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sistêmica
A organização impactada pelas mudanças vindas do ambiente externo facilitou o
desenvolvimento da Abordagem Sistêmica. Veja as principais contribuições que
apoiaram a Teoria de Sistemas.
A Teoria da Forma (ou Gestalt) foi desenvolvida na década de 1940 por Max
Wetheimer e outros psicólogos alemães, que descreveram o fenômeno Phi, como “a
ilusão de movimento criado por imagens em sucessão rápida, como acontece no
cinema e nos letreiros luminosos”, o que significa que as pessoas enxergam os
objetos e os fenômenos em seu conjunto, explicando como elas percebem
o mundo dos objetos e eventos, que ofereceu importante fundamento
para a Teoria de Sistemas, “porque sua ideia básica (a ideia de que a finalidade
do conjunto define a natureza de suas partes) conduz a um raciocínio integrativo, que
considera qualquer objeto, evento ou sistema do ponto de vista do conjunto a que
pertence” (MAXIMIANO, 2010, p. 313-314).
Acompanhe que Maximiano (2010, p. 314-315) ainda comenta que na mesma época “o
enfoque sistêmico recebeu contribuições importantes do matemático americano Norbert
Wiener”, que participou do projeto que originou os mísseis inteligentes e muitos sistemas
automáticos da atualidade. Em uma das etapas desse projeto, Wiener verificou que “o
sistema que pretendia desenvolver poderia inspirar-se em um modelo de
autocontrole dos organismos vivos”, de forma que o sistema procura alcançar um
objetivo e deve informar-se continuamente sobre o comportamento do objetivo e sobre
seu próprio comportamento, a fim de fazer ajustes. O sistema também deve ser
organizado para ele próprio obter e processar as informações necessárias.
Ainda, o mecanismo que fornece a informação sobre o desempenho do
sistema e do objetivo é o feedback – o círculo de reforço da informação que
retorna ao sistema.
Por isso, Maximiano (2010, p. 315) comenta que “para designar esse novo campo da
ciência, que busca encontrar os elementos comuns no funcionamento das máquinas
e do sistema nervoso humano, Wiener utilizou a palavra cibernética”, cuja
ideia central é:
[...] se refere ao local mais próximo e imediato da organização. Assim, cada uma
tem o seu próprio e particular ambiente de tarefa que constitui o nicho onde ela
desenvolve suas operações e de onde retira seus insumos e coloca seus produtos e
serviços. Isso significa que no ambiente de tarefa estão os mercados utilizados (de
fornecedores, financeiro, de mão de obra, etc.) e os mercados servidos pela
organização (mercado de clientes) “(CHIAVENATO, 2014b, p. 72).
O ambiente específico ou ambiente tarefa é constituído pelos seguintes
elementos que envolvem diretamente cada organização: fornecedores,
clientes, concorrentes e agências reguladoras, são exemplos.
[...]. Nele a organização define o seu domínio, que representa as relações de poder e de
dependência de uma organização. Uma organização apresenta relações de
poder quando suas decisões e ações afetam as decisões e ações dos
demais componentes do seu microambiente. Pelo contrário, uma
organização apresenta relações de dependência, quando as suas
decisões e ações é que são afetadas pelas decisões e ações dos demais
componentes do seu microambiente (CHIAVENATO, 2014b, p. 73).
O macroambiente e o microambiente de uma organização
Um ambiente organizacional pode ser homogêneo ou heterogêneo, estável ou instável, e
suas respostas devem protegê-lo, o que acontece pelas relações que a organização
mantêm com seu ambiente. Para se adaptar ao ambiente, as organizações atuam com
previsão e planejamento, estrutura flexível, papéis de fronteira.
Por exemplo, o departamento de marketing pode buscar informações
atualizadas sobre os clientes, ou a área de inteligência competitiva pode realizar
um benchmarking como meio para conhecer melhor o que os
concorrentes ou empresas similares estão fazendo, pode, ainda,
promover fusões e empreendimentos conjuntos (joint venture) com
outras organizações do seu ambiente.