Neuristan Fernandes chama aqui a o sistema de feudalismo indgena. Sesmaria no detinha a ideia de propriedade, mas apenas de posse.

Isso explica a alta concentrao de renda, por conta de nossa origem. No existe o direito de ter acesso a propriedade, mas o de proteger a propriedade. Na Europa j foi feita vrias reformas agrrias inclusive j garantindo o acesso propriedade. Sc. XV e XVI, o reino de Portugal esteve unido com o de Castela, os espanhis. A regio da Galcia era muito perseguida pelos portugueses e pelos espanhis. Coimbra, Porto e Lisboa foram os locais onde os portugueses se refugiaram dos espanhis, depois que foram expulsos da Galcia. Nesse contexto surgiu a ideia das sesmarias. O rei de Portugal dividiu a regio da Galcia em vrios lotes para serem cultivados alimentos. Eram pequenas propriedades que visavam apenas o sustento do reino de Portugal que estava em reas mais ridas e com solo pobre. Isso deu muito certo em Portugal porque muitas pessoas foram para eles, resolveu-se o problema com a fome. Se no fosse cultivado aquelas reas, imediatamente era retirados da terra e davam-na a outra pessoas com prazo tambm para produzir. Aqui as terras eram muito ruins, no eram aradas nem preparadas para o cultivo. A fiscalizao fazia funcionar em Portugal, aqui no Brasil nunca houve fiscalizao. Por isso, grandes extenses de terras terminaram se acumulando na mo de poucas pessoas. Os ndios foram os primeiros a lavrar a terra. Raimundo Faoro. Em 1537, o indo tinha alma. Conforme o Papa etc. Em 1549, a populao indgena foi dizimada. A terra agora tinha dono, seja pela capitania hereditria ou pela sesmaria. Foi criado o primeiro governo geral: Tom de Souza (1 governador), Men de S, ...Coelho. O governo geral veio para organizar as capitanias e as sesmarias porque estavam com alta lucratividade. 1609 e 1611 foram criadas duas cartas rgias as quais conferem aos ndios o direito de posse da terra e que tambm no poderiam ser expulsos de l. 1680 ato institucional do indigenato (em primeiro de abril). Cria o instituo do indigenato.