Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: TARU I
PROFESSOR: JOS JLIO LIMA

Ana Beatriz Soares 12637002501


Wendell Trindade Rocha 12637001801

Resenha do tpico 2.5.3 O processo de


polarizao: hierarquias e a natureza desigual e combinada
do processo de desenvolvimento capitalista, da apostila
Territrio e Desenvolvimento: As mltiplas escalas
entre o local e o global, de Antnio Carlos Brando.

Belm-Par
2014

Este tpico retrata a chamada polarizao. Esta, segundo o autor, deriva da


natureza desigual e combinada do desenvolvimento capitalista, uma vez que o
desenvolvimento das foras produtivas gera polaridades, estruturas de dominao
assimtricas ainda reforadas pela inrcia dos investimentos fixos em uma nica rea, a
rea central que, apesar ter uma ligao de interdependncia, exerce um poder unilateral
sobre as chamadas periferias. Alm de serem dotados de estruturas complexas de
servios, infraestruturas, comercializao, consumo e etc. Por isso se pode dizer que
um espao polarizado um conjunto de unidades ou de plos econmicos que mantm
com um plo de ordem imediatamente superior mais trocas e ligaes do que com
outros plos da mesma ordem [...] (LOPES)
Segundo o autor, o estudo da polarizao permite esclarecer o potencial
diferenciado de cada regio, da interao entre os plos de maior autonomia de deciso
e os espaos satelitizados que gravitam em torno destes e hierarquia a qual este
processo est submetido.
Algumas caractersticas da polarizao ressaltadas por diversos estudiosos
foram: cumulatividade, crescimento no balanceado e no generalizado, etc. Como
exemplo tem-se Boudeville, que conceitua polarizao como medida dos processos
(com maior ou menor interdependncia e hierarquia).
Pode-se dizer, em mbito mais geral, que a polarizao deriva da concentrao e
hierarquizao e centralizao de capital, prprios do sistema capitalista. Em outras
palavras, a polarizao reflete os processos de concentrao e de centralizao do
capital e suas repercusses no espao.
Isso no significa, entretanto, que os plos dinmicos sejam imutveis, pois o
desenvolvimento do capital leva ao redesenho permanente da configurao do espao
construindo e desconstruindo escalas, pontos nodais e as prprias foras de
polarizao.
Para Brando, as relaes entre as regies dominantes e as subordinadas tm se
transformado no perodo recente em razo do aperfeioamento dos instrumentos
tcnicos e organizacionais que permitiram o avano da seletividade geogrfica do
capital. Dessa forma, a noo de polarizao no pode ser mais pensada em termos de
indstria motriz e associada idia de distncia.
O autor defende que a anlise da matriz espacializada de investimentos ajuda a

entender parte do processo, mas insuficiente para avaliar a dominncia exercida pelos
controladores do grande capital sobre as reas perifricas. Em outras palavras: so a
potncia e a eficcia das foras centrpetas que permitem a ao das foras centrfugas

Você também pode gostar