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Como a arte pode nos ajudar a driblar o estresse :

É impressionante o que um congestionamento em São Paulo pode fazer conosco. Além, é claro do
stress, alta ansiedade, mau humor e outros males que “normalmente” acompanham este tipo de
situação. Pois foi graças a um trânsito infernal, na hora do rush de uma quinta-feira, que por não
ter para onde fugir eu me vi obrigado a relaxar e prestar atenção na letra das músicas que tocavam
na rádio FM. A música que tocava era por mim conhecida como “Starry, Starry Night”. Um clássico
da música pop. Quem tem mais de 40 anos de idade, certamente já ouviu muitas vezes. Ela tem
uma melodia agradável que poderia ser muito bem utilizada para um tema romântico falando do
amor de um casal.

Enorme foi a minha surpresa quando descobri que na verdade a música falava de amor sim mas
de um artista pelas cores da natureza. Descobri também que o nome da música é Vincent porque
trata-se de uma leitura fabulosa do que Vincent Van Gogh quis transmitir para o mundo.

O âmbar de uma manhã no campo, um céu azul escuro estrelado com algumas nuvens cinzas, o
vermelho sangue de uma rosa, o branco virgem da neve, eram cores que gritavam sensações
muito fortes para o artista. Ele sabia ler a natureza e procurava nos mostrar sua mensagem através
dos seus quadros que deveriam acalmar multidões de faces atormentadas. Van Gogh priorizava as
cores e movimentos ao invés das formas, como todos os pintores faziam até então. Criatividade é
isso : olhar o que todo mundo vê e pensar algo diferente.

Mas o mundo, na época, não entendeu. As pessoas chamadas “normais” pensaram que ele estava
louco porque enxergava aquilo que ninguém via. O autor da música percebeu que Vincent sofria
pelo excesso de sua sanidade e não pela loucura como todos acreditavam. Sofria também porque
tentava libertar as pessoas de uma visão restrita apenas ao preto e branco ou, quando muito,
várias tonalidades de cinza. Mas eles não escutaram, eles não sabiam como; talvez escutassem
agora, diz o refrão da música.

O fato é que muitas vezes nós nos vemos na armadilha da lente cinza olhando o mundo e seus
acontecimentos e deixando de lado o que existe de melhor para se extrair da situação. Até numa
noite escura podemos fazer uma leitura do ambiente, que pode trazer à luz as sombras mais
profundas das nossas almas e finalmente entender certas atitudes nossas que não entendíamos os
motivos. O primeiro passo para resolvermos grandes problemas ocultos é traze-los para o foco de
uma luz, tira-los do esconderijo.

Não é impressionante que se não fosse um congestionamento em São Paulo talvez eu nunca
soubesse o significado profundo desta música que tem uma melodia tão gostosa ? O que será que
a gente está perdendo quando a vida dá uma travada e ao invés de relaxar e procurar uma
alternativa nós só ficamos mais ansiosos e estressados ?

Pense nisso ! Mas antes, veja a letra da música na íntegra :

TRECHO DO LIVRO ENCONTRADO EM : http://www.clubedeautores.com.br/book/11908--


Mude_seu_relacionamento_com_os_computadores_e_livrese_das_neuroses

Starry, starry night


Paint your palette blue and grey
Look out on a summer's day
With eyes that know the darkness in my soul
Shadows on the hills
Sketch the trees and daffodils
Catch the breeze and the winter chills
In colours on the snowy linen land

Now I understand
What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free
They would not listen
They did not know how
Perhaps they'll listen now
Starry, starry night
Flaming flowers that brightly blaze
Swirling clouds and violet haze
Reflect in Vincent's eyes of china blue
Colours changing hue
Morning fields of amber grain
Weathered faces lined in pain
Are soothed beneath the artists' loving hand

Now I understand
What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free
They would not listen
They did not know how
Perhaps they'll listen now

For they could not love you


But still your love was true
And when no hope was left inside
On that starry, starry night
You took your life as lovers often do
But I could have told you Vincent
This world was never meant for one as beautiful as you

Like the strangers that you've met


The ragged men in ragged clothes
The silver thorn of bloody rose
Lie crushed and broken on the virgin snow

Now I think I know


What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free
They would not listen
They're not listening still
Perhaps they never will...

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