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EADCON

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO


NA INSTITUIÇAO ESCOLAR

RECIFE – 2009
MARIA ROBERTA MARTINS DE ALMEIDA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
NA INSTITUIÇAO ESCOLAR

Relatório de Estágio supervisionado na Instituição


Escolar apresentado como requisito parcial à
conclusão do curso de Especialização em
Psicopedagogia Institucional da Eadcon.

RECIFE – 2009
MARIA ROBERTA MARTINS DE ALMEIDA
TERMO DE APROVAÇÃO

Relatório final de Estágio Supervisionado na Instituição Escolar


apresentado à EADCON – Educação Superior com Alta Tecnologia, como
requisito obrigatório para a conclusão do Curso de Especialização em
Psicopedagogia Institucional.

Conceito: A = ( Aprovado)
B = ( Aprovado)
C = ( Insuficiente)
D = ( Insuficiente)
E = ( Reprovado )

________________________________________________________________
Professor (a) Supervisor (a) de Estágio - EADCON

_____________________________________________________________
Coordenação de Pós-Graduação em Educação

RECIFE – 2009

______________________, _______ de _______________________ de 2009.


RELATÓRIO

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA

O tema escolhido foi devido ao desconhecimento e falta de um maior


esclarecimento por parte de alguns professores, familiares e equipe
pedagógica acerca de como se deve intervir no caso da problemática de
dificuldades de aprendizagem.

As dificuldades mais freqüentes encontradas nessa escola são as


dificuldades de aprendizagem em linguagem (leitura e escrita).

O processo educacional passa hoje por um desencontro de ações, uma


crise de comprometimento com as dificuldades de aprendizagem que se
apresentam em alguns alunos.
Esse descomprometimento acontece tanto na escola, como por parte
de muitos pais, tendo duas vertentes: um lado o professor que não tem
formação específica para trabalhar com este tipo de aluno e se vê em conflito,
e do outro o próprio aluno que é estigmatizado e se sente fracassado e
excluído do sistema de ensino que apenas privilegia as crianças com bom ritmo
de aprendizagem.
O interesse em discutir este tema decorre da necessidade de verificar
os conceitos, reconhecimentos e diagnósticos, visando a construção de novas
metodologias que evitem que as dificuldades resultem em fracasso escolar.
O aluno com dificuldades de aprendizado deve ser conduzido a vencer
barreiras através de estratégias eficazes.
Nesse estudo abordaram-se as dificuldades mais freqüentes que é o
de leitura e escrita.
Assim foi preciso abordar o tema recorrendo ao conhecimento teórico
de alguns autores e tentando apontar quais os caminhos mais adequados para
intervir neste problema.
Partindo da realidade plenamente constatada de que todos os alunos
são diferentes, tanto em ritmos evolutivos, aprendizagem, motivações, meio
cultural e social, etc., é necessário que a aprendizagem do aluno com a ajuda
do professor esteja ajustada ao nível que o aluno se apresenta. Propiciando
progressos e construindo uma educação de compreensão ao invés de
exclusão.

ANÁLISE DOS RESULTADOS

O QUE SÃO DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM?

A aprendizagem vem sendo estudada cientificamente desde o século


passado, embora tenha tomado maior espaço e relevância no meio acadêmico
entre as décadas de 1950 e 1970. Junto com os avanços obtidos com as
pesquisas, diversos conceitos foram apresentados como uma tentativa de
melhor explicar a aprendizagem e como se dá o seu processo. Apesar de
existir diferentes conceitos, todos eles concordam que a aprendizagem implica
numa relação bilateral, tanto da pessoa que ensina como da que aprende.
Dessa forma, a aprendizagem é mais bem definida como um processo
evolutivo e constante, que envolve um conjunto de modificações no
comportamento do indivíduo, tanto a nível físico como biológico, e do ambiente
no qual está inserido, onde todo esse processo emergirá sob a forma de novos
comportamentos.
A dificuldade de aprendizagem caracteriza-se pelo impedimento ou
bloqueio em uma ou mais área do conhecimento humano, podendo também
ser fator emocional.
Para que possa ser caracterizado um Transtorno de Aprendizagem
deve ser, primeiramente, observado se a criança está passando por problemas
familiares ou psicológicos. Em geral apresenta dificuldades na leitura, escrita,
cálculo, motora, e em habilidades sociais.
As dificuldades escolares podem ocorrer em tais situações:
• Quando há severo prejuízo do interesse da criança;
• Quando o desempenho global da criança está
prejudicado;
• Quando há prejuízo da atenção;
• Quando há prejuízo na cognição. Esta se subdivide em:
• Prejuízo na apreensão de informações;
• Prejuízo no processamento das informações
A presença frequente dessas dificuldades por mais de seis meses é um
dos indícios de que a criança precisa de acompanhamento sendo prudente o
encaminhamento a profissional capacitado para ver a causa de tal
comportamento.

O QUE CAUSA AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM?

Revendo o que foi dito o problema de aprendizagem pode ter vários


fatores, podendo também ser do seu meio cultural, a didática e método da
instituição escolar, como também algo mais sério e que precisa de
acompanhamento com neurologistas ou psiquiatras. As causas de não
conseguir aprender podem ser diversas.
É a partir do início escolar e ao longo do processo de aprendizagem
que ocorre os indícios de dificuldades de aprendizagem. Para que seja
confirmado a hipótese do transtorno é necessário que apresente-se de modo
intenso e frequente gerando uma dificuldade de aprendizagem grande na vida
do indivíduo que o impeça de compreender.

COMO IDENTIFICAR E AVALIAR AS DIFICULDADES DE


APRENDIZAGEM?

Os educadores geralmente são os que mais estão atentos as


dificuldades de aprendizagem. É importante ao educador estar atento aos
sinais de dificuldades que a criança apresenta. Lembrando que cada caso deve
ser avaliado particularmente.
Sobre dificuldades de aprendizagem encontramos inúmeros autores
que relatam que os sinais mais comuns para identificarmos uma possível
dificuldade de aprendizagem são:
A organização, coordenação motora, linguagem falada e escrita,
atenção e concentração, memória e comportamento social.
Permitindo aos profissionais de educação verificar se o aluno
apresenta ou não dificuldade de aprendizagem.
Após a identificação é imprescindível o acompanhamento por parte de
médicos e pessoas capacitadas para que ajude o indivíduo a desenvolver-se e
melhorar suas habilidades.

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM DA LEITURA

DISLEXIA

Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da


leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas
salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 5% e
17% da população mundial é disléxica.

A evolução progressiva de entendimento do que é dislexia, resulta do


trabalho de inúmeros estudos, marcando claros progressos sobre o
conhecimento do transtorno e várias conquistas.
Sabe-se que a dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência
expressiva de fator genético em suas causas, ou seja, ela é hereditária, o que
justifica que se repita nas mesmas famílias.
Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e
uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer
envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa,
não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.
Os sinais indicadores da dislexia são: A dificuldade de ler, escrever e
soletrar mostra-se por dificuldades diferentes em cada faixa etária e
acadêmica.
Para crianças em fase pré-escolar as principais dificuldades são:
Aquisição tardia da fala, lentidão no vocabulário, problemas em seguir rotina,
dificuldade em aprender cores, números e copiar seu próprio nome, dificuldade
em pegar bola, não memoriza nomes ou símbolos, e falta de habilidade para
tarefas motoras finas (como abotoar, amarrar sapato,...). Os sintomas podem
ser percebidos em casa antes mesmo de se chegar à escola. Ao ser
identificado o transtorno deve-se procurar uma ajuda especializada.
O diagnóstico preciso favorecerá o desenvolvimento da criança e evita
problemas futuros como a rotulação do aluno como desinteressado.

CAUSA DA DISLEXIA

As causas da dislexia são genéticas e neurobiológicas. Os limites entre a


dislexia e a normalidade são muito imprecisos. Ambos são pontos de um
mesmo conjunto, que inicia com a aquisição da leitura normal e termina na
dislexia em seus diversos graus e subtipos.

Junto ao quadro da dislexia cabe ressaltar a existência de comorbidades, ou


seja, sempre temos associado ao problema da leitura, outro problema como o
da escrita, do cálculo matemático ou mesmo da atenção e do ambiente
interferindo em conjunto, portanto podemos considerar as formas puras como
sendo quase uma exceção à regra, tornando o processo diagnóstico.

Antes de atribuir a dificuldade de leitura à dislexia, os pais e professores


deverão descartar os fatores a seguir juntamente com um parecer clínico:
imaturidade para aprendizagem; problemas emocionais; métodos defeituosos
de aprendizagem; ausência de cultura; incapacidade geral para aprender.

Para fazer um trabalho de qualidade com o aluno portador de dislexia a escola


deve ter uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, fonoaudiólogos
e psicopedagogos clínicos, os quais devem iniciar uma minuciosa investigação
para diagnosticar o distúrbio e verificar a necessidade do parecer de outros
profissionais, como neurologistas, oftalmologistas e outros, conforme o caso.

Para diagnosticar se a pessoa é portadora da dislexia é necessário descartar


alguns fatores muito comuns tais como: dificuldades auditivas e visuais, lesões
cerebrais (congênitas ou adquiridas), falta de afetividade, fracasso escolar e a
hiperatividade. Depois de descartado todos estes fatores, com a ajuda de
profissionais especializados, é necessário conhecer o parecer da escola, dos
pais e levantar o histórico familiar e o desenvolvimento do aluno desde sua
concepção.

Se tratado em tempo, o disléxico pode contornar sua dificuldade na leitura e na


escrita, mas não deixará de ser disléxico. Procedimentos didáticos adequados
possibilitam ao aluno vir a desenvolver todas as suas aptidões, que são
múltiplas.

O QUE PODE SER FEITO?

Muitas coisas podem ser feitas para ajudar as crianças e os adultos. Depois de
detectada a Dislexia, cabe à escola, juntamente com o professor, incluir este
aluno na sala de aula, trabalhando de maneira diferenciada. Mesmo com um
trabalho diferenciado, a criança nunca deixará de ser disléxica, mas poderá ter
uma vida escolar quase “normal”, podendo aprender a ler e escrever como os
demais, apesar das dificuldades que possui.

Para trabalhar com a criança disléxica, o professor necessita ser capacitado e


ter conhecimento à cerca da dislexia. Ele precisa saber o que é a dislexia, sua
causa, bem como saber diagnosticar a mesma. Com essas informações o
professor pode trabalhar com o aluno em sala de aula, não deixando que este
se sinta excluído e com autoestima baixa.

A principal característica dos disléxicos é a dificuldade da relação entre a letra


e o som (Fonema - Grafema), a metodologia mais indicada na sala de aula é o
método fônico. Deve-se também treinar a memória imediata a percepção visual
e auditiva. O método multissensorial, cumulativo e sistemático é o mais
adequado para se alfabetizar a criança. Ou seja, deve-se utilizar ao máximo
todos os sentidos (visual, auditivo, cinestésico e tátil), em conjunto com o
ensino afetivo, para melhorar a auto-estima, para poderem vencer,
academicamente, na escola e na universidade. Um exemplo básico é poder ler
e ouvir enquanto se escreve. O disléxico assimila muito bem tudo que é
vivenciado concretamente.

A chave para o sucesso é reconhecer as diferenças de aprendizagem e dos


estilos de aprendizagem e adaptar o ensino, o desenvolvimento de matérias e
a estruturação do ambiente de aprendizado a tais diferenças.

A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

A psicopedagogia nasceu como uma ocupação empírica pela


necessidade de atender as crianças com dificuldades na aprendizagem, cujas
causas eram estudadas pela medicina e psicologia. Com o decorrer do tempo,
o que inicialmente foi uma ação subsidiária destas disciplinas, perfilou-se como
um conhecimento independente e complementar, possuidor de um objeto de
estudo (o processo aprendizagem) e de recursos diagnósticos, corretores e
preventivos próprios.

A intervenção psicopedagógica veio introduzir uma contribuição mais


rica no enfoque pedagógico. O processo de aprendizagem da criança é
compreendido como um processo pluricausal, abrangente, implicando
componentes de vários eixos de estruturação: afetivos, cognitivos, motores,
sociais, econômicos, políticos etc. A causa do processo de aprendizagem, bem
como das dificuldades de aprendizagem, deixa de ser localizada somente no
aluno e no professor e passa a ser vista como um processo maior com
inúmeras variáveis que precisam ser apreendidas com bastante cuidado pelo
professor e psicopedagogo.

Um outro problema bastante grave a ser ressaltado é uma concepção redutora


do modelo piagetiano que tem sido adotada em boa parte dos cursos de
Pedagogia, no qual são privilegiadas apenas as colocações iniciais da sua
obra. Ela tem direcionado os professores a conceberem o processo de ensino-
aprendizagem de uma maneira estática, universalista e atemporal. Com isto
ficam de fora as contribuições mais importantes de Piaget em relação aos
processos de equilibração e reequilibração das estruturas cognitivas.

O educador já não se defronta com um processo linear de crescimento e


desenvolvimento, tanto no desenvolvimento intrínseco como na expressão,
mas com um realizar-se descontínuo no qual fases e períodos se entrecruzam,
se opõem dialeticamente, oposições de que resulta uma nova estruturação.

Portanto, na formação de professores é preciso conceber a escola como um


ambiente educativo, no qual trabalhar e formar não sejam atividades distintas.
Essa formação deve ser vista como um processo permanente integrado no dia-
a-dia dos professores – vistos como protagonistas ativos nas diversas fases do
processo de formação –, devendo este voltar-se para os desenvolvimentos:
pessoal, profissional e organizacional.

O processo de intervenção/assessoria assumiu um caráter eminentemente


pedagógico e resultou de uma demanda do seu corpo docente e administrativo,
a qual se expressava na necessidade de reestruturação curricular e no
aprofundamento teórico do seu corpo docente.

O fundamental é perceber o aluno em toda a sua singularidade, captá-lo em


toda a sua especificidade, em um programa direcionado a atender as suas
necessidades especiais. É a percepção desta singularidade que vai comandar
o processo e não um modelo universal de desenvolvimento. Isto porque o uso
do modelo universalista camufla normalmente uma concepção preestabelecida
do processo de desenvolvimento do sujeito. Na intervenção psicopedagógica
deve-se evitar as chamadas "profecias auto-realizadoras", isto é, prognósticos
que o professor lança a respeito do processo de desenvolvimento de seu aluno
sem levar em consideração o seu desempenho.

É preciso que o professor ou psicopedagogo também altere a sua forma de


conceber o processo de ensino-aprendizagem. Ele não é um processo linear e
contínuo que se encaminha numa única direção, mas, sim, multifacetado,
apresentando transformações bruscas. O processo de ensino-aprendizagem
inclui também a não-aprendizagem e o aluno vinculado a ele (uma vez que
pode se recusar a aprender em um determinado momento). O chamado
fracasso escolar não é um processo excepcional que ocorre no sentido
contrário ao processo de ensino-aprendizagem. Constitui, sim, exatamente a
outra face da mesma moeda, o seu lado inverso. O saber e o não-saber estão
estreitamente vinculados. O não-saber se tece continuamente com o saber.
Com isto queremos dizer que o processo de ensino-aprendizagem, do ponto de
vista psicopedagógico, apresenta sempre uma face dupla: de um lado a
aprendizagem e do outro a não-aprendizagem.

A Psicopedagogia, com base na Psicanálise, revela que o conhecimento e o


saber não são apreendidos pelo sujeito de forma neutra. Dentro do sujeito há
uma luta entre o desejo de saber e o desejo de não-saber. Este processo
acaba por estabelecer para o sujeito determinadas posições a priori da
assimilação e incorporação de quaisquer informações e/ou processos
formativos. Diante do uso de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos o
sujeito pode se direcionar tanto para o desejo de saber quanto para o desejo
de não-saber. Este paradoxo é grave porque se liga ao problema que é talvez
hoje o mais escaldante, e que é o problema da transmissão do saber.

Quando se assinala a importância da constante reciclagem do professor não é


porque as teorias simplesmente mudaram, mas porque os símbolos se
retificaram impedindo o professor de estabelecer um melhor contato com os
seus alunos. As estruturas de alienação no saber enquanto sistemas
simbólicos acabam por se constituir em um sistema de crenças a respeito do
fazer pedagógico, impregnando de forma irreversível o processo de atuação do
professor.

É importante que o professor perceba que a forma como a criança reage ao


objeto não é simplesmente um produto do processo da sua interação com o
objeto no momento, mas um produto de sua história pessoal e social. Ao ser
apresentada a um material pedagógico ou brinquedo, a criança pode bater ou
jogar o material no chão, mordê-lo, olhá-lo fixamente, perguntar a uma outra
pessoa de quem é o material etc. Isso porque as estruturas individuais de
alienação no saber refletem verdadeiros maneirismos que antecedem o próprio
processo de ensino – aprendizagem.

Com as chamadas crianças normais, este processo de transição é muito


rápido e pouco percebido. Com as chamadas crianças excepcionais, ele se
revela mais claramente, refletindo o processo duplo de implantação da
aprendizagem: a do desejo de aprender e a do desejo de não aprender.

A Educação Especial e a Psicopedagogia propiciam esta forma mais


aprofundada de se trabalhar com o aluno. Elas levam em consideração as
necessidades específicas de cada aluno, privilegiando-se a "escuta" do que
está realmente acontecendo naquele momento. Isso porque o sistema
simbólico e imaginário do aluno é único, não se devendo lidar com ele a partir
de esquemas generalizadores.

Em síntese, os objetos utilizados na aprendizagem não têm uma existência


neutra. Eles refletem o próprio processo interior do aluno e do professor. Se o
professor não souber, em algum momento, trabalhar aprofundadamente com o
material introduzido, os alunos perceberão a sua postura insegura.

O uso de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos, do ponto de vista


psicopedagógico, necessita da percepção do contexto em que se encontram
inseridos. É preciso que o professor e/ou psicopedagogo identifiquem a matriz
simbólica anterior do objeto, para entender melhor as necessidades e
dificuldades mais imediatas dos alunos.

Mas, a intervenção sobrepõe-se à simples tarefa de educar, procurando mediar


à criança ao conhecimento. Tendo a interferência do profissional dentro do
desenvolvimento e aprendizagem do sujeito (aluno), quando o mesmo
apresenta algum problema que o afasta do conhecimento.

A intervenção consiste em criar situações em que o sujeito é chamado a agir


mentalmente, procurando se estruturar e organizar, desenvolvendo os aspectos
corporais, intelectuais e afetivos.

Todo diagnóstico psicopedagógico é uma investigação. É o esclarecimento de


uma queixa, do próprio aluno, da família, da escola. Nessa investigação,
pretende-se obter uma compreensão global da forma de aprender do sujeito e
dos desvios que estão ocorrendo nesse processo.

Muita queixa de dificuldades na aprendizagem, tem a causa relacionada a


procedimentos pedagógicos e avaliativos, pelo despreparo de professores,
metodologias e programas de ensino inadequados. Para que a intervenção
tenha êxito é preciso um trabalho em conjunto e articulado com a família e a
instituição escolar.

O diagnóstico psicopedagógico não se refere apenas à prescrição de


orientações para alunos em particular, mas aborda outros assuntos de caráter
mais geral derivados de discussões sobre alunos com dificuldades, do
desenvolvimento das orientações e, também, da análise conjunta de dúvidas
ou questionamentos sobre assuntos didáticos. Desta forma, a psicopedagogia,
além de ajudar a resolver problemas, intervém de uma forma mais preventiva e
institucional, evitando o aparecimento de outros.

Nesta caminhada a visão psicopedagógica possibilitou uma mudança de


postura frente à aprendizagem assistemática e sistemática, impulsionando o
nosso desejo de buscar novas fontes constantemente, fazendo aqueles com
dificuldades de aprendizagem sentirem-se cada vez mais sujeitos históricos
aprendentes, capazes de enfrentar desafios, abrindo novos espaços de
conquistas, tornado a construção para o novo milênio a possibilidade de uma
sociedade e seres mais Humanos.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGOGIA NA


INSTITUIÇÃO (ESCOLA)

ATUAÇÃO FAMILIAR X ESCOLA

Como se sabe, a formação da criança e do adolescente é um dever


compartilhado pela família, pela sociedade e pelo Estado. Como a "sociedade"
é um ator plural e impreciso, os dois principais atores chamados a responder
pela educação de crianças e jovens são a família e a escola (representante do
Estado, no caso das instituições públicas). E é justamente a delicada relação
entre família e escola que mobiliza as preocupações dos educadores.

Abrir as portas à participação de familiares e comunidade ajuda os alunos a ter


sucesso na vida escolar e colabora para diminuir a evasão e a violência.

A escola de hoje precisa dos pais, para que incentivem seus filhos e propicie
também eles, uma boa formação para nossas crianças e adolescentes. Pais e
mães são, portanto, parceiros da escola. Devem ser chamados não apenas
quando surgem problemas ou advertências. Devem sentir-se parte do processo
educativo, contribuir para a definição da proposta político-pedagógica da
escola, compreender a importância da educação de seus filhos.

PRATICA DO DOCENTE

A sociedade vem sofrendo grandes transformações em sua


estrutura social, econômica e política, estabelecendo novas relações
sociais, passando a exigir da escola a formação de um novo aluno, capaz
de atuar na sociedade, de maneira a transformá-la. A formação cidadã vem
sendo destacada como necessária, para que os cidadãos possam contribuir
na construção de novos valores calcados na solidariedade, pois as novas
relações sociais estabelecidas estão provocando a exclusão social das
classes menos favorecidas.
Com as profundas modificações ocorridas no mundo do trabalho
trouxe novos desafios para a educação. Neste mundo globalizado, onde a
informação se dá de forma contínua e em vários espaços, o professor tem
como desafio organizar sua prática pedagógica, procurando estimular e
instigar nos alunos a vontade de aprender. Desafiando para um saber que
esteja relacionado com a vida cotidiana deste aluno e em contexto com o
mundo atual.
Com essas transformações a escola é desafiada a repensar seu
papel diante o meio social, formando alunos mais capazes para o
desenvolvimento de habilidades cognitivas e condutas que facilitem o
enfrentamento de situações dinâmicas. A escola deve preparar o aluno para
a comunicação em massa, para resolver problemas práticos utilizando
conhecimentos científicos, buscando se aperfeiçoar continuamente com
responsabilidade, criatividade e criticidade.
Nesta perspectiva, o professor precisa trabalhar de maneira
construtivista, onde os alunos constroem o seu conhecimento a partir da
interação com objeto, o professor torna-se mediador entre conhecimento e
o aluno. Para tanto, o professor pode utilizar vários tipos de recursos e
metodologias para desenvolver os conteúdos em sala de aula, utilizando
recursos audiovisuais, textos reflexivos, jogos didáticos, sair do espaço sala
de aula partindo para pesquisa de campo e outras estratégias para facilitar
a interação do aluno com o conhecimento, do aluno com sua realidade.
A falta de material didático é outro problema que afeta a vida do
docente,  além do ensino descontextualizado e desvinculados da realidade

do aluno. O foco do ensino é centrado numa concepção estruturalista, onde


se busca ensinar através de memorização, escrita desconectada da vida
social.
O papel do professor é reconhecer a importância da capacidade
mental do aluno e ativá-la, planejando atividades e substituindo materiais de
papelaria por outros alternativos. As situações do planejamento e reflexão
contribuem para a prática pedagógica, pois registram as ações que fazem
uma pessoa única. Através da realidade escolar, das necessidades
constatadas pelo aluno em formação e, até mesmo, o professor orientador,
busca-se a construção do conhecimento e da aprendizagem. Nesse
sentido, a trajetória de formação profissional se dá, também de modo
institucional.
É preciso propiciar um ensino que alie a teoria com a prática. Tendo
como trabalho pedagógico mais indicado para aliar teoria à prática o
trabalho com projetos. Um projeto educativo pode ser tomado como
promessa frente determinadas rupturas. Permitindo clarificar a ação
educativa da instituição educacional em sua totalidade.

O LÚDICO E A PRATICA PEDAGOGICA


O atual paradigma de competência repousa em uma ação humana
criativa, contextualizada, adequada à realidade, respaldada no conhecimento
científico e realizada com muita maturidade emocional.

Aprender a lidar com o desconhecido, com o conflito, com o inusitado,


com o erro, com a dificuldade, transformar informação em conhecimento, ser
seletivo e buscar na pesquisa as alternativas para resolverem os problemas
que surgem são tarefas que fazem parte do cotidiano das pessoas.

A escola, no cumprimento da sua função social, deve desenvolver nas


crianças e jovens que nela confiam a sua formação, competências e
habilidades para prepará-los para agir conforme as exigências da
contemporaneidade.

Somos estimulados continuamente, através de sons e imagens, a


perceber um mundo plural, colorido, virtual, interligado. É através do lúdico que
resgata o prazer de aprender, facilitando e enriquecendo a aprendizagem.
Instigando o ato criador e recriador, crítico, aguçando a sensibilidade, o espírito
de liberdade e a alegria de viver.

O ambiente lúdico propicia uma educação realmente voltada para a


formação nos seus aspectos éticos, cognitivos, afetivos, estéticos, corporais e
sociais atentando para a importância do prazer, da alegria nos mais variados
espaços e tempos. A dimensão lúdica permite ao professor questionar-se
quanto a sua postura e conduta em relação ao objetivo prioritário de
proporcionar aos alunos um desenvolvimento do ser humano, integral na qual a
competência técnica combina com o compromisso político.

PROJETO RECONTANDO AS FÁBULAS

Considerando que a fábula é uma tipologia textual que instiga discussões e


reflexões a respeito da moral, e em vista da necessidade de ampliar o
repertório lingüístico do aluno, bem como, aprimorar o nível de escrita, serão
desenvolvidas estratégias que viabilizem tais metas, através de um projeto
didático intitulado: RECONTANDO AS FÁBULAS. Neste, o educando
vivenciará de forma lúdica e prazerosa, o ato de ler e produzir textos.
A partir do compartilhamento e leitura de fábulas associado aos conhecimentos
dos alunos sobre este gênero textual, suas pesquisas e suas vivências busca-
se um trabalho integrado e estímulo para o aluno adquirir o hábito da leitura.
A diversidade de situações e leituras propõe os alunos à familiarização com a
linguagem escrita e oral. O contato dos alunos com muitas histórias de
fabulistas consagrados tem como meta a produção dos alunos com reescrita,
elaboração de um livro de fábulas e uma mostra literária com alunos da escola
de acordo com o decorrer dos conhecimentos adquiridos ao longo do projeto.

OBJETIVOS E CONTEÚDOS

Despertar no aluno o prazer pela leitura, possibilitando o


desenvolvimento de competências que visem torná-lo leitor e produtor
competente de textos, através do gênero literário fábula, aproximando-se ao
máximo da estrutura e do léxico, apropriado nesse tipo de texto. Neste projeto
que tem duração de três meses, os alunos se familiarizarão com histórias que
povoam o imaginário e que relata valores éticos, comportamentos, mensagens
para sua vida. Através da atividade com fábulas, pode-se despertar no aluno o
hábito da leitura e da escrita, da criação e produção, favorecendo o
desenvolvimento criativo dos alunos, através de diferentes expressões, tais
como: desenhos, músicas, produções de textos e dramatizações.

METODOLOGIA

• Motivar os alunos para conhecer alguns autores de fábulas (Esopo, La


Fontaine, Leonardo da Vinci)
• Proporcionar espaço para os alunos expressarem as suas opiniões e
comentários
• Conversar sobre o que é uma fábula
• Disponibilizar para os alunos diversas fábulas
• Criar fábulas através da linguagem gráfica ou escrita
• Leitura fílmica (Bee movie e Patinho feio).
• Aula na sala de multimídia (discussão sobre as características do
gênero, apresentação de fábulas e releituras).
• Leitura de fábulas para um contato mais freqüente com o gênero.
• Reconto de fábulas trabalhadas.
• Criação de fábulas, inclusive com dados modernos.
• Confecção de avisos de porta, em madeira, para exposição na Mostra
de Fábulas.
• Dramatização, pelos (as) alunos (as) de uma fábula criada.
• Culminância do projeto, com a participação da família, através de uma
Mostra (no dia 00/07/09).

Atividades

• Incentivar os alunos para que escolham uma ou duas fábulas e leiam


• Dividir a turma em grupo
• Cada grupo escolhe uma fábula e dramatiza para a turma
• Criar novas fábulas com questões do dia a dia e ilustrá-las
• Montar um mural com as fábulas
• Organizar com a turma um livro com as fábulas criadas
• Visitar sites para conhecer outras fábulas

Desdobramentos

Língua Portuguesa

o Vocabulário
o Ortografia
o Produção de texto

Artes

o Histórias em quadrinhos
o Músicas
o Desenhos
o Dramatizações

História

o As regiões
o Os costumes
o A maneira de expressar-se

Produção Final

• Confecção de um livro de fábulas, realizado a partir dos trabalhos dos


próprios alunos.

AVALIAÇÃO
Observação através de registros do desenvolvimento das habilidades,
da participação e do interesse do aluno, durante a execução dos

CONTEÚDOS.
• Ampliar o repertório linguístico.

• Reconhecimento da tipologia textual.

• Dramatização do gênero textual.


• Produção de texto, modificando a tipologia: história em quadrinhos,
poema, música...

• Produção analisando as seguintes regularidades: seqüência lógica,


regras ortográficas, sistema de pontuação...

• Narração de fatos do cotidiano, relacionadas à moral da história.


Descrição dos personagens e ambientação.

• Utilização do dicionário, como fonte de pesquisa. Leitura como fonte de


fruição estética, entretenimento e também para: revisar estudar e
escrever.

SUGESTÕES DE ATIVIDADE COM JOGOS

O uso de jogos na construção da aprendizagem propicia aos estudantes


percepção, maior reflexão, conhecimento de regras e entendimento do mundo
que nos cerca estimulando o desenvolvimento intelectual do educando.

PALAVRAS CRUZADAS

Proporciona entretenimento de qualidade e acima de tudo de


aprendizado, pois preencher estes tipos de passatempos é um excelente
exercício de raciocínio que estimula o aprendizado em todas as faixas etárias.

JOGOS DA MEMÓRIA

Proporciona e estimula a percepção e memorização.

JOGO DOS 7 ERROS

Passatempos lúdicos que tem por objetivo estimular o poder de


observação e raciocínio.

SUDOKU

É um tipo de quebra-cabeça baseado na colocação lógica dos números.


O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada uma das
células vazias numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas
regiões.

Este tipo de atividade numérica contém algumas pistas iniciais. Cada coluna,
linha e região só pode ter um número de cada um do 1 a 9. Resolver o
problema requer apenas raciocínio lógico, paciência e algum tempo.

Os problemas são normalmente classificados quanto à sua dificuldade de


resolução, como fácil, médio e difícil.
BINGO DE PALAVRAS

Cada aluno fica com uma cartela do bingo. As cartelas são formatadas e
ilustradas conforme as rodadas - definimos as seguintes rodadas "temáticas":

• Rodada das frutas;


• Rodada dos esportes;
• Rodada dos animais.

Em cada rodada, os alunos (em duplas) preencheram as cartelas, escrevendo


as palavras correspondentes ao tema da rodada. Assim, por exemplo, na
rodada das frutas, as cartelas foram preenchidas com nomes de frutas que os
alunos já conheciam.

Enquanto os alunos preenchiam as cartelas, a professora anotava as palavras


escritas, de forma a preparar as papeletas do sorteio.

Terminado o preenchimento das cartelas, já estávamos com a lista de palavras


do sorteio prontas e começamos a sortear as palavras.

Se a dupla tivesse a palavra sorteada em sua cartela, ela marcava a cartela. A


dupla que preencher a cartela é a vencedora da rodada, mas só termina a
rodada assim que todas as duplas completarem sua cartela.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As dificuldades de aprendizagem têm etiologia multifatorial. Portanto, sua


abordagem pode demandar, conforme o caso, a participação de profissionais
de diferentes formações – educador (professor, pedagogo, orientador
educacional da criança), médico (pediatra, neurologista, psiquiatra),
fonoaudiólogo, neuropsicólogo, psicólogo, assistente social, psicopedagogo,
terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, assistente social, educadores na área de
artes e educação física – caracterizando avaliação e intervenção multi e
interdisciplinares.

A identificação da dificuldade de aprendizagem possibilita o reconhecimento


precoce de problemas que, mesmo quando não apresentam solução definitiva,
permitem encaminhamento e intervenção adequados pela equipe
multidisciplinar, que inclui sempre a escola e a família, para acompanhamento
e desenvolvimento do potencial da criança.

As pessoas envolvidas no processo educativo sentem necessidade de saber


como as crianças pensam, se desenvolvem, adquirem conhecimento do
mundo. Para atender a essas necessidades procura-se estudar, pesquisar,
aprender.

Levando-se em consideração a vida diária de um professor, observa-se o


surgimento de fatos que não lhe são comuns, confusos e até preocupantes.
Isto acontece quando o mesmo depara-se com crianças que têm dificuldades
em aprender. Apesar de ter estudado algo sobre a aprendizagem o professor
às vezes se sente impossibilitado quando se defronta com tais obstáculos,
quando surge uma criança que não pára no lugar, não consegue aprender, por
mais tentativas que se faça, a lacuna na compreensão do ser humano se
apresenta em toda sua grandeza.

Os professores não devem colocar ao serviço da seleção social, isto é,


voltarem-se apenas aos que aprendem facilmente e têm bom ritmo, isto é a
parte mais fácil de ensinar. As crianças que dependem deles e cujo futuro se
construirá fundamentalmente através da dedicação e competência do
professor, são essas, que apresentam alguma interferência na aprendizagem
na interação com essas crianças que o professor vai corresponder ao ideal do
mestre, enfrentará dificuldades e a cada sucesso alcançado, saberá que valeu
a pena ter vivido.

Frente às dificuldades escolares as crianças apresentam um declínio no prazer


da aprendizagem logo que se deparam com os primeiros obstáculos. Vale a
pena ressaltar que o rótulo deixa conseqüências nos alunos que, muitas vezes,
são mais maléficas do que o não acompanhamento dos conteúdos escolares
ou o fato de tirar notas baixas nas provas e exames. É por isso que
gostaríamos de chamar a atenção para o fato de que as dificuldades de
aprendizagem podem ser armadilhas que precisam ser transpostas.

Nesta perspectiva, a psicopedagogia tem um papel relevante no diagnóstico e


prevenção das dificuldades de aprendizagem. O profissional que atua em
Psicopedagogia pode ser muito importante tanto na prevenção quanto no
diagnóstico das dificuldades de aprendizagem, pois somente conhecendo o ser
humano em sua natureza própria, nas relações entre seus membros
constitutivos e o mundo é que pode-se conseguir uma aproximação com a
criança.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: Informação


e documentação - Resumo – Apresentação. Rio de janeiro, 2003

BRENELLI, R. P. O jogo como espaço para pensar. Campinas: Papirus,


1996. 208p

COLLARES, C.; MOYSÉS, M.A. Preconceitos no cotidiano escolar – ensino


e medicalização. Campinas: Cortez, 1996

FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1995.


____________e PALACIOS, M. Os processos de leitura e escrita - novas
perspectivas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto


Alegre: Artes Médicas, 1986.

FREIRE, P. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.


__________. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1994.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros, Belo Horizonte:
Autêntica,
2001.
__________. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003

VYGOTSKY, L. S. A. formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,


2002.
ANEXOS
INDICE DE EVASÃO E/OU DESISTÊNCIA

Escola Estadual Mariano Teixeira (escola do estagio)

Obs.: Neste gráfico não consta os alunos reprovados que é em média 2


28 a 35% ao ano.
FICHA DE REFERENCIA DO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
(usado na entrevista)

I. DADOS DA IDENTIFICAÇÃO:

NOME: Maycon Douglas dos Santos


DATA DE NASCIMENTO: 11/01/1993 IDADE: 16
SÉRIE: 5º SEXO: Masculino
PAI: Roberval dos Santos
MÃE: Adja Pereira dos Santos
CIDADE ONDE RESIDE: Carpina-PE

II. QUEIXA PRINCIPAL:


Dificuldade em ler e desistência desinteresse pelo estudo.

III. PROVIDÊNCIA TOMADA ATÉ O MOMENTO:


Nenhuma seja pela coordenação como pela família.

IV. ASPECTOS OBSERVADOS:


Demonstra uma boa visão e audição. Ele queixa que se sente
desestimulada com os assuntos escolares, gosta mais de esporte e ouvir
música . Os pais são separados, visita o pai geralmente dois finais de semana
no mês e uma temporada com a mãe.
FICHA DE REFERENCIA DO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
(usado na entrevista)

V. DADOS DA IDENTIFICAÇÃO:
NOME: Jessiane Oliveira dos Santos
DATA DE NASCIMENTO: 16/09/1997 IDADE: 12 anos
SÉRIE: 5ª SEXO: Feminino
PAI: Misael Ferreira
MÃE: Rosilda Ferreira
CIDADE ONDE RESIDE: Recife-PE

VI. QUEIXA PRINCIPAL:


Repetência e dificuldade leitura e escrita

VII. PROVIDÊNCIA TOMADA ATÉ O MOMENTO:


Nenhuma providencia tomada pela família e nem pela coordenação
(taxado de “avoada” e desinteressada)

VIII. ASPECTOS OBSERVADOS:


Havia muita violência no seu lar (pai x família), pai bêbado, mas agora
separados. Mãe analfabeta, mas começou a estudar.
FICHA DE REFERENCIA DO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
(usado na entrevista)

IX. DADOS DA IDENTIFICAÇÃO:


NOME: Arlete Sales Santana
DATA DE NASCIMENTO: 16/09/1993 IDADE: 16
SÉRIE: 4ª SEXO: Feminino
PAI: Miguel Santana
MÃE: Rosa Sales Santana
CIDADE ONDE RESIDE: Recife-PE

X. QUEIXA PRINCIPAL:
Dificuldade de leitura e escrita

XI. PROVIDÊNCIA TOMADA ATÉ O MOMENTO:


Nenhuma providencia tomada pela família e nem pela coordenação
(taxada de “avoada”)

XII. ASPECTOS OBSERVADOS:


A família não impõe tantos limites e deixa a aluna fazer o que
quiser. A menina mostra dificuldades de atenção e memorização. Apresenta
inteligência embora tenha certa dificuldade na aprendizagem sendo
acompanhada pode desenvolver bem o processo da aprendizagem.
FICHA DE REFERENCIA DO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
(usado na entrevista)

XIII. DADOS DA IDENTIFICAÇÃO:


NOME: Marcelina Lira Pereira
DATA DE NASCIMENTO: 13/01/1994 IDADE: 15
SÉRIE: 5ª SEXO: Feminino
PAI: Josualdo Lira Pereira
MÃE: Lucinalva Lira Pereira
CIDADE ONDE RESIDE: Recife-PE

XIV. QUEIXA PRINCIPAL:


Dificuldade de leitura e escrita, desmotivação pelo estudo

XV. PROVIDÊNCIA TOMADA ATÉ O MOMENTO:


Nenhuma seja pela família como pela coordenação. (é taxado de
desinteressado)

XVI. ASPECTOS OBSERVADOS:


Demonstra uma boa visão e audição, ele queixa que a mãe a agredia
quando ainda criança.
FICHA DE REFERENCIA DO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
(usado na entrevista)

XVII. DADOS DA IDENTIFICAÇÃO:


NOME: Edmilson Lima Melo
DATA DE NASCIMENTO: 05/03/1995 IDADE: 14
SÉRIE: 4ª SEXO: Masculino
PAI: -
MÃE: Mª Francisca Lima Melo
CIDADE ONDE RESIDE: Recife-PE

XVIII. QUEIXA PRINCIPAL:


Dificuldade leitura e escrita, repetência e desmotivação.

XIX .PROVIDÊNCIA TOMADA ATÉ O MOMENTO:


A mãe que pagava aula de reforço ministrada por pessoas não
qualificadas profissionalmente.

XX. ASPECTOS OBSERVADOS:


Aluno considerado “normal” sem nenhum aspecto anormal constatado,
os professores acham ele desmotivado.
FICHA DE REFERENCIA DO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
(usado na entrevista)

XXI. DADOS DA IDENTIFICAÇÃO:


NOME: Romário arruda
DATA DE NASCIMENTO: 29/05/1994 IDADE: 15
SÉRIE: 4ª SEXO: Masculino
PAI: Leonildo arruda
MÃE: Aldineide Neves arruda
CIDADE ONDE RESIDE: Recife-PE

XXII. QUEIXA PRINCIPAL:


Dificuldade na leitura e escrita e repetência.

XXIII. PROVIDÊNCIA TOMADA ATÉ O MOMENTO:


A mãe pagou professor para dar reforço (a escola taxa de “bagunceiro”)

XXIV. ASPECTOS OBSERVADOS:


Demonstra ser um aluno “normal”, mas, carente de afeto e muito
mimado em casa, a mãe é viúva há pouco tempo, os professores trata-o com
“rejeição” por ser “bagunceiro”, “brigão”.
FICHA DE REFERENCIA DO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO
(usado na entrevista)

XXV. DADOS DA IDENTIFICAÇÃO:


NOME: Wagner dos Santos Silva
DATA DE NASCIMENTO: 20/02/1991 IDADE: 19
SÉRIE: 6ª SEXO: Masculino
PAI: Laurindo Santos Silva
MÃE: Erika de Jesus dos Santos
CIDADE ONDE RESIDE: Recife-PE

XXVI. QUEIXA PRINCIPAL:


Dificuldade de leitura e escrita, repetência e desmotivação

XXVII. PROVIDÊNCIA TOMADA ATÉ O MOMENTO:


Nenhuma. A coordenação passa a resolução do problema para os pais.

XXVIII. ASPECTOS OBSERVADOS:


Considerado pela escola como aluno bagunceiro, desinteressado e
agressivo.

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