Você está na página 1de 1

A serenata (Adlia Prado) Uma noite de lua plida e gernios ele viria com boca e mo incrveis tocar flauta

no jardim. Estou no comeo do meu desespero e s vejo dois caminhos: ou viro doida ou santa. Eu que rejeito e exprobo o que no for natural como sangue e veias descubro que estou chorando todo dia, os cabelos entristecidos, a pele assaltada de indeciso. Quando ele vier, porque certo que ele vem, de que modo vou chegar ao balco sem juventude? A lua, os gernios e ele sero os mesmos - s a mulher entre as coisas envelhece. De que modo vou abrir a janela, se no for doida? Como a fecharei, se no for santa?

Você também pode gostar