Você está na página 1de 1

HISTRIA - Prof.

Marcel

A economia feudal Em linhas gerais, a economia feudal se desenvolveu graas ao processo de ruralizao desencadeado pela crise do Imprio Romano. Sem poder usufruir de baixos custos de produo obtidos pela grande mo-de-obra escrava disponvel, os grandes proprietrios comearam a arrendar as suas terras com o objetivo de, ao menos, garantir as condies necessrias para o prprio sustento. Ao mesmo tempo, a desvalorizao das atividades comerciais por parte dos povos germnicos tambm foram de grande importncia para a consolidao de uma economia predominantemente agrria. Nos feudos, o desenvolvimento de tcnicas agrcolas de baixa produtividade impedia a obteno de excedentes possivelmente utilizados na realizao de atividades comerciais. Ao mesmo tempo, os instrumentos de arado e a qualidade das sementes impediam colheitas expressivas. As terras frteis eram dividias entre os mansos senhoriais, pertencentes ao senhor feudal; os mansos servis, destinados produo agrcola das populaes camponesas; e o manso comum que era utilizado por todos habitantes do feudo. A disponibilidade de terras frteis era preocupao constante entre os camponeses. Dessa forma, para prolongarem o tempo til de uma rea agrcola, realizava-se um sistema de rotao de culturas. Nesse sistema, um campo tinha dois teros de sua rea ocupado por duas diferentes culturas agrcolas. A outra parcela era deixada em descanso, recuperando-se do desgaste das colheitas anteriores. A cada ano, as parcelas trabalhadas e preservadas revezavam-se entre si, aumentando o tempo til de um determinado campo. De fato, o comrcio perdeu bastante espao nesse contexto. No entanto, as poucas trocas comerciais que aconteciam se davam atravs das trocas naturais. Gneros agrcolas eram raramente utilizados para a obteno de ferramentas ou outros tipos de alimento em falta em determinado feudo. Somente com o incremento das atividades agrcolas e o crescimento demogrfico que o quadro da economia feudal sofreu as primeiras transformaes responsveis pelo surgimento de uma classe de comerciantes burgueses.

Por Rainer Sousa Graduado em Histria Equipe Brasil Escola

Você também pode gostar