Como todo brasileiro estou intrigado com a condição de
Ronaldinho (dito) fenômeno. Ontem, entre uma cerveja e outra, eu fazia algumas ponderações junto a um amigo sobre as insólitas histórias que tem acompanhado o nosso artilheiro. Afinal, o que o torna ainda um fenômeno? Seria o fato de que ele é um atacante importante e de peso, ou melhor, dizendo... acima do peso? A chuteira que fez criar bolhas no calcanhar para justificar o por que não te corrido? O amarelo sobressaindo muito mais do que o verde da camisa da seleção na estréia do Brasil contra a Croácia? A repentina febre e o britânica dor de cabeça, cuja pontualidade é conhecida por aparecer de oito em oito anos durante as Copas do Mundo? Engraçado que não soubemos dela no Real Madri, na lua de mel com Cicarelli (aliás, ter dor de cabeça numa lua de mel com Cicarelli é maldade neh!) ou na sua recente performance de Dj nas noites Suíças. Nas últimas apresentações o quadrado mágico esqueceu o coelho dentro da cartola e o lado mais fraco dele tem jogado com quem não sabíamos que havia sido convocado. Acho que nem o próprio Parreira sabia! Veja algumas declarações de alguns comentaristas durante o jogo contra os croatas e saiba exatamente do que estou falando: - “Ronaldinho passou a bola para... ninguém”. - “Ninguém... acompanhou Ronaldinho na linha de fundo”. - “Infelizmente Ronaldinho não jogou tudo que pode neste primeiro tempo de partida. Será que... ninguém disse para ele que o jogo havia começado?”. Faltam duas horas para começar o jogo contra a Austrália e sinceramente espero queimar a língua neste domingo, mas a única troca de passes que Ronaldinho (dito) fenômeno deve estar fazendo é num terreiro, por que dentro de campo “...ninguém” tá vendo.