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MARKETING DE
RELACIONAMENTO
AULA 3
CONTEXTUALIZANDO
Sucesso nos anos 1990, os Pokémons voltaram com força total. A mais
nova febre agora é o Pokémon Go, um jogo de realidade aumentada
para smartphones. Por meio do GPS do celular, joga-se andando pelo mundo
real e caçando bichinhos virtuais. Esse aplicativo já foi mais baixado que
o Tinder e aumentou mais de US$ 7 bilhões o valor das ações da Nintendo desde
seu lançamento. Segundo Goes (2016), esse aplicativo foi disponibilizado aqui
no Brasil por apenas poucas horas em julho de 2016, porém logo saiu do ar, o
que não diminuiu em nada a animação das pessoas. Inclusive na época, antes
mesmo do jogo ser lançado oficialmente no Brasil, até já existia uma página
oficial, comunidades virtuais e fanpages. Pensando agora no nosso campo de
estudo, marketing de relacionamento, como você acha que as empresas
poderiam se beneficiar destas comunidades virtuais? Você acha que elas
oferecem apenas oportunidades ou podem também representar um perigo para
as empresas?
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TEMA 1 - MARKETING DIRETO: COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE (BTOC)
Você já deve ter recebido aquelas ligações chatas de vendedores
insistentes tentando fazer com que você compre algo, certo? Este seria um
exemplo de marketing direto, mas sendo utilizado da pior maneira possível.
Muitas pessoas ainda veem o marketing direto apenas como um simples canal
de distribuição que não possui intermediários ou uma forma de comunicação
direta com os consumidores. Mas na verdade, ele não é só isso.
Mala direta: envio de ofertas, amostras, anúncios etc. para os endereços das
pessoas, físicos ou virtuais (e-mails).
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impresso é invasivo e desperta atenção por si só (a pessoa recebe e já folheia
mesmo sem muito interesse). Na web ele é mais passivo, tem que chamar a
atenção do internauta para que este o acesse. Inclusive, segundo pesquisas,
consumidores que recebem catálogos impressos têm mais chances de comprar
online e gastam até 16% a mais em suas compras.
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para seus aparelhos e depois ouvi-los quando e onde quiser. Muitas empresas
têm integrado o podcast e o vodcast em seus programas de marketing direto na
forma de podcast com anúncios.
Enfim, aluno, como você pode ver, o marketing direto tem muitas
ferramentas, das quais várias, graças aos avanços tecnológicos, podem criar
interessantes oportunidades para as empresas se relacionarem com seus
clientes. Mas como Kotler e Armstrong (2007) alertaram, em todas elas, das mais
tradicionais as mais atuais, deve-se sempre utilizar a cautela para não ofender
os consumidores que podem considerar este tipo de marketing uma invasão de
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privacidade. As empresas devem oferecer valor real e não promover invasões
inconvenientes.
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Agora, antes de entender o que é coração, você precisa conhecer outro
conceito importante: crowdsourcing. Entre no link e assista ao vídeo para saber
o que é crowdsourcing:
https://www.youtube.com/watch?v=-UgI7Lwy8xI
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ideias para um novo conceito de apartamento para a terceira idade”
(BOSCO, 2013).
A Gafisa foi outra construtora que, em 2013, lançou o Follow – The Eureka
Building, "o primeiro prédio a ser feito com as ideias enviadas pelos usuários do
Facebook":
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de valor superior será obtida somente por meio do conhecimento profundo dos
clientes e de suas necessidades em conjunto com um atendimento
personalizado.
Saiba mais
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Os pesquisadores Berry e Parasuraman (1991) afirmam que a retenção
de clientes pode envolver quatro dimensões: (1) Financeiras – oferecer preços
melhores para quem já é cliente quando comprarem em maiores volumes ou
com mais frequência; (2) Sociais - manter um relacionamento permanente e
individual com o cliente e entre eles não só no ambiente de atividade da
empresa; (3) Customização - obter informações sobre necessidades e
preferências dos clientes para poder personalizar os produtos/serviços; (4)
Estruturais – integrar sistemas de informação, equipamentos, processos nos
quais o nível de interligação entre o cliente e a empresa aumentará assim como
os custos de mudança de fornecedor (MIRANDA, 2007).
Porém é importante fazer a distinção entre cliente retido e cliente fiel. Para
Miranda (2007), o cliente fiel é pouco sensível a preço, tem a intenção de
comprar mais e/ou frequentemente e também se torna um influenciador de
terceiros. Porém, um cliente retido pode não ser fiel, por exemplo, em situações
de monopólio, preço mais baixo ou, simplesmente por inércia. Miranda
(2007 p.13), citando Barnes (2001), afirma que “o tempo, a continuidade e a
duração da ligação são indicadores de retenção, mas não determinam se o
cliente é ou não fiel”. Ou seja, o cliente pode realizar várias compras, mas não
ser realmente fiel (MIRANDA, 2007).
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TEMA 4 - LEALDADE À MARCA
Veja este trecho de reportagem em que um usuário fala sobre a marca
Jeep:
Fonte: http://economia.uol.com.br/noticias/efe/2016/08/02/jeep-chega-aos-75-
anos-alimentando-paixoes-na-america-latina.htm
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Pirâmide da Lealdade
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nem sempre as pessoas conseguem explicar porque gostam tanto da marca e
geralmente são consumidores de longa data. Podem ser chamados de amigos
da marca porque existe realmente uma ligação emocional de amizade.
Saiba mais
Leia: https://advertising.amazon.com/pt-br/library/guides/brand-loyalty
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leais esperam que a marca esteja sempre disponível” (AAKER, 1998 p.19).
Portanto as empresas, além da satisfação, que é o mínimo esperado, devem
buscar a lealdade de seus clientes e, assim, manter com eles relacionamentos
vantajosos e de longo prazo.
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é direta e sem intermediários, tornando-se mais clara e aberta. Com isso, surge
um novo fenômeno: as comunidades virtuais de marca.
Para Kotler e Armstrong (2007), são espaços virtuais como blogs e outros
fóruns (mais atualmente redes sociais como Facebook) em que as pessoas
trocam opiniões e informações sobre questões de interesse comum.
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Outras vantagens das comunidades virtuais, segundo Kotler e Armstrong
(2007), é que os participantes destas comunidades desenvolvem um senso
muito forte de coletividade, o que se torna para os anunciantes um público bem
interessante, pois são pessoas com interesses comuns e fatores demográficos
bem definidos, que visitam as páginas das comunidades frequentemente, nas
quais dispensam um bom tempo, sendo, portanto, uma excelente oportunidade
de abordá-las.
Mas o que será melhor para a empresa? Qual dos dois tipos de gestão
das comunidades virtuais? Segundo os pesquisadores Almeida et al. (2012),
apesar de existirem muitas pesquisas sobre as comunidades de marcas virtuais
em relação a sua importância teórica e econômica, poucos estudos se
preocuparam em investigar diferenças entre as comunidades gerenciadas pelos
consumidores daquelas gerenciadas pelas próprias organizações.
TROCANDO IDEIAS
Caro aluno, agora você vai participar de um fórum no qual você deve
discutir como as empresas precisam lidar com as comunidades virtuais em
relação à propaganda boca a boca negativa para tentar minimizar seus impactos
indesejados.
NA PRÁTICA
Pesquise e comente, baseando-se no conteúdo ministrado, um exemplo
de:
SÍNTESE
Nesta aula você viu que o marketing direto pode ser uma arma importante
para criar e manter relacionamentos com seus clientes, já que ele tem o objetivo
de falar diretamente com o consumidor, contudo, deve ser usado com cuidado
para não ter efeito contrário! Outra forma de conquistar clientes é por meio da
customização, ou ainda, por meio de um novo conceito – a cocriação, em que
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os clientes participam de várias etapas do processo de desenvolvimento de
produtos/serviços.
REFERÊNCIAS
AAKER, D. A. Marcas: brand equity: gerenciando o valor da marca. Gulf
Professional Publishing, 1998.
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BERRY, L. L.; PARASURAMAN, A. Marketing Services: Competing
through Quality. Free Press, New York, NY, 1991.
BOSCO, T. Cocriação: uma porta para novas ideias e soluções. Wide. 01/07/2013.
Disponível em: <http://www.revistawide.com.br/design/cocriacao-uma-porta-para-novas-
ideias-e-solucoes#>. Acesso em 15 ago. 2016.
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INOCROWD: crowdsourcing, inovação e eficiência empresarial oriundas
da multidão. Exame. 30/03/2016. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/negocios/dino/noticias/inocrowd-crowdsourcing-
inovacao-e-eficiencia-empresarial-oriundas-da-multidao.shtml>. Acesso em: 8
ago. 2016.
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STONE, B. Marketing direto. NBL Editora, 1992.
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