sociedades subdesenvolvidas como o Brasil, mas assistindo ao filme Superman - O retorno - constatei que em Metrópoles, cidade norte-americana onde mora o citado herói, o equivalente ao SUS (Sistema Único de Saúde) também deixa falhas por lá. Combalido após o confronto com Lex Luthor, o inescrupuloso arquiinimigo interpretado pelo sósia do compositor Hebert Viana (Paralamas do Sucesso), Superman é levado para o hospital, mas salva-lo parecia impossível quando as seringas começaram a quebrar e os aparelhos entraram em curto circuito. Desolados, só restavam aos médicos hollywoodianos esperar pelo que nunca aconteceria na vida real – que o paciente se recuperasse sozinho. Mas poderia ser pior! - diria a família da aposentada Maria José das Neves, 72 anos, internada no Hospital Geral de Nova Iguaçu (RJ). Dada como morta, ela foi levada ao necrotério envolvida em um saco branco com zíper e lá ficou até a chegada dos familiares e da equipe da funerária, que constataram com horror que ela ainda se esforçava para respirar. A idosa retornou para a sala de reanimação, onde dessa vez teve morte definitiva. Por conveniência dos criadores do Superman o meteoro que trouxe o “homem de aço” ao planeta terra caiu nos EUA, mas não existe crime maior do que o descaso com todo um povo, e contra isso o cidadão brasileiro luta desde o primeiro minuto de vida.