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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

Metodologias de Operacionalização

a) Selecção de um Domínio/Subdomínio:

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular


A.2. Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital

b) Selecção dos Indicadores

A.2.2. Promoção do ensino em contexto de competências de informação da


Escola/Agrupamento, sendo este considerado um Indicador de Processo – o que tem
vindo a ser realizado.
A.2.4. Impacto das BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação
dos alunos, considerado enquanto Indicador de Impacto/Outcome – o impacto que o
trabalho neste âmbito tem nos alunos.

Justificação da escolha:

A minha escolha acabou por ser o Domínio A pois, tal como já havia referido
anteriormente, quando me apercebi que teria que efectuar e registar a minha escolha, já
havia mais de doze formandos inscritos no Domínio B. Do mesmo modo, alterei os
Indicadores que havia escolhido inicialmente, penso que não haja problema, pois
considerei os agora escolhidos mais em conformidade e articulados enquanto
Indicadores de Processo e de Impacto, enquadrando-se e complementando-se nos
objectivos visados. A falta de experiência e conhecimentos em BE, não me permitiu,
desde logo, determinar quais os Indicadores que se enquadravam mais enquanto
Indicadores de Processo e de Impacto.
c) Plano de Avaliação:

Motivos da escolha:

Numa época de mudanças aos mais diversos níveis, o computador com todas as suas
potencialidades e a Internet fazem, cada vez mais, parte das nossas vidas e, das vidas
das crianças e jovens com os quais trabalhamos.
As TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação constituem um conjunto de
recursos tecnológicos usados para reunir, distribuir e compartilhar informações.
Assumindo, as mesmas, cada vez mais, um papel destacado na sociedade actual e uma
oferta de enriquecimento curricular.
Segundo a lei em vigor – Artigo 6º do Decreto-Lei n.º 6 /2001 de 18 de Janeiro
“Constitui ainda formação transdisciplinar de carácter instrumental a utilização das
tecnologias de informação e comunicação, a qual deverá conduzir, no âmbito da
escolaridade obrigatória, a uma certificação da aquisição das competências básicas neste
domínio”.
Pelo uso das TIC a área da educação sai reforçada positivamente, ajudando na evolução
dos processos educacionais, tornando as práticas de ensino mais inovadoras e
interactivas, permitindo o desenvolvimento de actividades lúdico/formativas.
Enquanto professora e educadora considero muito importante que conheçamos as
inúmeras oportunidades que as TIC nos proporcionam e que desenvolvamos
competências e conhecimentos nesta área precisamente já que, através delas o ensino sai
muito “enriquecido”…
É neste contexto que surge a escolha do Domínio A e do respectivo Subdomínio e
Indicadores.
Nos anos lectivos anteriores foi iniciado todo um trabalho de dinamização de
actividades de promoção da literacia da informação, tendo, nomeadamente, ocorrido a
construção de um guião de pesquisa que se pretende orientador. No entanto, considera-
se longo o caminho a ser percorrido neste âmbito, nomeadamente no que concerne à
utilização das novas tecnologias, sendo importante fazer um ponto da situação, avaliar o
impacto que o referido guião tem tido, bem como, até que ponto os alunos têm vindo a
desenvolver as suas competências tecnológicas, digitais e de informação. Até porque “
A Auto-Avaliação é a chave da melhoria” como refere Sarah Mcnicol.
Pela elaboração de um Plano de Avaliação conseguiremos aferir que o impacto da BE
nas competências dos alunos e contribuir para que o trabalho a realizar, futuramente,
seja o mais adequado possível com vista no atingir de determinados objectivos e superar
pontos fracos a serem alvo de melhoria.

A.2.2. Promoção do Ensino em Contexto de Competências de Informação


Indicadores Pontos Fortes Pontos Fracos

A.2.2. Promoção do A BE sensibiliza a O não envolvimento da


ensino em contexto de Comunidade Escolar para a generalidade dos docentes na
competências de importância da aplicação do construção e aplicação do
informação. Modelo de Auto-Avaliação Modelo de Literacia de
das BE, com a apresentação Informação.
do Modelo em Power Point e
a determinação, conjunta, do A inexistência de um Plano de
Domínio a ser alvo de Literacia da Informação
avaliação. transversal e adequado a cada
ano de escolaridade/ciclo.
Plano de Literacia da
Informação em construção e Dificuldades no ensino e
divulgação, pelo menos, prática contextualizada de
desde o ano lectivo anterior. competências de informação.

A.2.4. O impacto da Disponibilização de acesso Fraco domínio das TIC por


Biblioteca Escolar nas às novas Tecnologias de parte de muitos alunos da
competências Informação. escola, principalmente dos
tecnológicas, digitais e pertencentes a meios sócio-
de informação dos Utilização, por parte dos económicos mais
alunos. professores, de diferentes desfavorecidos, nos quais se
suportes de informação, integra grande parte da
nomeadamente, dos população escolar.
disponibilizados no contexto
da BE. Revelando dificuldade em
incorporar no seu trabalho
Participação da diferentes fontes de
Coordenadora da BE em informação.
actividades de
promoção/desenvolvimento Os alunos têm dificuldades na
de competências de escolha de recursos
informação, bem como informativos na Internet.
tecnológicas e digitais.
Grande número de alunos
pretendem utilizar o
computador e a internet com o
propósito, unicamente, lúdico
(jogar).

Objectivos:

➤ Proporcionar a utilização das Novas tecnologias de Informação com produção de


trabalhos que possibilitem o desenvolvimento de competências e a aquisição de
conhecimentos no seu âmbito;

➤ Articular, promover e apoiar o desenvolvimento de actividades, pelas quais, se


promova o desenvolvimento dos objectivos educativos em conformidade com o
currículo escolar;

➤ Apoiar os alunos na aprendizagem e desenvolvimento de competências ao nível do


processo de pesquisa e tratamento da informação, com a identificação de fontes de
informação, selecção da informação e sua sistematização;

➤ Desenvolver nos alunos uma atitude crítica bem como a capacidade de reflectir sobre
problemas éticos, legais e de responsabilidade social, associados ao acesso, avaliação e
uso da informação e das novas tecnologias.
Acções de melhoria:
➣ Elaborar um Plano de Literacia de Informação transversal e adequado a diversos
ciclos;

➣ Melhorar o Guião de Pesquisa em conjunto com equipa de professores criada para o


efeito;

➣ Planear com docentes e respectivos alunos, a aplicação do Modelo de Literacia da


Informação/Guião de Pesquisa;

➣ Cumprir o Plano de Formação para professores e alunos no âmbito das literacias


(digital e informação) que consta no Plano Anual de Actividades da BE;

➣ Produzir e divulgar diversos materiais que facilitem o acesso e a utilização de


diferentes fontes de informação;

➣ Reforçar a articulação do trabalho da BE com o dos restantes professores em sala de


aula, promovendo o desenvolvimento de competências tecnológicas e de informação
nas diferentes disciplinas e áreas curriculares.

Intervenientes:

➢ Professoras Bibliotecárias;
➢ Órgãos de Direcção e Conselho Pedagógico;
➢ Coordenadora Interconcelhia;
➢ Professores e alunos.

Monotorizar o processo de implementação das acções de melhoria:

➜ Refazer o Plano de Acção por parte da equipa das BE, sob orientações da
Coordenadora Interconcelhia, em articulação com a Direcção do Agrupamento.
➜ Realização de reuniões de planificação com os respectivos professores, bem como
para recolha de documentos, verificação dos instrumentos de avaliação e calendário de
aplicação.
➜ Definição da amostra de aplicação dos questionários: 30% do número total de
docentes da escola; 10% do número total de alunos, a ser efectuado de acordo com
determinada calendarização.

II

Recolha de evidências – ao longo de todo o ano lectivo

• Estatísticas de requisição e uso de recursos tecnológicos, digitais e de


informação da BE.
• Estatísticas de utilização da BE no âmbito da Literacia da
Informação/Tecnológica, programadas com outros docentes.
• Plano Anual do Agrupamento e da BE.
• Planificações e grelhas de observação e análise de competências de Informação e
Tecnológicas.
• Registo de projectos.
• Questionários a alunos (QA1) e a professores (QD1) .
• Documentos e materiais produzidos e divulgados.
• Actas de reuniões e contactos.
• Blogue da BE.
• Trabalhos realizados pelos alunos e sua análise através de grelhas de análise
criadas para o efeito, com a verificação da sua evolução.

III
Analisar dados

Recolhidas as evidências é fundamental proceder à sua análise e apreciação. Devendo


os dados recolhidos ser confrontados com os factores críticos de sucesso e com os
descritores de desempenho, identificando-se um determinado nível em que a BE se
enquadra. Verificam-se pontos fortes e fracos com base nos quais se elabora novo Plano
de Acção, pelo qual se consolida os aspectos positivos identificados e se
definem/planificam acções para a melhoria continua da BE aos mais diversos níveis.

IV

Elaborar o relatório final e comunicar os resultados (final do ano)

A análise dos dados recolhidos estará na base da realização do relatório de Auto-


Avaliação. Relatório onde serão identificados os pontos fortes e os aspectos que
necessitam de melhoria a serem integrados num novo Plano de Acção sendo este um
processo cíclico de planeamento, execução e avaliação.
O relatório será apresentado aos Órgãos da Direcção, ao Conselho Pedagógico e à
Comunidade Educativa.
Deverá ainda ser integrada, uma síntese do referido relatório da BE, no relatório de
Auto-Avaliação do Agrupamento.

Ana Vaz

Recursos:

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca


Escolar (2009)

Texto da sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias


de operacionalização (Parte I)

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