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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO -
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Processo Te n° 07465/02
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do processo TC n" 07465/02 que trata de Recurso
de Reconsideração interposto pela servidora Hígia Maria Trigueiro Lucena, da Câmara Municipal de
Patos, contra decisão consubstanciada no Acórdão APL-TC 439/2007, que julgou irregular a
remuneração cumulativa dos cargos de Diretora Geral e Agente Administrativo por ela recebida nos
exercícios de 2001 e 2002, imputando-lhe o débito pelo valor recebido em relação a este último, no
montante de R$ 4.200,00, e
CONSIDERANDO que este Tribunal acatou o recebimento por parte da servidora da remuneração
integral do cargo de Diretora Geral, sendo este o cálculo que lhe é mais benéfico, conforme demonstrado
pela Auditoria;
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ANA TERESA NÔBREGA
PROCURADORA GERAL
S
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te n° 07465/02
Processo Te n° 07465/02
Em preliminar, sugiro que a questão levantada pelo Ministério Público seja resolvida em
definitivo por este Tribunal, incluindo-se expressamente no Regimento Interno a possibilidade ou não de
considerar-se válida a data da postagem na contagem dos prazos.
Até decisão definitiva, entendo que a praxe deva ser seguida e o recurso conhecido.
No mérito, observo que a situação descrita pela recorrente sobre o exercício de suas funções, além
de não suficientemente comprovada, é de evidente ilegalidade, implicando na inusitada situação de que
atuava como chefe e subordinada de si mesma. Em seguida, há nítida contradição nos argumentos, pois se
passa a afirmar que a situação era típica de servidor de carreira exercendo cargo comissionado. Se assim
era, então porque dedicar parte de seu tempo exercendo as funções do cargo efetivo?
Neste caso, a Auditoria demonstrou que além da acumulação ser ilegal havia total
incompatibilidade de horários.
Deve-se relembrar que este Tribunal acatou o recebimento por parte da servidora da remuneração
integral do cargo de Diretora Geral, composta de parcela fixa de R$ 600,00 e gratificação no valor R$
600,00, sendo este o cálculo que lhe é mais benéfico, conforme demonstrado pela Auditoria. Entretanto,
mesmo assim remanesceu excesso, pois a mesma recebeu também remuneração integral no cargo efetivo,
composta de parcela fixa e gratificação por atividade especial, caracterizando acumulação de
remuneração de cargos não acumuláveis por duplo motivo: ilegalidade e incompatibilidade de horários.
Proponho, então, que este Tribunal conheça o recurso e, no mérito, negue-lhe provimento,
mantendo, na íntegra, a decisão recorrida.