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Depois de haver sofrido um assalto no domingo

passado (29/06/2008), em que foram levados


meus pertences e meu carro, um sentimento de
tristeza me tomou. Não a tristeza dos bens
levados, mas sim o sentimento certo que esse
tipo de coisa não acabará tão cedo e ainda por
cima é encorajado pela impunidade.
Contudo, antes de continuar, quero mais uma
vez agradecer a Deus por me haver livrado do
tiro disparado pelo infeliz, que ao que parece,
ficou nervoso ao ver a minha calma e minha
tentativa de dissuadi-lo a não levar meus
documentos. Agradeço pelo livramento e por
não ter levado nenhum dos meus filhos ou
esposa no carro. Voltei para casa então do jeito que saí dela: Sem nenhum
arranhão. O Senhor me levou e me trouxe de volta intacto. Glória a Ele por isso.
Voltando ao sentimento de tristeza. Lembro-me quando criança que andávamos
pelas ruas sem medo, íamos ao cinema, à praça ao parque muitas vezes à pé,
sem que andássemos sobressaltados com medo de cada pessoa que se
aproxima ao longe, em sua direção. Vejo que isso não será dado aos nossos
filhos, eles não andarão sem medo, sem evitar certos locais a certas horas e isso
é triste. Estamos nos fechando dentro de nossas casas, nos privando da
liberdade porque os que deveriam estar presos estão livres.
Como cristão, não sou a favor da pena de morte. Acho que, com regras simples,
o problema de segurança poderia melhorar. Se nós cidadãos precisamos
trabalhar para ganhar o pão, porque os encarcerados culpados não trabalham e
ainda assim recebem tudo pago pelo Estado (nós) ? Acredito que o Estado
poderia utilizar esta mão de obra em construção de estradas, túneis e
semelhantes. Então, para comer, teriam que trabalhar. Assim, as mentes que ,
no presídio ficam soltas a maquinar o mal, estariam trabalhando e produzindo
para retorno da sociedade. Gerariam receita ao invés de despesa. O gasto com a
vigilância dos mesmos seria pouco a pouco recompensado com o término das
obras com mão de obra farta e barata. A tecnologia para monitorar qualquer tipo
de fuga existe a preço bem em conta. Poderia ser uma versão do que foi visto no
filme “Wedlock" (1991) traduzido como “O Colar da Morte”. Retirando-se apenas
o explosivo do colar, claro...

Marcelo Negreiros – 03/07/2008

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