Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LIME
I. CIENCIA E RELIGIAO
III. ESPIRITUAMDADE
Por sua vez, quem nao tem fé. pode também orar — orar condi-
cionalmente —, dizendo: «ó Deus, se Tu existes, ilumina-me, dá-me fé
e dá-me amor a Ti!» Esta prece, condicional como é, nao compromete
o ateu; o Senhor Deus, porém, que «hipotéticamente» existe, nao pode
deixar de lhe atender.
Mas quem nao tem esperanca, nao ora, precisamente porque nada
espera recebar. Nao orando, fecha-se em si mesmo. atola-se, conde-
nando-se a definhar em sua miseria. Por isto se diz com razáo que a
perca da esperanca constituí a pior das situacoes humanas.
Na verdade, a oracáo é o principio de solucáo de todas as nossas
dificuldades. Quarido nos sentimos deprimidos ou arrasados interior
mente, impotentes para praticar o bem, oremos pedindo ao Pai a sua
luz e a sua fórca, e lile nó-las dará. 35 certo, porém, que. para orar,
é preciso ter esperanca. Mesmo que alguém nao tenha mérito algum,
mas se sinta caído do fundo do abismo, nüo deve deixar de orar. Reze
cheio de esperanga, e sairá de suas miserias. Para orar, basta ter
esperanza!
Com razáo. já se disse que há tres especies de suicidio:
— o suicidio daqueles que dizem: «Procuro morrer», e desferem
um golpe contra si;
— o suicidio daqueles que dizem: «Deixo-me morrer», e permitem
que a molestia os vitime, porque nao se querem tratar;
— o suicidio daqueles que dizem: «Deixo-me viver!», isto é. «vivo
sem rumo, sem ideal, sem esperanca; faco tudo que me venha a ima-
ginacao, porque nSo aspiro a coisa alguma». Éste é o pior ou o mais
desumano de todos os suicidios, pois nada há de táo radicalmente
contrario ao ser humano oomo a falta de ideal e de esperanza.
— 273 —
Estas reflexdes tém sua aplicaeüo oportuna na hora presente. A
tentacao do desánimo ou do desespero (ora mais, ora menos consci
ente) acomete a nao poucos cristáos colocados diante da presente crise
religiosa. Ora ceder a tal tentacao seria a pior dasi desgrasas. O cris
táo jamáis se abate, jamáis perde o seu ideal religioso, ideal susten
tado pela vitória do próprio Cristo no dia de Páscoa! Um cristáo triste
ou perplexo é um «triste» cristáo.
Os discípulos do Senhor sabem que as crises religiosas tém seu
sentido providencial. Deus permite que seus fiéis se vejam ás vézes
a bragos com a impiedade e a descrenca, mesmo dos que eram mais
fiéis e fervorosos. Já no século X («século de ferro» ou «obscuro»),
eomd no século XVI (século do humanismo paganizante), a Igreja
atrayessou fases muito penosas; o século XX nao é inédito, neste
particular. O que Deus intenciona em tais épocas de contestacáo da
fé e da virtude, é que seus fiéis trabalhem e lutem, sem dúvida, mas
também... que tomem viva consciéncia de que só Ele pode socorrer
e salvar decisivamente. Quando mais fráeos e despojados nos sentimos,
mais somos impelidos a procurar o Pai do céu, — Na verdade, Deus
quer dar grandes gracas á sua Igreja na hora presente, mas mediante
a ora^áo, como Ele mesmo ensinou: «Pedi e recebereis...» (Le 11,9).
Par conseguinte, os fiéis católicos, na situacáo atual mais do que
nunca, háo de orar, e orar com firme esperanca... Na situacáo atual,
... quando parece que menos do que nunca se valoriza e se pratica
a oracao.
E. B.
Amém.
— 274
PERGUNTE E RESPONDEREMOS »
Ano X — N* 115 — Julho de 1969
I. CIENCIA E RELIGIAO
— 275 —
4 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS? 115/1969, qu. 1
1. Automa$ao e Futuro
— 276 —
AUTOMACAO E VALORES HUMANOS
— 277 —
6 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 1
— 278 —
AUTOMACAO E VALORES HUMANOS
1) O homem
— 279 —
8 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 1
2) Religido
a) Historia e Religiao
— 280 —
AUTOMAQAO E VALORES HUMANOS
— 281 —
10 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 1
«Parece que ésse caminho, que vai do mito, passándo pela meta
física, até a política, seja o caminho encontrado pelo pensamento
oso
AUTOMACAO E VAL6RES HUMANOS 11
— 283 —
12 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969. qu. 1
3) A nova Ética
— 284 —
AUTOMACAO E VALORES HUMANOS 13
— 285 —
14 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 1
3. Conclusao
— 286 —
JESÚS CASADO? • 15
— 287 —
16 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 2
1. Judeus e virgindade
— 288 —
JESÚS CASADO? 17
3. Essénios e celibato
— 289 —
18 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 2
«Ao Ocidente (do lago Asfaltite, isto é, do Mar Morto) estáo ins
talados os essénios, á distancia da zona nociva do litoral. Povo soli
tario, o mais extraordinario povo que haja, sem mülheres, sem amor,
sem dinheiro. a viver na oompamhia das palmeiras. Todavía renovam-
-se regularmente, e seus recrutas lhes chegam em massa, gente can
sada da vida ou gente que os dissabores da sorte levam a adotar tal
modo de vida. Assim, após milhares de séculos. coisa incrivel, subsiste
um povo eterno, em que ninguém nasce. Déste modo, torna-se fe
cundo, gragas a éles, o arrependimento que os outros experimentam
a respeito de sua vida. Ao sul dos essénios, ergue-se a cidade de
Engaddi, que so cede a Jericó no tocante á fertilidade e as palmeiras,
mas que hoje está reduzida a um acervo de cinzas. Mais adiante,
encontra-se a fortaleza de Masada, na montanha, também ela afastada
do lago Asfaltite» («Historia Natural» V 17,73).
— 290 —
JESÚS CASADO? >. '
— 291 —
20 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 2
4. Virgindade e Cristianismo
III. ESPIRITUALIDADE
— 293 —
22 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 3
1. Os precedentes
2. A problemática do documento
1 ) Estruturas e contestajao
— 295 —
24 «PERPUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 3
— 297 —
26 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 3
3. As vías de solugao
1) Pré-noviciado
2) Noviciado
— 299 —
28 «PERGUNTE E. RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 3
— 301 —
30 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969 qu. 3
— 302 —
RENOVACAO DA VIDA RELIGIOSA 31
— 303 —
32 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 4
Pequeña bibliografía:
— ?,04 —
i AS SANDALIAS DO PESCADOR> ._J3
— 305 —
34 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969. qu. 4
— 306 —
«AS SANDALIAS DO PESCADOR» 35
— 307 —
36 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1968, qu. 4
2. Repensando o filme.. .
— 308 —
«AS SANDALIAS DO PESCADOR» 37
— 309 —
38 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 4
— 310 —
«AS SANDALIAS, DO PESCADOR» 39
— 311 —
40 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 4
— 312 —
«AS SANDALIAS DO PESCADOR» 41
4) Liberdade Religiosa
— 313 —
42 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969, qu. 4
3. Finalizando
— 314
CORRESPONDENCIA MIÚPA 43
CORRESPONDENCIA MIÚDA
Tamy (Florianópolis): «Há hoje em dia discussóes e estudos in
tensos entre teólogos sobre certos pontos doutrinais da Igreja Cató
lica. Em todos os Jados, há dúvida. E eu me pergunto: Tenho eu plena
certeza de que minha religiáo é, de íato, a verdadeira?»
— O Concilio do Vaticano II pediu aos teólogos procurassem
exprimir a doutrina católica de maneira clara e compreensível aos
homens de hoje. Em conseqüencia, os estudiosos vém desenvolvendo
arduo trabalho. Varias reformulacñes sao muito felizes, principalmente
as que se referem á S. Liturgia. Acontece, porém, que certos estu
diosos, no afá de revisionar, concebem proposicdes ou hipóteses que
se referem nao a pontos acidentais da mensagem católica, mas aos
próprios artlgos da fé: assim, por exemplo, á virgindade de Maria, á
existencia de anjos e demonios, ao pecado original, á confissáo auri
cular. .. Ouvem-se sentencas revolucionarias a respeito. — Ora tenha-
mos consciéncia de que o Credo nao mudou; Paulo VI, aos 307VI/68,
exprimiu-o de novo como sempre íoi professado; os íiéis católicos,
no momento presente, tém ai a exposicáo segura da fé católica. É
também de notar que os teólogos (embora possuam erudicáo) nao
pertencem a Igreja decante, mas, sim, á Igreja discente. Nao é a éles
que compete exercer o magisterio oficial e infalível da Igreja, mas
aos Bispos; os teólogos assessoram valiosamente o corpo episcopal,
mas estáo sujeitos aos Bispos, que Cristo instituiu como mestres em
sua Igreja (cf. At 2028-31).
O que está mudando na Igreja, sao proposicoes acidentais. Tais
mudancas, em vez de depor contra o Catolicismo, recomendam-:io,
pois mostram que está vivo e nao mumificado; a Igreja tem de tomar
novas expressdes para poder realizar a sua missáo entre os homens.
Estejamos certos, porém, de que a Igreja nao está em situacSo de
dúvida doutrinária, nem está retocando as proposicoes de fé, que Ihe
vém diretamente de Cristo.
O Cristianismo, para provar que é a Religiáo verdadeira, apre
sen ta, entre outros documentos, a Ressurreicáo de Cristo (sinial de
Joñas, conforme Mt 12, 39s). Nao se diz, de algum fundador de Reli-
giao, que tenha ressuscitado. Ora a proposicáo da ressurreicao de
Cristo parece corresponder a um fato inconcusso; com efeito, a critica
até hoje nao conseguiu explicá-lo como produto de fraude, alucinacáo
ou erro qualquer de Cristo ou dos discípulos de Cristo. Cf. «P.R.»
112/1969, pág. 148-159. A ressurreicáo coloca Cristo numa posigáo de
autoridade única em relac&o aos domáis filósofos e mensageiros que
apareceram na historia. — Mais aínda: considere que cada seita pro
testante tem seu fundador próprio; nao comeca com Cristo, mas com
determinado cristáo do século XVI para cá. Nao há razao, portante,
para duvidar da autenticidade do Catolicismo.
— 315 —
44 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 115/1969
— 316 —
melhor das hipóteses, os dentistas poderáo produzir um corpinho
humano, ao qual Deus podería infundir urna alma espiritual para que
se tornasse verdadeiro ser humano. Cf. «P.R.» 3/1957, pág. 3s.
4) A ressurreigáo dos corpos nao exige que se recolha a materia
do cadáver dispersa pelo mundo inteiro. Basta a mesma alma espiri
tual unida a qualquer materia pana que haja o corpo humano cor
respondente a tal alma. Cf. «P.R.» 25/1960, pág. 51-57.
Estéváo Bettencourt O.S.B.
RESENHA DE MVROS
Inseminacáo artificial
j :
.'.ai-
« P E R G U ÑTe É RESPONDEREMOS»
I pVte" cpmum '• • '•"
{pprte cpr ■ NCr$ 17,00
¿orte;péreo
■norte'.aér ."":.. " NCr$ 22,00
Número avulso de qualquer mes e ano..... ■ .••■ NCr$ 1,50
Número especial de abril• de' 1968>'.:.;..'.: NCr$ 3,00
Volumes encadernados: 1957 a 1963 (prego unitario) .. NCr$ 10,00
Volumes encadernados: 1964 e 1967 (prego unitario) .. NCr$ 15,00
UHDAgAO ADMINISTKACAO
Caixa postal 2.666 R«U* Senador Dantas, 117, sala 1134
zc.oo Tel.: 232-2C28
Rio de Janeiro (GB) Rio de Janeiro (GB) - ZOOS