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"Mar Portugus" - anlise

Tema: O mar - desgraa e glria do povo portugus.


Trs partes lgicas:
1 parte Dois primeiros versos
uma exclamao do poeta sintetizando as desgraas que o mar nos causou:
" mar salgado, quanto do teu sal/So lgrimas de Portugal!"


Muitas vidas se perderam. Muitos marinheiros foram vtimas de naufrgio ou
morreram trespassados pelas flechas dos ndios.

2 parte Restantes 4 versos da 1 estrofe

Justifica as contrapartidas negativas que o mar nos trouxe:
Para que o mar fosse nosso, mes choraram, filhos rezaram em vo e noivas ficaram
por casar.

3 parte 2 estrofe
Pergunta se valeu a pena suportar tais desgraas, respondendo ele prprio que
tudo vale a pena ao ser humano dotado de uma alma de aspiraes infinitas. que
toda a vitria implica passar alm da dor e, se Deus fez do mao o local de todos os
perigos e medos, a verdade, que, conquistado, ele o espelho do esplendor do
cu. As grandes dores so o preo das grandes glrias: "Deus ps o perigo e o abismo
no mar, mas nele que espelhou o cu" (a glria).

Recursos Estilsticos:

Apstrofe mar salgado, quanto do teu sal/So lgrimas de Portugal!
Metfora e Hiprbole
O Sal amargo no sabor e as lgrimas so amargas no s no sabor, mas tambm no
que elas traduzem de sofrimento e dor. Smbolo do sofrimento, de tantas tragdias
provocadas pelo mar.
O som l repetido nas palavras fundamentais dos dois primeiros versos Sugere uma
relao necessria e fatal entre as duas realidades: o mar e o sofrimento do povo
portugus.
A confirmar esse sofrimento aparecem as mes, os filhos, as noivas trs elementos
importantes da famlia Sugere que foi no plano do amor familiar que os malefcios do mar
mais se fizeram sentir.

Metfora Por te cruzarmos... (v.3) Aponta para cruz, sofrimento.
Formas verbais Choraram, rezaram, ficaram por casartraduzem sofrimento, aflio,
uma dor provocada pela destruio do amor (fraternal, filial e de namorados).
Isto s porque quisemos que o mar fosse nosso Realado por Por te cruzarmos (v.3);
Para que fosses nosso (v.6).
Anfora Quantas/Quantos/quantas Vem realar a frequncia dessas desgraas
familiares.
Reiterao valeu... vale (v.7); passar... passar (vs. 9/10) Reala a relao
necessria entre a dor e o herosmo.

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