 16 de dezembro de 1998, por força da Emenda
Constitucional nº. 20, de 1998;
17. o servidor considerado estável por força do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias - ADCT, mesmo quando submetido a regime estatutário, desde que não amparado
por RPPS;
18. o servidor admitido até 5 de outubro de 1988, que não tenha cumprido, naquela data, o
tempo previsto para aquisição da estabilidade no serviço público: (a) mesmo que a natureza
das atribuições dos cargos ou funções ocupados seja permanente e esteja submetido a regime
estatutário, desde que não amparado por regime previdenciário próprio; (b) quando a natureza
das atribuições dos cargos ou funções ocupados seja temporária ou precária;
19. o exercente de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, salvo o titular de
cargo efetivo da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, incluídas suas
autarquias e fundações de direito público, afastado para o exercício do mandato eletivo, filiado
a RPPS no cargo de origem, observada a legislação de regência e os respectivos períodos de
vigência;
21. o escrevente e o auxiliar contratados até 20 de novembro de 1994 por titular de serviços
notariais e de registro, sem relação de emprego com o Estado;
23. o contratado por titular de serventia da justiça, sob o regime da legislação trabalhista, e
qualquer pessoa que, habitualmente, lhe presta serviços remunerados, sob sua dependência,
sem relação de emprego com o Estado;
24. o estagiário que presta serviços em desacordo com a Lei nº 6.494, de 1977, e o atleta não-
profissional em formação contratado em desacordo com a Lei nº 9.615, de 1998, com as
alterações da Lei nº 10.672, de 2003;
27. o diretor empregado de empresa urbana ou rural, que, participando ou não do risco
econômico do empreendimento, seja contratado ou promovido para cargo de direção de
sociedade anônima, mantendo as características inerentes à relação de emprego;
28. o treinador profissional de futebol, independentemente de acordos firmados, nos termos da
Lei nº 8.650, de 1993; e
29. o agente comunitário de saúde com vínculo direto com o poder público local: (a) até 15 de
dezembro de 1998, desde que não amparado por RPPS; (b) a partir de 16 de dezembro de
1998, por força da Emenda Constitucional nº 20, de 1998.
É aquele que presta serviços de natureza contínua, mediante remuneração, à pessoa, à família
ou à entidade familiar, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos.
II - trabalhador avulso portuário: aquele que presta serviços de capatazia, estiva, conferência
de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações na área dos portos organizados
e de instalações portuárias de uso privativo, com intermediação obrigatória do sindicato, assim
conceituados na alínea "a" do inciso VI do art. 9º do RPS, podendo ser: (a) segurado
trabalhador avulso quando, sem vínculo empregatício, registrado ou cadastrado no , em
conformidade com a Lei nº 8.630, de 1993, presta serviços a diversos operadores portuários;
(b) segurado empregado quando, registrado no sindicato, contratado com vínculo empregatício
e a prazo indeterminado, na forma do parágrafo único do art. 26 da Lei nº 8.630, de 1993, é
cedido a operador portuário;
1. aquele que presta serviços, de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou
mais empresas, sem relação de emprego;
2. aquele que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins
lucrativos ou não;
7. o marisqueiro que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de captura dos
elementos animais ou vegetais, com o auxílio de empregado;
9. o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil
é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por RPPS;
11. o brasileiro civil que trabalha para órgão ou entidade da Administração Pública sob
intermediação de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil,
desde que não existentes os pressupostos que o caracterizem como segurado empregado;
14. o administrador, exceto o servidor público vinculado a RPPS, nomeado pelo poder público
para o exercício do cargo de administração em fundação pública de direito privado;
15. o síndico da massa falida, o administrador judicial, definido pela Lei nº 11.101 de 2005, e o
comissário de concordata, quando remunerados;
16. o trabalhador associado à cooperativa de trabalho, que, nesta condição, presta serviços a
empresas ou a pessoas físicas, mediante remuneração ajustada ao trabalho executado;
17. o trabalhador associado à cooperativa de produção, que, nesta condição, presta serviços à
cooperativa, mediante remuneração ajustada ao trabalho executado;
18. o médico-residente ou o residente em área profissional da saúde,
contratados,respectivamente, na forma da Lei nº 6.932, de 1981, na redação dada pela Lei nº
10.405, de 2002, e da Lei nº 11.129, de 2005; (Redação dada pela IN SRP nº 20, de
11/01/2007)
19. o árbitro de jogos desportivos e seus auxiliares, desde que atuem em conformidade com a
Lei nº 9.615, de 1998;
21. a pessoa física contratada por partido político ou por candidato a cargo eletivo, para,
mediante remuneração, prestar serviços em campanhas eleitorais, em razão do disposto no art.
100 da Lei nº 9.504, de 1997;
22. o apenado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição,
presta serviços remunerados, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com
ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade
artesanal por conta própria;
26. o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado o que exerce atividade
profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário ou promitente
comprador de um só veículo;
28. o diarista, assim entendida a pessoa física que, por conta própria, presta serviços de
natureza não-contínua à pessoa, à família ou à entidade familiar, no âmbito residencial destas,
em atividade sem fins lucrativos;
29. o pequeno feirante que compra para revenda produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados;
30. a pessoa física que habitualmente edifica obra de construção civil com fins lucrativos;
32. o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com a Lei nº.
6.855, de 1980;
33. o membro do conselho tutelar de que trata o art. 132, da Lei nº. 8.069, de 1990, quando
remunerado; e
(b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal
meio de vida; e
(c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo.
É a pessoa física maior de dezesseis anos de idade que, por ato volitivo, se inscreva como
contribuinte da Previdência Social, desde que não exerça atividade remunerada que implique
filiação obrigatória a qualquer regime de Previdência Social no País.
PRIMEIRA CLASSE:
- o cônjuge (marido ou mulher);
- a ex-mulher e o ex-marido que recebam pensão alimentícia;
- a companheira ou o companheiro: considera-se companheira ou companheiro a pessoa que,
sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o §
3º do art. 226 da Constituição Federal;
A dependência dessas pessoas é presumida.
- o filho menor de 21 (vinte e um) anos não emancipado, salvo se a emancipação decorreu de
colação de grau em curso superior;
- o filho inválido de qualquer idade, devendo a invalidez ser comprovada por perícia do INSS;
- a dependência econômica dessas pessoas não precisa ser comprovada, pois é presumida;
- o enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde
que comprovada a dependência econômica, na forma regulamentar.
SEGUNDA CLASSE:
- os pais, desde que comprovem dependência econômica.
TERCEIRA CLASSE:
- o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos;
- o irmão inválido (invalidez comprovada pelo INSS).
- a dependência econômica dessas pessoas deve ser comprovada.
III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de idade ou
pela emancipação, salvo se inválidos;
V - para os dependentes em geral: (a) pela cessação da invalidez; ou (b) pelo falecimento.
4 - O REGIME COMPLEMENTAR
O Regime Previdenciário Complementar subdivide-se em oficial e privado. O Regime
Previdenciário Complementar Oficial está previsto no artigo 40 §§ 14, 15 e 16 da CF/88. Para
os ingressantes no Serviço Público após a EC n. 41, o valor dos proventos de aposentadoria
está limitado ao teto do valor da aposentadoria do RGPS.
Acima deste teto, o servidor poderá contribuir para Previdência Complementar depositando
mensalmente valores que deverão ser capitalizados no mercado financeiro, na forma de
contribuição definida e cujos os rendimentos deverão propiciar a complementação da
aposentadoria.
Deve-se atentar para o fato de que os valores contribuídos serão aplicados no mercado
financeiro. Qualquer turbulência, comum nestes tempos de globalização, poderá levar à
derrocada esses fundos, o que já aconteceu no Chile: anos e anos de economia da classe
trabalhadora foram consumidos num toque de mágica por ataques advindos de especuladores
de plantão.
Trata-se da adoção do sistema de capitalização, tal qual preconizado pelo FMI, embasado na
Lógica do Consenso de Washington: privatizar o lucro e socializar os prejuízos.
O Regime Complementar Privado está previsto no art. 202 da CF/**. Foi regulamentado pela Lei
Complementar n. 109 de 29/05/2001.
Há que se observar que as entidades fechadas e abertas operam sob a égide do sistema de
capitalização. Aplicam o capital de segurado no mercado financeiro. O processo de privatização
recente teve a participação de diversos fundos, principalmente da Previ e da Petros. Mas
podem, em caso de turbulência vir a sofrer abalos irremediáveis se levados à ruína e
comprometer o sonho da aposentadoria daqueles que ali contribuíram.